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quinta-feira, 17 de março de 2016

(Tele)Jornal das Crianças no Jornal Minas 1ª Edição, às 11h30, na Rede Minas


(Tele)Jornal das Crianças

O Jornal dasCrianças estreia dia 18/03! Nele, é a própria criança que filma e compartilha na TV um pouco do seu mundo e daquilo que vê. O Jornal das Crianças será exibido às sextas-feiras no Jornal Minas 1ª Edição, às 11h30, na Rede Minas. Para participar, acesse clicando aqui.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Em vídeo, Crianças falam sobre a crise em Portugal



Em vídeo, Crianças falam sobre a crise em Portugal

A Rádio Renascença, de Portugal, fez um vídeo apenas com crianças (“miúdos”, em Portugal), em que eles falam sobre a crise econômica pela qual o país passa. Sem narração e sem as perguntas feitas pelos repórteres, são as frases dos meninos e das meninas que constroem a narrativa: elas falam sobre os efeitos da crise, o medo do que pode vir a acontecer por conta da recessão (que não são pequenos), o que pode ser feito, como os que os políticos portugueses devem agir…

Um belo exemplo de jornalismo com crianças e, ao mesmo tempo, para as crianças [aina que não direcionado a elas, já que a rádio tem um caráter generalista). Um vídeo feito com respeito pela opinião dos "miúdos", sem tratá-los como pessoas ingênuas, que nada sabem da sociedade em que vivem. Luís, 9 anos, diz que "não gosta de ouvir falar disso [da crise]… Porque preocupa-me”. E dá um grande suspiro… Já Alexandre, 8 anos [na foto acima] resume assim o cenário mundial (ou, pelo menos, europeu): “Uns conseguem saltar por cima do buraco e os outros afundam-se”.

Assista ao vídeo:

Reproduzido de O Jornalzinho
03 jul 2014

Leia também:

"Pesquisa diz que 38% das crianças leem notícias, mas entrevista pais" (14/10/13) por Juliana Doretto, clicando aqui.

"Jornais do Brasil e de Portugal ouvem pouco as crianças, diz estudo" (05/06/14) por Juliana Doretto, clicando aqui.

"Criança de jornal: representações de infância e juventude no Brasil e em Portugal", por Juliana Doretto (artigo), clicando aqui.


terça-feira, 11 de junho de 2013

sábado, 27 de outubro de 2012

Mais alguma coisa das notititícias sobre as escolas e Educação nos meios de comunicação hegemônicos...

Foto: Guto Kuerten/RBS na matéria indicada*.

Mais alguma coisa das notititícias sobre as escolas e Educação nos meios de comunicação hegemônicos...

As Professoras e os estudantes falaram muito bem nesse vídeo (na matéria abaixo*), tanto sobre as realidades duras vividas por todos na escola pública, da postura do profissional da Educação, dos momentos de estudo quanto das horas de trocas amorosas e de amizade que vivemos nesse cotidiano, na interação de tantos que lutam pela humanização de nossas instituições.

Quanto às mídias hegemônicas, elas seguem fazendo o seu papel de criar sensacionalismo barato para aumentar e fidelizar audiência, gerar lucros exorbitantes às empresas que seguem des-reguladas monopolizando a “fala”, manipulando os recortes que fazem dos fatos para se fazerem de donas da verdade, inclusive sobre a Educação.

Essas empresas de anti-comunicação mal informam, mal falam e mal veem a sociedade. Elas des-informam nesse papel que escolheram para si nessa tarefa de distrair o público das verdadeiras questões, das que acontecem nos bastidores da super-regulação da Educação e do trabalho do docente, e da defesa da des-regulação dos meios de comunicação que fazem o que bem entendem no ditar a pauta das pseudo discussões sobre qualquer tema. E, chamam especialistas para dar palpites em seus telejornais, como que querendo legitimar suas posições conservadoras e tradicionais do mundo global que defendem na cor de rosa platinada do “tudo a ver”...

Nessas matérias e reportagens de des-infomação as mídias hegemônicas mordem e assopram quando querem nos fazer engolir goela abaixo o que escolhem para ser relevante nessa dieta informacional.

Vale mais ainda nesse caso colocado em pauta (pela mídia) que, como profissionais da Educação, somos nós, o povo, as escolas, alunos e professores, pais e responsáveis, as gentes desse imenso país é que devemos lutar para democratizar o acesso aos meios de comunicação.

Como professores, temos o dever não só o da simples mediação entre o conteúdo e forma do que fazem as mídias hegemônicas e o que os estudantes/comunidade espectadores assistem/veem/leem. Temos o dever de discutir as razões disso tudo ser assim, dessa maneira monopolizada dos discursos oficiais, de lutar para as escolas terem os seus próprios meios de comunicação, de propor e dar visibilidade ao infinito de possibilidades e ações desenvolvidas na comunidade escolar, dando nós mesmos as notícias e apresentando os fatos em reportagens e matérias construídas com a participação de todos, sobretudo do aluno como sujeito e ator social “do” e “no” que é a Educação e a Escola.

Devemos nos libertar das imposições das mídias hegemônicas e re-criar nossos canais de comunicação com a sociedade, e não ficarmos sob as determinações e imperativos do que essas empresas de anti-comunicação fazem.

Vamos à luta pela democratização, pela co-participação de todos nas decisões no que se refere à Educação e Meios de Comunicação!

Leo Nogueira Paqonawta

Leia e assista ao vídeo na matéria abaixo:

* "Professores e alunos de escola na Grande Florianópolis se posicionam a favor da docente que aparece em vídeo", no ClicRBS (26/10/12), clicando aqui.

Leia também texto relacionado:

"As notititícias da dieta informacional de cada dia...", por Leo Nogueira Paqonawta no Blog Telejornais e Crianças no Brasil (02/10/12) clicando aqui. Trecho abaixo:
As escolas como aparato ideológico do mercado - capitalista, diga-se de passagem - são no mais das vezes des-merecedoras de recursos constitucionalmente determinados para a Educação, e professores fazem o que podem, e até onde têm forças, para que os projetos políticos pedagógicos de cada unidade escolar contribuam para a boa formação das crianças e adolescentes em nosso país. Tantas outras vezes acabam se rendendo à reprodução desse estado de coisas des-humanizante que muitos polititicos fazem questão de perpetuar, esses mesmos que se fazem vassalos do sistema hegemônico e consagrado ao consumo desmedido. Eles até são pagos para isso...

E, as notititícias, como fofocas e futricas diárias desse mundo agonizante, vão e vêm em todos os horários, nobres e plebeus de todas as classes de consumidores, trazidos pelas empresas e grandes corporações que controlam os meios comunicação.

Salve-se quem puder dessa dieta informacional cada vez mais intragável e, quanto pudermos, muito bom ter os olhos críticos muito maiores que o que nossa barriga, e paciência, possa suportar. Chega um dia, ou uma hora, em que não dá mais pra ficar chupando o dedo, até o osso, olhando tudo isso passar à nossa frente e, é preciso agir e re-agir, indignar-se contra isso, contra qualquer forma de opressão e agressão, seja das mídias e, até mesmo quando no caso ela venha no que aparentemente seja por uma adolescente que age “sozinha” nas redes sociais.

Em sã consciência, nós não devemos ser cúmplices disso, dessa liberdade de opressão e opinião que com o tempo enche tanto o saco - o de plástico do supermercadinho da mídia e o metafórico - que é preciso dizer basta! Basta de re-produzir a opressão, a agressividade legitimada pela mídia que diz saber das coisas e ser a dona da verdade! “Hay que endurecerse” contra qualquer tirania...

 Reproduzido de Filosomídia
27 out 2012

domingo, 8 de julho de 2012

Crime de Realengo: o sutiã lilás na tromba do elefante verde e amarelo


Crime de Realengo: o sutiã lilás na tromba do elefante verde e amarelo
                                                                                                
Maria Cristina Schefer [1]
Amanda Motta Angelo Castro [2]
Blasius Silvano Debald [3]

RESUMO: Este artigo, escrito a seis mãos plugadas à rede, examina, do ponto de vista dos estudos culturais: linguagem e gênero, o assassinato de 12 adolescentes brasileiros. Esse crime ocorreu numa única ação, dentro de uma escola, na periferia do Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, praticado por um ex-aluno, evento que inaugurou a presença do Brasil no cenário global das brutalidades gigantescas, aquelas fadadas à não-conclusão. Isso, dado as inúmeras variáveis que atravessam as tentativas de se desenhar um “elefante”, sem nunca ter visto ou sequer tateado o animal. O recorte aqui demarcado e o problema da imprecisão serão delineados na ciência técnica da dificuldade de se enxergar para além do aparente, bem como na verificação dos perigos inerentes à banalização de um crime mediante a disputa pela informação entre a mídia e os órgãos investigativos oficiais. Quando, ambos, passam a supor ou nomear fatos (terrorismo, esquizofrenismo) e “coisas” (crianças-terroristas), no calor da emoção, sem distanciamento e rigor, ignoram, respectivamente, outras possibilidades (crime de gênero-exclusão) (jovens-mulheres) e legitimam aquilo que o senso comum e o Ibope alimentam. Recorre-se, como tentativa de dirigir um olhar ampliado, principalmente, à arte cinematográfica e às lentes de aumento de Gus Van Sant [4] (2003), em seu documentário crítico sobre o “similar caso” de Columbine (EUA).

Palavras-chave: Linguagem. Mídia. Terrorismo. Gênero.

Introdução

A parábola budista Os cinco cegos e o elefante, que conta o desafio que um sábio propôs a cinco cegos, para que descrevessem o paquiderme apenas tateando parte do animal, trata-se de uma analogia (de origem popular) que aponta para a impossibilidade de compreensão de um todo, quando se atém a apenas uma parte. Tal conto serviu de inspiração para nomear o documentário de Gustav Van Sant, Elephant (2003) sobre o crime de Columbine (EUA). Ao utilizarem esse “Elephante” para construir o título deste artigo, sobre o crime de Realengo, os autores (por tabela) imprimiram-lhe a parábola citada. Isso sugere aos leitores estudos preliminares (via cinema e narrativa popular) para a “pesada” leitura que segue. De outro modo, os doutorandos buscaram, nesses mecanismos exploratórios, inspiração para refletir sobre outra questão crucial presente ao longo da história da humanidade: a narrativa de fatos em meio a “cegueiras contingenciais”. Especificamente, no caso do crime brasileiro, é possível verificar o velamento da violência praticada contra a mulher, chamando a atenção para o poder de autoridade social dos relatores, dos informantes, de certos excertos e silêncios textuais, que mudam não apenas a manchete de uma “ocorrência”, mas todo o tratamento dado à questão. Pobres, meninas pobres da “escola” brasileira.

Os fatos

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2011. A data no quadro foi escrita. Aparentemente, nenhuma novidade na rotina da Escola Municipal Tasso de Oliveira, situada no bairro do Realengo (zona oeste). Iniciava-se, o que poderia ter sido, mais uma manhã de confraternizações e estudos. Poderia! Não se sabe exatamente, mais ou menos, às 8h30min adentrou, em uma das salas do segundo andar, um suposto palestrante. Tinha um jeito familiar (disseram) e carregava uma bolsa que parecia pesada. Ou ele era pesado?  O fato é que abriu a “tromba” sobre a mesa da professora (que, instintivamente, aguardou pela surpresa próxima da porta); sacou duas armas e começou o que, segundo relatos, pareceu inicialmente uma brincadeira. Uma sequência de mais de cem disparos, nessa e em outra sala, (com pausa para recarregar os revólveres de calibres 38 e 32), ausentou do caderno de chamada, para sempre, 12 adolescentes, dentre eles, dez do gênero feminino. E, desse modo, não foram alvos aleatórios, pois houve uma pré-seleção por parte do agressor; os rapazes foram poupados, bem como as duas professoras. Fato, que foi verificado na perícia, na materialidade do crime, nos depoimentos, pois, segundo os estudantes ainda presentes, o meliante centrou sua fúria na cabeça dasmeninas.  De gaiato ou por identificação, pois memória de elefante é grande, morreram: Igor Moraes da Silva, 13 anos, e Rafael Pereira da Silva, 14 anos. O primeiro sonhava ser jogador de futebol; o segundo, amante de jogos virtuais, estava encaminhando documentação para trabalhar no programa Menor Aprendiz. [5] Algo nesses dois ratinhos (machos) incomodou o assassino.

Já as escolhidas para morrer foram: Mariana Rocha de Souza, 12 anos, estudiosa, jogadora de handebol e de queimada [6] na escola, fã do Restart [7] e de Luan Santana [8]; Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos, somente reconhecida pela família um dia depois do incidente;Bianca Rocha Tavares, 13 anos, gostava de crianças e sonhava ser pediatra; Géssica Guedes Pereira, 15 anos, jogadora de vôlei na escola, gostava de dançar funk; Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos. Na foto fornecida à imprensa, aparece posando para modelo; Laryssa Silva Martins, 13 anos, sonhava com a carreira militar: “Ela queria entrar na Marinha”, declarou um familiar; Milena dos Santos Nascimento, 14 anos, sonhava ser modelo e entrar para a faculdade e, por último, Samira Pires Ribeiro, 13 anos, frequentava a escola de Realengo a menos de um mês. Teriam os pais dessa moça dito, à porta da escola: “Aqui vais encontrar o mundo!” [9] (POMPÉIA, 1996, p. 1). Visto que os problemas sociais de um modo ou de outro acabam se refletindo no comportamento dos estudantes, nas práticas escolares, por mais altos que sejam os muros que uma escola possua, eles são ineficazes no que diz respeito a barrar a violência e outras inferências da sociedade.

Como lido, os mortos tinham sonhos situados e datados, de jovens ordinários, [10] periféricos, crentes nas possibilidades de emersão social futura. Na convergência desses desejos, agora imersos, tem-se a identidade dos estudantes.

Contudo, cabe asseverar que, discursivamente, a adolescência lhes foi negada pela mídia, pela sociedade, pois, ao contrário do que delimita o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8.069/1990), como faixa etária da infância:

 Art. 2º. Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade,

Os narradores da tragédia optaram por designar os mortos como crianças, infantes (não falantes). Já, objetivamente, os sobreviventes viraram informantes; doutro modo, os noticiantesnegligenciaram o ECA, no que diz respeito ao uso da imagem de pessoas na faixa etária entre zero e 18 anos: “Art.17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias, crenças, dos espaços e dos objetos pessoais.”

Nesse aspecto, é bom “videolembrar” que uma das “crianças”, um menino, agonizou por cerca de 10 minutos. E, ao que pareceu o seu tamanho (juvenil), não comoveu nem policiais nem outros civis que circularam seu corpo (“sem dó”) após a morte do invasor. Ele não foi salvo,salvou-se, convalesceu por dias numa Unidade de Terapia Intensiva; pouco se ouviu a respeito de sua recuperação. E, talvez, esse jovem seja a única vítima capaz de descrever, não o motivo do crime, mas a dimensão do terror social lá vivenciado. Sofreu ao mesmo tempo diversos ataques: físico, de identidade, de insignificância, de desrespeito.

Paralelamente às informações materiais que, quase em tempo real, foram sendo divulgadas na mídia, as suposições vieram à tona. Instalou-se um “eurekismo” por parte dos jornalistas, “auxiliados” por técnicos das mais diversas áreas, que aproveitaram “as deixas” para palpitarem em rede nacional.  Um crime globalizado! Uma notícia dantesca!

Leia o texto completo no Blog Maria Docente, clicando aqui.

Reproduzido de Blog Maria Docente
06 jul 2012


Leia também em Filosomídia:



"Escola de segurança máxima? - Para educador, a tragédia de Realengo pode reforçar estilo bunker que já entrincheira a sociedade", por Christian Carvalho Cruz . Aliás/Estadão Online (09/02/11) clicando aqui.

"Excesso de violência nas TVs abertas pode causar problemas às crianças", por Priscilla Mazenotti (Repórter da Agência Brasil - 08/12/11) clicando aqui.


"Violência em horário impróprio", por Por Flávia Péret no Observatório da Imprensa (29/3/2011) clicando aqui.

O campeonato midiático-macabro sobre a tragédia acontecida na escola do Realengo em "Perguntas, mortos e feridos" por Washington Araújo no Observatório da Imprensa (12/04/11) clicando aqui.