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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Crianças no ringue: estilo MMA


Marcus Tavares: Crianças no ringue

Estima-se que cerca de três milhões de meninos e meninas se enfrentam, inclusive aos gritos de incentivo dos pais

O Dia

Foi divulgado, nas últimas semanas, na imprensa internacional, que crianças — dos cinco aos oito anos de idade - vêm participando, nos EUA, de lutas livres ao estilo do MMA (Mixed Martial Arts).

Estima-se que sejam cerca de três milhões de meninos e meninas que se enfrentam semanalmente nos ringues, muitos, inclusive, sem nenhuma proteção e aos gritos de incentivo dos pais. O tema veio à tona depois que o fotógrafo Sebástian Montalvo percorreu alguns estados americanos e produziu um ensaio fotográfico. Triste de se ver (confira em http://cnnphotos.blogs.cnn.com/category/sebastian-montalvo ).

Qualquer pai, mãe ou responsável que vê as fotos, já divulgadas nas redes sociais, fica sensibilizado e contrário à prática. É óbvio que as cenas chocam pelo incentivo e exposição à violência em que as crianças estão sendo colocadas. Em sã consciência quem é que pode ser a favor? Não tem como.

Mas me pergunto se algumas famílias brasileiras que inscrevem seus filhos e netos em escolinhas de futebol – ou em qualquer outra modalidade esportiva que acaba promovendo campeonatos internos – estão tão distantes assim das cenas americanas. Acredito que não.

Vocês já presenciaram um final de campeonato infantil de futebol?

Não é raro ver pais incitando sentimentos de competição, rivalidade e rendimento, muito longe dos valores positivos da prática esportiva, como comprometimento, solidariedade e respeito. Tornando-se muitas vezes, ao que parece, tão (ir)responsáveis como os pais das crianças americanas, reproduzindo o mesmo modelo.

Diante de tremenda pressão, meninos e meninas têm de ser os melhores, têm de conquistar medalhas, têm que se destacar, subir aos pódios. A busca para atender aos anseios dos pais é proporcional ao estresse gerado no contexto diário das crianças. Perde-se com isso um espaço que poderia ser lúdico e enriquecedor para o crescimento de todos, adultos e crianças.

Marcus Tavares é professor e jornalista especializado em Educação e Mídia

Reproduzido de O Dia/IG
16 nov 2013

sábado, 9 de junho de 2012

Brasil está atrasado na implantação de políticas de regulação da publicidade infantil


Brasil está atrasado na implantação de políticas de regulação da publicidade infantil, diz especialista

Por Thais Leitão
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Brasil está muito atrasado em relação a outros países quando o assunto é implementação de políticas de regulação no campo da publicidade infantil. A avaliação é da professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC), Inês Vitorino, que coordena o Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Adolescência e Mídia (GRIM) da instituição.

A especialista, que também é doutora em ciências sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acredita que é preciso haver maior reflexão e mobilização da sociedade brasileira para exigir leis que protejam crianças e adolescentes dos “efeitos nocivos” que o marketing direcionado a eles tem. “As propagandas voltadas para crianças são em geral abusivas porque utilizam estratégias de persuasão que elas não são capazes de identificar, então estão sendo enganadas”, disse.

Inês Vitorino acredita que o Brasil deve seguir o exemplo de países que adotaram modelos que proíbem a publicidade infantil ou regulamentam a atividade de forma específica. “Na Alemanha, por exemplo, toda a publicidade é dirigida aos pais e nos horários infantis não há qualquer publicidade. Na província do Québec, no Canadá, e na Suécia, a publicidade infantil é inteiramente proibida. São países de tradição democrática, mas optaram por esse caminho com base no princípio norteador que a criança até 7 ou 8 anos não tem sequer a clareza do conteúdo persuasivo. Ela assiste à publicidade e não tem compreensão de que ali há uma oferta de venda”, explicou.

A especialista ressaltou, ainda, que por meio da publicidade são apresentados conceitos e valores, como níveis de competitividade e desqualificação de pessoas pela falta de posse de determinados produtos, com os quais a criança não está preparada para lidar. “Sem maturidade para lidar com esse tipo de situação, a criança sofre problemas de autoestima e conflitos familiares, porque ela passa a pedir aos pais coisas que muitos deles não têm condições de comprar”, ressaltou.

A professora da UFC citou ainda outra situação considerada por ela um problema familiar, que é a influência de crianças e adolescentes nas compras da casa. De acordo com ela, dados colhidos por um instituto de pesquisa brasileiro, em 2007*, constataram que, no Brasil, 45% de crianças e adolescentes entre 8 e 14 anos opinam sobre a compra de carros pela família, 60% influem sobre a aquisição de celulares e 61% sobre a de computadores. Em consequência, a consultoria concluiu que 80% das marcas devem incluir o público formado por crianças e adolescentes nas suas estratégias de marketing.

Inês Vitorino acredita que o Brasil precisa ter uma “regulamentação que defina limites à intervenção publicitária”. “Atualmente quem mais atua nessa área é o Conar [Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária], mas por se tratar de um órgão privado de autorregulamentação, seu código não tem força de lei e ele não tem poder para garantir punições mais severas”, disse.

Ela ressaltou que além da autorregulamentação, existe o controle social exercido por organizações da sociedade civil, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Agência de Notícias do Direito da Infância (Andi). A professora destacou que com a ausência de regulamentação específica, desde a década de 1990 outros aparatos legais tentam suprir essa lacuna e definir limites na comunicação comercial, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Código de Defesa do Consumidor e a Lei nº 9.294/96 que regula publicidades de produtos nocivos.

Ela citou ainda o Projeto de Lei 5.921/01, que tramita há mais dez anos no Congresso Nacional e proíbe a publicidade dirigida à criança e regulamenta a publicidade dirigida a adolescentes. O texto, que inicialmente foi proposto pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) e já sofreu diversas alterações, está sob apreciação da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI ), da Casa Legislativa. A proposta tem resistência de diversos setores ligados à publicidade, além de fabricantes de produtos infantis.

Edição: Aécio Amado

Reproduzido de Agência Brasil (02/06/12) via Educação Política por Glauco Cortez (09/06/12)

* Provável que seja esta pesquisa: “Kids Power - As crianças e os meios de comunicação” e “O poder da publicidade”, com coleta de dados em 2006 e divulgação em 2007, na página de InterScience 2007, clicando aqui, conferindo na página de Marketing & Vendas clicando  aqui.

Leia também:

“Crianças e o Mundo Digital”, pesquisa com dados de 2011, na página de InterScience, clicando aqui.

Reflita sobre o texto abaixo e o que pensam alguns "marketeiros" e concordam alguns jornalistas, e tire suas conclusões:



"Marketing Infantil: como conquistar a criança como consumidora"


Com o crescimento de produtos infantis no mercado brasileiro, as empresas voltadas para as crianças acabam sem saber como abordar melhor seu público-alvo. Foi pensando nisso que o consultor de Marketing infantil, Arnaldo Rabelo, escreveu o livro “Marketing Infantil – como conquistar a criança como consumidora”.

O livro disponível somente na versão on-line traz informações originais e úteis para quem atua neste mercado. Em entrevista ao Mundo do Marketing, Arnaldo Rabelo explica a diferença de marketing infantil e publicidade voltada às crianças.

O consultor conta quais são os erros mais comuns cometidos e como as empresas devem agir para conquistar e manter o consumidor infantil. Ainda de acordo com o especialista, os pais estão evitando o excesso no consumo e se preocupam em adquirir produtos de empresas ecologicamente responsáveis.

Quais devem ser as principais estratégias para atrair as crianças como consumidoras?

As estratégias são direcionamentos de longo prazo que dependem de uma análise da conjuntura, dos concorrentes, dos clientes e da própria empresa para serem definidas. Por isso, devem ser diferentes para cada empresa. Mas a compreensão do processo de compra e do comportamento da criança e da mãe são peças chave para essa definição.

Quais são as dicas que o livro dá para as empresas que estão ingressando no mercado infantil? E para as que já estão no mercado e buscam sucesso com seus produtos?

As empresas que já estão no mercado geralmente já perceberam vários destes pontos, mas costumam ter bastante espaço para melhorias na área estratégica. Já as empresas que estão entrando no setor de produtos infantis devem evitar alguns equívocos bastante comuns como considerar a criança como um público homogêneo. Na verdade, ele é composto por pessoas com diferentes comportamentos e necessidades.

Outro erro é basear-se na própria infância buscando compreender a criança de hoje. Como o mundo muda muito rápido, as crianças de hoje são bem diferentes daquelas de algumas décadas atrás. Basear-se em alguém próximo, como um filho ou um sobrinho, para entender o seu público também não funciona. Essa pessoa dificilmente representará o comportamento da maioria do público.

Não se pode miniaturizar produtos de adolescentes ou de adultos para transformá-los em produtos infantis. Por incrível que pareça, isso acontece. Como as necessidades das crianças são bem diferentes das dos adultos, os produtos e a comunicação também deverão ser diferentes.

Aqui também vale a idéia de que, como as necessidades são diferentes, os produtos devem ser diferentes. Logo, não pode colocar cores femininas, como o cor de rosa e o lilás, em um produto de menino na esperança de transformá-lo em um produto de menina.

As crianças têm um papel importante no processo de compra e precisam ser consideradas. Por isso, não se deve considerar que o público da comunicação são apenas os pais, já que eles costumam ser os que possuem o dinheiro. Ao mesmo tempo, não pode ignorar os pais no processo de comunicação, abordando apenas a criança. Os pais têm uma função importante no processo de compra.

Além dos segmentos mais comuns entre as crianças como brinquedos e doces, quais os que mais se destacam?

Podemos citar os setores de chocolates, refrigerantes, sucos, alimentos infantis em geral, moda, higiene, papelaria e artigos escolares como alguns dos mais importantes.

Existe um novo perfil de consumidor em geral mais consciente. Do lado do consumidor infantil há mudanças nesse sentido?

A palavra "consumidor" é um pouco enganadora no Marketing Infantil, pois significa "comprar para o próprio consumo". Precisamos levar em conta os diferentes papéis desempenhados no processo de compra, que podem ser desempenhados por pessoas diferentes. No Marketing Infantil, os mais importantes são o influenciador, o comprador e o usuário. Os pais têm comprado de forma mais consciente, evitando excessos e preferindo produtos de empresas responsáveis socialmente e ecologicamente. As crianças também se preocupam com o meio-ambiente, mas ainda têm feito pouco para expressar de forma prática essa preocupação.

Como as empresas devem traçar suas estratégias de Marketing para esse público sob o ponto de vista do consumo consciente?

No segmento infantil, a exemplo de outros, já não há mais espaço para empresas que não agem de forma ética e responsável, se preocupando em beneficiar seu público em longo prazo. Ao invés de se concentrarem em gerar apenas vendas no curto prazo, as empresas precisam também conquistar e manter o seu público por um longo período. Para isso, as questões éticas devem ser levadas em conta na definição dos valores e da identidade da empresa. Além disso, todas as suas ações e decisões precisam ser coerentes com essas diretrizes.

É possível saber qual é o motivo que leva uma criança a desejar um produto?

Embora os motivos individuais possam ser diferentes, a empresa deve realizar pesquisas para compreender as motivações da maioria dos componentes do seu público principal. Os motivos podem ser objetivos (necessidade biológica ou física) ou subjetivos (necessidade psicológica ou social). Quanto menos idade tiver a criança, mais seu comportamento é moldado por suas limitações, habilidades e capacidades neurológicas, motoras e cognitivas. Inversamente, quanto mais idade tiver a criança, mais seu comportamento é moldado por questões sociais e culturais.

Quem decide a compra dos produtos, as crianças ou os pais? Como é esse processo?

Isso depende do estágio de desenvolvimento da criança. Genericamente, podemos dizer que a criança de 0 a 3 anos, que tem uma grande dependência da mãe, não participa do processo de decisão da compra. Mas dos 4 aos 7 anos, aproximadamente, a criança ganha autonomia e começa a influenciar os pais na compra de seus produtos. E dos 8 aos 12 anos de idade a criança já pode ser considerada decisora da compra da maioria de seus produtos.

Por que optou por um livro exclusivamente virtual?

Optei por esse processo na fase inicial para que os leitores pudessem interagir, enviando comentários, sugestões e críticas. Com isso, o texto continuará sendo desenvolvido. Planejo lançar a versão em papel em 2009.

Pricila Gambale em Mundo Marketing, reproduzido por reproduzido em GECORP, Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Relações Públicas, clicando aqui. A aparentemente jornalista aborda o que se considera um dos primeiros livros sobre marketing infantil no Brasil, de autoria de Arnaldo Rabelo e António Cardoso (Portugal). O referido livro está disponível online aqui.

Comentário de Filosomídia:


Os textos acima abordam o mesmo tema sob pontos de vistas completamente opostos. A Profa. Inês Vitorino defendendo os direitos das crianças, de acordo com os princípios constitucionais além do ECA e, o outro texto abordando sobre o livro, trata a criança tão somente como nicho de consumidores que têm influência de compra sobre seus pais, e quais seriam as estratégias para "conquistar a criança" num mercado que movimento no Brasil algo em torno de 50 bilhões de reais, segundo o autor no site.


Há que se agradecer a professora, seu grupo de estudos e todos aqueles que defendem os direitos das crianças frente às pressões desse mercado, que tem em muitos profissionais  anti-éticos os parceiros  que perpetuam essa violência contra a infância, como se fosse a coisa mais natural e aceitável do mundo.


Pessoalmente eu vejo com muita desconfiança o discurso daqueles que embolam o que seja "consumo sustentável" e proteção do meio ambiente com "consumo consciente", disfarçando outras estratégias de persuasão junto às crianças como "público-alvo" desse que o autor do livro designa por "importante setor": marketing.


Enquanto a maioria das pessoas em cargos do poder público também se embola e se locupleta na corrupção com os interesses do mercado e de quem o conduz, vai crescendo o número de pais, responsáveis e professores que lutam e enfrentam esse tipo de abuso que a sociedade mal enxerga no seu todo.


O Brasil não está só atrasado na implantação de políticas da publicidade infantil, mas também perto do topo dos campeões quando se trata do índice de analfabetismo político e des-cidadania plena; analfabetismo midiático e des-regulação dos meios de comunicação, des-mobilização e ausência de indignação entre aqueles que têm o dever de proteger a infância.


É preciso denunciar os profissionais anti-éticos que se vendem a esse sistema de coisas, inclusive os que ocupam cargos nos altos tribunais de Justiça, e exigir que os direitos das crianças sejam respeitados. É preciso ampliar essa discussão nas escolas, lares, escolas e universidades, aumentar as frentes de batalha nessa guerra de empresários contra o cidadão-criança. 


É preciso respeitar a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Seminário Mídia e Educação: Outra leitura de mundo é possível - Olhares da Profª Monica Fantin


"A Profª Monica Fantin, Doutora em Educação pela Universidade de Santa Catarina, participou do Seminário Mídia e Educação: Outra leitura de mundo é possível, promovido pela ENCINE em parceria com o TVez (24 março 2011).

Ela registrou suas impressões em seu blog, vale a pena dá uma conferida: Blog Educação, mídia e cultura.

Nós registramos também uma entrevista onde a Profª Monica fala de sua experiência e seus conhecimentos na área de Mídia Educação." Siga a entrevista abaixo.



Assista também a entrevista do Prof. Guillermo Orozco, concedida durante o I Seminário Nacional de Comunicação, Cultura e Cidadania realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará, clicando aqui.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Quem são as crianças que trabalham na TV?


"Inês Vitorino, professora da Universidade de Fortaleza, diz quem são as crianças que trabalham na TV

Inês Vitorino Sampaio é professora da Universidade de Fortaleza e há dois anos se dedica a estudar a relação entre a criança e as diferentes mídias. Autora do livro Televisão, publicidade e infância (Ed. Annablume) e coordenadora do Grupo de Estudos da Relação Infância e Mídia (Grim), ela diz que a infância dos bastidores de TV e sets de cinema perde um elemento importante para o seu aprendizado: o caráter lúdico da atividade de representar.

“Creio que o ingresso precoce da criança em um universo permeado pela lógica da mercantilização da cultura (…) a expõe indevidamente a tensões que ela poderia lidar com mais serenidade na idade adulta. Esta é para mim a principal perda dessa relação (infância, juventude/bastidores, sets), a perda do lúdico, em que a criança podia simplesmente cantar, dançar, representar, enfim, apenas para se divertir e não para ser eleita a melhor por uma equipe de profissionais, uma banca de calouros ou o público de um país”, afirma a professora, entrevistada pela equipe da Revista Nós da Escola, uma publicação da MULTIRIO dirigida aos professores da Prefeitura do Rio de Janeiro.

(...) O que normalmente é produzido, em termos de programas de TV e cinema, em nome das crianças?

Inês Sampaio - A questão da qualidade na produção cultural para a criança não me parece estar associada ao fato de ser um adulto ou uma criança seus idealizadores e executores. Há bons programas produzidos por adultos, tanto quanto por crianças. Não se trata também apenas de uma questão de ouvi-las. Há muitas formas utilizadas pelas emissoras para buscar entender a criança e os seus interesses, tais como cartas e pesquisas. A questão mais grave, me parece, é a própria concepção hegemô­nica da criança como consumidora. É a partir desta lógica que parcela expressiva dos programas são feitos, o que acaba comprometendo a sua qualidade. Não é de admirar que as produções da televisão pública, neste contexto, destaquem-se como referenciais de qualidade. Nas escolas, ONGs, centros culturais, por sua vez, vemos crescer uma tendência importante de participação de crianças e adolescentes na elaboração de filmes, documen­tários, vídeos. São manifestações culturais articuladas, muitas vezes, com o próprio resgate da identidade cultural de um bairro ou região, onde se verifica uma boa dose de experimen­talismo, na medida em que tais experiências são situadas, muitas vezes, à margem do mercado. É preciso, neste cenário, apostar nesta garotada, dar-lhe condições de se en­vol­ver com a comunicação e a arte numa outra perspectiva, algo que está fortemente associado à definição de políticas públicas no terreno da comunicação.

Revista Nós da Escola, nº 21 via Diga não à erotização infantil.

Para acessar a Revista no Portal Multirio clique aqui.

Para ver o documentário "Criança, a alma do negócio" clicando aqui.

Leia a resenha do livro "Televisão, publicidade e infância" clicando aqui.

I Seminário Mídia e Educação: outra leitura de mundo é possível


I Seminário Mídia e Educação: outra leitura de mundo é possível
24 de março de 2011
Universidade Federal do Ceará . Brasil


"Ao participar do I Seminário Mídia e Educação: outra leitura de mundo é possível, promovido pelo ENCINE e GRIM na UFC, foi possível conhecer diversas produções de mídias feitas por crianças e jovens no contexto do projeto LACE, desenvolvido pelo ENCINE. O LACE, Laboratório de Comunicação Escolar, é um espaço criado na escola com o propósito de atuar como um estúdio de produção de mídias. Com um visual moderno e alegre, os laboratórios funcionam em escolas selecionadas e estão equipados com tratamento acústico, fundo em croma-key, mobiliário e  equipamentos adequados (TV, computador multimídia para edição de áudio e vídeo com software livre, câmera de vídeo digital, câmera fotográfica digital, mesas de luz, scanner, impressora, equipamento de áudio e luz e uma pequena biblioteca sobre comunicação e educação). Ali, são desenvolvidas atividades com estudantes no contra-turno a fim de que eles possam produzir de forma autônoma vídeos, blogs, programas de rádio, desenhos animados, jornais impressos, fanzines, além de criar exposições fotográficas, exibição e veiculação de vídeos e áudio em tempo real via internet (streaming), etc.

Ver e ouvir crianças e jovens apresentarem suas experiências com tais produções, tais como “O que você prefere? Fazer? Ver? Desenhar? Livro? Filme? Simplesmente te amo” e muitos outras produções, bem como suas explicações sobre seus percursos de aprendizagem na construção de mídias e no envolvimento com o projeto e o Programa Megafone, nos faz não apenas acreditar que e possível criar outras condições para que os jovens participem de forma ativa da cultura como também evidencia cada vez mais a importância de que projetos como esse certamente farão a diferença na vida desses meninos e meninas. Ver e ouvir uma professora dizer que ”o Lace na escola é como se o século XXI tivesse chegado às nossas escolas” é a certeza de que trabalhos dessa natureza contribuem para recolocar a escola no centro da cena da educação de crianças e jovens e a assegurar a comunicação como direito de expressão e participação na cultura".

Monica Fantin

Leia o texto acima completo no Blog Educação, Mídia e Cultura clicando aqui.

Leia também outras informações sobre o evento na página do TVEZ clicando aqui.