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sábado, 19 de maio de 2012

FGV: Centro de Políticas Sociais lança Pesquisa “Mapa Da Inclusão Digital”


Centro de Políticas Sociais lança Pesquisa “Mapa Da Inclusão Digital”

O Centro dePolíticas Sociais (CPS) divulgou hoje, em coletiva de imprensa realizada no prédio da Barão de Itambi, a pesquisa “Mapa da Inclusão Digital” – realizada em parceria com a Fundação Telefônica. O trabalho é o primeiro de uma série de estudos sobre inclusão digital e mapeamento de diversas formas de acesso à tecnologia digital no Brasil produzido a partir de microdados do novo censo brasileiro do IBGE e de mais de 150 países.

A pesquisa , lançada 10 anos depois do “Mapa da Exclusão Digital”, avalia a qualidade do acesso, seus usos e retornos, em uma perspectiva de atuação integrada que possibilitará elevar o nível de bem-estar social da população de maneira sustentável e que servirá de subsídio para o monitoramento dos indicadores que compõem a metas do milênio da ONU. “O Brasil é o espelho da inclusão/exclusão digital do mundo”, disse o economista-chefe do centro, Marcelo Neri, ao comentar que o percentual de domicílios com acesso a rede, no Brasil, é semelhante ao mundial – 33%.

O estudo responde a perguntas sobre a evolução do binômio inclusão/exclusão digital no país, como o brasileiro acessa a internet, os locais mais utilizados e os fatores que determinam a exclusão de parcela da população do acesso à rede. A partir daí, desenha-se metas e políticas de inclusão digital. “Ao analisarmos as razões da exclusão, percebemos que as políticas públicas devem passar primeiro pela educação digital, pois o custo e a dificuldade de acesso não são principais impeditivos do acesso à internet no país”, revelou o economista.

Os dados apresentados pelo estudo também mostram que o Brasil é 63º lugar entre os 154 países mapeados pela FGV, ficando atrás da Grécia, Rússia e Argentina . O município paulista de São Caetano apresenta o maior índice do país de acesso a internet em casa (69%), enquanto em Aroeiras, no Piauí, esse percentual é igual a zero.

No Rio de Janeiro, o percentual de acesso equivale ao da Islândia, com 94% dos lares conectados, e a favela Rio das Pedras – menor percentual da cidade, 21% – assemelha-se ao Panamá. Já a avenida Sernambetiba, na Barra da Tijuca, possui a maior porcentagem de domicílios com internet do município, com índices comparáveis aos dos países nórdicos, líderes do ranking mundial. “Lembrando Zuenir Ventura, estamos na cidade digital partida”, analisa Neri.

A pesquisa “Mapa da Inclusão Digital” está disponível em www.fgv.br/cps/telefonica. No endereço também é possível encontrar um simulador que cruza diversos dados da pesquisa, como classe social, gênero e município.

* Foto, Marcelo Neri e Luciene Dias, representante da Fundação Telefônica

Reproduzido de FGV Notícias

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Roseli Goffman: “Precisamos incluir os excluídos e trabalhar pelos direitos coletivos à comunicação”


“Precisamos incluir os excluídos e trabalhar pelos direitos coletivos à comunicação”

Na visão da psicóloga Roseli Goffman, a liberdade de expressão não é possível sem a liberdade de pensamento, e isto é um processo que precisa ser construído simultaneamente à universalização do acesso, na capacitação e na leitura crítica para a mídia, que deverá tornar-se um tema transversal na educação

Entrevista de Graziela Wolfart e Márcia Junges a Rosely Goffman 

Convidada a refletir sobre a realização da Conferência Nacional de Comunicação, a conselheira do Conselho Federal de Psicologia, Roseli Goffman, considera que todos vamos ao debate “para ampliar o circuito dos financiamentos públicos para realizadores regionais, criando cotas que implementem a pluralidade e diversidade, garantindo a criação de critérios que legitimem os direitos de distribuição dos novos produtores”.

Na entrevista que nos concedeu por e-mail, Roseli afirma que “é preciso incentivar a participação pública, através de seus diversos segmentos na gestão destes financiamentos, democratizando o acesso para estes realizadores, ampliando a cadeia produtiva audiovisual, criando um novo modelo de negócios”. Para ela, “é urgente a criação de um novo marco regulatório, que dilua a alta concentração de propriedade dos meios de comunicação, colocando no mesmo nível de importância os sistemas público, privado e estatal”. Goffman também defende a implementação do uso de software livre nas escolas. E entende que “o direito individual à comunicação não pode ser abordado sem incluir o direito coletivo à comunicação”.

Ela explica sua posição: “no Brasil, ainda precisam ser garantidos não só os direitos individuais à comunicação como direitos de acesso dos coletivos à informação, um bem tão importante no processo da cidadania quanto saúde, educação e trabalho. Não basta garantir a livre circulação de ideias para a generalização da liberdade de expressão individual. Num país em que apenas 10% da população acessa a banda larga, e somente cerca de 10% tem TV por assinatura, falar de liberdade de expressão individual acaba resultando na exclusão da maioria da população brasileira”.

Roseli Goffman é representante do Conselho Federal de Psicologia(CFP) na Coordenação Executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação - FNDC. Psicóloga clínica, é consultora em análise institucional, desenvolvimento e gestão de projetos, com especialização em Gestão de Empresas pela Universidade Federal do Rio De Janeiro - UFRJ.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Como é possível desconcentrar o sistema de comunicação, assegurando a pluralidade e a diversidade?

Roseli Goffman - O Estado precisa estimular a produção de conteúdo independente por pequenas empresas, pontos de cultura, jovens realizadores. Também é preciso criar editais e concursos para prover fundos de financiamento para estas ações, pensando também nas formas de garantir a distribuição do conteúdo. Vamos ao debate para ampliar o circuito dos financiamentos públicos para realizadores regionais, criando cotas que implementem a pluralidade e diversidade, garantindo a criação de critérios que legitimem os direitos de distribuição dos novos produtores. È preciso incentivar a participação pública, através de seus diversos segmentos na gestão destes financiamentos, democratizando o acesso para estes realizadores, ampliando a cadeia produtiva audiovisual, criando um novo modelo de negócios.

IHU On-Line - O que fazer para que os segmentos populares tenham condições de se expressar de fato na arena midiática?

Roseli Goffman - A Conferência Nacional de Comunicação tem caráter deliberativo, e a partir de suas resoluções, serão encaminhadas as propostas no âmbito do legislativo e do executivo, de maneira a regulamentar o caos regulatório nesta área, e, em particular, os capítulos da Constituição de 1988 que se referem à Comunicação. É urgente a criação de um novo marco regulatório, que dilua a alta concentração de propriedade dos meios de comunicação, colocando no mesmo nível de importância os sistemas público, privado e estatal.

Precisamos implementar o uso de software livre nas escolas, e qualificar os professores para o ensino de informática, criando condições de oferecer equipamento e banda larga às populações mais desfavorecidas, voltando às políticas públicas para os excluídos da convergência digital. E não adianta disponibilizar o serviço e o equipamento, sem as condições de treinamento e suporte necessárias à qualificação no uso do software livre. Devemos também pleitear a descriminalização do uso da cópia de arquivos e programas com uso exclusivamente educativo.

Uma nova geração do software livre

É preciso criar uma nova geração do software livre, ou livre do software hegemônico, para não ficarmos na dependência exclusiva da tecnologia e equipamentos estrangeiros, provendo condições de pleno emprego com o crescimento da indústria brasileira de software e equipamentos de informática. A Banda Larga não é a resposta que liberta os segmentos populares para a participação. A liberdade de expressão não é possível sem a liberdade de pensamento, e isto é um processo que precisa ser construído simultaneamente à universalização do acesso, na capacitação e na leitura crítica para a mídia, que deverá tornar-se um tema transversal na educação.

Não é por acaso que, a partir de 2002, houve uma expansão dos negócios lucrativos dos milicianos que atuam nas comunidades, em especial no Rio de Janeiro. A população das favelas passou a ser um atraente mercado para oferecimento de gás, do canal pirata de TV e transporte alternativo. A demanda reprimida de TV a cabo nas comunidades é um importante indicador de que as leis de mercado e a excessiva privatização do sistema privado de radiodifusão não dão conta das reais necessidades da população brasileira. Os indicadores que garantirão a legitimidade da representação da sociedade civil, em todos seus segmentos, poderão ser construídos em parceria com governo, universidades e os movimentos sociais.

IHU On-Line - Em que sentido a comunicação pode ser discutida como um direito humano?

Roseli Goffman - O direito individual à comunicação não pode ser abordado sem incluir o direito coletivo à comunicação. No Brasil, ainda precisam ser garantidos não só os direitos individuais à comunicação como direitos de acesso dos coletivos à informação, um bem tão importante no processo da cidadania quanto saúde, educação e trabalho. Não basta garantir a livre circulação de ideias para a generalização da liberdade de expressão individual. Num país em que apenas 10% da população acessa a banda larga, e somente cerca de 10% tem TV por assinatura, falar de liberdade de expressão individual acaba resultando na exclusão da maioria da população brasileira. Precisamos incluir os excluídos e trabalhar pelos direitos coletivos à comunicação.

IHU On-Line - Como a questão do direito autoral e da propriedade intelectual devem aparecer no debate da Confecom?

Roseli Goffman - Temos que construir novas propostas sobre direito autoral e propriedade intelectual (http://www.e-commerce.org.br/direito_autoral_na_internet.php), incentivando a capacidade inventiva humana.

A solução do gratuito na Internet precisa ser debatida. Só pode ser grátis aquilo que se pode oferecer e que não dependemos para a sobrevivência. Quando o Oasis ou a Madonna disponibilizam faixas de seu último CD, é algo completamente diferente do caso de uma banda de garagem. São situações díspares e que precisam ser tratadas caso a caso. Pelos dados da Associação Brasileira dos Produtores de Discos, em 2007, a venda de CDs digitais via Internet cresceu 40% mundialmente com movimento de US$ 2,9 bilhões e alcançando cerca de 15% do mercado.

Aqui, no Brasil, o patamar foi de 157% no mesmo ano, movimentando R$ 24,5 milhões e chegando a 8% do mercado nacional, o que não compensa o enorme prejuízo do modelo de negócios de CDs e DVDs, com o crescimento exponencial dos CDs e DVDs piratas, apontando para a nossa demanda reprimida no consumo de música, pois os preços são inviáveis para a grande maioria da população. É preciso construir políticas públicas de incentivo à inovação cultural e à distribuição destes produtos.

Precisamos pesquisar e incentivar a opção do Creative Commons,  que flexibiliza os direitos autorais, como também prover a geração de renda e a sustentabilidade destes produtores de cultura, usando a Internet como um sistema de distribuição de conteúdo. Não podemos esquecer, dentro deste tema, de criar licença aberta de direitos autorais para rádios comunitárias, implementando a parceria entre rádios comunitárias e artistas independentes.

Reproduzido de IUH online
315 . Ano IX
16 nov 2009

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Secom/RS promove seminário sobre o que mudou e o que precisa mudar na Comunicação


Secom/RS promove seminário sobre o que mudou e o que precisa mudar na Comunicação

 

Secretaria Estadual de Comunicação do Rio Grande do Sul promove uma série de seminários regionais com o tema "Comunicação em Pauta - O que já mudou e o que ainda precisa mudar". Ao todo, serão realizados nove encontros regionais e, no final do ano, um seminário estadual em Porto Alegre. Para o primeiro encontro, que será realizado nesta quinta-feira (28), em Santa Maria, foram convidados especialistas em televisão pública, direito à comunicação e em inclusão digital.

 

O primeiro encontro ocorre nesta quinta-feira (28), em Santa Maria, a partir das 18h30min, no auditório da Câmara de Indústria e Comércio (Cacism), rua Venâncio Aires, 2035. Ao todo, serão realizados nove encontros regionais. Dois deles serão temáticos, com pautas voltadas à discussão sobre a mulher e a mídia e o negro e a mídia.

Além disso, será realizado um seminário estadual, previsto para o mês de dezembro, em Porto Alegre, que deverá finalizar a série de debates.

Organizados pela Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital (Secom), os seminários pretendem debater o marco regulatório das comunicações no país, os processos de convergência tecnológica e o fortalecimento do sistema público de comunicação.

Segundo Cláudia Cardoso, diretora de Políticas Públicas da Secom/RS, que irá mediar os debates, os seminários “Comunicação em Pauta” tem como objetivo reativar os movimentos sociais pró-conferência estadual de comunicação, conhecer a realidade e acolher as demandas de quem faz comunicação nas diversas regiões do Estado e promover a participação do poder público no debate sobre o direito à comunicação. Para o encontro inaugural de Santa Maria, foram convidados especialistas em televisão pública, em direito à comunicação e em inclusão digital. Também participarão dos debates a secretária estadual de Comunicação, Vera Spolidoro, e o diretor-geral da Secom, Luciana Ribas.

A programação do encontro em Santa Maria, dia 28 de julho de 2011:

Painel 1: Direito à Comunicação - Importância de um novo marco regulatório e dos conselhos de comunicação social
Painelista: Andréa de Freitas - Delegada à Confecom 2009, Secretária Adjunta da Secretaria de Comunicação de Canoas – RS

Painel 2: Inclusão Digital
Painelista: Cláudio Dutra - Vice-presidente da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs)

Painel 3: TV Comunitária - Comunicação pública e a Telesur
Painelista: Carlos Alberto Almeida - Jornalista, presidente da TV Cidade Livre de Brasília

Josué Lopes, telefone (51)3210 4270, josue-lopes@secom.rs.gov.br ou Ramênia Cunha, (51)3210 4310, ramenia-cunha@secom.rs.gov.br

Secom/RS no Twitter

segunda-feira, 25 de julho de 2011

OCDE: impacto da tecnologia na educação ainda não pode ser medido


Impacto da tecnologia na educação ainda não pode ser medido, diz OCDE

Redação
Folha Online
25/07/2011

Relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), divulgado no final de junho, compara dados de acesso às tecnologias da informação e comunicação, em casa ou na escola, com alguns dos resultados do Pisa, de 2009 (íntegra em inglês aqui).

Dos 70 que participam do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), apenas alunos de 15 anos de 16 países foram analisados neste novo relatório.

Uma das principais conclusões a que se chegou é que ainda não se pode medir o impacto do acesso a computadores e internet em sala de aula a resultados acadêmicos mais positivos. Segundo afirma seus redatores, é preciso investigar a qualidade das atividades desenvolvidas durante o período escolar para poder chegar a alguma conclusão.

Por outro lado, de maneira surpreendente, o relatório afirma no entanto que o mesmo acesso em casa tem influência positiva nas habilidades de leitura em ambiente digital e nas competências de navegação. Como, nesse caso, as atividades estão em geral mais ligadas ao interesse particular dos alunos, é essa motivação diversa que, segundo os autores, deve se refletir de maneira diferente nos dados.

Inclusão digital

A média de acesso nos países que participam do Pisa aumentou nos últimos dez anos. Em 2000, a porcentagem de estudantes que tinha computadores em casa era de 72%; em 2009, 94%. Acesso à internet em casa saltou de 45% para 89% no mesmo período.

Mas a diferença de inclusão digital ainda persiste entre países. Enquanto os cidadãos da Holanda, Finlândia e Noruega têm acesso quase universal ao computador e à internet em casa, menos da metade dos estudantes mexicanos têm tal condição. Onze países membros têm acesso considerado baixo, sendo os piores o Quirguistão (14%) e Indonésia (8%).

O uso de tecnologias da informação nas escolas parece compensar a falta de acesso nas residências em países como Portugal, Itália, Polônia, Hungria, Grécia e Suiça.

Reproduzido da Folha
Via clipping FNDC


quarta-feira, 16 de março de 2011

Ministro Paulo Bernardo anuncia a criação da Secretaria de Inclusão Digital


"O ministro das Comunicações,Paulo Bernardo, anunciou nesta quarta-feira (16/03), durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal, que o Ministério das Comunicações ganhará, dentro de alguns dias, a Secretaria de Inclusão Digital. A nova secretária ficará sob o comando de Bernardo, além das duas já existentes: Secretaria de Telecomunicações e Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica.

Segundo Bernardo, a Secretaria de Inclusão Digital, que conta com a aprovação da presidenta Dilma Rousseff e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, será criada para dar apoio, reforço e celeridade ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que é considerado prioridade nos projetos desenvolvidos atualmente pelo ministério.

“Nós temos, os dados vão ser mostrados aqui, um acesso ainda pequeno à internet. Nós consideramos que os serviços são caros e estamos trabalhando para que eles sejam reduzidos e portanto essa é a grande prioridade.”

Leia o texto completo o blog do Planalto clicando aqui.


Leia sobre o lançamento da Revista eletrônica na Internet, do Ministério das Comunicações clicando aqui.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Banda larga com inclusão vem aí


Tratar de inclusão digital em um país como o Brasil, em que o desenvolvimento das tecnologias da informação ocorreu de forma tardia e sua difusão foi lenta e desigual, demandou um esforço intersetorial do governo. A partir de discussões entre vários ministérios, coordenados diretamente pela Presidência da República, foi estabelecido o Programa Brasileiro de Inclusão Digital, com a meta de reduzir o hiato digital, diminuir o número de excluídos, promover a alfabetização digital e a capacitação de alunos e de comunidades. Três frentes foram estabelecidas: ampliar o acesso comunitário gratuito, facilitar a aquisição domiciliar de microcomputadores e universalizar a conexão à internet.

Leia mais no Conversa Afiada clicando aqui.