70%
das crianças entre 9 e 16 anos têm perfil na web
O Comitê Gestor da
Internet no Brasil (CGI.br) divulgou nesta terça-feira (02/10/12) os resultados
da primeira pesquisa TIC
Kids Online Brasil. O objetivo é levantar dados sobre oportunidades online
e uso seguro da internet. No total, foram entrevistadas 1.580 crianças e
adolescentes entre 9 e 16 anos e o mesmo número de pais.
De acordo com o estudo,
70% dos entrevistados possuem perfil próprio em redes sociais. “Chama atenção o
fato do uso das redes sociais no Brasil superar o uso na Europa entre crianças
nessa faixa etária, onde o uso atinge 57%”, declara Alexandre Barbosa, gerente
do CETIC.br.
Entre os que possuem
perfil próprio nas redes sociais, 42% foram configurados para serem privados,
onde apenas amigos podem visualizar as atualizações feitas pelo usuário. 31%
permitem que amigos de seus amigos possam acompanhar seus perfis e 25%
possuem perfis públicos, ou seja, qualquer pessoa pode visualizar todas as
atualizações e postagens do usuário.
Percepção
dos pais
Segundo a pesquisa, 37%
dos pais e responsáveis acreditam que não é nada provável que seu filho passe
por alguma situação de incômodo ou constrangimento na internet nos próximos
seis meses. Além disso, 71% dos pais acham que os filhos usam a internet
com segurança e 35% acreditam que eles são capazes de lidar com situações
que os incomodem na internet.
Outro indicador da
pesquisa mostra que 23% dos usuários entre 11 e 16 anos já tiveram contato
na internet com alguém que não conheciam pessoalmente. Entre os que
estabeleceram esse contato,25% declararam ter encontrado pessoalmente alguém
que conheceu online. O CERT.br divulgou um volume em sua Cartilha de Segurança
para Internet com dicas específicas em redes sociais. O material está
disponível no endereço eletrônico cartilha.cert.br.
A pesquisa revela ainda
que 47% das crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos acessam a internet todos
os dias ou quase todos os dias em diversos lugares: 42% ficam online na
escola, 40% em casa e 35% na lan house. 18% dos entrevistados citaram o celular
como ferramenta de acesso à internet.
Uma
pesquisa feita com crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos usuários de
internet e seus pais ou responsáveis mostrou que a maioria dos pais (71%)
considera que as crianças usam a internet com segurança. O levantamento foi
realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), entidade formada
por representantes do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da
comunidade acadêmica.
“A
percepção dos pais sobre os riscos do uso da internet pelas crianças ainda é
incipiente”, avalia o coordenador de pesquisas do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), Juliano Cappi. A
pesquisa aponta também que 89% dos pais não acreditam que seus filhos tenham
passado por alguma situação de incômodo ou constrangimento ao utilizar a
internet no último ano.
Outro
ponto que chamou a atenção do pesquisador foi que a maioria dos pais utiliza os
meios de comunicação como televisão, rádio e jornal como fonte para obtenção de
informações sobre uso seguro da internet. “A mídia ainda aborda esse tema de
uma forma muito inicial, ainda está tomando contato com esse tema”.
Somente
47% dos pais entrevistados são usuários de internet. “O pai que nunca usou
internet possivelmente não tem um conhecimento suficientemente aprofundado para
instruir o filho sobre as questões relacionadas aos riscos da internet”, disse
Cappi. A maioria se acha capaz de ajudar o filho a lidar com situações que o
incomodem ou o constranjam na internet e também acham que eles são capazes de
lidar com esse tipo de situação.
Contrariando
a orientação de especialistas sobre segurança na internet, grande parte dos
entrevistados declarou que compartilha informações pessoais em seus perfis nas
redes sociais, como fotos de seus rostos, sobrenomes, escola, endereço,
telefone e idade. Mas 42% configuram a rede social para que apenas os amigos
tenham acesso a essas informações.
Entre
os menores de 11 a 16 anos, 23% disseram já ter tido contato na internet com
alguém que não conhecia pessoalmente. Desses, 23% relataram ter encontrado essa
pessoa depois da primeira conversa pela rede. Entre os entrevistados, 22%
disseram que já passaram por alguma situação ofensiva nos últimos 12 meses, e
47% desse total sofreram essa situação na internet.
A
pesquisa mostrou também que 47% dos entrevistados usam a internet todos os dias
ou quase todos os dias. Na faixa entre 15 e 16 anos, o percentual sobe para
56%. Em relação ao tipo de equipamento utilizado, o computador de mesa
compartilhado com a família ainda predomina, com 38% dos usuários nessa
modalidade; 21% usam o celular para navegar na internet.
Perguntados
sobre as atividades realizadas na internet no mês anterior à pesquisa, 82% dos
entrevistados disseram ter usado a internet para trabalhos escolares, 68% para
acessar redes sociais , 66% para assistir a vídeos, 54% para jogar games com
outras pessoas e 54% para trocar mensagens instantâneas com amigos.
A
entrevista ouviu 1.580 crianças e o mesmo número de pais e responsáveis entre
abril e julho deste ano. Fora feitas entrevistas pessoais, com aplicação de
questionário elaborado a partir do modelo de mensuração europeu, adaptado à
realidade brasileira.
O
assunto é tema de reportagem exibida no programa Repórter Brasil, às 21h, na TV
Brasil (03/10).
Pesquisa: Brasil fica em 3º entre países que têm mais crianças com dispositivos móveis
Além da preocupação do acesso à internet via computadores, os pais agora têm de lidar com o conteúdo acessado pelos filhos também em dispositivos móveis. Em uma pesquisa realizada pela empresa de segurança F-Secure, cerca de 31% dos entrevistados brasileiros afirmaram que os filhos já possuem smartphones ou tablets. Esse índice deixa o Brasil em terceiro lugar entre os países com mais crianças com dispositivos móveis.
O país em primeiro lugar da lista é a Índia, com 53% de entrevistados com filhos conectados via dispositivos móveis, seguida dos Estados Unidos (37%). A Espanha divide o terceiro lugar com o Brasil, também com 31%.
A pesquisa, feita em 14 países com 6,4 mil usuários de internet banda larga, mostra ainda que no Japão os pais são mais rígidos quanto ao acesso das crianças de até 12 anos a smartphones e tablets. Apenas 9% dos entrevistados afirmaram que seus filhos possuíam dispositivos móveis com acesso à internet.
Já em relação ao acesso das crianças a conteúdo inadequado na internet, nove em cada dez brasileiros disseram estar muito preocupados com o tema. Outros países em que o índice de preocupação também é alto foram Alemanha (96%), Bélgica, Canadá e Finlândia (95%).
“É importante que os pais, mães e todos os familiares saibam educar as crianças sobre as ameaças que circulam na internet e esta conscientização deve acontecer desde os primeiros cliques. É fundamental os pais estarem seguros com relação ao que seus filhos acessam, pois um único clique pode redirecioná-la para um site com conteúdo nocivo”, alerta Ascold Szymanskyj, vice-presidente de vendas e operações da F-Secure na América Latina.
“Proibido para menores de 13 anos, Facebook é cheio de crianças; saiba como protegê-las” (09/03/2012) por Ana Carolina Prado, do UOL, em São Paulo, clicando aqui.
“Autodidatas da tecnologia, crianças ignoram bê-á-bá da segurança online” (02/08/10) por Ana Ikeda, Do UOL Tecnologia clicando aqui.
“Papel de controle no ambiente online cabe aos pais, alertam educadores” (02/08/10), por Ana Ikeda do UOL Tecnologias, clicando aqui.
Amazon vai produzir comédias e seriados para crianças
Conteúdo será exibido no serviço de vídeos on-line da companhia
Nesta segunda-feira, a gigante do varejo eletrônico Amazon anunciou mais um passo na direção do mercado de vídeos na internet. De acordo com Roy Price, diretor da Amazon Studios, a companhia está buscando roteiros e pilotos originais para comédias e shows infantis que possam integrar o repertório do seu serviço de distribuição de conteúdo, o Instant Video.
Desde 2010, o estúdio investe na criação de material exclusivo para os clientes da empresa americana. A repentina entrada no universo dos seriados pode abrir novas possibilidades neste mercado, sugerindo até uma rivalidade com os grandes estúdios. "Notamos que existe uma demanda para a criação de tais conteúdos, por isso queremos desenvolver algo original", afirmou Price em um comunicado oficial.
Para garantir um fluxo constante de ideias, a companhia abriu as portas para cineastas e roteiristas interessados em colocar seus projetos no ar. Todo material enviado passa por uma avaliação da equipe, que faz críticas e sugere alterações. Atualmente, o Amazon Studios tem mais de 700 pilotos e 7.000 scripts na gaveta.
Caso a ideia entre para a lista de material com chances de ir para a produção, o autor pode ganhar cerca de 10.000 dólares. Projetos aprovados ganharão 55.000 dólares e mais 5% sobre a venda de brinquedos, camisetas e royalties.
Para conferir a página de Amazon Studios, clique aqui.
Comentário de Filosomídia:
A criança, aqui, ainda é a "alma do negócio": "Projetos aprovados ganharão 55.000 dólares e mais 5% sobre a venda de brinquedos, camisetas e royalties".
TV se mantém como meio mais popular nos Estados Unidos
Nielsen indica que 288 milhões de americanos assistem à mídia, enquanto 211 mi usam internet
A televisão se mantém como a mídia mais popular dos Estados Unidos, mesmo com o aumento acelerado dos canais digitais via computadores e dispositivos móveis, segundo estudo da Nielsen. O levantamento apontou que 114,7 milhões de americanos tem ao menos um televisor, sendo que, entre eles, 28,3 milhões possuem três e 35,9 milhões pelo menos quatro aparelhos.
Em números gerais, 288 milhões de americanos assistem TV, 232 milhões possuem celular, 211 milhões usam a internet e 113 milhões acessam a web via smartphones. “Analisando o panorama de mídia dos Estados Unidos, em constante mudança, a TV se mantém como a mais popular”, ressalta o estudo.
Segundo a pesquisa, o típico consumidor americano gasta cerca de 33 horas por semana assistindo TV, enquanto dedica cerca de quatro horas do seu tempo para utilizar a internet via PC. A TV sob demanda, conceito já maduro no mercado americano, registra acesso médio de duas horas e 21 minutos por semana, enquanto o os vídeos online atraem 27 minutos de atenção em média durante o mesmo período, além de sete minutos via dispositivos móveis.
Em geral, 143 milhões de pessoas acessam conteúdo e vídeos transmitidos via web, 111 milhões utilizam a tecnologias sob demanda para o mesmo propósito e 30 milhões usam seus celulares para tal. A média para cada usuário de internet é acessar 2,905 páginas web por mês e 830 no Facebook, além de visitar 94 domínios diferentes.
“Sexo” é 4º termo mais buscado por crianças na web
As palavras sexo e pornô estão entre as dez mais procuradas por crianças na internet. O ranking foi feito pela empresa de segurança Symantec, que identificou as 100 principais buscas feitas entre fevereiro e junho através de seu serviço de segurança familiar OnlineFamily.Norton, que supervisiona o que as crianças e adolescentes fazem da internet. No topo do ranking está o site de vídeos YouTube, de propriedade do Google. A palavra sexo aparece em quarto lugar e pornô em sexto.
A pesquisa aponta que as crianças usam a web para ver vídeos no YouTube, se conectarem com amigos em redes sociais e fazer buscas com as palavras sexo e pornografia. A estrela da Internet Fred Figglehorn, personagem de ficção cujos vídeos no YouTube são populares entre crianças, aparece na nona posição entre as principais pesquisas online.
O Google é o segundo termo mais popular e o Yahoo aparece na sétima posição.
Enquanto isso, o site de redes sociais Facebook ficou em terceiro e o MySpace em quinto. Outros termos populares incluem Michael Jackson, eBay, Wikipedia, a atriz Miley Cyrus, que interpreta a personagem Hannah Montana em um seriado da Disney, Taylor Swift, Webkinz, Club Penguin, e a música “Boom Boom Pow”, da banda Black Eyed Peas.
A representante da Symantec para segurança na Internet, Marian Merritt, afirmou que a lista mostra que os pais precisam ter consciência sobre o que seus filhos estão fazendo online. “Também ajuda a identificar momentos em que os pais devem falar com seus filhos sobre comportamento apropriado na Internet e outras questões relacionadas à vida online de suas crianças”, afirma ela em comunicado da empresa.
A lista foi produzida depois que a Symantec avaliou 3,5 milhões de pesquisas feitas pela ferramenta OnlineFamily.Norton, que permite que os pais vejam o que crianças estão pesquisando e com quem estão falando em mensagens instantâneas e que redes sociais estão usando.
Leia também no Estadão "Protegendo as crianças dos perigos na rede" (Pedofilia e cyberbullying) 18/05/2009, clicando aqui.
"Sexo" e "pornô" estão entre os temas mais pesquisados por crianças na internet
Especialista orienta pais a lidarem com temas como sexo e pornografia com naturalidade. Proibir sem justificativas ou sem diálogo pode aumentar a curiosidade das crianças
Pesquisa realizada pela empresa de segurança de softwares Symantec revela que palavras como "sexo" e "pornô" estão entre as mais buscadas na internet, por crianças menores de sete anos e jovens até 18 anos. A palavra "sexo" está em quarto lugar no ranking de expressões digitadas em buscadores por crianças de 8 a 12 anos e de adolescentes de 13 a 18 anos. O termo "pornô" é a quarta palavra mais pesquisada por crianças de até sete anos. A pesquisa divide os usuários em três faixas de idade: até 7 anos, de 8 a 12 e de 13 a 18; e por sexo.
O resultado da pesquisa preocupou Clarice Torquato, mãe de uma menina de 9 anos. Em entrevista ao site Rede Brasil Atual, ela explicou como procura acompanhar a vida "virtual" da filha. "Eu vejo o histórico dos sites acessados. Ali eu vejo onde ela foi e o que viu", afirma.
Clarice também pede que a filha utilize a internet com a porta do quarto aberta para que tenha controle visual das atividades da menina. "Eu me preocupo, porque às vezes ela quer pesquisar sozinha para um trabalho escolar e não sabe que há sites com vírus e outros com conteúdo inadequado", relata. Apesar do receio de vírus, a maior preocupação de Clarice é a pedofilia na internet. "Eu morro de medo. É muito duro isso para uma mãe", confessa.
Segundo ela, a filha passa a maior parte do tempo em joguinhos, mas percebe que crianças da família, com mais idade, usam a internet para pesquisar temas mais adultos. "Outro dia vi uma menina de 11 anos pesquisando sobre bebês, como eles nascem e como são feitos", revela.
Para Yara Garzuzi, especialista em terapia comportamental e Mestre em distúrbios do desenvolvimento, a falta de diálogo entre pais e filhos leva as crianças a procurarem os assuntos sobre os quais têm dúvida, na internet. "Eles procuram da forma deles", aponta. Para ela, dialogar e acompanhar o dia a dia das crianças, ajuda tanto nas questões de sexualidade como no relacionamento entre pais e filhos, em geral.
O ideal é que os responsáveis por crianças ou adolescentes estejam sempre atentos às necessidades psicológicas das crianças. "Não é bom falar de assuntos delicados de forma abrupta. O melhor é explicar no limite das perguntas deles. Não é preciso contar os detalhes dos detalhes", destaca. "Não é bom estimular os assuntos, nem criar um tabu, porque daí as crianças vão buscar (a resposta) na internet", lembra.
Segundo Yara, não há uma idade certa para falar sobre sexo com os pequenos. "Depende mais da curiosidade da criança. Cada uma tem um desenvolvimento diferente da outra", avalia.
Outro ponto importante é acompanhar de perto os sites e assuntos que as crianças acessam na internet, sem demonstrar que se trata de um monitoramento. "Na verdade, é um partilhar. Quanto mais partilhas houver, melhor a resposta e o contato com os pais", avalia.
A especialista também orienta que os pais tratem os assuntos com naturalidade para não aumentar a curiosidade das crianças. "Quando eu proíbo um assunto, dou atenção a ele e desperto a curiosidade das crianças. Proibir por proibir, sem explicar o motivo, jamais! O que não é bom, como pornografia, deve ser motivo de muito diálogo", comenta.
Redes sociais na frente
"YouTube", "Google" e "Facebook" lideram a lista de temas procurados na internet, segundo a pesquisa em todas as faixas pesquisadas. Os sites de relacionamento também estão entre os preferidos, independentemente do sexo e da idade dos usuários.
Levando em conta as diferentes preferências de meninos e meninas, a pesquisa detectou que crianças e jovens do sexo masculino acessam mais sites de compras, de temas considerados inapropriados e jogos. Já as meninas preferem músicas, entretenimento e celebridades.
Crianças até 7 anos passam a maior parte do tempo na internet em jogos (23%). De 8 a 18 anos, a maior parte do interesse é direcionado para músicas.
A pesquisa foi realizada com base em 14,6 milhões de buscas feitas por esse publico de 2 de fevereiro a 4 de dezembro de 2009. Os internautas eram usuários do serviço OnlineFamily.Norton, da Symantec.
Confira as dez palavras-chaves mais pesquisadas (em 2009) pelas crianças.
1º. YouTube
2º. Google
3º. Facebook
4º. Sexo
5º. MySpace
6º. Pornô
7º. Yahoo
8º. Michael Jackson
9º. Fred (Personagem que se tornou popular entre as crianças no YouTube)
10º. eBay
Veja também no G1 "Saiba como educar as crianças para uma navegação segura na Internet" (15/05/2009),por Juliana Carpanez, clicando aqui.
Seja brincando com bolinhas de gude ou disputando torneios em videogames avançados, jogar sempre foi um dos passatempos preferidos das crianças. Agora, elas parecem ter descoberto um universo muito propício para esse tipo de brincadeira: as redes sociais.
De acordo com o estudo Kids Expert 2011, realizado anualmente pela Turner - que controla o canal infantil de TV paga Cartoon Network -, 72% das crianças que participaram da pesquisa no Brasil disseram jogar nas redes sociais. Para elas, essa é uma atividade mais frequente do que se comunicar com os amigos ou ver vídeos e fotos, por exemplo.
"Esse é um novo meio para brincar e fazer o que elas [as crianças] sempre fizeram", disse Renata Policicio, gerente de pesquisas da Turner.
Apesar de a maioria das redes sociais encorajarem o uso de seus sites apenas por pessoas com mais de 18 anos, o primeiro contato com esse ambiente digital tem ocorrido cada vez mais cedo.
Segundo a pesquisa, cujos resultados foram divulgados ontem, as crianças brasileiras passam a ter um perfil em alguma rede social com seis anos de idade, em média. O primeiro perfil costuma ser feito por familiares ou amigos. "As crianças brasileiras são as que entram mais jovens nas redes sociais, seguidas de perto pelas venezuelanas", disse Policicio.
O estudo levou em consideração o resultado de 750 entrevistas on-line realizadas no Brasil com pessoas das classes A, B e C, com idades entre 6 e 49 anos. A mesma pesquisa foi realizada na Argentina, na Colômbia, no México e na Venezuela. Segundo a Turner, a amostra incluiu adultos para que fosse possível comparar o comportamento nas diferentes faixas de idade.
O uso da internet pelas crianças, no entanto, vai além da diversão. Assim como os adultos, elas também tem usado a web para fazer comentários sobre marcas e produtos: 24% das crianças e 42% dos adolescentes deixam na web avaliações sobre o que consumiram.
Veja também "Crianças já temem riscos na Internet", sobre o estudo "Kids Experts 2011" apresentado por Renata Policicio e Rafael Davini do Cartoon Network, em Proxxima clicando aqui.
Faça download de apresentação em Powerpoint sobre o estudo, do Instituto Alana - Projeto Criança e Consumo, clicando aqui.
O acesso à internet é um direito humano básico, declarou as Nações Unidas na semana passada. Segundo um extensorelatório, em inglês, desconectar indivíduos da web é uma violação dos direitos humanos e vai contra a lei internacional. “O Relator Especial da ONU salienta a natureza transformadora e única da internet não apenas para permitir que indivíduos exercitem seu direito à liberdade de opinião e expressão, mas também de uma série de outros direitos humanos, e para promover o progresso da sociedade como um todo”, relatou o sumário. Em março, uma entrevista da BBC em 26 países havia apontado que 79% das pessoas acreditam que o acesso à internet é um direito fundamental.
O documento foi divulgado no mesmo dia em que uma empresa de monitoramento revelou que 2/3 do acesso à internet na Síria foi bloqueado, sem aviso. “A recente onda de protestos em países do Oriente Médio e África do Norte mostrou o papel-chave que a internet pode desempenhar em mobilizar a população para pedir por justiça, igualdade e mais respeito aos direitos humanos. Sendo assim, facilitar o acesso à internet para todos os indivíduos, com a menor restrição ao conteúdo online possível, deve ser prioridade”, ressaltou o relatório.
Muitos ditadores e líderes no Oriente Médio reconhecem o poder da rede e tentam cortar seu acesso. Na maioria dos casos, no entanto, os cidadãos encontram uma maneira de furar o bloqueio. No Egito, por exemplo, centenas de indivíduos usaram modens e linhas de telefone antigos para conseguirem acesso por meio de uma rede global.
Bons exemplos
Alguns países já derem um passo à frente no reconhecimento da importância do acesso à rede. A Estônia aprovou, em 2000, uma lei que declara o acesso à internet um direito humano básico. Em 2009, a França fez o mesmo. Legisladores na Costa Rica tomaram uma iniciativa semelhante no ano passado. Já a Finlândia determinou, em 2009, que toda conexão à internet deve ter uma velocidade de, no mínimo, um megabyte por segundo. Informações de Nicholas Jackson [The Atlantic,3/6/11].
Liberdade na internet está sob ameaça dos governos
Novo relatório apresentado ao Conselho de Direitos Humanos pelo relator especial sobre a liberdade de expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, advertiu que nos últimos anos o desejo e as ações do governo direcionadas a controlar o fluxo de informações na internet aumentou consideravelmente.
Segundo o relator são justamente as características da internet, rapidez no acesso e na troca de todos os tipos de informações, que estão incomodando governantes por todo mundo. Recentemente, assistimos ao controle exercido pelos ditadores árabes sobre a internet depois de perceberem que esta estava ajudando as manifestações de civis contra seus regimes e a favor da democracia.
Além da prisão de alguns blogueiros no ano passado, La Rue aponta que os métodos utilizados para bloquear conteúdos estão cada vez mais sofisticados o que conduz a uma situação onde os direitos humanos mais básicos do cidadão de fato estão sendo desrespeitados.
Essa realidade exige que leis bem claras protegendo o conteúdo da internet e a liberdade de expressão funcionem de fato e sejam respeitadas. Procedimentos invasivos sem dúvida devem ser considerados crimes e os controladores é que devem ser presos, não os controlados como vem acontecendo. Nos países democráticos não deve haver sequer discussão a esse respeito, afinal, se a liberdade começar a ser controlada, ficará difícil sustentar o paradoxo em que se transformará a própria democracia.
Veja texto sobre o assunto publicado pelo FNDC “Liberdade na Internet está sob ameaça de governos” da página do Observatório do Direito à Comunicação, clicando aqui.
As mídias sociais estão revolucionando tudo, principalmente na área da comunicação. Mesmo com a internet ainda estando em fase de crescimento e principalmente pelo fato de os serviços relacionados ao acesso ainda serem muito contrários às pesquisas que mostram os brasileiros como um povo que passa muito tempo conectado.
A televisão já é a muito tempo a principal ferramenta de comunicação de massa e continua a escrever tendências e exercer grande influência na sociedade. Mas este império criado pelas grandes emissoras do país também esta se rendendo a essa recente revolução.
Citamos aqui algumas constatações que comprovam que essas grandes empresas de comunicação estão se rendendo as novas tecnologias, seja por medo de ser substituído por elas ou apenas para oferecer um serviço mais completo aos tele-espectadores.
Jornalismo: Talvez uma das primeiras áreas da televisão a tentar se adaptar as novidades da internet. O jornalismo vem se adaptando com a internet, vemos programas jornalísticos de diversas emissoras fazendo matérias sobre acontecidos da web, tentando atrair de volta aquele público que está migrando para a internet...
Novelas: As novelas talvez sejam a melhor ferramenta que a televisão possui para exercer o seu poder. Podemos perceber essa influência quando vemos modas serem lançadas pela novela das 20h que está passando...
Programação: Já vemos que a internet vem mudando a grade de horários das grandes emissoras brasileiras. Como em qualquer empresa, as emissoras vivem em base a resultados e retorno por parte dos clientes, os espectadores no caso da televisão....
Publicidade: O assunto publicidade tradicional contra a nova publicidade já é assunto comum...
Entretenimento: Outra função que a televisão está perdendo é o poder de entretenimento que vem sendo “roubado” pela internet, principalmente na parte do público jovem...
Dennis Altermann
Leia o texto completo em Midiatismo clicando aqui.
"Há pouco mais de um ano, este blog publicou um texto sobre o "dilúvio informacional" dentro do qual tentamos navegar no imenso oceano de dados em rede do mundo contemporâneo, para entender um pouco da era da informação e do conhecimento. nosso ponto de partida foi umrelatório especial da Economistsobre como estamos gerando dados e vivendo cercados por eles, quase sem ter como escapar.
Inclusive porque já estamos na situação em que a torrente de informação gerada por pessoas e sistemas, informatizados e conectados, já não tem nem mais onde ser guardada, como mostra o gráfico ao lado. e isso há tempos: desde 2007, se cria bem mais informação do que os sistemas de arquivos podem armazenar. mas não é só a criação que importa, é o fluxo de informação também: segundo a CISCO,o tráfego global na internet cresceu 45% em um ano [entre 2009 e 2010], chegando a 15 exabytes por mês. e os sinais são de que tal fluxo será quatro vezes maior em 2014, chegando a 767 exabytes no ano. leve em conta que um exabyte é um quintilhão de bytes, algo com nada menos que 18 zeros depois do 1… e pense no volume de dados indo de um ponto a outro na rede mundial.
Sílvio Meira
Leia o texto completo na página do Terra Magazine clicando aqui.
Para Sílvio Meira, a mudança no ensino virá em função do novo tipo de aluno que começa a chegar às escolas, o aluno conectado. Estes estudantes, que usam a WEB intensivamente para suas pesquisas, não vão mais aceitar professores que repetem conteúdos de livros, levando o sistema a mudar. No vídeo abaixo ele mostra como essa mudança vai se dar.
Este documento define dez direitos fundamentais e princípios base de governança da Internet. Eles foram compilados pela Coligação Dinâmica de Direitos e Princípios da Internet (IRP), uma rede aberta de indivíduos e organizações que trabalham para defender os direitos humanos no mundo da Internet.
A Internet oferece oportunidades sem precedentes para o conscencialização dos direitos humanos, e desempenha um papel cada vez mais importante nas nossas vidas diárias. Por conseguinte, é essencial que todos os intervenientes, tanto públicos como privados, respeitem e protejam os direitos humanos na Internet. Devem também ser tomadas medidas para garantir que a Internet funciona e evolui de modo a que os direitos humanos sejam defendidos, na medida do possível.
Para ajudar a concretizar esta visão de uma Internet baseada em direitos, os 10 princípios e direitos são:
1) Universalidade e Igualdade Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, que devem ser respeitados, protegidos e cumpridos no ambiente online.
2) Direitos e Justiça Social A Internet é um espaço para a promoção, proteção e cumprimento dos direitos humanos e também da promoção de justiça social. Cada indivíduo tem o dever de respeitar os direitos humanos de todos os outros no ambiente online.
3) Acessibilidade Todos os indivíduos têm igual direito de acesso e utilização a uma Internet segura e aberta.
4) Expressão e Associação Todos os indivíduos têm o direito de procurar, receber e difundir informação livremente na Internet sem censura ou outras interferências. Todos os indivíduos têm também o direito de se associar livremente, seja para fins sociais, políticos, culturais ou outros, na e através da Internet.
5) Privacidade e Protecção de Dados Todos os indivíduos têm o direito à privacidade online, incluindo a liberdade de vigilância, o direito de usar criptografia e o direito ao anonimato online. Todos os indivíduos têm também o direito à protecção de dados, incluindo o controle sobre colecção, retenção, transformação, eliminação e divulgação de dados pessoais.
6) A Vida, Liberdade e Segurança O direito à vida, à liberdade e à segurança na Internet devem ser respeitados, protegidos e cumpridos. No ambiente online estes direitos não devem ser desrespeitados, ou utilizados para violar outros direitos.
7) Diversidade A diversidade cultural e linguística na Internet deve ser promovida; técnicas e políticas inovadoras devem ser incentivadas para facilitar a pluralidade de expressão.
8) Rede de Igualdade Todos os indivíduos devem ter acesso universal e aberto ao conteúdo da Internet, livre de priorização discriminatória, de filtragem ou controle de tráfego por motivos comerciais, políticos ou outros.
9) Normas e Regulamentos A arquitetura da Internet, os sistemas de comunicação e o formato de documentos e dados devem ser baseados em padrões abertos que garantem a completa interoperabilidade, a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos.
10) Governança Os direitos humanos e a justiça social devem formar as bases legais e normativas sobre as quais a Internet funciona e é governada. Isto deve acontecer de forma transparente emultilateral, baseada nos princípios de abertura, participação inclusiva e de responsabilização.
Children are entitled to all of the rights in the present Charter. Furthermore, as enshrined in Article 25 of the UDHR: childhood is "entitled to special care and assistance". As enshrined in Article 5 of the CRC young people are entitled to respect for their “evolving capacities”.
In terms of the Internet this means that children must both be given the freedom to use the Internet, and also protected from the dangers associated with the Internet. The balance between these priorities shall depend on the young person’s capabilities. The State must respect the rights and responsibilities of parents and the extended family to provide guidance for the child which is appropriate to her or his evolving capacities.
On the internet the right to special care and assistance and respect for evolving capacities of children includes:
a) Right to benefit from the Internet
Children should be able to benefit from the Internet according to their age. Children must have opportunities to use the Internet to exercise their civil, political, economic, cultural and social rights. These include rights to health, education, privacy, access to information, freedom of expression and freedom of association.
b) Freedom from exploitation and child abuse imagery
Children have a right to grow up and develop in a safe environment that is free from sexual or other kinds of exploitation. Steps must therefore be taken to prevent the use of the Internet to violate the rights of children, including through trafficking and child abuse imagery. However, such measures must be narrowly targeted and proportionate. The effect of measures taken on the free flow of information online must be given due consideration.
c) Right to have views heard
Children who are capable of forming their own views have the right to express them in all Internet policy matters that affect them, and their views shall be given due weight according to their age and maturity.
d) Best interests of the child
As enshrined in Article 3 of the CRC: "in all actions concerning children, whether undertaken by public or private social welfare institutions, courts of law, administrative authorities or legislative bodies, the best interests of the child shall be a primary consideration".