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domingo, 12 de junho de 2011

Relatório FCC/EUA: informação comunitária está na base da democracia cidadã


"A importância estratégica do noticiário local

A Comissão Federal de Comunicação (FCC, na sigla em inglês), o órgão do governo norte-americano encarregado da regulamentação das mídias, divulgou esta semana um surpreendente relatório no qual faz um alerta sobre o futuro da imprensa local e adverte que a informação comunitária está na base da democracia cidadã.

O relatório de 150 páginas afirma que a importância das notícias locais está crescendo, mas as empresas jornalísticas mostram grande dificuldade em atender a esta necessidade, o que provoca um déficit informativo que terá conseqüências – ainda imprevisíveis – no funcionamento da democracia em comunidades sociais, bairros e cidades pequenas ou médias.

Uma das constatações mais importantes é a de que a internet multiplicou exponencialmente a formação de canais de informação, mas isso coincidiu com uma drástica redução da investigação jornalística provocada, entre outros fatores, pelo desaparecimento de 13.400 empregos de repórteres e editores nos Estados Unidos, desde 2007.

Tendência preocupante

O fenômeno não é novo e já foi discutido em vários fóruns tanto presenciais como online. O que surpreende é que o FCC tenha saído a campo para tratar de um tema que parecia preocupar mais os acadêmicos, enquanto os empresários e jornalistas o tratavam como se fosse um tema menor.

A nova relevância que ganhou a comunicação local é uma conseqüência do crescimento dos indícios de que ela está diretamente ligada ao papel que as comunidades começam a ter como fator de reorganização das estruturas sociais na era digital.

As mídias locais sempre foram vistas como uma ferramenta político/comercial manipulada por interesses paroquiais – onde a ética, geralmente, era vista como um obstáculo e não como uma norma. É claro que existiram e existem exceções, mas o quadro geral nunca foi dos mais animadores. Com a chegada da internet, a crise do noticiário local se tornou ainda mais aguda, porque grande imprensa regional iniciou o enxugamento das redações justamente pela cobertura comunitária.

A sobrevivência da indústria jornalística local passou a ser um dilema crucial dada a inexistência de modelos de negócio adequados ao contexto comunitário. Os grandes jornais começaram a testar fórmulas de acesso pago a conteúdos online, mas elas dificilmente poderão ser aplicadas localmente. Isso gerou uma brutal recessão nos negócios da mídia local norte-americana, que apesar de ser muito diferente da brasileira sinaliza uma tendência que, no mínimo, deve nos preocupar."

Via Carlos Castilhos . Observatório da Imprensa
10 jun 2011

Leia o texto completo no Observatório da Imprensa clicando aqui. Conheça o Relatório "The Information Needs of Communities" da FCC clicando aqui.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Democratizar a comunicação para a democratização da sociedade: um desafio, um mito


"Sem a democratização da comunicação, não haverá a democratização da sociedade. Esse lema reflete o sentido da existência da maior organização social voltada para a comunicação, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC. É com esse objetivo que diversas organizações, ONGs, sindicatos, partidos e pessoas se articulam, discutem e deliberam propostas voltadas para ampliar o acesso aos meios de comunicação em nosso país.

Ao lançar mão dessa frase, o FNDC visa reivindicar espaço para a comunicação dentre os diversos temas que compõem a agenda dos movimentos sociais no Brasil. Essa atitude tem um importante valor estratégico: ressalta o papel potencializador da comunicação nas suas lutas específicas, mas também chama a atenção para as particularidades da comunicação como temática própria, dentro de um sistema restritivo e excludente, que inibe uma efetiva participação na programação de seus meios.

Ao contrário de outros temas de relevada importância, como meninos de rua e a o trabalho infantil, os carentes e marginalizados pelo monopólio e pelo oligopólio da comunicação somos todos nós, que vemos a cada dia novas mentiras e meias verdades serem divulgadas pelos meios de comunicação. Esse dia-a-dia em que somos emudecidos pelo poder aquisitivo empresarial com a conivência do Estado, nos leva a refletir a comunicação de forma mais apurada.

Esse artigo procura demonstrar que a bandeira de luta do FNDC não se traduz na ação e na concepção das diversas organizações que atuam no âmbito da democratização da comunicação, seja pela incapacidade historicamente observada em se criar pontes com outras temáticas de importância dos movimentos sociais, ou pela limitação de buscar a democratização da comunicação em si mesma, visando a ampliação de experiências e de pessoas que destas participam.

Enfatizaremos conceitos e formas de atuação das organizações específicas de produtores e militantes, que atuam no âmbito da democratização da comunicação, tais como: o conceito de controle público do FNDC e suas principais frentes de luta, que orientam a estratégia da entidade; a perspectiva da nova geração de emissoras e associações de rádios comunitárias, apoiada na expectativa de regulamentação de suas atividades, a partir da ABRAÇO - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, e suas afiliadas estaduais; a articulação de produtores e usuários de vídeo popular e experiências de tvs comunitárias em torno da ABVP - Associação Brasileira de Vídeo Popular e as recentes articulações para a formação dos canais comunitários de TV a Cabo, a partir da capacidade de uso e ação política que a Lei de Cabodifusão possibilita".

Adilson Cabral

Leia o artigo completo em Comunicação, clicando aqui.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Curso de difusão cultural “Entendendo a Mídia”

Curso de difusão cultural “Entendendo a Mídia” 

Nosso curso de educação para os meios e comunicação comunitária é composto por aulas expositivas, atividades práticas e debates. Com formato adaptável à cada comunidade atendida, pode atuar em todo o território nacional.

Objetivos do Curso

O curso de difusão cultural “Entendendo a Mídia” pretende conceituar, esclarecer e debater diversos aspectos da educação para os meios(experiências educativas para a recepção das mensagens da mídia) e dacomunicação comunitária. Por meio de aulas expositivas, exercícios, debates e produção dos alunos, o curso propõe cinco objetivos gerais:

1. Discutir e desmistificar os preconceitos, aforismos e generalizações que cercam o debate sobre mídia

2. Estimular e instrumentalizar a autonomia crítica na leitura dos meios de comunicação para o enfrentamento de desigualdades sociais

3. Provocar e instrumentalizar os participantes para a prática da comunicação comunitária, incentivando o protagonismo transformador e auto-sustentável na comunidade atendida

4. Formar agentes comunitários capazes de multiplicar as informações e reflexões construídas coletivamente no curso

Saiba mais e conheça a íntegra do Projeto (PDF) na página do Repórter Brasil, clicando aqui.