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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A pressa que desinforma


"A rapidez com que "envelhecem" as revistas semanais de informação é um dos sintomas de como os novos meios, reestruturados pelas redes sociais virtuais, afetam o jornalismo tradicional. Observe-se, por exemplo, como, já na segunda-feira desta semana, as reportagens publicadas nas revistas brasileiras sobre a revolução contra a ditadura no Egito pareciam superadas em relação ao que traziam os jornais.

O fenômeno ainda merece estudos mais aprofundados, mas é de se questionar que recursos precisarão inventar as publicações de periodicidade semanal para manter a atenção de seus leitores diante da dinâmica dos fatos.

Já se disse, nos anos 1990, quando começou a era da Internet, que jornais e revistas seriam obrigados a oferecer mais reflexão do que informação, mas não se pode afirmar que a profusão de colunas, artigos e outros penduricalhos esteja ajudando o leitor a entender melhor o contexto do noticiário. Persiste ainda, nos meios impressos, certa afobação em definir e explicar os acontecimentos, quando na verdade talvez esteja em curso a valorização gradual e segura do significado em lugar do opiniário puro e simples.

(...) As notícias de um retrocesso não combinavam com o relato do "front", transmitido dos telefones celulares de manifestantes para as redes da internet, dando conta de que Mubarak havia sido alijado da cúpula do governo. Só mais tarde, quando o comando militar divulgou o comunicado oficial informando sobre a destituição do ditador, a imprensa ocidental assumiu que o tirano havia caído.

Entretanto, desde a manhã as redes sociais refletiam o clima de festa no Cairo, porque os manifestantes haviam entendido que, ao ser deixado de fora da reunião da cúpula de governo, Mubarak estava claramente destituído. A imprensa tradicional só assumiu esse fato como verdadeiro após a divulgação de uma nota oficial do comando militar.

Quando a pressa em interpretar os fatos se sobrepõe ao cuidado na apuração e na análise, corre-se o risco de antepor a opinião do jornalista ao verdadeiro significado do acontecimento".

Por Luciano Martins Costa em 15/2/2011
Comentário para o programa radiofônico do OI, 15/2/2011

leia o texto completo no Observatório da Imprensa clicando aqui.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Televisão: bem informados, mal esclarecidos


"Informação não é sinônimo de comunicação e muito menos de contextualização. O que a TV faz é in-formar, ou seja colocar na forma os acontecimentos, separando cada um deles segundo os seus interesses, embalando-os em papel celofane vistoso e entregando-os de bandeja ao telespectador. Em casa, diante da TV, ele é até capaz de agradecer pelo brilho da informação recebida.

Comunicação é outra coisa. É tornar um fato comum a todos a partir das várias visões que ele pode proporcionar. Só assim se tornará concreto, síntese de múltiplas determinações, como já assinalava um filósofo do século retrasado. Mas para tanto só a informação não basta. É preciso pesquisa, interpretação, método de análise e, mais do que tudo, debate.

O Brasil talvez seja a única grande democracia do mundo onde não existem debates políticos em redes nacionais de TV. O caso do Egito explica. Num debate plural certas informações não selecionadas pelos telejornais e escondidas do telespectador viriam à tona, tornar-se-iam comuns a todos e, aí sim, estaria sendo exercida a comunicação real. É o que temem os donos da mídia".


Lalo Leal . Sociólogo e Jornalista


Leia o texto completo na página da Carta Maior clicando aqui.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

We are all Khaled Said



Khaled Said, a 28-year-old Egyptian from the coastal city of Alexandria, Egypt, was tortured to death at the hands of two police officers. Several eye witnesses described how Khalid was taken by the two policemen into the entrance of a residential building where he was brutally punched and kicked. The two policemen banged his head against the wall, the staircase and the entrance steps. Despite his calls for mercy and asking them why they are doing this to him, they continued their torture until he died according to many eye witnesses.

Khaled has become the symbol for many Egyptians who dream to see their country free of brutality, torture and ill treatment. Many young Egyptians are now fed up with the inhuman treatment they face on a daily basis in streets, police stations and everywhere. Egyptians want to see an end to all violence committed by any Egyptian Policeman. Egyptians are aspiring to the day when Egypt has its freedom and dignity back, the day when the current 30 years long emergency martial law ends and when Egyptians can freely elect their true representatives.

Saiba mais página "We are all Khaled Said" clicando aqui, e no Facebook clicando aqui. Texto em português clicando aqui. Homenagens no Youtube clicando aqui e aqui além de muitas outras.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Os alunos estão perguntando sobre os protestos no Egito?



Os alunos estão perguntando sobre os protestos no Egito?

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Caos, confusão, e os sentimentos de esperança são a mistura nas ruas do Egito.Desde 25 de janeiro, os manifestantes foram exigindo publicamente que o presidente egípcio, Hosni Mubarak, o cargo após 30 anos no poder.

Dezenas de milhares de manifestantes estão se aglomerando emTahrir Square, no centro da cidade do Cairo, capital do Egito. Muitos dos que estão demonstrando em seus adolescentes e 20 anos.

Mais multidões estão se reunindo em outras cidades do Egito. Estão cantando slogans contra o presidente Mubarak, lhe pedindo para que renuncie de sua posição. Dizem que ele é um ditador que não deu ouvidos ao povo. Os manifestantes esperam que o governo de Mubarak será substituído por um governo eleito pelo povo. Até agora, a resposta do presidente Mubarak tem sido a de fazer algumas mudanças no seu governo. Na terça-feira, 1º. de fevereiro, ele disse que não se candidataria novamente. Mas a maioria das pessoas sente que não é suficiente.

Leia o texto completo na página de Weekly Reader clicando aqui.



Egypt's children . As crianças do Egypto


"Uma menina que tinha caído com dores de estômago foi trazida, carregada nos braços de um capitão do Exército. Seus pais haviam tomado seus quatro filhos para a praça no período da manhã e a família já estava lá há seis ou sete horas. Seu pai, Amr Helmy, um antigo oficial do Exército, disse-me que ele acreditava que era importante que eles vissem a demonstração. "Eles precisam começar a se acostumar a elas!", brincou ele, "para que eles aprendam que não precisam ter medo. Nossa geração perdida, nossa vida sem sentido."

Trecho do depoimento de um pai que levou sua família para as manifestações em Tahrir Square, Cairo.


Egypt's children
01 fev 2011
The New Yorker

Leia o texto completo na página do The New Yorker, em inglês, clicando aqui.

Cildren's Egypt é uma canção popular egípcia dos anos 70, cantada nas ruas da cidade.

A foto é de Mohammed Abed/AFP, publicada pelo UOL em 01 fev 2011. Apenas ilustrativa desse texto acima, mas bem que se refere à cena do texto acima. Legenda e matéria do UOL: "Criança com palavra "Egito" escrito na testa é carregada por sua mãe durante protesto na praça Tahrir, no Cairo. Manifestantes começaram a concentrar-se nesta terça-feira no Cairo para um protesto que espera reunir um milhão de pessoas em uma grande manifestação contra o regime do presidente egípcio, Hosni Mubarak. Na praça Tahrir, símbolo dos protestos sem precedentes na era de Mubarak, já estão concentradas milhares de pessoas, muitas das quais passaram a noite no local".

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

What is the situation of children in Egypt?


Many garbage collectors work and live in the Suburbs of Cairo, Egypt. This photo shows us Marina, age 3 playing with other children in the back of a garbage collector.

"Adolescents - one quarter of the population - face considerable challenges in finding employment. This is aggravated by the quality of their education, which does not provide them with the necessary skills. There is a lack of proper information on age-specific issues and limited opportunities for their participation in different contexts starting within their families to their schools to community at large, which affect their ability to have a meaningful role in their society and in national development.

The Government prioritizes child protection, and national plans of action and programmes for at-risk children are in place to deal with abuse and violence in homes, schools and the streets. An estimated 8 per cent of children aged 6-14 years are child laborers, mostly engaged in the agriculture sector, considered a hazardous occupation. There are a significant number of street children in Egyptian cities. Family breakdown and poverty are the root causes that push children to the streets.

Children are also drawn to the streets where they can socialize and earn money.

The prevalence of female genital mutilation and cutting (FGM/C) among girls aged 15-17 years is 77 per cent. The abandonment of FGM/C is a Government priority, and recent surveys indicate a lack of intent to circumcise girls in communities.

A 2006 study on child abuse in deprived urban communities, shows 81% of children having been corporally punished at home in the year preceding the survey, and 91% corporally punished during the same period in schools.

There is a need to institutionalize child protection mechanisms and services for monitoring and rehabilitation of children subjected to exploitation, abuse, violence and those deprived of primary care".

Leia mais dados UNICEF clicando aqui; vídeo de campanha apoiada pela UNICEF pelas crianças que vivem na rua clicando aqui; na página de FACE, For Children in Need, clicando aqui, em contraponto às informações de uma organização de turismo do Egito clicando aqui.