Mostrando postagens com marcador Adolescentes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Adolescentes. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Barbie: uma imagem que aprisiona


Barbie: uma imagem que aprisiona

Por Lais/Equipe 
13 julho 2012

"Barbie: uma imagem que aprisiona", esse foi o título do meu trabalho de conclusão de curso de Psicologia há alguns anos atrás. Mas, posso dizer que essa boneca loira e linda sempre chamou minha atenção não só pelos belos modelitos que exibia ou por seus 10 cm de quadril e 12,5 de busto. Barbie prometeu a todas as meninas de minha geração um mundo cor de rosa repleto de acessórios e acabou nos aprisionando nesse sonho.

Agora, vamos há um pouco de história.No final dos anos 50 o casal Ruth e Elliot Handler, fundadores da fábrica de brinquedos Mattel, encontraram um nicho de mercado, ainda não explorado, ao observar as brincadeiras de sua filha Barbara de 7 anos com bonecas de papel. Nessa época não existia uma boneca tridimensional de corpo adulto com a qual a criança pudesse fantasiar e realizar seus sonhos. Foi nesse momento que Ruth criou a Barbie e seu mundo "Pink" revolucionando para sempre as brincadeiras das meninas que, até então, brincavam exclusivamente com bebês como um exercício para a maternidade.

Desde a chegada da Barbie nas prateleiras, garotas do mundo todo passaram então a experimentar, em suas brincadeiras, a falsa idéia de que as mulheres adultas podiam ser o que desejassem: médicas, astronautas, bailarinas, mas claro, desde que fossem magras e belas. Assim, a boneca virou o jogo e passou não só a ditar as regras da brincadeira, mas também os desejos da garotada; por esgotar em seu corpo magro, oco e de plástico com as possibilidades de ser, pois passava valores que priorizavam o ter.

Barbie, hoje com mais de 50 anos de idade, continua sendo a boneca mais amada e vendida no mundo todo e acabou conquistando um fã clube de mais de 18 milhões de membros, desfiles inspirados em seus modelos de roupa, exposições em museus mundo afora e até mais de 36 cirurgias plásticas em um único corpo. A estética da Barbie é hoje imposta pela cultura da moda e, principalmente, pelas imagens publicitárias mobilizando milhões de meninas e adolescentes a fazer de tudo para conquistar o corpo ideal vendido como passaporte para a felicidade.

Esse fato é tão verdadeiro que na semana passada um exemplo chegou à maioria dos jornais brasileiros chocando a todos: Duas adolescentes inglesas de 16 anos, da cidade de Crewkerne, chegaram ao baile de formatura do colégio empacotadas dentro de caixas da Barbie em tamanho natural, como verdadeiras bonecas de plástico encenando uma entrada triunfal. As caixas de papelão de 1,80 m X 0,60, com flores pintadas a mão, foram feitas por uma das mães que gastou 250 libras para realizar o sonho das meninas.

Bom, se a intenção era roubar a cena elas conseguiram. A cidade toda parou para vê-las passar, aprisionadas em seu sonho de infância. Onde vamos parar? No baile de formatura! Agora, vale a reflexão... Se de alguma maneira, nós mulheres nos libertamos dos espartilhos de nossas bisavós, as adolescentes da atualidade continuam aprisionadas ao culto do corpo perfeito numa busca incansável pela magreza e felicidade que não lhes dá sossego.

Reproduzido de Consumismo e Infância
13 jul 2012

Leia também:

Barbie: tudo o que você quer ser ou considerações sobre a educação de meninas, por  Fernanda Roveri

Do rosa ao choque

A história da boneca Barbie foi objeto de estudo da dissertação de mestrado da professora Fernanda Roveri. O levantamento agora está no livro Barbie na educação de meninas: do rosa ao choque (Editora AnnaBlume), que será lançado no dia 27 de abri, às 16h30, na Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas.

No livro, a autora discute como meninos e meninas são educados por seus brinquedos e como a publicidade investe em carregá-los de feminilidade ou masculinidade. Enquanto os brinquedos destinados aos meninos propagam ideias de velocidade, destruição e desempenho, os brinquedos feitos para meninas reforçam a maneira sensível e passiva de como estas devem se comportar, reforçando conceitos de domesticidade e beleza como algo inerente ao feminino.

Leia o texto completo em Revistapontocom clicando aqui.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Comunicação e direitos da criança e do adolescente


Comunicação e direitos da criança e do adolescente

Redação
Infonet
28/06/2012

Com o intuito de fortalecer o debate acerca da relação entre mídia e infância e oferecer subsídios técnicos aprofundados para a consolidação de políticas de comunicação com foco em crianças e adolescentes, acontecerá no próximo dia 03 de julho a Oficina Infância e Comunicação - Referências para o marco legal e as políticas públicas brasileiras, realizado pela ANDI – Comunicação e Direitos, pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH), com apoio da Rede ANDI Brasil, representada em Sergipe pelo Instituto Recriando.

O evento pretende atingir preferencialmente os delegados eleitos na IX Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Sergipe, de modo a sensibilizá-los e mobilizá-los, oferecendo-lhes subsídios para que fortaleçam o debate em torno das propostas com foco em temas referentes à relação entre comunicação e direitos da infância e da adolescência durante a IX Conferência Nacional DCA, que acontecerá de 11 a 14 de julho, em Brasília.

A oficina será ministrada pela Gerente do Núcleo de Qualificação e Relações Acadêmicas da ANDI, Suzana Varjão, e pelo jornalista do Portal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Raphael Gomes. Ambos são atores sociais com ampla experiência na temática Infância e Comunicação. A discussão será pautada pelos 10 eixos temáticos elencados na publicação, dentre elas educação para a mídia; regulação de exibição de imagens e identificação de crianças e adolescentes em conteúdos midiáticos; classificação indicativa e produção de conteúdo audiovisual de qualidade para este público. Na ocasião, será ainda lançada a publicação “Infância e Comunicação - Referências para o marco legal e as políticas públicas brasileiras”.

É importante frisar que além de Aracaju, outras nove capitais receberão as oficinas. O ciclo de debates vai culminar com o Seminário Nacional sobre Direitos da Infância e Regulação dos Meios, que ocorrerá em Brasília no segundo semestre deste ano. A proposta integra o projeto “Infância e comunicação: produzindo conhecimento para promover e proteger os direitos de crianças e adolescentes em sua interface com a mídia”, executado pela ANDI, com a parceria da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, e apoio da Rede ANDI Brasil.

Em Sergipe, o seminário terá início às 9h, no Hotel Parque das Águas, localizado na Rua professor Jugurta Feitosa, 400, Atalaia, Aracaju-SE. Para obter mais informações, entrar em contato com a equipe de Comunicação do Instituto Recriando, através dos telefones (79) 3246-5242 e 3246-5211.

Fonte: Ascom Instituto Recriando
Via clipping FNDC
28 jun 2012

sábado, 5 de maio de 2012

Congreso Latinoamericano: “Del discurso a las prácticas por los derechos y deberes de niños, niñas y adolescentes y sus familias”


IV Congreso Latinoamericano de Niñez, Adolescencia y Familia

Este año el lema es “Del discurso a las prácticas por los derechos y deberes de niños, niñas y adolescentes y sus familias”.

Del 8 al 10 de Noviembre - Piura, Perú.

María Fontemachi, Presidenta de la Asociación Latinoamericana de Magistrados, Funcionarios, Profesionales y Operadores de Niñez, Adolescencia y Familia, tiene  el honor de convocarlos a participar del IV Congreso Latinoamericano de Niñez, Adolescencia y Familia que se realizará en  la Provincia de Piura, República del Perú, entre los días 8 y 10 de Noviembre de 2.012.

Este año el lema es "Del discurso a las prácticas por los derechos y deberes de niños, niñas y adolescentes y sus familias".

La Asociación Latinoamericana reúne a Magistrados, Funcionarios, Profesionales, Educadores, Docentes, Investigadores, Fuerzas de seguridad, Policias y Operadores que trabajan o están interesados en la problemática de la Niñez, Adolescencia y Familia.

QUEREMOS LOGRAR la capacitación y que el discurso de plasme en acciones, para lograr así el respeto pleno de los derechos humanos de niños, niñas, adolescentes y familias de América Latina.

Se han efectuado exitosamente tres Congresos cuya temática y conclusiones están plasmadas en la Página de la Asociación, www.alatinoamericana-naf.com, de una concurrencia muy importante, además de calificada y con gran vocación de servicio.

El Primer Congreso se realizó en la provincia de Mendoza, el Segundo en la Ciudad de Córdoba y el Tercero en la Triple Frontera, Iguazú – Misiones, asistiendo  representantes de Brasil, Bolivia, Chile, Colombia, Costa Rica, Ecuador,  Guatemala, México, Panamá, Paraguay, Perú, República Dominicana, Uruguay y Venezuela, más el país anfitrión, la República Argentina.

En este próximo IV Congreso se pretende analizar, reflexionar y evaluar la vigencia de los derechos humanos de los niños, niñas, adolescentes y familias con los siguientes ejes: Politicas y Pobreza, Familia y filiación, Justicia Restaurativa, Juicios por Jurado y delito adolescente, Adicciones, y seguiremos analizando los temas de Violencias,Trata de Personas, Indigenas y Derechos, con el objetivo de orientar políticas de estado, legislaciones, acciones, procedimientos judiciales y administrativos. Lograr la integración de distintas posturas, con el propósito final de alcanzar el respeto pleno de derechos en el marco de la Convención Internacional de los Derechos del Niño.

El Congreso cuenta con el aporte de magistrados, funcionarios, profesores, juristas, científicos y especialistas en Niñez, Adolescencia y Familia y sin duda repercutirá positivamente en la comunidad de Piura y en toda América Latina.

El Tercer Congreso fue declarado de Interés Nacional por la Presidencia de la Nación Argentina y luego de concluido, por resolución del Ministerio de Educación de la  Nación, de Interés Educativo.

El referente y representante de la Asociación Latinoamericana de Magistrados, Funcionarios,Profesionales y Operadores de Niñez, Adolescencia y Familia en Piura es el asociado, magistrado Dr. Roberto Palacios Márquez, miembro de la Corte Superior de Justicia de Piura, es el encargado de la gestión organizativa ante las instituciones de Piura y junto a los miembros de Comision Directiva Elmer Vera Castillo, Juan Carlos Montoya, los Asociados peruanos y todos los latinoamericsanos haremos  realidad este sueño.

Esperamos  la  inscripción  como Asociados  entrando  a la página de la Asociación www.alatinoamericana-naf.com de todos los que  creen que la integración y el cambio es posible y  así ayudarán al cumplimiento de  los objetivos  que plasma nuestro Estatuto de Constitución:

1. Promover la defensa de los derechos de los niños, niñas adolescentes, las familias latinoamericanas y de una justicia especializada e independiente.

2. Promover la integración latinoamericana de todas aquellas personas que tengan el objetivo común de trabajar por el respeto de los intereses de niños, niñas adolescentes y sus familias.

3. Establecer lazos entre jueces, magistrados, profesionales, operadores, y especialistas del mundo entero relacionados a la autoridad judicial, administrativa o de cualquier naturaleza que esté preocupada por la situación, la legislación, las acciones de protección de los niños, niñas, adolescentes y sus familias.

4. Difundir el conocimiento de los derechos y garantías comprendidos en las Convenciones Internacionales, especialmente la Convención Internacional de los Derechos del Niño y propiciar su efectiva inclusión en las legislaciones nacionales y locales, a favor de los niños, niñas, adolescentes y sus familias.

5. Estudiar a nivel latinoamericano e internacional todos los problemas que surjan del funcionamiento de las autoridades judiciales, administrativas, de los cuerpos de protección de la niñez, adolescencia y la familia, de las  organizaciones de protección de derechos, de las organizaciones de la sociedad civil y gubernamentales, para procurar su perfeccionamiento en pos de asegurar el respeto pleno de los derechos de los niños, niñas, adolescentes y sus familias, permitiendo el intercambio y la capacitación de los integrantes de la Asociación y de la sociedad en general.

6. Examinar la legislación diseñada o sancionada para la protección de los niños, niñas, adolescentes y sus familias, así como los variados sistemas existentes para la protección de los niños, niñas, adolescentes y familias en situación de vulnerabilidad, victimización y exclusión social, con miras al mejoramiento de aquellos, tanto a nivel de cada país como latinoamericano.

Lo primordial es lograr la capacitacion y el cambio de prácticas en la tarea diaria y lograr así el respeto pleno de los derechos humanos de niños, niñas adolescentes y las familias de América Latina.

En cada comisión se dictarán conferencias de los temas específicos de forma simultánea. LOS ESPERAMOS!!!.

Reproduzido da página do evento.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Consideraciones para entrevistar a Niños, Niñas y Adolescentes


Consideraciones para entrevistar a Niños, Niñas y Adolescentes

Las niñas, niños y adolescentes son conscientes de las cosas que pasan en la sociedad en la que viven y tienen algo que contar.

Entrevistar a las niñas, niños y adolescentes mantiene las mismas técnicas periodísticas básicas utilizadas con los adultos, aunque varían algunas formas y métodos.

1. Todos los niños, niñas y adolescentes tienen derecho a la privacidad. No deben ser entrevistados si no quieren y tampoco deben ser publicados sus nombres o detalles que contribuyan a identificarlos si ellos no lo desean o si no se cuenta con la autorización de un adulto, en caso de ponerlos en peligro o dañarlos.

2.    Ningún niño, niña o adolescente puede ser entrevistado si han sido vulnerados sus derechos. Por ejemplo: en casos de abuso y explotación sexual, explotación laboral o en cualquier otro tipo de situación de riesgo. Esta medida se toma para evitar la revictimización.

3. Preséntese, cuénteles dónde trabaja y qué hace; explíqueles cuál es el objetivo de la entrevista, por qué y para qué les va a entrevistar y dónde va a salir publicada la nota.

4. Asegúrese que los niños, niñas y adolescentes aprueben que lo que digan sea publicado.

5. Explíqueles el funcionamiento del equipamiento técnico (cámaras de fotos, grabadores o videos), en caso de que se utilicen en la entrevista.

6. Disponga la mayor cantidad de tiempo posible.

7. Cuente con el permiso o autorización de los padres, escuela o la organización contactada para entrevistar a las niñas, niños o adolescentes.

8. Utilice espacios pequeños y con privacidad. Ubíquese a la misma altura que el niño o niña; evite sillas que lo coloquen en una posición distinta al resto; no hable con el niño, niña o adolescente por “encima del hombro”.

9. Consúlteles cómo quienes ser nombrados en la entrevista, si con sus nombres o nombres ficticios, y si quieren ser fotografiados. Es necesario explicarles que en una foto pueden ser identificados. La oportunidad del anonimato puede, en ocasiones, permitirles expresar sentimientos u opiniones que de otro modo no se atreverían a decir.

10. Adapte el lenguaje a las niñas, niños y adolescentes. Utilice explicaciones simples y claras que puedan ser entendidas por todos. Las preguntas deben ser claras y abiertas. Otorgue el tiempo necesario para que las respondan.

11. Es preferible hacer preguntas precisas sobre lo que alguien hizo o dijo, antes que indagar sobre las sensaciones experimentadas por la niña, niño o adolescente. Si ella o él se siente cómodo, revelará cómo se siente, pero puede sentirse presionado con preguntas directas sobre sus sentimientos."

Reproduzido de Agencia de Comunicación de Niñas, Niños y Adolescentes ACNNA . Ecuador Via Facebook

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Crianças e a tragédia na escola do Rio nos telejornais: desligo a TV?


"Pais devem conversar com os filhos sobre a tragédia na escola do Rio mesmo que eles não perguntem, diz Içami Tiba

Mesmo que as crianças não perguntem nada sobre a tragédia na escola do Rio de Janeiro, os pais devem conversar com seus filhos sobre o acontecimento. Essa é a opinião do psiquiatra e educador Içami Tiba.

(...) "A melhor posição dos pais [diante da tragédia na escola do Rio] é dizer que é impossível controlar esse tipo de coisa", afirma Tiba. "Esse tipo de situação é como um tsunami, um terremoto [um fato que está além da nossa vontade, uma tragédia que ninguém pode evitar]."

Segundo ele, o ideal é que os pais mostrem que também ficaram chocados e inseguros, mas que "todos têm que ficar juntos para se fortalecer". "Isso [mostrar segurança mesmo diante da insegurança] é o que vai oferecer conforto", completa o psiquiatra que também é colunista do UOL Educação.

Com mais de trinta anos de atendimento em consultório, Tiba já avisa logo que os pais devem "tirar da cabeça" o discurso "eu prometo que nada vai acontecer com você".  Os filhos devem saber que a vida é perigosa -- e há situações que podemos controlar, como evitar lugares reconhecidamente perigosos, assim como há acontecimentos que não conseguimos prever nem evitar, como essa tragédia no Rio. "Não pode deixar quietinho [o assunto] que o monstro vai embora", diz.

Desligo a TV?

A exposição excessiva ao noticiário não traz benefícios nem aos adultos nem às crianças. No entanto, tentar proteger seu filho do mundo real  também não é uma boa solução.

Se a família costuma assitir ao noticiário junta, não há motivos para mudar de canal desta vez. Se houver possibilidade de uma conversa em conjunto sobre o acontecimento, a ideia é bem-vinda.

Ver o noticiário pode provocar um efeito positivo, segundo Tiba: "Vê que todo mundo se chocou, não fica só no eu [estou me angustiando com a história]".

Karina Yamamoto
Editora de UOL Educação


Leia o texto completo em UOL Educação clicando aqui.

"A Escola deve ser espaço mais sagrado do que qualquer templo..."


Belo texto/reflexão sobre os acontecimentos recentes na Escola Municipal Tasso da Silveira, do Realengo no Rio de Janeiro, 7 de abril de 2011, que celebrava com a comunidade seus 40 anos de existência. Até quanto somos responsáveis pelas gerações futuras? Até quando seremos tão irresponsáveis?

"A escola deve ser espaço mais sagrado do que qualquer templo

(...) Tento escrever este texto em busca de alguma organização mental, emocional. Sou mãe, educadora, não posso sequer imaginar a dor incomensurável desses pais que deixaram seus filhos na escola, porque é um espaço de saber, um espaço de formação, um espaço de cidadania, um direito das crianças e adolescentes frequentarem de modo seguro, um dever de governos proverem e uma obrigação constitucional dos pais enviarem seus filhos.

(...) Gostaria imensamente que aprendêssemos como tragédias como estas. As escolas não devem virar prisões (algumas já têm este aspecto) elas devem ser espaços valorizados pelas comunidades, devem ser fortalecidas, queridas, abraçadas, nossas crianças efetivamente protegidas, tratadas com dignidade para que cresçam amando o conhecimento e diminuindo o grau de intolerância. Nossos profissionais da educação devem ser valorizados, porque é uma imensa responsabilidade e exige uma tremenda formação profissional formar futuros cidadãos.

Que esta tragédia não sirva para os oportunistas de sempre pregarem mais e mais intolerância. Que possamos aprender com Hannah Arendt a lição maior da autoridade: o mundo adulto é responsável pelas gerações futuras. Não fujamos de nossas obrigações. Isso significa que todo adulto deve ser responsável por qualquer criança. Isso significa, por exemplo, olharmos para além dos nossos umbigos, de nossas crias, de nossos alunos, isso exige de nós um compromisso maior e real com políticas públicas que sejam capazes de incluir, educar, prover de espaços culturais e de lazer, formar e amar todas as nossas crianças. Elas merecem um futuro melhor que balas na cabeça em seu espaço escolar."

Leia o texto completo no Blog da Maria Frô clicando aqui.

domingo, 3 de abril de 2011

Criança e consumismo: algumas notas na internet sobre as ''socialitezinhas'' no Fashion Weekend Kids 2011


Fashion Kids reúne ''socialitezinhas''
03 de abril de 2011
Jornal Estado de São Paulo

Perguntas:

As meninas desfilaram?
Mas ela sabe do que se trata?
Como era na sua época?
Vocês acham que as meninas sabem discernir as grifes? Por quê?
Sua sobrinha gosta de grife?
Ela sabe dizer o nome?

... Elas guardam dinheiro.

Pra quê?
Compram muito na Disney?
Será que na escola existe uma "alta sociedade infantil"?
Os pais têm responsabilidade sobre os valores das crianças?
O que quer dizer SVU?

Leia entrevista completa, de Paulo Sampaio, com mães e tias de crianças presentes ao evento 2011, no jornal O Estado de São Paulo, clicando aqui, e tire suas próprias conclusões.

NOTAS NA INTERNET SOBRE O FASHION WEEK KIDS 2001

Sony promove Fashion Weekend Kids em SP


Marcas aproveitam o evento para divulgar produtos e se relacionar com consumidores



A Sony é a patrocinadora master do desfile de moda infantil Fashion Weekend Kids, realizado em São Paulo. Com a iniciativa, o nome do evento passa a se chamar “Sony Fashion Weekend Kids”. A edição deste ano tem como tema o alfabeto. Os cenários criados são assinados por Chris Ayrosa e trazem instalações aéreas com livros, luminárias de lápis, colunas de cubos giratórios com letras gigantes, painel de palavras cruzadas, paredes pintadas com palavras e mobiliários estampados com letras.


Glamurama/Notas
02/04/2011

Glamurama está adorando o Sony Fashion Weekend Kids, que contou com vários desfiles bacanas e muito glamuzinho cheio de charme! Ana Cury é quem organiza o evento, e ela anda superanimada. Como é sempre um vaivém de convidados, Ana recebeu um mimo bem bacana da Mini Cooper, da BMW, que deixou um carro à disposição dela ao longo dos seis dias de desfiles. Chique, não?

Leia outras postagens de Glamurama clicando aqui.

Fashion Weekend Kids 2010

Moda também é assunto de criança, pelo menos durante o Fashion Weekend Kids, evento que reuniu duas mil pessoas no shopping Iguatemi, em São Paulo, entre o sábado 14 e o domingo 15. Seis famosas marcas infantis desfilaram suas coleções outono/inverno e ainda reuniram artistas como Rodrigo Lombardi durante os dois dias de evento. Para distrair a meninada, pouco acostumada com a maratona de desfiles, foi montada uma estrutura especial, com direito a uma minifábrica de chocolates, salão de beleza, espaço para brincadeiras, além de oficinas onde as crianças fizeram bolos em forma de casinha.

Leia também "O apartheid  do consumo" na página "Consumismo e Infância" clicando aqui.

Violência e exageros de alguns desenhos animados


"Regina de Assis fala sobre os exageros de alguns desenhos animados

'Assistir desenho animado na TV pode ser perigos para as crianças porque a maioria deles distorce conceitos e abusa da violência', diz a educadora Regina de Assis


A TV é boa ou má? Poucas pessoas são capazes de explicar tão bem o fascínio que ela exerce sobre as crianças de 4 e 5 anos quanto Regina de Assis, presidente da Multirio, a produtora de mídias da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Segundo a mestra e doutora em Educação, só entre 3 e 6 anos (quando os pequenos estão constituindo o conhecimento acerca de si próprios) a televisão pode ser considerada inimiga. "Nessa fase, tudo é determinante na definição de papéis. E alguns desenhos animados são extremamente violentos", diz. Consumo, sensação de autonomia e abuso de liberdade também são ingredientes negativos de alguns programas. Mas há luz no fim do túnel. Na entrevista a seguir, Regina sugere o que ver na TV aberta e a cabo.

Por que as crianças amam televisão?

Regina de Assis Porque ela é lúdica. A criança suspende facilmente a relação com a realidade. Todo o tempo ela mescla fantasia e imaginação com o mundo real. Pesquisas mostram que é insuportável para ela viver o tempo todo ligada à dura realidade das coisas. E isso vale também para nós, adultos, o que explica por que gostamos de ver a novela ou ler um romance. Mas a criança gosta de ver televisão porque tem necessidade de brincar.

O que a televisão pode acrescentar na faixa dos 4 aos 6 anos de idade?

Regina Aqui, no Brasil, os bebês vêem TV no colo da mãe. Mas só a partir dos 3 anos as crianças começam a aproveitá-la de forma interessante. Até os 6 anos, meninos e meninas estão constituindo um conhecimento acerca de si próprios: a identidade de gênero e étnica. Nessa faixa etária, a TV é importante como um elemento de constituição de identidade. Também é crucial para a percepção de como se dão as relações sociais, as relações com outras crianças, os adultos e o mundo em geral. É nesse momento que a elas começam a entender que a vida é pautada por códigos.

E que mensagens os programas passam para as crianças?

Regina Infelizmente, a maioria deles distorce conceitos. Em primeiro lugar, porque abusa da violência. Muitos desenhos animados são extremamente violentos. Na 4ª Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e Adolescentes, realizada em 2004, no Rio, os adolescentes fizeram uma carta pedindo que nós, adultos, resolvêssemos os conflitos de violência sem usar mais violência. Percebemos que, do ponto de vista deles, o melhor são as soluções criativas.

(...) O que mais a senhora critica na programação infantil?


Regina A tendência a ridicularizar os adultos, como vemos em A Vaca e o Frango e As Meninas Superpoderosas. As meninas não são apenas poderosas, são superpoderosas. Isso as coloca num patamar irreal de autonomia, numa posição de abuso de liberdade. Esses programas rejeitam um aspecto natural da vida, que é o tempo de amadurecimento para chegar à juventude, à idade adulta e à velhice. Além disso, a programação infantil apela desvairadamente para o consumo. Não trata a criança como um cidadão em processo de desenvolvimento, mas como um consumidor atuante. Pesquisas mostram que as crianças são mesmo as melhores compradoras: não só de brinquedos, mas também de comida, de eletrodomésticos, até de carros. Elas exigem que os pais comprem. Nos países da Escandinávia, na Inglaterra, na Alemanha e no Japão, os comerciais são totalmente proibidos no horário infantil. No Brasil, infelizmente, ainda não há uma regulamentação sobre isso. Nem sequer uma classificação indicativa que oriente os pais sobre o que é apropriado para cada faixa etária.

As crianças também vêem muita programação adulta...

Regina Em 2005, uma pesquisa do Ibope apontou o que as crianças mais gostavam de fazer nas férias. Não era brincar na rua, jogar futebol ou ir à praia. A diversão predileta era ver Senhora do Destino e Zorra Total. Ora, o que esses programas agregam a crianças que estão definindo sua identidade? Nada. Ao contrário, eles têm um impacto negativo enorme. Banalizam o consumo, a sexualidade, a violência e os relacionamentos familiares e sociais.

(...) Como usar a mídia como uma ferramenta pedagógica?

Regina Explorando o aspecto lúdico nas práticas pedagógicas, mas não substituindo a experiência real pela virtual. Um recurso comum (e eficiente) é apresentar um filme, depois contar a mesma história num livro, convidar à reescrita e trabalhar com recortes e colagens. Assim, a criança adquire a experiência concreta. Entre 4 e 5 anos, ela tem especial curiosidade sobre a natureza. Quer descobrir como o pintinho sai do ovo, como o bebê sai da barriga da mãe, como entrou lá. Por que não mostrar isso com documentários? Não é só cineminha na sala de aula, mas uma oportunidade de passar aspectos científicos desse conhecimento, com imagens em movimento. É importante lembrar que a concentração nessa fase é de, no máximo, 15 minutos.

Araci Queiróz . Revista Nova Escola
agosto 2007

Leia a entrevista completa na Revista Nova Escola clicando aqui.

Assista ao Programa Ver TV o debate sobre a violência explícita na TV com a participação de Regina de Assis clicando aqui.


Leia também uma entrevista à regina de Assis à Mariana Loiola sobre mídia de qualidade para crianças e adolescentes, clicando aqui.

sábado, 2 de abril de 2011

Carta abierta para niños y niñas que van a la escuela


Querido niño o niña:

Hay una serie de cosas que debes saber y que voy a explicarte en esta pequeña carta. Para que sepas qué es lo que debes hacer en la escuela, y qué es lo que debes pedir de ella, de tus maestros y compañeros.

Seguramente te han repetido varias veces lo que tú debes hacer, es decir, tus obligaciones: portarte bien, ser respetuoso con tus maestros y tus compañeros, hacer los deberes, tener tus cuadernos ordenados y al día, ir aseado y uniformado a clases, ser amable con todos. Esto es así y debes tratar de cumplirlo. Pero aquí va­mos a hablar ahora no de las obligaciones que ya co­noces, sino de lo que los demás deben hacer por tí. Es decir, vamos a hablar de tus derechos.

 NADIE PUEDE MALTRATARTE POR SER NIÑO O NIÑA  Nadie pue­de tirarte las orejas, pegar­te o lastimarte. Nadie puede bur­lar­se de tí, humi­llarte, avergonzarte en público, mandarte a parar en la esquina, o portarse grosero contigo. Los niños de­ben ser bien tratados, queridos y respetados. A la escuela debes ir con­tento, tranquilo, sin miedo. Las personas más importantes de la escuela son los niños, no los adultos. 

 NADIE PUEDE MALTRATARTE POR SER POBRE. Ser pobre no es pecado. También tu maestro o maestra seguramente es pobre. En nuestro país y en el mundo, la mayoría de personas son pobres. La mayoría de los niños son pobres y la ma­yoría de pobres son ni­ños. Tú no eres culpable de ser pobre. Si hay tanto pobre en el mundo, es porque hay injusticia. Es nuestra sociedad la que está mal, no tú. Es nuestra sociedad la que debe avergonzarse, no tú. 

 NADIE PUEDE MALTRATARTE POR EL COLOR DE TU PIEL. En el mundo hay diferentes nacionalidades, culturas, lenguas, religiones, razas, culturas, colores de piel. Ninguna es mejor que otra. Ser “blanco” no significa ser mejor. En nuestros países, todos tenemos algo de mestizos, de in­dios o de negros. No hay nada de qué avergon­zarse: to­dos merece­mos el mismo respe­to.

 NADIE PUEDE MALTRATARTE POR SER MUJER Los niños y las niñas, los hombres y las mujeres, tenemos las mismas ca­pacidades. No permitas que te dejen atrás, que te obliguen a con­formarte con lo mínimo, que te ofrez­can ventajas fáciles por ser niña, que te consientan y te impidan desarro­llarte por tí so­la. No dejes que te convenzan de que las mujeres son inferiores a los hombres, porque no es cierto.

 NADIE PUEDE MALTRATARTE POR TENER UN DEFECTO FISICO Tener un defecto físico no es algo terrible ni es tu culpa. No por eso eres una persona anormal. Incluso niños ciegos, sordos, mudos, o con alguna enfermedad grave pueden aprender si se les dedica atención y amor y si se usan los métodos apropiados. Los niños que tienen algún problema, precisamente por eso deben ser tratados con considera­ciones especiales.

 NADIE PUEDE MALTRATARTE POR SER DE OTRO LUGAR  Nadie debe hacerte sentir mal porque vienes de otro país, de otra ciu­dad o pueblo. Tal vez eres un poco diferente a los de­más porque tienes otro idioma, otra manera de hablar, otros gustos, otras costumbres, otras i­deas. Pero ser dife­rente no es un problema. Todos necesi­tamos a­prender a comprender y respe­tar lo que es di­ferente a uno. No per­mitas que te hagan sentir ex­tranje­ro, extraño, fuera de lugar: tie­nes los mismos derechos que to­dos los demás.

 NADIE PUEDE MALTRATARTE POR NO APRENDER RAPIDO Cada persona tiene intereses diferentes y aprende de manera diferente. Unas apren­den más despa­cio que otras. Unas disfrutan de unas materias, otras de o­tras. Si no aprendes rápido, tal vez el pro­blema no es tuyo sino de quienes te enseñan, de lo que te enseñan y de cómo te enseñan. Nadie puede a­prender si no entiende, si no le encuentra gusto o utilidad a lo que le en­señan, si le amenazan y castigan constantemente. No aceptes que te llamen tonto, ignorante o incapaz. Si no entiendes, pre­gunta. Tienes derecho a preguntar, a que te expliquen, a que te enseñen. Para eso es la escuela. Para eso están los maestros.

Querido niño o niña: La escuela se hizo para que los niños estén juntos, jueguen, aprendan, se sientan felices. Si te sientes triste, si te sientes mal, es la es­cuela la que está mal, no tú.

Querido niño o niña: No permitas que sólo te recuerden tus obli­gaciones. Reclama por tus de­rechos. Aprende a defender tus dere­chos desde niño para que así puedas defenderlos mejor cuando seas gran­de.



* Texto publicado originalmente en Familia, Suplemento del diario El Comercio de Quito, 02/06/91. Publicado en diversos países e idiomas en boletines y revistas internacionales. Incluido en la contraportada de los libros de educación intercultural bilingüe elaborados por el gobierno boliviano y UNICEF en Bolivia (1993). Incluido en la Colección Libros del Rincón de la Secretaría de Educación Pública de México (1993), colección distribuida a todas las escuelas rurales del país. Publicado en inglés en Education News, Nº 11, UNICEF, Education Cluster, New York, 1995. Editado y distribuido como folleto en el Ecuador a propósito del lanzamiento del Código Nacional de la Niñez y la Adolescencia (2003), siendo entonces Ministra de Educación y Culturas.

Reproduzido de Otra Educación


No basta con "mejorar" la educacion, necesitamos otra educación.