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sábado, 2 de junho de 2012

Canais latino-americanos coproduzem série infantil sobre meio ambiente


Canais latino-americanos coproduzem série infantil sobre meio ambiente

Tela Viva
Redação
31/05/2012

O Goethe-Institut de Buenos Aires convidou cinco canais latino-americanos para realizar uma microssérie sobre os pequenos problemas ecológicos que mobilizam a vida das crianças e as pequenas soluções que elas criaram para melhorar a vida do planeta. “Senha Verde” é uma coprodução entre Colômbia (Señalcolombia), Argentina (Canal Paka Paka), Uruguai (Tevé Ciudad), Brasil (TV Brasil) e Vale TV (Venezuela).

Os canais assumiram a responsabilidade de produção das eco-histórias a partir dos seus respectivos países. O Goethe-Institut criou mecanismos para garantir um diálogo fluído e um intercâmbio permanente entre todos os envolvidos. O Instituto ainda assumiu funções específicas de tradução, dublagem e transcodificação.

Aldana Duhalde (Argentina) e Beth Carmona (Brasil), reconhecidas especialistas latinoamericanas, acompanharam e supervisionaram o projeto desde o seu princípio, garantindo coerência e identidade, em apoio permanente aos produtores.

A série, composta por treze filmes, será lançada em São Paulo no dia 2 de junho (sábado), às 14h30, na Matilha Cultural (Centro), durante a Virada Sustentável e no Rio de Janeiro no dia 4 de junho (segunda) durante o Green Nation Fest. O site do projeto (www.senha.com.br) será lançado no dia 5 de junho.

Reproduzido de Tela Viva
31 mai 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mafalda e a televisão


Mafalda: El televisor






Veja também:

"Psicanálise e Educação: uma transmissão possível", na Revista da APPOA, clicando aqui.

"Apenas dor, sem angústia", por Jurandir de Freire Costa", clicando aqui.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Evitar que os cidadãos pensem é uma tarefa permanente dos media"...



O mundo à beira do caos*


Miguel Urbano Rodrigues


A crise do capitalismo é tão profunda que até os líderes dos EUA e da União Europeia e os ideólogos do neoliberalismo assumem essa realidade. Estão alarmados por não enxergarem uma solução que possa deter a corrida para o abismo. Esforçam-se sem êxito para que apareça luz no fim do túnel.

Apesar das contradições existentes, os EUA e as grandes potências da União Europeia puseram fim às guerras interimperialistas – como a de 1914-18 e a de 1939-45 – substituindo-as por um imperialismo colectivo, sob a hegemonia norte-americana, que as desloca para países do chamado Terceiro Mundo submetidos ao saque dos seus recursos naturais.

Mas a evolução da conjuntura mundial demonstra também com clareza que a crise do capital não pode ser resolvida no quadro de uma «transnacionalização global», tese defendida por Toni Negri e Hardt no seu polémico livro em que negam o imperialismo tal como o definiu Lenine. Entre os EUA e a União Europeia (e os países emergentes da Ásia e da América Latina) existe um abismo histórico que não foi nem pode ser eliminado em tempo previsível.

A crescente internacionalização da gestão não desemboca automaticamente na globalização da propriedade. O Estado transnacional, a que aspiram uma ONU instrumentalizada, o FMI, o Banco Mundial e a OMC é ainda uma aspiração distante do sistema de poder (*).

O caos em que o mundo está cair ilumina o desespero do capital perante a crise pela qual é responsável.

A ascensão galopante da direita neoliberal ao governo em países da União Europeia ressuscita o fantasma da ascensão do fascismo na Republica de Weimar. A Historia não se repete porem da mesma maneira e é improvável que a extrema-direita se instale no Poder no Velho Mundo. Mas a irracionalidade do assalto à razão é uma realidade.

O jogo do dinheiro nas bolsas é hoje muito mais importante na acumulação de gigantescas fortunas do que a produção. O papel dos «mercados» – eufemismo que designa o funcionamento da engrenagem da especulação nas manobras do capital – tornou-se decisivo no desencadeamento de crises que levam à falência países da União Europeia. Uma simples decisão do gestor de «uma agência de notação» pode desencadear o pânico em vastas áreas do mundo.

O surto de violência em bairros degradados de Londres, Birmingham, Manchester e Liverpool alarma a Inglaterra de Cameron e motiva nas televisões e jornais ditos de referência torrentes de interpretações disparatadas de sociólogos e psicanalistas que falam como porta-vozes da classe dominante.

Em Washington, congressistas influentes manifestam o temor de que, o «fenómeno britânico» alastre aos EUA e, nos guetos das suas grandes cidades, jovens latinos e negros imitem os das minorias da Grã Bretanha, estimulados por mensagens e apelos no Twitter e no Facebook.

Mas enquanto a pobreza e a miséria aumentam, incluindo nos países mais ricos, a crise não afecta os banqueiros e os gestores das grandes empresas. Segundo a revista «Fortune», as fortunas de 357 multimilionários ultrapassam o PIB de vários países europeus desenvolvidos.

Nos EUA, na Alemanha, na França, na Itália os detentores do poder proclamam que a democracia política atingiu um patamar superior nas sociedades desenvolvidas do Ocidente. Mentem. A censura à moda antiga não existe. Mas foi substituída por um tipo de manipulação das consciências eficaz e perverso. Os factos e as notícias são seleccionados, apresentados, valorizados ou desvalorizados, mutilados e distorcidos, de acordo com as conveniências do grande capital. O objectivo é impedir os cidadãos de compreender os acontecimentos de que são testemunhas e o seu significado.

Os jornais e as cadeias de televisão nos EUA, na Europa, no Japão, na América Latina dedicam cada vez mais espaço ao «entretenimento» e menos a grandes problemas e lutas sociais e ao entendimento do movimento da Historia profunda.

Os temas impostos pelos editores e programadores – agentes mais ou menos conscientes do capital – são concursos alienantes, a violência em múltiplas frentes, a droga, o crime, o sexo, a subliteratura, o quotidiano do jet set, a vida amorosa de príncipes e estrelas, a apologia do sucesso material, as férias em lugares paradisíacos, etc.

Evitar que os cidadãos, formatados pela engrenagem do poder, pensem, é uma tarefa permanente dos media.

As crónicas de cinema, de televisao, a musica, a critica literária reflectem bem a atmosfera apodrecida do tipo de sociedade definida como civilizada e democrática por aqueles que, colocados na cúpula do sistema de poder, se propõem como aspiração suprema a multiplicar o capital.

Em Portugal surgiu como inovação grotesca um clube de pensadores; os debates, mesas redondas e entrevistas com dóceis comentadores, mascarados de «analistas», são insuportáveis pela ignorância, hipocrisia e mediocridade da quase totalidade desses serventuários do capital. Contra-revolucionários como Mario Soares, António Barreto, Medina Carreira, Júdice; formadores de opinião como Marcelo Rebelo de Sousa, um intoxicador de mentes influenciáveis que explica o presente e prevê o futuro como se fora o oráculo de Delfos; jornalistas his master voice, como Nuno Rogeiro e Teresa de Sousa; colunistas arrogantes que odeiam o povo português e a humanidade, como Vasco Pulido Valente, pontificam nos media imitando bruxos medievais, servindo o sistema em exercícios de verborreia que ofendem a inteligencia.

O Primeiro-ministro e o seu lugar-tenente Portas, exibindo posturas napoleónicas, pedem «sacrifícios» e compreensão aos trabalhadores enquanto, submissos, aplicam o projecto do grande capital e cumprem exigências do imperialismo.

Desde o inicio do primeiro governo Sócrates, o que restava da herança revolucionaria de Abril foi mais golpeado e destruído do que no quarto de século anterior.

Ao Portugal em crise exige- se o pagamento de uma factura enorme da crise maior em que se afunda o capitalismo.

Nos EUA, pólo hegemónico do sistema, o discurso do Presidente Obama, despojado das lantejoulas dos primeiros meses de governo, aparece agora como o de um político disposto a todas as concessões para permanecer na Casa Branca. A sua ultima capitulação perante o Congresso estilhaçou o que sobrava da máscara de humanista reformador. Para que o Partido Republicano permitisse aumentar de dois biliões de dólares o tecto de uma divida publica astronomica- já superior ao Produto Interno Bruto do país – aceitou manter intocáveis os privilégios indecorosos usufruídos por uma classe dominante que paga impostos ridículos e golpear duramente um serviço de saúde que já era um dos piores do mundo capitalista. A contrapartida da debilidade interior é uma agressividade crescente no exterior.

Centenas de instalações militares estadounidenses foram semeadas pela Ásia, Europa, América Latina e África.

Mas «a cruzada contra o terrorismo» não produziu os resultados esperados. As agressões americanas aos povos do Iraque e do Afeganistão promoveram o terrorismo em escala mundial em vez de o erradicar. Crimes monstruosos foram cometidos pela soldadesca americana no Iraque e no Afeganistão. O Congresso legalizou a tortura de prisioneiros. A «pacificação do Iraque», onde a resistência do povo à ocupação é uma realidade não passa de um slogan de propaganda. No Afeganistão, apesar da presença de 140 000 soldados dos EUA e da NATO, a guerra está perdida.

Os bombardeamentos de aldeias do noroeste do Paquistão por aviões sem piloto, comandados dos EUA por computadores, semeiam a morte e a destruição, provocando a indignação do povo daquele país.

O bombardeamento da Somália (onde a fome mata diariamente milhares de pessoas) por aviões da USAF, e de tribos do Iémen que lutam contra o despotismo medieval do presidente Saleh tornou-se rotineiro. Como sempre, Washington acusa as vítimas de ligações à Al Qaeda.

Na África, a instalação do AFRICOM, um exército americano permanente, e a agressão da NATO ao povo da Líbia confirmam a mundialização de uma a estratégia imperial.

O terrorismo de Estado emerge como componente fundamental da estratégia de poder dos EUA.

Obviamente, Washington e os seus aliados da União Europeia, tentam transformar o crime em virtude. Os patriotas que no Iraque, no Afeganistão, na Líbia resistem às agressões imperiais são qualificados de terroristas; os governos fantoches de Bagdad e Kabul estariam a encaminhar os povos iraquiano e afegão para a democracia e o progresso; o Irão, vítima de sanções, é ameaçado de destruição; o aliado neofascista israelense apresentado como uma democracia moderna.

A perversa falsificação da Historia é hoje um instrumento imprescindível ao funcionamento de uma estratégia de poder monstruosa que, essa sim, ameaça a Humanidade e a própria continuidade da vida na Terra.

O imperialismo acumula porem derrotas e os sintomas do agravamento da crise estrutural do capitalismo são inocultáveis.

O capitalismo, pela sua própria essência, não é humanizável. Terá de ser destruído. A única alternativa que desponta no horizonte é o socialismo. O desfecho pode tardar. Mas a resistência dos povos à engrenagem do capital que os oprime cresce na Ásia, na Europa, na América Latina, na África. Eles são o sujeito da História e a vitoria final será sua.

Vila Nova de Gaia, 15 de agosto de 2011.

1 - Estes temas são tratados em profundidade pelo economista argentino Claudio Katz num livro a ser editado brevemente


* Este artigo foi publicado no “Avante!” nº 1969, de 25.08.2011


Reproduzido do Diario.Info
26 ago 2011.


Grifos de Filosomídia

Leia outros artigos de Miguel Urbano Rodrigues, um dos editores do Diario.Info, clicando aqui.



Vídeo de 05 jun 2008.

sábado, 20 de agosto de 2011

“Los poderosos medios de comunicación han perdido credibilidad”



“Los poderosos medios de comunicación han perdido credibilidad”

Entrevista a Pedro Brieger

Por Luis Cuello . Otra Prensa
18 August, 2011

Una agitada agenda desarrolló el periodista y sociólogo argentino Pedro Brieger en suelo chileno, que incluyó visitas a universidades y colegios movilizados. En la víspera de su regreso a Buenos Aires, Brieger nos habló de su interés por el proceso que se vive en Chile y sobre el papel de los grandes medios en los nuevos escenarios políticos.

Se dice que los medios hegemónicos argentinos presentan una imagen ejemplar de Chile y de su modelo económico. ¿Cambió el enfoque de estos medios con la crisis en la educación?

Hay medios que han tenido una afinidad ideológica con el modelo económico y social de Chile, como el diario La Nación, no necesariamente Clarín. Pero si es verdad que en los grandes medios se suele citar a Chile como un ejemplo. En realidad hay un problema que va más allá de Chile, y es que muchos medios, políticos y comunicadores sociales hablan bien de Chile para hablar mal del gobierno argentino. No es que sepan mucho de Chile. Suelen decir “el gobierno argentino hace todo mal, no somos un país serio como Brasil, Chile y Uruguay”. Y no explican en que es serio Chile, Uruguay o Brasil. Es más una consigna. He tenido la oportunidad de entrevistar a políticos y cuando elogiaban el modelo chileno les preguntaba ¿qué está elogiando?

En este tiempo se habla mucho más de Chile. Sin pedantería ni falsa modestia, creo que instalé el tema de las protestas sociales en Chile en los medios argentinos, porque fui el primero que comenzó a hablar, porque lo seguía de cerca.

Cómo decía ayer en la Casa Central de la Universidad de Chile, no me conformo con los despachos de las agencias. Sigo Otra Prensa, El Ciudadano, El Mostrador, El Clarín de Chile, la prensa del sur, cuando fue el conflicto de HidroAysén.

En tu última columna te preguntas si caminamos hacia una refundación. ¿Es posible transformar un país con los mismos medios de comunicación herederos del autoritarismo, esencialmente conservadores, que ejercen una suerte de monopolio ideológico? ¿Hasta que punto funcionan como un dique de contención a los procesos de cambio?

Si bien esto es cierto, también es verdad que muchos medios de comunicación -no todos- se acomodan. Cuando cayó el gobierno de Ben Alí en Túnez o Mubarak en Egipto, casi de la noche a la mañana medios que eran afines a un gobierno que estaba hace treinta años, se convirtieron en grandes demócratas, en periódicos abiertos, casi como si siempre hubieran estado a la vanguardia en contra del régimen. Otros no, porque responden a cuestiones ideológicas muy profundas.

Creo que el rol de los medios alternativos es muy importante.

Hay que tomar en cuenta que Evo Morales tiene a todos los medios en contra y gana una elección tras otra, Rafael Correa tiene a la inmensa mayoría de los medios en contra y gana las elecciones. También ocurre con Chávez, Lula, con Cristina Fernández, y ganan.

Crisis de los médios

Creo que hoy hay una crisis en los medios de comunicación, en los poderosos medios de comunicación, entre otras cosas porque han perdido credibilidad. Esta consigna “la tele miente” que se levanta en Chile es similar a la que se levanta en Argentina, “Clarín miente”. Clarín ha perdido una parte importante de sus lectores. Hoy Clarín casi se ha convertido en un partido político opositor al gobierno de Cristina Fernández, ya no es un diario.

Cuando se dice que algunos medios de comunicación reemplazan a los partidos políticos desacreditados, eso es real.

Leia a entrevista completa na página de Otra Prensa! clicando aqui.

Conheça a página de Pedro Brieger clicando aqui.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O que é, afinal, a democratização da mídia?


"O que é, afinal, a democratização da mídia?

Ao postar comentários no Twitter a respeito do noticiário sobre o caso do goleiro Bruno do Flamengo, que tomou de assalto as manchetes na grande imprensa, alertei que era imperativo democratizarmos a mídia no Brasil, tendo em vista a ausência de diversidade e de pluralidade nas informações publicadas.
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A reação ao que escrevi foi imediata. Uma seguidora, estudante de Direito, fez vários questionamentos sobre o que havia postado, mas um deles me chamou mais a atenção: o que é democratizar a mídia?
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Ao alegar que não havia sido convencida sobre o que consiste, de fato, a democratização da mídia, me pediu para que enviasse por e-mail uma resposta mais convincente sobre o tema. Mesmo acometido por um sono implacável (já era madrugada de sexta para sábado), achei por obrigação não deixá-la sem resposta.
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Reproduzo neste blog (com as devidas correções) parte do que escrevi para minha seguidora naquela noite. Espero ainda que possa esclarecer aos que tenham dúvidas ou mesmo confundem democratização da mídia com censura, como foi o caso da twitteira em questão.
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Acredito que democratizar a comunicação seria equivalente à população se apossar dos meios, mas de forma consciente e livre. Hoje, ela se encontra distante, cumprindo um papel de mera receptora de um conteúdo paupérrimo e de baixo nível, produzido por uma elite a qual acredita piamente que, o que produz e transmite, é porque o povo gosta.
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Os números do IBOPE, que embasam tal falácia, tratam o povo como ignorante, que gosta de baixaria e violência, quando o que vemos é a decadência nos números de audiência do mesmo IBOPE, sem contar que eles não refletem de forma alguma o gosto do brasileiro, muito menos o que ele faz enquanto deixa a TV ligada. Em tempo: a Grande São Paulo não pode servir de termômetro do gosto de todo uma nação.
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Democratizar a mídia é ver todas as culturas, etnias e religiões igualmente representadas nos diferentes meios de massa, o que de forma alguma acontece em nosso país. No Espírito Santo (onde moramos), por exemplo, enquanto a mídia enaltece nossa ascendência italiana e alemã (como se fosse a realidade da maioria da população), ela se "esquece" do povo africano que deixou suas marcas fortes e intensas em nossa cultura e que estão na cara da grande maioria da população nas ruas. Onde está o povo afro-brasileiro na mídia local, além dos campos de futebol e das páginas policiais?
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Já imaginou se a radiodifusão brasileira tivesse a divisão proposta pela Lei dos Meios da Argentina (e já existente em outros países), que consiste na repartição igualitária do espectro de radiofrequência (onde transitam as ondas de rádio e TV)!? É assim: 33% para o setor privado, 33% para as organizações da sociedade civil e 33% para o setor público.
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Aliado a isso, imagine a possibilidade de injetar recursos públicos (na forma de fundos) para a sociedade produzir novos conteúdos e, com eles, uma nova visão de mundo e de si!? Isso é democracia! É a oportunidade, ou melhor, o direito de todos terem um espaço para se comunicar, produzir e transmitir conteúdo. Não me refiro ao espaço do leitor nos jornais ou dos famigerados direitos de resposta, ou daquelas microentrevistas no Jornal Nacional que não ultrapassam 10 segundos (mesmo quando são autoridades ou especialistas as fontes entrevistadas).
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Refiro-me a um espaço próprio, como um canal de rádio ou TV, um jornal, uma revista. As pouco mais de sete famílias não podem mais ser as únicas a produzir e disseminar ideias (e de mercado) para centenas de milhões receberem sentados nos sofás de suas casas feito Hommers. Isso é tudo, menos democracia ou liberdade de expressão! E essas famílias ainda estendem seus tentáculos sobre as redes locais de rádio e TV por meio de suas afiliadas, as quais sofrem no papel de retransmissoras de programação nacional, enlatados vindos do eixo Rio-São Paulo.
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Aos que militam nessa luta, a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação representou um passo bastante significativo. Foram mais de 600 propostas concretas e realizáveis, muitas, inclusive, já em andamento no Congresso Nacional, pois dependem de mudanças na legislação.
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Como se vê, não tem nada de censura, ditadura, ou coisa parecida. Foi-se o tempo em que o Estado era o bicho-papão da liberdade de expressão; hoje, ele é visto como parceiro e indutor das políticas públicas de comunicação e, por isso, deve caminhar junto com a sociedade.
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Se não mudamos nós, a mídia não muda!
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Até a próxima!"

Vilson Vieira Jr
Jornalista e estudioso da legislação e das políticas de comunicação.
Espírito Santo/Brasil
11 de julho de 2010

Reproduzido do Blog Mídia Aberta . Por uma Comunicação ética, democrática e de múltiplas vozes

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Debate aberto: A Universidade e as leis para a comunicação


"A Universidade e as leis para a comunicação

A fundamentação existente na Ley dos Médios argentinos tem grande contribuição acadêmica e poderia servir como referência para a Universidade brasileira. Ao invés de infindáveis e insossas discussões sobre “teorias da recepção”, teríamos o pulsar da vida real das nossas sociedades.

Laurindo Lalo Leal Filho

Passou desapercebido por aqui. Não fosse a menção feita pelo jornalista Eric Nepomuceno, na revista Carta Capital, poucos ficariam sabendo que a Ley de Médios argentina está sendo implantada, apesar da oposição feroz dos grandes grupos de comunicação locais.

No noite de 21 de junho, a presidenta Cristina Kirchner apareceu em rede nacional de televisão para fazer um anúncio capaz de tirar o sono dos controladores monopolistas da radiodifusão. O governo abria, naquela data, uma licitação para a concessão de 220 novas licenças de serviço de audiovisual no país.

Como determina a lei metade dessas concessões será destinada a emissoras privadas e a outra metade dividida entre os governos estaduais, o federal e as organizações sem fins lucrativos. Fórmula encontrada para romper com oligopólio existente hoje na comunicação argentina.

Claro que a mídia comercial brasileira esconde esses avanços e quando fala da Ley de Médios argentina é para atacá-la, chegando habitualmente a taxá-la de censura, quando trata-se exatamente do oposto. Seu papel é o de permitir o acesso aos meios de comunicação de um número muito maior de atores sociais, hoje sem voz.

Mas aos que se opõem à lei interessa a omissão e a desinformação. Para isso usam uma estratégia eficiente: apropriam-se de um símbolo facilmente compreensível, como é a censura, e com ele carimbam a lei, interditando o debate de forma liminar.

A legislação argentina mereceria no Brasil estudos e debates mais sérios e aprofundados. As criticas feitas por aqui são superficiais, ecoando apenas o temor dos controladores da mídia nativa com o possível contágio da experiência vizinha.

Não é levado em conta o formidável trabalho de pesquisa realizado para se chegar ao texto final. Seus 166 artigos não caíram do céu. São resultado de um levantamento minucioso daquilo que existe de mais avançado no mundo, em termos de legislação para área das comunicações.

Dos meios comerciais não se pode esperar nada, além das críticas habituais. Os meios públicos pouco se dedicam ao tema e a internet o trata de forma esporádica. Mesmo as redes sociais, com conteúdos mais críticos, não tem como aprofundar a discussão e acabam, em determinados momentos, dialogando com os grandes meios nos mesmos níveis por eles impostos.

Resta como alternativa a Universidade, teoricamente menos sujeita às imposições externas. Mas parece que, no geral, ela não despertou ou não se interessou pelo assunto. Falo, obviamente, dos setores universitários ainda não cooptados pela grande mídia, propiciadora de cursos e eventos destinados ao conformismo e a alienação.

Fico a pensar na riqueza de um debate não só da Ley de Médios argentina, mas das experiências de democratização das comunicações que vêm sendo articuladas na Venezuela, Bolívia, Equador, Paraguai e Uruguai, por exemplo.

Ao invés de infindáveis e insossas discussões sobre “teorias da recepção”, tão ao gosto dos acadêmicos alinhados com “status quo” da comunicação, teríamos o pulsar da vida real das nossas sociedades.

A Universidade – pública ou privada – repousa sob um tripé formado pelo ensino, a pesquisa e a extensão. Um tema como o aqui proposto atenderia com desenvoltura esses três objetivos.

Colocaria o aluno em contato com a disputa que se trava no continente em torno do papel social da comunicação, deixando mais claro o cenário onde se dará, no futuro, sua atuação profissional.

Propiciaria uma ampliação no campo das pesquisas, necessitadas cada vez mais de interdisciplinaridade. O estudo da comunicação só ganha concretude quando dialoga com o Direito e as Ciências Sociais em geral.

E finalmente, a extensão se daria com a formulação de projetos e propostas capazes de contribuir para o debate político que se trava na sociedade em torno das novas leis para a comunicação.

A fundamentação existente na Ley dos Médios argentinos tem grande contribuição acadêmica e poderia servir como referência para a Universidade brasileira.

A íntegra de Lei de Meios da Argentina está disponível neste endereço" aqui.


Reproduzido de Carta Maior

Leia também "Políticas de Comunicação na América Latina: por que no Brasil é diferente?" clicando aqui.

Políticas de Comunicação na América Latina: Por que no Brasil é diferente?


Políticas de Comunicação

"América Latina: Por que no Brasil é diferente?

Em conversa recente com o professor da Universidad Torcuato Di Tella, Philip Kitzberger, que realiza pesquisa comparada sobre políticas de comunicações na América Latina, insisti que a grande diferença do Brasil em relação aos outros países que estuda – Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela – é que aqui, no período posterior ao regime militar, apesar da eleição e reeleição de um governo categorizado como “populista de esquerda”, não houve mudanças em relação aos interesses que são atendidos na formulação da política pública do setor. Continuam a prevalecer os grandes empresários privados, aliados a grupos familiares e oligárquicos da velha política regional e local.

Propostas sequer se tornam projetos

No Brasil, antes mesmo de se transformarem em projetos de lei, minutas de propostas que não atendam aos interesses dominantes têm sido vigorosamente combatidas e logo abandonadas pelo governo. Os exemplos mais conhecidos – mas não os únicos – são o “pré-projeto” (vazado na imprensa) de transformação da Ancine em Ancinav, em 2005, e o até agora inédito pré-projeto de novo marco regulatório para a radiodifusão, que teria sido elaborado na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República ao final do governo Lula (dezembro de 2010).

Quando, eventualmente, “projetos” são apresentados ao Congresso Nacional, como o de criação de um Conselho Federal de Jornalismo, a reação contrária é tão formidável que nem a tentativa de substituí-lo por outro, de criação de um Conselho Federal de Jornalistas – a exemplo de conselhos existentes para outras profissões como advogados e engenheiros – se concretizou. O projeto original foi arquivado sem que seu mérito fosse de fato debatido, como seria de praxe nas democracias representativas chamadas de liberais.

Mesmo assim, analistas conceituados argumentam que os dois exemplos acima fazem parte de um “encorpado caldo de cultura contra a mídia” existente no Brasil e foram não só “iniciativas do governo federal na administração de Luiz Inácio Lula da Silva (...) que pretendiam aumentar o controle da mídia”, como “quase [sic] se concretizaram”.

Outra característica que diferencia o Brasil de outros países latino-americanos é que aqui, historicamente, os grupos dominantes têm (a) impedido a regulamentação de normas e princípios constitucionais e/ou; (b) quando regulamentadas, as normas são impedidas de funcionar e/ou; (c) até mesmo o debate sobre o tema tem sido interditado publicamente, isto é, só merece a atenção da grande mídia para ser satanizado.

Quais as perspectivas de futuro?

Diante dessas afirmações, a pergunta natural para um observador externo é: quais são as projeções para o futuro? Há alguma perspectiva de alteração desse quadro? Quais são os indicadores mais recentes que apontam para onde o Brasil caminha neste setor?"

Venício A. de Lima
Carta Maior

Leia o texto completo na página da Carta Maior clicando aqui.

Leia também "Los populismos mediáticos en América Latina" de Philip Kitzberger clicando aqui.

Leia também "A Universidade e as leis para a comunicação" de Laurindo Lalo Leal Filho clicando aqui.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ideas para la alfabetización audiovisual


Vivimos en un mundo que cambia, la influencia de los medios audiovisuales y digitales es cada vez mayor. La pantalla del televisor no es la única que capta la atención, ahora compite con el monitor de la PC y con el celular. Estos han creado un “Currículum cultural”, y todos aprendemos de ellos, pero ¿Cuáles son los intereses que movilizan estos medios? Muchas veces los beneficios económicos particulares se privilegian ante el bienestar general, y las ventajas de unos pocos quedan legitimados y “naturalizados”.

Humanidad estimulada en lo emocional y deprimida en lo intelectual

Los medios audiovisuales recurren permanentemente a las emociones de los destinatarios, como medio de capturar su adhesión, creando nuevos tipos de sometimiento. Este “Currículum cultural” se opone al desarrollado en las escuelas, que está basado en los libros, y hace aparecer a esta como “desactualizada” y que “no responde a los intereses de los jóvenes”.

Ante todos esto fenómenos ¿Qué podemos hacer desde las escuelas, para que las personas “manejen” los medios, y no sean manejados por ellos? Algunas ideas que van en ese sentido son las siguientes:

. Romper con el mito que identifica las representaciones audiovisuales como reflejo fiel de la realidad. Una foto editada es una foto trucada, de la misma manera, todos los productos televisivos son editados, quedando impresa en ellos, la ideología del editor.

. Introducir el plano ideológico como parte del análisis crítico de los mensajes. Nada es neutro, ni inocente, y es necesario tomar conciencia de ello.

. Promover la capacidad de elaborar mensajes audiovisuales. De esa manera tomar conciencia de las operaciones encubiertas que hay en ellos.

. Estudiar los productos audiovisuales de consumo masivo, como medio para reconocer los mensajes que nos permanecen ocultos.

. Abocarnos al análisis crítico de los archivos que están en Internet, cómo circulan, y los criterios de validación.

. Introducir el estudio de los mecanismos puestos en juego en las publicidades, como medio de defendernos de estas “nuevas necesidades”.

. Realizar reflexiones críticas a la utilización del miedo, como herramienta para aislar a las personas, impidiendo la solidaridad.

La escuela debe tomar partido frente a las nuevas formas de comunicación audiovisual, y debe hacerlo para estimular una verdadera democracia, sin que existan nuevas formas de dominación y fijación de sentidos.

Alberto Christin Bouchet . Blog Desafios de la Educación en San Luis
Argentina
01/01/2011
04:41

Conheça o Blog Desafios de la Educación em San Luis clicando aqui e ali.

sexta-feira, 25 de março de 2011

FNDC: países revêm regras para acabar com os oligopólios da mídia


Além do Brasil, onde está em processo a criação de um marco legal para os meios de comunicação eletrônicos, também os vizinhos Argentina, Uruguai e Paraguai trabalham, atualmente, suas questões regulatórias para o setor. Em comum, esses países sul-americanos (assim como outros da América Latina) enfrentam cerca de quatro décadas de dominação dos monopólios e oligopólios midiáticos.

A construção dos marcos regulatórios de comunicação nesses quatro países foi apurada para esta edição da revista MídiaComDemocracia, que traz um balanço das dificuldades e dos avanços já obtidos.

No bojo dessa nova regulamentação para o Brasil, e com vistas à democratização dos meios de comunicação, não poderia ficar de fora a expansão da internet – em alta velocidade, para toda a população. O governo constrói, com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), uma complexa política que tentará prover o país do acesso à rede. O FNDC acompanha de perto essa movimentação, inclusive de forma participativa, no espaço do Fórum Brasil Conectado, e traz detalhes do plano em entrevista exclusiva com o responsável pela inclusão digital no governo, secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez.

Após um ano de eleições gerais no País, 2011 pode representar uma encruzilhada para as políticas públicas de comunicação: andar por um caminho democrático, atendendo as demandas populares; ou tratar dessas políticas sem considerar as propostas da I Conferência Nacional de Comunicação. Seguiremos lutando pela primeira opção.

Editorial
Revista do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação

Descarregue a 11a. edição da Revista clicando aqui. Outras edições do e-Fórum clicando aqui.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Adolfo Pérez Esquivel: Una noticia que antes duraba una semana, ahora dura minutos, y a veces, hasta segundos


“Una noticia que antes duraba una semana, ahora dura minutos, y a veces, hasta segundos”

Entrevista al Premio Nóbel de la paz Adolfo Pérez Esquivel

Por Ana Almada . Agencia La Oreja Que Piensa. Argentina

Adolfo Pérez Esquivel es un hombre de fuertes ideales, grandes sueños. Toda su vida estuvo enmarcada por la defensa de los Derechos Humanos. Activo luchador incansable por la Paz, motivo por el cual recibió el Premio Nobel en 1980. En este encuentro con La Oreja Que Piensa nos dijo:

(...) -¿Cómo crees que puede contribuir un medio alternativo de comunicación a mejorar la situación de los pibes?

-Contribuye en generar conciencia, en transmitir lo que les pasa, porque esos chicos tienen mucho que decirle a la sociedad. Creo que los medios de comunicación alternativos tiene que abrir un espacio para que sean escuchados. Los chicos tienen el derecho a ser escuchados. No hay que robarles la esperanza ni las posibilidades de vivir dignamente. Creo que un medio de comunicación alternativos tiene que generar esos espacios, ya que queda en claro la posición de los grandes medios masivos de comunicación que lo único que buscan es penalizarlos, encerrarlos, y generarles más daño.

-Por lo que señalas la intervención de los medios masivos en la vida cotidiana de las personas pareciera tener mucho peso: ¿por qué?

-Vengo trabajando desde hace mucho tiempo sobre algunos ejes, la ciencia y la tecnología. Los avances científicos y tecnológicos han cambiado el pensamiento y hay un eje fundamental que me preocupa, que es el tiempo. Hay una aceleración del tiempo provocado por la ciencia y las técnicas. Hoy, desde el punto de vista científico se habla mucho de la aceleración de partículas. La aceleración del tiempo nos cambió el pensamiento. Hoy estás frente a una computadora y si tarda medio segundo más de lo previsto te ponés nervioso o si el tren se atrasa 10 ó 15 minutos o el subte no funciona rápidamente uno ya se desespera porque quiere llegar a un tiempo que es irreal pero que la ciencia y la técnica te impone. Entonces el ser humano perdió el tiempo natural, el tiempo del día de la noche, el tiempo de la contemplación, el tiempo del silencio.

El ser humano vive totalmente acelerado. Y en los medios de comunicación pasa esto. Una noticia que antes duraba una semana ahora dura minutos y a veces segundos, porque hay una aceleración enorme en el tiempo que ya no te da tiempo para pensar, no tenés tiempo para poder elaborar la noticia con tu propio pensamiento, porque todo es tan rápido que te intoxica. Hay una intoxicación también que es propia de la información. Hoy la información que es tan acelerada pasa del drama terrible al deporte o a una noticia superflua, es una avalancha tan grande que no te permite elaborar y por esto ha llevado a una situación de desvirtuar los contenidos y creo que hasta a desvirtuar la palabra. La palabra es energía, entonces cómo recuperamos nosotros la fuerza de la palabra que es el pensamiento. No hay palabras sin pensamiento, por lo tanto creo que hoy toda esta vorágine de lo mediático hace perder la profundidad del pensamiento, la profundidad de la palabra, tenemos que hacer un alto en esto para poder vernos nosotros mismos.

Los medios de información están sometidos a esta vorágine y tienen que comenzar a repensar los verdaderos contenidos. Contenidos sociales, espirituales, culturales. La pregunta es ¿qué hacemos si esto no cambia? Vamos a necesitar de la rebeldía social espiritual, de la rebeldía social, cultural, política, para poder ser personas. El primer paso de todo proceso de liberación es la capacidad de ser personas. Si nosotros no tenemos esa capacidad para reencontrarnos como personas estamos sumergidos en esta vorágine que va hacia ningún lado".

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sexta-feira, 4 de março de 2011

A Pedagogia crítica e a recuperação da utopia


La pedagogía critica y la recuperación de la  utopía

“Si la educación pudiera hacerlo todo,
no habría razón  para hablar acerca de sus limitaciones
Si la  educación no pudiera hacer nada,
tampoco tendría mucho sentido hablar de sus limitaciones”.

Paulo Freire

Vivimos actualmente una época de descreimiento flexibilizado, utopía acorralada y escepticismo globalizado.

El nuevo orden mundial que garantiza tranquilidad y prosperidad material a una minoría en detrimento del resto de la población, naturaliza a partir del discurso neoconservador que la sustenta la opresión, la desigualdad y la explotación sin límites,  bajo una nueva visión de la democracia basado en la imparcialidad y la meritocracia.

Frases como “se acabaron las ideologías y es el fin de la historia” nos recorren y atraviesan hasta lo más profundo de nuestro ser. Algunos opinarán que este discurso es producto del quiebre de la modernidad y el inicio de la posmodernidad, postura que sostiene la caída de los grandes  ideales de progreso  ordenado  y racional, la ruptura de certezas, el cuestionamiento de identidades consolidadas, la crisis de todo tipo de autoridad, entre otras cuestiones. Otros dirán que estamos atravesando una época de neoliberalismo caracterizado por la  competitividad,  el individualismo y él sálvense quien pueda.

Distintos puntos de partida nos conducen al mismo punto de llegada: el fatalismo, la desesperanza y, lo que es más grave, a la resignación.

Frente a este panorama cabe preguntarse qué papel   puede cumplir la educación, en general,  y nosotros específicamente como  educadores. La respuesta a este interrogante variará de acuerdo a nuestra manera de entender y conceptualizar  la realidad, a nuestra visión conciente e inconsciente de hombre y sociedad".

Mónica Czerlowski

Leia o texto acima completo na página da Universidad Nacional de Lomas de Zamora, Facultad de Ciencias Sociales, Cátedra de Pedagogía, Argentina, clicando aqui.