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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Chile aprova lei que proíbe publicidade de alimentos não saudáveis para menores de 14 anos


Chile aprova lei que proíbe publicidade de alimentos não saudáveis para menores de 14 anos

Um conjunto de leis que trata da venda e publicidade de alimentos foi votado pela Câmara de Deputados do Chile na semana passada e aprovado por unanimidade. A lei já havia sido aprovada pelo Congresso em 2011,mas, após sua primeira votação, voltou ao parlamento com alguns vetos e observações sugeridos pelo Poder Executivo chileno. Com essa segunda aprovação no parlamento, a lei espera agora a sansão do presidente.

Proposta pelo Senado em 2007, a lei trata de forma abrangente da questão da obesidade, regulando desde a publicidade, a rotulagem e a venda em escolas de alimentos não saudáveis, até pedindo mais aulas de educação física e de ações de promoção de um estilo de vida saudável. Após sua homologação, ela deve entrar em vigência a partir do ano que vem.

Entre os principais pontos da legislação está a proibição de todo tipo de publicidade de alimentos definidos como não saudáveis pelo Ministério da Saúde dirigida a menores de 14 anos. Para os efeitos da lei, é publicidade toda forma de promoção, comunicação, recomendação, propaganda, informação ou ação destinada a promover o consumo de determinado produto.

Esses alimentos também não poderão ser promovidos utilizando atrativos comerciais não relacionados com a publicidade própria do produto, quando direcionada a menores de 14 anos. Nesse caso, o uso de brinquedos e acessórios vendidos junto com os alimentos, como no caso do McLanche Feliz, não podem mais ser utilizados. Dentro das escolas, esses alimentos também não poderão ser comercializados ou terem publicidade dentro de escolas de educação infantil, fundamental e média.


Na questão da rotulagem, o presidente do Senado, Guido Gerardi, já havia ressaltado a impossibilidade de os consumidores entenderem os rótulos dos alimentos e a necessidade de uma regulação. Assim, um dos objetivos da lei é garantir que as embalagens dos alimentos tragam dados de sua composição de forma compreensível, de modo que a população possa tomar decisões conscientes sobre sua alimentação.   Além disso, os alimentos que forem determinados pelo Ministério da Saúde que apresentem em sua composição nutricional elevadas quantidades de calorias, gorduras, açúcares, ou sal, entre outros, deverão ser rotulados como “alta quantidade de calorias”, “alta quantidade de sal” etc.


Com essa aprovação, o Chile dá um grande passo na luta contra os aumentos dos índices de obesidade no país e contra as doenças crônicas não transmíssiveis decorrentes desse estilo de vida não saudável, em consonância com as diretrizes propostas pela Organização Mundial da Saúde para lidar com a questão. O país se une a outros, como França e Inglaterra, que já possuem alguns limites a publicidade de alimentos não saudáveis.

Reproduzido de Criança e Consumo . Instituto Alana
15/05/2012

Conheça o Projeto de Lei 255, do Chile, sobre composição nutricional dos alimentos e sua publicidade, clicando aqui

Conheça a publicação sobre Promoção e Publicidade de Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas para Crianças nas Américas, da OPAS, clicando aqui.

Recomendações da Consulta de Especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde sobre a Promoção e a Publicidade de Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas para Crianças nas Américas

Recomendaciones de la Consulta de Expertos de la Organización Panamericana de la Salud sobre la promoción y publicidad de alimentos y bebidas no alcohólicas dirigida a los niños en la Región de las Américas

Recommendations from a Pan American Health Organization Expert Consultation on the Marketing of Food and Non-Alcoholic Beverages to Children in the Americas.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Reino Unido: crianças e conteúdo erótico na TV


Reino Unido quer impedir conteúdo erótico de canais holandeses

Redação
Portal Terra
07/03/2012

O órgão regulador das telecomunicações britânico, Ofcom, se queixou às autoridades da Holanda pelo conteúdo erótico de dois canais com sede no país que podem ser vistos no Reino Unido por sistema de TV digital. O Ofcom considera que a programação para adultos dos canais eróticos holandeses Babestion e Smile TV, que realizam sua transmissão através da televisão digital terrestre britânica, pode ser vista facilmente por menores.

O órgão regulador indicou que se trata de um "assunto importante" e que está mantendo um "diálogo ativo" sobre o assunto com o Commissariaat voor de Media (autoridade reguladora dos meios de comunicação da Holanda), segundo informou nesta quarta-feira o jornal The Guardian. Ao lado do organismo equivalente na Holanda, o Ofcom estuda "como proteger" o público do Reino Unido de "cenas de mulheres seminuas massageando os peitos umas das outras, se masturbando e fingindo orgasmos", que são transmitidas abertamente por estes canais entre as 22h e as 6h locais.

O Reino Unido revogou as licenças de outros canais por transmitirem material excessivamente sexual antes da meia-noite, mas no caso de Babestion e Smile TV, o Ofcom não pode fazer o mesmo porque sua permissão está outorgada em outro país.

Reproduzido de Portal Terra via clipping FNDC

Em inglês no The Guardian aqui.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Dez fatos que a "grande" imprensa esconde da sociedade


Dez fatos que a "grande" imprensa esconde da sociedade

As entidades que reúnem as grandes empresas de comunicação no Brasil usam e abusam da palavra "censura" para demonizar o debate sobre a regulação da mídia. No entanto, são os seus veículos que praticam diariamente a censura escondendo da população as práticas de regulação adotadas há anos em países apontados como modelos de democracia. Conheça dez dessas regras que não são mencionadas pelos veículos da chamada "grande" imprensa brasileira.

Marco Aurélio Weissheimer

O debate sobre regulação do setor de comunicação social no Brasil, ou regulação da mídia, como preferem alguns, está povoado por fantasmas, gosta de dizer o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Franklin Martins. O fantasma da censura é o frequentador mais habitual, assombrando os setores da sociedade que defendem a regulamentação do setor, conforme foi estabelecido pela Constituição de 1988.

Regulamentar para quê? – indagam os que enxergam na proposta uma tentativa disfarçada de censura. A mera pergunta já é reveladora da natureza do problema. Como assim, para quê? Por que a comunicação deveria ser um território livre de regras e normas, como acontece com as demais atividades humanas? Por que a palavra “regulação” causa tanta reação entre os empresários brasileiros do setor?

O que pouca gente sabe, em boa parte por responsabilidade dos próprios meios de comunicação que não costumam divulgar esse tema, é que a existência de regras e normas no setor da comunicação é uma prática comum naqueles países apontados por esses empresários como modelos de democracia a serem seguidos.

O seminário internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias, realizado em Brasília, em novembro de 2010, reuniu representantes das agências reguladoras desses países que relataram diversos casos que, no Brasil, seriam certamente objeto de uma veemente nota da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras deRádio e Televisão (ABERT) denunciando a tentativa de implantar a censura e o totalitarismo no Brasil.

Ao esconder a existências dessas regras e o modo funcionamento da mídia em outros países, essas entidades empresariais é que estão praticando censura e manifestando a visão autoritária que tem sobre o tema. O acesso à informação de qualidade é um direito. Aqui estão dez regras adotadas em outros países que os barões da mídia brasileira escondem da população:

1. A lei inglesa prevê um padrão ético nas transmissões de rádio e TV, que é controlado a partir de uma mescla da atuação da autorregulação dos meios de comunicação ao lado da ação do órgão regulador, o Officee of communications (Ofcom). A Ofcom não monitora o trabalho dos profissionais de mídia, porém, atua se houver queixas contra determinada cobertura ou programa de entretenimento. A agência colhe a íntegra da transmissão e verifica se houve algum problema com relação ao enfoque ou se um dos lados da notícia não recebeu tratamento igual. Após a análise do material, a Ofcom pode punir a emissora com a obrigação de transmitir um direito de resposta, fazer um pedido formal de desculpas no ar ou multa.

2. O representante da Ofcom contou o seguinte exemplo de atuação da agência: o caso de um programa de auditório com sorteios de prêmios para quem telefonasse à emissora. Uma investigação descobriu que o premiado já estava escolhido e muitos ligavam sem chance alguma de vencer. Além disso, as ligações eram cobradas de forma abusiva. A emissora foi investigada, multada e esse tipo de programação foi reduzida de forma geral em todas as outras TVs.

3. Na Espanha, de 1978 até 2010, foram aprovadas várias leis para regular o setor audiovisual, de acordo com as necessidades que surgiam. Entre elas, a titularidade (pública ou privada); área de cobertura (se em todo o Estado espanhol ou nas comunidades autônomas, no âmbito local ou municipa); em função dos meios, das infraestruturas (cabo, o satélite, e as ondas hertzianas); ou pela tecnologia (analógica ou digital).

4. Zelar para o pluralismo das expressões. Esta é uma das mais importantes funções do Conselho Superior para o Audiovisual (CSA) na França. O órgão é especializado no acompanhamento do conteúdo das emissões televisivas e radiofônicas, mesmo as que se utilizam de plataformas digitais. Uma das missões suplementares e mais importantes do CSA é zelar para que haja sempre uma pluralidade de discursos presentes no audiovisual francês. Para isso, o conselho conta com uma equipe de cerca de 300 pessoas, com diversos perfis, para acompanhar, analisar e propor ações, quando constatada alguma irregularidade.

5. A equipe do CSA acompanha cada um dos canais de televisão e rádio para ver se existe um equilíbrio de posições entre diferentes partidos políticos. Um dos princípios dessa ação é observar se há igualdade de oportunidades de exposição de posições tanto por parte do grupo político majoritário quanto por parte da oposição.

6. A CSA é responsável também pelo cumprimento das leis que tornam obrigatórias a difusão de, pelo menos, 40% de filmes de origem francesa e 50% de origem européia; zelar pela proteção da infância e quantidade máxima de inserção de publicidade e distribuição de concessões para emissoras de rádio e TV.

7. A regulação das comunicações em Portugal conta com duas agências: a Entidade reguladora para Comunicação Social (ERC) – cuida da qualidade do conteúdo – e a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que distribui o espectro de rádio entre as emissoras de radiodifussão e as empresas de telecomunicações. “A Anacom defende os interesses das pessoas como consumidoras e como cidadãos.

8. Uma das funções da ERC é fazer regulamentos e diretivas, por meio de consultas públicas com a sociedade e o setor. Medidas impositivas, como obrigar que 25% das canções nas rádios sejam portuguesas, só podem ser tomadas por lei. Outra função é servir de ouvidoria da imprensa, a partir da queixa gratuita apresentada por meio de um formulário no site da entidade. As reclamações podem ser feitas por pessoas ou por meio de representações coletivas.

9. A União Européia tem, desde março passado, novas regras para regulamentar o conteúdo audiovisual transmitido também pelos chamados sistemas não lineares, como a Internet e os aparelhos de telecomunicação móvel (aqueles em que o usuário demanda e escolhe o que quer assistir). Segundo as novas regras, esses produtos também estão sujeitos a limites quantitativos e qualitativos para os conteúdos veiculados. Antes, apenas meios lineares, como a televisão tradicional e o rádio, tinham sua utilização definida por lei.

10. Uma das regras mais importantes adotadas recentemente pela União Europeia é a que coloca um limite de 12 minutos ou 20% de publicidade para cada hora de transmissão. Além disso, as publicidades da indústria do tabaco e farmacêutica foram totalmente banidas. A da indústria do álcool são extremamente restritas e existe, ainda, a previsão de direitos de resposta e regras de acessibilidade.

Todas essas informações estão disponíveis ao público na página do Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias. Note-se que a relação não menciona nenhuma das regras adotadas recentemente na Argentina, que vem sendo demonizadas nos editoriais da imprensa brasileira. A omissão é proposital. As regras adotadas acima são tão ou mais "duras" que as argentinas, mas sobre elas reina o silêncio, pois vêm de países apontados como "exemplos a serem seguidos" Dificilmente, você ouvirá falar dessas regras em algum dos veículos da chamada grande imprensa brasileira. É ela, na verdade, quem pratica censura em larga escala hoje no Brasil.

Reproduzido de Carta Maior
11 nov 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

En la actual crisis: gobernados por ciegos e irresponsables



En la actual crisis: gobernados por ciegos e irresponsables

por Leonardo Boff
20/08/2011

"Afinando los muchos análisis hechos acerca del conjunto de crisis que nos asolan, llegamos a algo que nos parece central y sobre lo que toca reflexionar seriamente. Las sociedades, la globalización, el proceso productivo, el sistema económico-financiero, los sueños predominantes y el objeto explícito del deseo de las grandes mayorías es consumir y consumir sin límites. Se ha creado una cultura del consumismo propalada por todos los medios. Hay que consumir el último modelo de celular, de zapatillas deportivas, de ordenador. El 66% del PIB norteamericano no viene de la producción sino del consumo generalizado.

Las autoridades inglesas se sorprendieron al constatar que, entre quienes promovían los disturbios en varias ciudades, no solamente estaban los habituales extranjeros en conflicto entre sí, sino muchos universitarios, ingleses desempleados, profesores y hasta reclutas. Era gente enfurecida porque no tenía acceso al tan propalado consumo. No cuestionaban el paradigma de consumo sino las formas de exclusión del mismo.

(...) He aquí una solución del despiadado capitalismo neo-liberal: si la orden que es desigual e injusta lo exige, se anula la democracia y se pasa por encima de los derechos humanos. Y esto sucede en el país donde nacieron las primeras declaraciones de los derechos de los ciudadanos.

Si miramos bien, estamos enredados en un círculo vicioso que puede destruirnos: necesitamos producir para permitir el tal consumo. Sin consumo las empresas van a la quiebra. Para producir, necesitan los recursos de la naturaleza. Estos son cada vez más escasos y ya hemos dilapidado un 30% más de lo que la tierra puede reponer. Si paramos de extraer, producir, vender y consumir no hay crecimiento económico. Sin crecimiento annual los países entran en recesión, generando altos índices de desempleo. Con el desempleo, irrumpen el caos social explosivo, depredaciones y todo tipo de conflictos. ¿Cómo salir de esta trampa que nos hemos preparado a nosotros mismos?

(...) ¿Cómo hacer? Existen varias sugerencias: el «modo sostenible de vida» de la Carta de la Tierra, el «vivir bien» de las culturas andinas, fundado en el equilibrio hombre/Tierra, la economía solidaria, la bio-socio-economía, el «capitalismo natural» (expresión desafortunada) que intenta integrar los ciclos biológicos en la vida económica y social, el ecosocialismo y otras.

(...) Urge tener valor, osadía para cambios radicales, si es que todavía nos tenemos un poco de amor a nosotros mismos."

Leia o texto completo na página de Leonardo Boff clicando aqui.

sábado, 20 de agosto de 2011

As novas “fontes de arranjo dos fatos” na fronteira entre a política e a mídia


Serão mesmo os fatos subversivos?

Muniz Sodré

“Os fatos são subversivos” – é o que nos garante o escritor inglêsTimothy Garton Ash desde o título de seu livro que acaba de ser publicado em português (Companhia das Letras, 430 pp.). Ash pratica um misto de jornalismo e historiografia, combinando reportagens com a pesquisa e a reflexão acadêmicas. Como professor é “top-model”: ensina em Oxford e em Stanford. O grande interesse de seu trabalho para a atividade jornalística de hoje é a sua insistência na categoria dos fatos, cuja realidade procura elucidar tanto nas questões políticas como nas culturais. Mesmo considerando que “já houve tempos piores para os fatos” (por exemplo, na década de 30, o aparato totalitário da mentira organizada nas ditaduras tecnológicas), ele chama a atenção para as novas “fontes de arranjo dos fatos”, que se encontram principalmente na fronteira entre a política e a mídia.

A questão tem importância prática e teórica. Mais de uma vez, frisamos em textos publicados aqui no OI, assim como em trabalhos acadêmicos, que o jornalismo implica um tipo particular de “conhecimento de fato”, nos termos da definição de Hobbes:

“Há dois tipos de conhecimento: um é o conhecimento de fato, e outro o conhecimento da conseqüência de uma afirmação a respeito de outra. O primeiro não é outra coisa senão sensação e memória, e é conhecimento absoluto, como quando vemos realizar-se um fato ou recordamos o que se fez; deste gênero é o conhecimento que requer uma testemunha. O último se denomina ciência (....)”.

O conhecimento dos fatos redunda, na verdade, em História, em torno da qual sempre girou o jornalismo, mesmo sem pretensões de essência ou sequer de sistematização de seus registros. O que os fatos, em si mesmos, nos transmitem são conhecimentos contingentes, isto é, que poderiam ser de outra forma, relativos, não necessários. Entenda-se: não necessários em si próprios, como o conhecimento científico, mas absolutamente necessários à atividade jornalística, onde vigora a frase lendária “os comentários são livres, mas os fatos são sagrados”.

Imprensa em transformação

A preocupação de Ash deriva da evidência de que, com a transformação da imprensa pelas novas tecnologias da informação e da comunicação e por suas conseqüências comerciais, a frase tenha sido modificada para “os comentários são livres, mas os fatos são caros”. Ele é categórico:

“Com a mudança da economia da coleta de fatos, encontram-se novos modelos de receita para muitas áreas do jornalismo –– esportes, negócios, diversão, interesses especiais de todo tipo ––, mas os editores ainda tentam descobrir como sustentar o caro negócio do noticiário internacional e do jornalismo investigativo. Enquanto isso, as sucursais no estrangeiro de respeitados jornais estão fechando como luzes de escritório que um zelador apaga em sua ronda noturna”.

Observatório da Imprensa
08/08/2011 na edição 654

Leia o texto completo na página do Observatório da Imprensa, clicando aqui.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

"Nunca desliga": repercussões da "entrevista" com o sociólogo Silvio Caccia Bava


GloboNews e a “visão de cobertura”

André Raboni
Observatório da Imprensa
16/08/2011

Depois do caos que se instalou em algumas cidades inglesas, ficou ainda mais visível o lado estreito da “visão de cobertura” de parte significativa dos nossos jornalistas. O que chamo de “visão de cobertura” é aquela que sentencia a pluralidade do mundo a partir de uma análise tacanha, caolha, reflexo de um mundo visto de cima e que revela certo descolamento da realidade lá de baixo.

Na matéria da GloboNews, três jornalistas forçaram a barra para introjetar na fala do entrevistado (o sociólogo Silvio Caccia Bava) as próprias vulgaridades que carregam nas suas “cabeças de cobertura”, que simplesmente não conseguem enxergar a insatisfação das classes baixas da Inglaterra, sem que para isso taxe todos esses jovens (em sua maioria, negros e pobres) de “marginais”.

O primeiro jornalista começa a entrevista:

“Ô Silvio, como a gente vê nessas imagens, me parece que o estopim foi o protesto contra a morte do jovem nesse tiroteio com a polícia. Mas o contexto social parece ter perdido o fundamento nessas manifestações. O que está acontecendo, agora, na sua visão, é que pessoas e jovens estariam aproveitando o caos para praticar crimes?”

“Não, eu não vejo assim”, inicia o entrevistado, que precisou rebater os entrevistadores durante toda a entrevista.

“Como é que fica a sociedade?”

Depois do terceiro minuto, uma segunda jornalista pergunta ao entrevistado:

“Acho que o que impressiona o mundo todo nesse conflito é o grande número desses jovens e a violência toda. Se eles não são marginais,como você está falando, quem são esses jovens? São estudantes que estavam de férias e seguiram o fluxo da violência?”

“Não...”

“Quem são esses jovens? São estudantes que estavam de férias...” Ou seja, pode-se traduzir a “visão de cobertura” no discurso da jornalista da seguinte forma: ou esses jovens são marginais, ou são vagabundos sem nada o que fazer. Esta é a sentença que não cabe recurso. Depois do quarto minuto do vídeo, a coisa vai ainda mais longe. Outra jornalista expõe sua “visão de cobertura”. Ela pergunta o seguinte:

“Silvio, você coloca aí: `Não é, não são marginais´, né? Mas eles estão cometendo crimes e é preciso agir contra esses crimes. Quer dizer, como que a polícia ou o governo vai agir diante de uma população que está fazendo uma, promovendo um quebra-quebra desses, mas ao mesmo tempo não são `marginais´, e sim, jovens que estão revoltados com a situação? Quer dizer, como é que fica a sociedade nesse momento, pois é muito angustiante você ver pessoas de bem promovendo ataques como esse, né?”

“Basta matar todos os pobres”

“Você também chamaria de marginais os 100 mil jovens estudantes do Chile que se enfrentaram ontem com a polícia?”, questiona, de pronto o sociólogo.

Um trecho da fala da jornalista é revelador dessa “visão de cobertura”. Quando ela enuncia “como é que fica a sociedade nesse momento...”, me pergunto: que sociedade será esta de que ela fala? Nota-se que nessa “visão de cobertura” (muito comum, por sinal, aqui no Brasil), existem duas sociedades – num tom claramente maniqueista: a boa e a ruim. A boa, no caso, é a própria “sociedade”. A ruim é aquela composta de marginais, os negros dos guetos, das periferias – e toda essa gente diferenciada que só existe para causar estorvo.

Daí, a pergunta da jornalista: “Como que a polícia ou o governo vai agir?”

A sugestão que eu faço para clarear essa “visão de cobertura” é a seguinte: que o governo inglês chame rapidamente as forças armadas para bombardear as periferias de Londres e as cidades que estão em caos...

Quem sabe, assim não se aplica, de uma vez por todas, aquela velha máxima que diz: “Para se acabar com a pobreza no mundo é simples: basta matar todos os pobres.”

Reproduzido do Observatório da Imprensa Via clipping FNDC



Leia também por Silvio Caccia Bava "A crise e as oportunidades" (2009), em Crises e Oportunidades, clicando aqui.

Trecho: “Hoje, depois de algum alvoroço que pretendia atribuir a crise à falta de regulação e supostos excessos, tudo continua como antes. Nem mesmo nos paraísos fiscais se tocou. Vivemos, portanto, um impasse, em que o Estado, capturado pelo poder das grandes corporações, não tem capacidade de operar a regulação democrática em defesa do interesse público.

As consequências sociais da crise são alarmantes. O seu maior impacto é o aumento da pobreza, tornando ainda mais pobres os que já são pobres e trazendo também para baixo da linha de pobreza setores das classes médias. Esta situação se traduz concretamente em falta de alimentos, água potável, saneamento básico, saúde, moradia, educação e, por fim, de cidadania.

(...) Com a doutrina neoliberal e a regulação pública desacreditadas, abre-se um novo cenário de conflitos e disputas, um novo cenário de possibilidades históricas. Passa a ser da maior importância, para alguns, a recuperação da legitimidade das instituições políticas existentes; para outros, a criação de uma nova institucionalidade democrática, orientada para a construção de uma outra sociedade, com novos padrões de produção e consumo.

(...)Já se percebe em vários países, fruto da crise atual, um crescimento das mobilizações sociais e das lutas por direitos. E é de esperar que surjam novos movimentos sociais, cada vez mais importantes, de resistência à destituição desses direitos e à precarização da vida. Ainda mais agora, que o socorro ao sistema financeiro mostrou que os Estados dispõem de enormes somas de recursos que antes não se supunha sequer que existissem ou estivessem disponíveis.”

sábado, 13 de agosto de 2011

BBC: outro jornalista surpreendido pelas declarações do entrevistado



BBC ou Globo: Lá, como cá, o jornalismo é o mesmo

"Não há diferença essencial entre a Rede Globo e a BBC. Os que querem “mídia” podem perder suas últimas ilusões liberalóides conservadoras. Nenhum jornalismo-que-há sempre será melhor que o jornalismo-que-há". Artigo assinado pelo coletivo Vila Vudu, reproduzido a partir do blog Redecastorphoto.

A matéria abaixo esteve no ar. Nunca aconteceria no Brasil, porque a Rede Globo nunca entrevista gente que seja realmente contra a posição da “mídia” e as convicções pessoais dos jornalistas.

Aliás, fazem todos muito bem, porque ouviriam o que não querem ouvir nem querem que ninguém ouça e vivem para impedir que as pessoas digam e, se alguém disser, para impedir que a opinião pública ouça. Mas o horror do jornalismo-que-há, que só existe para impor opiniões feitas, é muito parecido.

Para os que pensem que só a Rede Globo faz o que faz e que algum outro tipo de jornalismo-empresa seja algum dia possível ou pensável, aí vai bom exemplo de que a Rede Globo é, só, a pior do mundo, mas faz um mesmo e idêntico “jornalismo”, feito por jornalistas autistas, fascistas sinceros, absolutamente convictos de que “sabem mais”, só porque são donos da palavra e nunca ouvem o “outro lado”, sobretudo se o outro lado quiser falar DELES e das empresas para as quais trabalham.

O problema do mundo não é a Rede Globo (ou, pelo menos, não é mais a Rede Globo que a BBC). O problema do mundo é que o jornalismo (que é aparelho ideológico criado e mantido para uniformizar as opiniões e constituir mercados homogêneos, seja para o consumo uniforme de sabão em pó e remédio antipeido, seja para o consumo uniforme de ideias sobre ética e democracia e justiça) é o único dono da palavra social. Se se inventar mídia que não seja única dona, feudatária, da palavra social, acaba-se o jornalismo-que-há.

Leia a tradução e  assista ao vídeo via Portal Vermelho clicando aqui.

Trecho:

BBC: Posso interrompê-lo, por favor... O senhor está dizendo que não condena o que houve ontem? Que não está chocado com o que houve em nossa comunidade ontem à noite?

Entrevistado: É claro que não condeno! Por que condenaria? A coisa que mais me preocupa é que havia um jovem chamado Mark Dogan, tinha casa, família, irmãos, irmãs. E a poucos metros de sua casa, um policial rebentou sua cabeça com um tiro. 


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os jovens "marginais" e "criminosos" para a Globo News e in-prensa em geral...


"Sociólogo surpreende GlobNews sobre jovens que protestam na Inglaterra. Sem achismo,mostra crise social grave, e a desonestidade de tratar como delinquente manifestações que, fossem em Caracas ou em Havana, seriam tratadas como ações de "corajosos jovens democratas".

Via Facebook, Milton Temer, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato etc.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A maioria dos pais desconhece o que filhos assistem na TV


66% não sabem o conteúdo que crianças veem, e para 25%, a TV é como babá

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira na Grã-Bretanha alerta: é preciso mais rigor dos pais na hora de selecionar - e fiscalizar - o que seus filhos assistem na TV. O levantamento mostra que 54% dos pais admitem que suas crianças assistem a programas de conteúdo adulto na televisão - o que inclui novelas e filmes com cenas de violência, drogas, assassinatos e abuso de menores.

E o estudo ainda traz outros números preocupantes: 78% dos pais afirmam que deixam seus filhos em frente à TV por pelo menos duas horas ao dia e 66% desconhecem totalmente o conteúdo do que eles assistem. Além disso, 25% das mães reconhecem que o aparelho é utilizado como uma espécie de babá.

A pesquisa foi coordenada pela organização The Communication Trust, organização ligada ao Ministério da Educação da Grã-Bretanha. Ao todo, 1.000 casais responderam a questionários sobre os hábitos de seus filhos em frente à TV.

Conselhos

A partir dos resultados, foi desenvolvido uma cartilha sobre o que é aconselhado para crianças menores de 5 anos quando o assunto é entretenimento. Entre as dicas, estão: assistir aos programas com os filhos, conferir a classificação indicativa, responder a eventuais perguntas dos pequenos a respeito do que veem e assegurar que a TV não seja a única diversão deles. Brincar longe do controle remoto é fundamental, enfatizam os especialistas.

As consequências da falta de supervisão dos pais em casa já chegou às escolas. Há dois anos, a Associação Britânica de Professores alertou que as crianças tendem a imitar o comportamento dos personagens que elas veem na televisão, o que aumenta os níveis de desobediência dentro das salas de aulas.

Reproduzido do FNDC.

quinta-feira, 31 de março de 2011

THE MEDIA LITERACY CONFERENCE 2011: Nottingham/UK


THE MEDIA LITERACY CONFERENCE . MLC 2011
21st - 23rd november 2001
East Midlands Conference Centre, Nottingham, UK

The Media Literacy Conference 2011 promises to be this year's most important event about education for media literacy. Over 200 delegates are expected from the UK and around the world. As at MLC2010, informative presentations of classroom practice will be available alongside the latest research evidence on teaching and learning, presenting a unique opportunity for everybody interested in media education for any age group in any context.

This year, a new residential setting will offer more opportunities for informal networking and social events, as well as for more programme sessions. Practising teachers are particularly welcome and bursaries will be on offer for those UK teachers who need help with fees, travel and accommodation.

MEA . Media Education Association
CSCYM . Centre for the Study of Children, Youth and Media

Preliminary timetable . clique aqui

Media Education Association (MEA) no Facebook, no Twitter, no Youtube.

Conheça o Centre for the Study of Children, Youth and Media/CSCYM, do Institute of Education/IoE, da Universidade de Londres clicando aqui.

segunda-feira, 21 de março de 2011

David Buckingham: um feito formidável na educação para as mídias


David Buckingham: A Formidable Achievement in Media Education

Writing about media education at both the theoretical and practical levels is a major challenge. Fortunately, while the number of publications is increasing, let's acknowledge that this is indeed a rarefied but important endeavour. However, the intellectual credibility and advancement of the media education movement depend on constantly reappraising our pedagogical practices.

Among the small group of published media educators, one of the most influential and, I should add, prolific, is David Buckingham, Professor of Education and Director of the Centre for the Study of Children, Youth and Media at the University of London's Institute of Education. (The Institute of Education is the UK's leading graduate school of education.)

Barry's Bulletin
March 2003

Leia  e descarregue o texto completo acima na página de Media Awareness Network - Barry's Bulletin - clicando aqui.


Leia mais sobre David Buckingham clicando aqui na página do Instituto Alana (Crescer na era das mídias eletrônicas), ali na Revista Nova Escola (David Buckingham fala sobre educação para as mídias) e acolá no MidiAtiva (Recriando a TV na sala de aula).

quinta-feira, 3 de março de 2011

Reino Unido: Pare Rupert Murdoch


Caros amigos, 

Em 24 horas, quase metade da mídia britânica poderá ser comprada por um dos piores magnatas da mídia global.

Rupert Murdoch explorou o seu vasto império midiático para forçar a guerra no Iraque, eleger George W. Bush, espalhar ressentimento contra muçulmanos e imigrantes, alimentar o ceticismo climático e enfraquecer a democracia ao atacar impiedosamente políticos que não obedecem suas ordens.

O controle sobre a mídia britânica irá expandir massivamente a influência do Murdoch em enfraquecer esforços globais pela paz, direitos humanos e o meio ambiente. O Reino Unido está em pé de guerra sobre as aquisições do Murdoch e até o governo aliado ao Murdoch está dividido ao meio, mesmo há horas de terem que tomar uma decisão. A solidariedade global impulsionou os protestos pró-democracia no Egito - agora ela pode ajudar a Grã-Bretanha. Vamos gerar um chamado global urgente contra o Rupert Murdoch. Assine a petição para os líderes do Reino Unido:


O Murdoch enfraquece governos democráticos ao redor do mundo ameaçando políticos eleitos com sua mídia manipulativa e perversa, caso elas não se aliem a ele. Ele manipulou a democracia nos EUA, Reino Unido e Austrália por anos, mas agora ele quer o controle total. Nos EUA a maioria dos candidatos presidenciais Republicanos são empregados remunerados do Murdoch! Quando a sua Fox News Network foi menosprezada pelo Barack Obama como propaganda ideológica, ele deu voz ao grupo ultra conservador “tea party”, noticiando constantemente, e geralmente de forma ofensiva, ataques contra o Obama, a reforma na saúde e agenda pela paz, Isso resultou em uma grande vitória para os Republicanos nas eleições do Congresso em 2010.

Nós podemos virar o jogo contra esta poderosa ameaça à democracia. Ano passado, o Murdoch se reuniu com o Primeiro Ministro canadense, que enviou o seu assessor chefe para lançar uma rede de televisão do “estilo Murdoch” no Canadá. Um chamado massivo de membros da Avaaz do Canadá preveniram que essa rede fosse financiada com dinheiro público. Na semana passada outra campanha da Avaaz pressionou o governo canadense a manter padrões jornalísticos, previnindo que esta nova rede dissemine mentiras para o público. Esta semana a batalha é no Reino Unido. A luta contra o Murdoch apenas começou, mas nós já começamos ganhando. Clique abaixo para manter a pressão:


O poder da Avaaz e deste momento da história global é o poder da união. Por todo mundo árabe e além, as pessoas estão se unindo por causas comuns além das fronteiras. O poder do Murdoch é a sua habilidade de dividir. Suas redes usam o medo e informações falsas para dividir a esquerda da direita, cidadãos de estrangeiros, muçulmanos de ocidentais, imigrantes dos não imigrantes, etc. O Murdoch sabe que a democracia precisa ser dividida para que ela possa ser conquistada. Esta semana, vamos mostrar que estamos unidos.

Com esperança,

Ricken, Alex, Emma, Sam, Milena, Alice, Iain, Morgan, Maria Paz e toda a equipe Avaaz.

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sábado, 29 de janeiro de 2011

 

"Confrontada com a necessidade de fazer cortes drásticos em seu orçamento, o governo britânico reduziu em 20% os custos da BBC (British Broadcasting Corporation). A emissora, por sua vez, anunciou o fechamento de parte de seu serviço mundial, assim como a extinção de 200 sites do serviço online. As demissões, ao longo dos próximos três anos, podem chegar a 650, de um total de 2.400 funcionários no Serviço Mundial da BBC.

Os cortes ilustram a gravidade da crise econômica no Reino Unido. Refletem também a tentação, sempre presente no último século de reduzir a presença midiática da emissora fora do país, conforme afirmou ao Opera Mundi Laurindo Leal Filho, professor do Departamento de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da USP (Universidade de São Paulo). Autor dos livros BBC, a Melhor TV do Mundo e Vozes de Londres, dedicados ao serviço brasileiro da emissora, Leal Filho explicou que, para Londres, levar para o mundo os valores e a cultura britânica não é mais uma prioridade.

A filosofia de ser presente no mundo inteiro mudou frente às dificuldades?


Ao longo da história da BBC, duas correntes estiveram sempre presentes nas discussões sobre seu papel no mundo. Uma que entendia que o serviço mundial só justificava sua existência se falasse para localidades onde as liberdades democráticas estavam suprimidas e, quando restabelecidas, não haveria mais motivo para a emissora continuar. A outra, por sua vez, defendia a permanência do serviço em qualquer circunstância, como forma de levar ao mundo as formas de vida, os valores e a cultura britânica, além de prestar um serviço informativo o mais imparcial e independente possível. Esta segunda corrente vinha tendo sucesso, mas parece que, agora, começa a perder alguma força. Não toda, é verdade, tanto é que o Serviço Brasileiro permanece intacto.

O senhor acredita que o Reino Unido está perdendo um instrumento de “soft power” (utilização da estrutura do país para influenciar indiretamente o comportamento ou interesses de outras nações)?

Acredito que sim. Esses serviços funcionavam para mostrar, simbolicamente, o poder britânico para o mundo. Mesmo sofrendo forte concorrência de outras mídias, suponho que eles ainda tivessem um público fiel, que os acompanhava no rádio ou que, como acontece com o Brasil, na internet. É bom lembrar que o Serviço Mundial surgiu, no início do século passado, como Serviço Imperial. Era o centro do império falando para as colônias e para o mundo. Hoje, a situação é diferente e o serviço mundial – além das pressões econômicas internas – luta para se adaptar de um lado às novas tecnologias e de outro, ao papel atual que o Reino Unido desempenha no mundo".


Leia o texto completo com entrevista a Lalo Leal, por Lamia Oulalou da Redação do Opera Mundi, clicando aqui.



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A proposta de regulação da mídia na Inglaterra


"A Ofcom, agência independente de regulação da mídia britânica, divulgou sua proposta inicial para 2011 e 2012. O documento, ainda sujeito a modificações a partir de encontros públicos abertos à comunidade, apresenta ideias para a regulação da televisão, rádio, internet e companhias de telecomunicação. O assunto é fonte de intensos debates na Grã-Bretanha. Por lá, o debate entre educação X regulação é muito forte. Interessante a seção "entendendo as mudanças comportamentais de cidadãos e consumidores". Entre outras coisas, o documento afirma que os britânicos estão conectados a alguma mídia em 55% do tempo em que estão acordados". 

Via Blog Comunicar para mudar o mundo

Conheça a proposta da Ofcom clicando aqui.