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quarta-feira, 18 de março de 2015

Queremos ser normais ou bem comportados?


Queremos ser normais ou bem comportados?

Tivemos sorte por não ver visionários como Einstein, Newton e Beethoven em uma sala de aula. Com dificuldade de aprendizado, seriam transformados em bons alunos, diagnosticados e medicados

“Foco” é a palavra de ordem nas escolas e no mercado de trabalho. Para vencer na vida, a dispersão de atenção para outros interesses além das tarefas do dia a dia é não apenas mal vista: é diagnosticável como um transtorno mental passível de cura. De acordo com uma ala da psiquiatria, essa ideia de “transtorno” parte de duas premissas. Uma é semântica. Ela suaviza a ideia de “doença mental” e passa a ser usada como uma espécie de identidade psíquica por meio de nomenclaturas como “TOC”, “TDAH”, “hiperatividade”, “bipolaridade”, “ansiedade” e “transtornos de humor”.

A outra dita que, por trás da desordem, existe uma ordem. Nesta ordem, o estudante estuda e o trabalhador trabalha. Em nome dela nos medicamos. Cada vez mais e, segundo especialistas, sem que sejam levados em conta os impactos, para as crianças e suas famílias, do diagnóstico e da medicação.

Quem analisa os índices de tratamento à base de drogas psicoativas imagina que o planeta enfrenta hoje uma “epidemia” de transtornos mentais. Nos EUA, uma em cada 76 pessoas são hoje consideradas incapacitadas por algum tipo de transtorno – em 1987, este índice era de uma em cada 184 americanos. O número de casos registrados aumentou 35 vezes desde então.

Segundo o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, 46% da população se enquadrariam nos critérios de doenças estabelecidos pela Associação Americana de Psiquiatria. Tais diagnósticos criaram um mercado poderoso de medicamentos psicoativos – o que significa medicar tanto pacientes com crises agudas de ansiedade até crianças diagnosticada com grau leve de “hiperatividade” ou “espectro de autismo”, a chamada síndrome de Asperger. Essas crianças precisam manter o “foco” na sala de aula se quiserem ter alguma chance de passar no vestibular.

A pressão sobre elas em um mundo cada vez mais competitivo cria um consumidor fidelizado: a criança que hoje precisa de medicamento para se manter em alerta será, no futuro, o adulto dependente de medicamentos para dormir. Essa pressão, apontam estudos, tem origem na sala de aula, passa pela sala da direção, chega aos pais como advertência e desemboca na sala do psiquiatra, incumbido da missão de enquadrar o sujeito a uma vida sem desordem.

Mas como cada categoria de transtorno mental é construída e delimitada? Quais pressupostos fazem com que determinados comportamentos e/ou estados emocionais sejam considerados normais e outros, não? Quem definiu que uma criança com foco na sala de aula é normal e uma desconcentrada é anormal? Qual é, enfim, a “ordem” que a prática psiquiátrica visa a garantir?

Essas questões serão temas de debates em um ciclo de encontros do Café Filosófico CPFL, sob curadoria do professor livre-docente em Psicopatologia do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp Mário Eduardo Costa Pereira, a partir de 8 de agosto[1]. As palestras serão gravadas todas as sextas-feiras ao longo do mês, às 19h, e os interessados de todo o País podem acompanhar as gravações e enviar perguntas ao vivo pelo portal. Além de Costa Pereira, participam do módulo o psiquiatra infanto-juvenil e professor da Uerj Rossano Cabral Lima, o professor da Universidade da Califórnia Naomar Almeida Filho e o psiquiatra da infância e adolescência e consultor do Ministério da Saúde Fernando Ramos.

Se for esta a normalidade que tanto buscamos, o mundo teve sorte por não ver visionários como Bill Gates, Einstein, Newton e Beethoven em uma sala de aula nos dias atuais. Todos eles tinham dificuldade em socialização, comunicação e aprendizado. Sofriam, em algum grau, de espectro de autismo, e seriam facilmente transformados em bons alunos, diagnosticados, tratados e medicados. O mundo perderia quatro gênios, mas ganharia excelentes funcionários-padrão, contentes e domesticados.

Para tratar do tema o psicanalista Mário Eduardo Costa Pereira, da Unicamp, critica o uso do diagnóstico clínico na psiquiatria para tentar adaptar o sujeito a uma vida de regras pouco questionadas.

Abaixo a palestra completa na CPFL, gravado em 8 de agosto de 2014.

Reproduzido de Contioutra (05 mar 2015) via  Carta Capital (04 ago 2014)



[1] 2014

Para relembrar...

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Documentário: Quando Sinto Que já Sei


Quando Sinto Que já Sei

Despertar Filmes
74 minutos
Brasil
2014

Direção:
Antonio Sagrado Lovato
Raul Perez
Anderson Lima

A proposta do documentário Quando Sinto Que já Sei é levantar uma discussão sobre o atual momento da educação no Brasil. Carteiras enfileiradas, aulas de 50 minutos, provas, sinal de fábrica para indicar o intervalo, grades curriculares, conhecimento dividido em diferentes caixas. As escolas, como são hoje, oferecem os recursos necessários para que uma criança se desenvolva ou a transformam em um robô, com habilidades técnicas, mas sem senso crítico?

O projeto surgiu da nossa percepção de que valores importantes da formação humana estão sendo deixados fora da sala de aula. Decidimos explorar novas maneiras de aprender que estão surgindo e se consolidando pelo Brasil, baseadas na participação e na autonomia de cada pequeno ser humano.

Filmando de forma independente, visitamos projetos com propostas educacionais inovadoras. Ouvimos crianças, pais, professores, educadores, diretores e gente das mais diversas áreas, todas com o mesmo desejo: romper com o modelo convencional de escola.

Reproduzido de Quando sinto que já sei
30 jul 2014

Acompanhe e curta no Facebook, clicando aqui.


O Filme lançado em 29/07/14 está disponibilizado na íntegra, abaixo:

sábado, 19 de maio de 2012

“Toda Criança é Especial”: filme de Aamir Khan


“Toda Criança é Especial”

“Taare Zameen Par” é um filme delicado e questionador que fala da relação da escola e do professor com o aluno. Produzido e dirigido pelo indiano Aamir Khan, e que no Brasil recebeu o nome “Toda Criança é Especial”, o longa-metragem aborda a vida de um garoto de 8 anos que é rejeitado pela escola e, em conseqüência, pelos pais.


Diagnosticado como disléxico, o menino é repreendido por ter dificuldade de se concentrar e acaba deprimido ao ser encaminhado para um internato. Lá, um professor atento e dedicado acaba por trazê-lo de volta à vida, com seu jeito diferente de educar.


Ficha técnica:

Produção e direção: Aamir Khan
Concepção e edição: Deepa Bhatia
Música: Shankar Ehsaan
Local: India
Ano: 2007

Site oficial do filme clicando aqui.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mídia: manipulação, concentração, relações com o poder


Mídia: manipulação, concentração, relações com o poder

Muito antes da preparação da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, o papel dos meios de comunicação já havia entrado na pauta das redes sociais e também nos debates da sociedade civil. O tema também foi pauta do 1º Encontro de Blogueiros Progressistas ocorrido nos dias 21 e 22 de agosto, em São Paulo.

Não é de hoje que a sociedade se debruça sobre as denúncias de manipulação da informação, seja por profissionais, pelos detentores do poder e/ou pelos proprietários dos meios. Tudo isso tem sido tratado em filmes que mostram o dia-a-dia das redações e suas relações com o poder e com a sociedade.

Listamos alguns desses filmes para os leitores. Caso tenha sugestões, colabore. Os comentários estão abertos:

A Montanha dos Sete Abutres (Ace in the Hole, 1951), dirigido por Billy Wilder. Na história da cobertura de um acidente, uma reflexão sobre a ética jornalística e a manipulação da informação.

A Primeira página (The Front Page, EUA, 1974), de Billy Wilder. O jornalismo sensacionalista é o tema desta comédia, dirigida pelo mesmo diretor de A montanha dos Sete Abutres

Ausência de malícia (Absence of Malice, EUA, 1981), dirigido por Sidney Pollack. Narra a manipulação da imprensa pelas autoridades.

Boa Noite e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck, 2005, EUA), dirigido por George Clooney. Mostra o esforço de um jornalista para apresentar os dois lados em cobertura jornalística.

Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941, EUA), dirigido por Orson Welles. A história romanceada de um magnata de um império dos meios de comunicação

Desaparecido (Missing, 1982, EUA), dirigido por Costa Gavras. Sobre a participação dos Estados Unidos no golpe que depôs Salvador Allende.

Frost/Nixon (Frost/Nixon, 2008), dirigido por Ron Howard. Dramatiza as entrevistas dadas pelo então presidente dos Estados Unidos ao jornalista britânico David Frost.

Intrigas de Estado (State of Play, 2009), dirigido por Kevin Macdonald. Revela os bastidores das grandes corporações e de uma grande rede de TV. Debate a ética e a corrupção.

O informante (The insider, 1999), dirigido por Michael Mann. No roteiro, a discussão sobre a liberdade da imprensa e as pressões econômicas sobre os meios de comunicação.

O Preço de uma Verdade (Shattered Glass, 2004, EUA), dirigido por Billy Ray. A ética jornalística e as práticas da imprensa são assunto do filme, baseado num escândalo editorial real.

O Quarto Poder (Mad City, 1997, EUA), dirigido por Costa-Gravas. Mostra a manipulação dos fatos pela imprensa numa situação de risco.

Rede de intrigas (Network, EUA, 1975), dirigido por Sidney Lumet. A televisão como fábrica de notícias e manipulação de consciências é o tema do filme.

Salvador - O martírio de um povo (Salvador, EUA, 1986), dirigido por Oliver Stone. A guerra civil de El Salvador é o ponto de partida para a relação entre as coberturas jornalisticas e as arbitrariedades do poder.

Todos os Homens do Presidente (All the President's Men, 1976, EUA), dirigido por Alan J. Pakula. Narrativa sobre a atuação de dois jornalistas no caso Watergate, que culminou na renúncia do presidente Richard Nixon.

RevistaTeoria e Debate . Fundação Perseu Abramo
Publicado em 03/09/2010

Outra dica

Além do cidadão Kane (Beyond citizen Kane, 1993, BBC), documentário produzido pela BBC de Londres - proibido no Brasil desde a estréia, em 1993, por decisão judicial - que trata das relações sombrias entre a Rede Globo de Televisão, na pessoa de Roberto Marinho, com o cenário político brasileiro. - Os cortes e manipulações efetuados na edição do último debate entre Luiz Inácio da Silva e Fernando Collor de Mello, que influenciaram a eleição de 1989. - Apoio a ditadura militar e censura a artistas, como Chico Buarque que por anos foi proibido de ter seu nome divulgado na emissora. - Criação de mitos culturalmente questionáveis, veiculação de notícias frívolas e alienação humana. - Depoimentos de Leonel Brizola, Chico Buarque, Washington Olivetto, entre outros jornalistas, historiadores e estudiosos da sociedade brasileira. "Todo brasileiro deveria ver Além do Cidadão Kane".

O que a televisão tem feito para nossa civilização?


Apresentador de TV é demitido devido sua baixa audiência. Quando seu programa ainda estava no ar, ele anuncia a demissão e avisa que irá se matar durante o programa da semana que vem. Isso faz com que o público fique extremamente curioso a passe a elevar sua audiência às alturas, devidamente aproveitada pelos responsáveis do programa. Isso faz nascer um louco profeta, em uma das mais ácidas críticas ao modo de se fazer televisão no mundo.

Vencedor de 4 Oscar: Melhor Ator (Peter Finch), Melhor Atriz (Faye Dunaway), Melhor Atriz Coadjuvante (Beatrice Straight) e Melhor Roteiro Original.


Veja mais em "70 anos de cinema" clicando aqui.

Assista a dois trailers do filme clicando aqui e ali.

domingo, 9 de outubro de 2011

Para libertar o mundo: O melhor discurso de todos os tempos...




O melhor discurso de todos os tempos

Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar - se possível - judeus, o gentio... negros... brancos.

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá.

Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina!

Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos.

Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós! Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo ... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.

Charles Chaplin
O último discurso (O Grande ditador – 1940)

sábado, 8 de outubro de 2011

Eu odiaria crescer como alguns que eu sei que gostam de empurrar as pequenas crianças de perto...


Little Kids

Bart Collins*

Now just because we're kids
Because we're sort a small
Because we're closer to the ground
And you're bigger pound by pound
You have no right
You have no right
To push and shove us little kids around.
Now just because your throat
has got a deeper voice
And lots of wind to blow it out
At little kids who don´t dare shout
You have no right
You have no right
To boss and beat us little kids about

Just because you have
whiskers on your face to shave
You treat us like a slave
So what? It's only hair

Just because you wear
A wallet near your heart
You think you're twice as smart
You know that isn't fair


But we'll grow up someday
And when we do, I pray
We won't just grow in size and sound
And just be bigger pound by pound
I'd hate to grow like some I know
Who push and shove us little kids around.


From The 5,000 Fingers of Dr. T.
Um filme musical de fantasia, dica de Xtrobo
Letra explicada no contexto: Philip Nel in "Dr. Seuss: American icon"

*Bart Collins é o personagem interpretada por Tommy Rettig, "um menino de 9 anos que, cansado e atormentado pela prática excessiva imposta por seu professor de piano, adormece sobre as teclas e sonha estar preso numa fortaleza onde é mantido em regime de escravidão. O professor se chama Dr. Terwilliker, ou simplesmente Dr. T, caricatura de ditador que mantém Bart e mais centenas de outros meninos encarcerados num mundo delirante e labiríntico, no qual um piano gigante, de dois andares, está à espera do dia em que os 500 meninos, com seus 5000 dedos, executarão o concerto “definitivo” composto pelo tirano." Contracampo . Revista de cinema

Leia mais sobre "The 5,000 Fingers of Dr. T." (1953) clicando aquiali e acolá.



Nota de Re-nascimento:

Hoje decerto que o Planeta Azul se fecundou em alguma coisa boa vinda da imensidão do espaço com esses meteoros que vão caindo por aqui. Nesses dias, depois do texto lindo sobre as Crianças de Elaine Tavares, e inundado de uma Arte na sua expressão mais imensa/super/mega mágica e estroboscopicamente emeninada, algo também se acriançou mais ainda em mim. Também porque é Primavera, e é chegada a estação  da alma que faz brotar da terra e do peito esperanças novas. Tempo de re-nascer... Conjunções se deram, sincronicidades, majik no ar, de crescer com alegria, de dar as mãos e cabeças, de trazer ao peito outras crianças...

O Barco do Destino passou por mil mares, mil janelas, mil céus, atravessou desertos, cruzou pela lama, fez o Nawta da Paz ir franciscar, sair e querer tocar as estrelas, tocar noutros portos, libertar-se de todas as tiranias. E porque "de tão calejada, minha âncora demora já um pouco mais a se soltar do fundo que antes, quando mais criança..." veio um Avatar me dar uma mãozinha, o Mestre do Ar me soprar e segredar, assim à primeira vista, mil coisas que só meninos sabem saber da "infância mágica"... It´s magic...

Eita, Menino de 5 mil dedos fazendo artes nos céus... skies...
Eu amaria crescer como,  e com um Menino que gostasse e trouxesse no peito tanto Amor assim... pequena criança...

Hoje, mais que nunca, eu deixei de ser homem, para ser Menino, para ser Super-Homem, diria Zarathustra... Re-nasci no borbulhante das ondas do mar desse céu... Fui literalmente tocado, assim, num lapso de tempo, num momento de eternuridade do estalar de cinco mil dedos...

Pra essa canção do menininho Bart Collins cheio de dedos na cabeça - e tudo o que ela significou pra mim nesse dia meteórico - só tenho a dizer isso, piscando pra Ele: brigadim, viu?

Que dia mais feliz eu vivi... que dias felizes eu viverei... muito mais do que cinco mil dedos podem contar... Happy fingers... Feliz Todo Dia das Crianças...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

XI Seminário Internacional da Comunicação


XI Seminário Internacional da Comunicação

Mídias Locativas e Transmídia: de que meios estamos falando?

16, 17 e 18 de novembro de 2011
Faculdade de Comunicação Social da PUCRS
Porto Alegre/RS/Brasil

O Seminário Internacional da Comunicação, promovido pelo PPGCOM da Famecos/PUCRS, ocorre a cada dois anos e tem por objetivo congregar a comunidade científica, no domínio da comunicação e das ciências humanas, em busca de intercâmbio informativo e de reflexão partilhada. Entende-se que o saber é um produto de práticas coletivas, recebendo o indivíduo estímulo e condições apropriadas no contato com os seus pares. Em tempos de crise de referenciais, pensar em conjunto significa investir no patrimônio social e valorizar a interatividade.

McLuhan faria cem anos em 2011, e esse fato está gerando homenagens no mundo todo. O XI Seminário Internacional de Comunicação vai participar desse movimento e direcionar seus debates para as grandes questões da obra de McLuhan: as relações do homem com as tecnologias, os efeitos psicológicos das mídias e o tributo que a História para à Ciência. A aceleração das mudanças tecnológicas que o planeta enfrentou na primeira década do século XX foram não só anunciadas por McLuhan, como devidamente criticadas.

O canadense Marshall McLuhan (1911-1980) é um daqueles raros acadêmicos que, além de ultrapassar os muros da universidade com sua produção intelectual, sempre inovadora e interdisciplinar, conseguiu também cunhar expressões utilizadas pelo cidadão comum. A nossa aldeia global não seria a mesma sem McLuhan, até porque foi ele o criador da expressão "aldeia global". E, ao defender que "o meio é a mensagem", principiou um debate que continua animado até hoje e não dá amostras de se esvaziar. Podemos concordar ou não com suas ideias, mas não podemos ignorá-las.

Mas entender McLuhan não é tarefa fácil. Numa cena de "Annie Hall" ("Noivo nervoso, noiva neurórica", 1981), de Woody Allen, Marshall McLuhan, interpretando a si mesmo, afirma para um professor universitário numa fila de cinema que este não entendeu nada de sua obra. O XI Seminário Internacional de Comunicação não pode remediar essa cena, mas talvez possa dar subsídios poderosos para que ela não volte a acontecer, nem no mundo da ficção, nem no mundo real.

Para maiores informações clique aqui.

Via Gilka Girardello . NICA/UFSC

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Criança, a alma do negócio: um debate sobre consumismo na infância e sustentabilidade


Criança, a alma do negócio
Um debate sobre consumismo na infância e sustentabilidade

Data: 04 de junho de 2011
Local: Uma Paz . Parque Ibirapuera . São Paulo/SP

Debatedores:
Rachel Biderman e Marcelo Furtado

Maiores informações:

terça-feira, 17 de maio de 2011

Festival Globale Bogotá 2011: miradas críticas y emancipadoras


La Convocatoria de Globale Bogotá 2011 es el proceso para que realizadoras/es o productoras/es inscriban sus videos, los cuales deben presentar realidades sociales a nivel local (Colombia), regional (América Latina) o mundial, que aporten a la reflexión y análisis crítico dentro de los ejes temáticos del Globale Bogotá 2011.

Los videos deben ser realizados o subtitulados en idioma español.

Leia mais sobre o evento clicando aqui.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Guy Debord: Sociedade do espetáculo


"Espetáculo: essa continua sendo a face mais visível da sociedade

Vez ou outra é bom relembrar certas ideias e conceitos que ajudam a lançar luz sobre o tempo presente e delinear os contornos do futuro. Uma dessas ideias é a que trabalha com o conceito de Sociedade do Espetáculo, pensado pelo escritor francês Guy Debord. Poucas teorias talvez reflitam tão bem nossos tempos de uma “modernidade moderna”.


O espetáculo alimenta-se e é alimentado pela anulação crescente do ser humano diante de um mundo tão cheio de coisas, imagens e pessoas. Alimenta-se do fácil, do descartável, daquilo que te endurece no lugar de te fazer conhecer por você mesmo, no lugar de te libertar. O espetáculo é o sintoma da pressa, da falta de tempo, da aceleração em que se converteram os nossos dias insanos e neuróticos.

O excesso do espetáculo é a melhor imagem para a falta do ser humano. É tanta luz, é tanta voz, tanto som, que diante dele ficamos cegos, mudos, surdos, e é exatamente isso que essa sociedade espera de nós! Para Debord, apenas a realização da arte, da poesia, da utopia, seria capaz de nos libertar!

Guy Debord em seu antifilme Sociedade do Espetáculo (1973) demonstra que a Revolução pode sim trazer a liberdade. Os Situacionistas, ou seja, aqueles que criam situações que propiciam o avanço e a materialização dos conceitos libertários conseguiriam pela proliferação de sua prática neutralizar o controle e o efeito nocivo que a televisão, o cinema e os gandes meios de comunicação exercem sobre as massas. O fim dessa repressão psicológica e física sobre o povo representaria a realização da arte, da poesia, da utopia. (descrição do vídeo no You Tube)."

Reproduzido da página de Educação Política: mídia, economia e cultura - por Glauco Cortez

Seu navegador não suporta o vídeo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Comportamento de risco pode ser influenciado por imagens de filmes e televisão


Dando o exemplo: comportamento de risco pode ser influenciado por imagens de filmes e televisão

Um estudo que revisou mais de 25 anos de pesquisa na área aponta que ser exposto a imagens de atividades arriscadas – incluindo filmes, videogames e televisão – aumenta a incidência de comportamento de risco.

A metanálise buscou os dados colhidos em diversas pesquisas feitas entre 1983 e 2009 e que, juntas, somavam mais de 80 mil entrevistados entre 16 e 24 anos. Os estudos usavam diversos métodos, formatos de mídia e focavam diferentes tipos de comportamentos de risco. Os resultados da metanálise, liderada por Peter Fisher, pesquisador da Universidade de Regensburg, na Alemanha, foram publicados no periódico Psychological Bulletin.

De acordo com o autor, os efeitos desse tipo de exposição midiática podem ser sentidos em curto e longo prazo, ou seja, os comportamentos ligados a essa exposição podem aflorar anos depois e quanto maior o tempo de exposição, maior o nível de riscos assumidos.

“A partir de nossa metanálise, a ‘glorificação do risco’, como aparece na TV e nas mídias de uma forma em geral, pode ter consequências e contribuir para aumentar os limites para os comportamentos arriscados e isso, como sabemos, também envolve consumo de álcool e outras drogas e, consequentemente, pode levar a fatalidades diversas, como as vistas no trânsito, por exemplo”, diz Fisher. “Nossos resultados vão à direção de diversas linhas de pesquisas atuais que corroboram a ligação entre risco e influência midiática e como isso afeta nossa cognição e nossas emoções.”

UOL Notícias . 08 abr 2011


quinta-feira, 7 de abril de 2011

O espírito assustador de uma época...


Reflexões de Eduardo Guimarães que se fazem necessárias, sob o impacto de recentes acontecimentos no Rio de Janeiro, e incitação à discriminação e violência na blogosfera.


"A tragédia no Rio e uma juventude em transe


Sete de abril de 2011 ficará marcado em nossa história como o dia em que um fenômeno que já vinha se anunciando fez do Brasil um país assustador. O jovem que entrou naquela escola em Realengo, no Rio, e disparou contra dezenas de pessoas, matando até crianças, não tinha razões pessoais para fazer o que fez. Agiu por ódio.

Ódio da juventude. Eis um fenômeno que vem se tornando cada vez mais visível desde a campanha eleitoral do ano passado.

Hordas de jovens, no dia em que terminou a eleição presidencial, em 31 de outubro, manifestaram ódio na internet contra negros e nordestinos, culpando-os pela vitória de Dilma Roussseff. Jovens passaram a perpetrar seguidos ataques a homossexuais na via pública, ataques que visavam exterminar as vítimas. No dia da posse de Dilma, jovens pregavam seu assassinato por um franco-atirador…

Agora, neste dia trágico, o Brasil se vê na contingência de ter que implorar por sangue humano para salvar a vida de crianças inocentes.

É emblemático que a tragédia do atirador tenha ocorrido dentro de uma escola. Ainda que a instituição não tenha relação com o que moveu o atirador, o ocorrido simboliza a situação comatosa da educação no Brasil. A escola brasileira jamais foi um ponto de apoio àqueles que, acima de tudo, precisam de orientação para a vida, mas que não recebem nem o básico.

Este país não tem problemas ideológicos e religiosos como têm os Estados Unidos, por exemplo, onde esse tipo de barbaridade ocorre amiúde. O pior que podemos fazer é confundir o que acontece em um país em que o ódio tem uma origem com o que aconteceu por aqui, onde a origem pode até existir, mas provém da perda de valores humanistas por uma geração.

Assistindo ao primeiro capítulo da nova novela do SBT, Amor e Revolução, que versa sobre a ditadura militar, comentei no Twitter como era espantoso lembrar que há poucas décadas este país tinha uma juventude idealista que se dispôs a morrer pela pátria e pelos seus semelhantes acalentando anseios de justiça social.

Não sei o que fizemos com os nossos filhos e netos. Tornaram-se seres avessos a sentimentos, mais frios, mais cínicos, mais hipócritas, sem ideais, materialistas até o âmago. Até nas relações amorosas, hoje cultua-se o sexo muito mais do que o amor. Meninas querem ser “cachorras”, meninos querem ser “bad boys”.

O culto ao ter em lugar de ao ser, a prevalência avassaladora do materialismo, do consumismo e da falta de respeito ao semelhante são o zeitgheist brasileiro, o espírito assustador de uma época em que, cada vez mais, a sociedade brasileira precisa parar, pensar e repensar os seus valores enquanto ainda há tempo, se é que tempo ainda há."

Eduardo Guimarães
07 abr 2011

Reproduzido do Blog da Cidadania.


Leia também "A motivação do atirador de Realengo" (07/04/11) abordando o bullying, do mesmo autor, clicando aqui.

Assista "Zeitgeist, o filme", legendado, em Google Videos clicando aqui, e saiba mais sobre do que se trata clicando aqui.

terça-feira, 1 de março de 2011

Cemitério de Vagalumes: Hotaru no Haka


火垂るの墓
O filme/desenho animado relata a história de dois irmãos, Seita e Setsuko, no período da Segunda Guerra Mundial no Japão. O pai deles é convocado a defender o país na guerra, pois faz parte da marinha japonesa, e a mãe falece em um bombardeio de aviões norte-americanos. A partir daí, o filme mostra a luta pela sobrevivência das duas crianças, em meio à pobreza e miséria que assola o país. Fome, doenças e a falta de generosidade e sensibilidade dos adultos faz deste percurso um dos filmes mais bonitos e comoventes sobre o trágico quadro gerado pela guerra.



E canção inspirada no filme, por Pato Fu.




Vagalume
Pato Fu

Quando anoiteceu
Acreditei que não veria mais
Nenhum luar
Nem o sol se levantar enfim

Mas na escuridão eu te encontrei 
A noite agora vem pra me dizer
Que o luar vai me trazer você

Uma vida brilhava ali
Peguei você
Com cuidado em minhas mãos eu quero te guardar
Só pra te ver piscar pra mim
Pois minha casa tão vazia quer se iluminar
Nem preciso te contar eu sei

Vem acende a sua luz perto de mim
Estrelinha do meu jardim 
Me deixa ser teu céu pra sempre

Vem acende a sua luz perto de mim
Estrelinha do meu quintal 
Na madrugada vagalume

Reproduzido do Blog Buba Katana.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Chaplin foi repórter em seu primeiro filme


Você sabia que no primeiro filme de Charles Chaplin para os Estúdios Keystone ele "interpreta" um repórter? 

Making a Living (pt: Charlot repórter ou Charlot jornalista / br: Carlitos repórter), estreia em 02 de fevereiro de 1914, há quase cem anos. O filme muda de curta-metragem estadunidense, é do gênero comédia, foi realizado/dirigido por Henry Lehrman, e produzido por Mack Sennett para os Estúdios Keystone.

Sinopse:

Slicker é um falso aristocrata inglês que vai trabalhar como repórter e se envolve com o roubo de uma câmera fotográfica com negativos de uma reportagem sensacionalista.

Elenco:

Charles Chaplin: Slicker, o repórter (Nota: no IMDB o nome do personagem de Chaplin aparece como Swindler).
Virginia Kirtley: jovem
Alice Davenport: mãe
Henry Lehrman: repórter
Minta Durfee: mulher
Chester Conlin: policial/vagabundo



O famoso personagem Vagabundo aparece no próximo filme "Kid auto reace at Venice" (Corrida de automóveis para meninos), em 07 de fevereiro do mesmo ano.