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sábado, 11 de junho de 2011

Liberdade na Internet está sob ameaça de governos


Liberdade na internet está sob ameaça dos governos

Novo relatório apresentado ao Conselho de Direitos Humanos pelo relator especial sobre a liberdade de expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, advertiu que nos últimos anos o desejo e as ações do governo direcionadas a controlar o fluxo de informações na internet aumentou consideravelmente.

Segundo o relator são justamente as características da internet, rapidez no acesso e na troca de todos os tipos de informações, que estão incomodando governantes por todo mundo. Recentemente, assistimos ao controle exercido pelos ditadores árabes sobre a internet depois de perceberem que esta estava ajudando as manifestações de civis contra seus regimes e a favor da democracia.

Além da prisão de alguns blogueiros no ano passado, La Rue aponta que os métodos utilizados para bloquear conteúdos estão cada vez mais sofisticados o que conduz a uma situação onde os direitos humanos mais básicos do cidadão de fato estão sendo desrespeitados.

Essa realidade exige que leis bem claras protegendo o conteúdo da internet e a liberdade de expressão funcionem de fato e sejam respeitadas. Procedimentos invasivos sem dúvida devem ser considerados crimes e os controladores é que devem ser presos, não os controlados como vem acontecendo. Nos países democráticos não deve haver sequer discussão a esse respeito, afinal, se a liberdade começar a ser controlada, ficará difícil sustentar o paradoxo em que se transformará a própria democracia.


Veja texto sobre o assunto publicado pelo FNDC “Liberdade na Internet está sob ameaça de governos” da página do Observatório do Direito à Comunicação, clicando aqui.


Acesse o relatório clicando aqui.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Fiscalização das rádios comunitárias, imprensa e televisão


"Fiscalização das rádios comunitárias deveria se estender aos demais meios de comunicação como imprensa e televisão.

O ministro Paulo Bernardo já anunciou que as rádios comunitárias serão fiscalizadas com mais rigor, juntamente com rádios comerciais e televisões educativas. Em relação às rádios comunitárias o que se quer é impedir abusos e também estar mais próximo às reivindicações e dificuldades dos profissionais da radiodifusão brasileira. A última parte sem dúvida é a mais importante.

Falta agora o ministro falar sobre a fiscalização das TVs comerciais e da imprensa,  por exemplo, outros setores importantes da comunicação no país e justamente onde se cometem mais abusos e desrespeitos ao direito de comunicar!"

Leia mais em Educação Política clicando aqui.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Blogueiros ativistas pela regulação das mídias e banda larga pública


O movimento envolvendo a ação dos ativistas da blogosfera tem se espalhado por todo país. Só neste ano, 18 encontros de blogueiros ocorrerão até junho, quando será realizado o segundo Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas em Brasília.

Nos encontros, pessoas que têm blog e também aquelas que não têm uma página na rede, mas que contribuem para o movimento da blogosfera em redes sociais como Twitter e Facebook, reunem-se para discutir questões importantes da cena política nacional e também para debater propostas de fortalecimento da blogosfera e maior difusão desta junto à opinião pública.

Leia o texto completo em Educação política, de Glauco Cortez, clicando aqui.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Direito à informação como dever do Estado


Frente parlamentar lembra que é dever do estado garantir acesso da população à informação

O direito à liberdade de expressão e a uma efetiva prática comunicacional – plural e livre – é condição básica e essencial de toda e qualquer democracia. Para que esta exista e aconteça de fato, o estado deve garantir que os meios de comunicação zelem pela qualidade e pluralidade da informação permitindo que a opinião pública tome conhecimento das questões e temas que envolvem a esfera pública de seu país.

Os meios de comunicação são uma espécie de veículo para a democracia e participação popular, não por acaso, em qualquer ditadura a primeira coisa a ser feita é censurar, controlar e monopolizar os meios de comunicação, uniformizando as ideias e cerceando qualquer tipo de crítica ou reflexão. Pensando em todas essas questões, a iniciativa da Câmara dos Deputados em criar a “Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular” em parceria com entidades da sociedade civil é de total pertinência e importância.

A atual situação dos meios de comunicação brasileiros é marcada por uma uniformização dos conteúdos, por um controle das propriedades dos meios nas mãos de poucas pessoas e por uma cultura da manipulação e do privilégio que, beneficiadas pelo manto sagrado da liberdade de expressão, no fundo, apenas afastam as chances de uma real liberdade de expressão e de um legítimo direito à comunicação, que às empresas de comunicação da atualidade não seriam nem um pouco interessantes.

Diante do sistema midiático que temos, não podemos considerar o Brasil como um país onde vigora de fato uma efetiva democracia. A participação popular não é interessante para o cartel midiático que aqui se instalou, o que eles querem, de fato, é, como bem disse Mino Carta, zelar por uma democracia sem povo e posar de guardiões dessa.

A sorte é que personalidades públicas como Luiza Erundina, dentre outros parlamentares, que lideram e apoiam iniciativas como essa, de criar uma Frente Parlamentar pelo direito à comunicação, ainda existem na cena política nacional e contribuem para lembrar que “é dever do Estado desenvolver ações no sentido de garantir que o maior número possível de cidadãos possa produzir, disseminar e acessar informações e cultura”, como disse Luiza Erundina.

Além de reconhcer o dever do estado nessa questão, a Frente não exclui a população, muito pelo contrário. Talvez, a parte mais importante do nome do movimento seja justamente aquela composta pelas últimas palavras, “com participação popular”. Aí sim começa-se a falar a linguagem da democracia. Por isso, representam todos os parlamentares envolvidos com a Frente um oásis de lucidez em tempos de tanta secura democrática!

Veja trecho de texto escrito por Luiza Erundina, deputada federal do PSB por São Paulo, e reproduzido pelo blog Vi o Mundo:

Luiza Erundina, no Brasil Econômico: Liberdade de Expressão

Por Luiza Erundina

A Câmara dos Deputados lança, hoje, a “Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular”. É uma iniciativa de parlamentares, em parceria com entidades da sociedade civil, e visa a promover ações que assegurem o direito à liberdade de expressão e o direito à comunicação.

O direito à liberdade de expressão, previsto no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos artigos 5º e 220 da Constituição Federal, enfrenta hoje dois tipos de obstáculos que demonstram a necessidade e justificam a criação desta Frente.
O primeiro está em ações de órgãos do poder público e de entes privados que cerceiam o exercício dessa liberdade pelos cidadãos e cidadãs brasileiros. É preciso, pois, que se criem mecanismos permanentes para denunciar e combater tais ações.

O segundo obstáculo diz respeito à falta de regulação do nosso sistema de comunicação e de políticas públicas que promovam e garantam a liberdade de expressão e o direito à comunicação.

Atualmente, as condições para o exercício dessa liberdade e o respeito a esse direito são muito desiguais, visto que os canais de mídia, elementos indispensáveis à efetivação desse direito, estão concentrados nas mãos de poucos grupos, cuja prática impõe limites à liberdade de expressão em nosso país, além de ser fortemente marcada pela prevalência de interesses privados em detrimento do interesse público.

Assim, não basta denunciar e combater ações que atentem contra a liberdade de expressão; é preciso também propiciar meios para que todos os cidadãos e cidadãs brasileiros tenham plenas condições de exercê-la. (Texto Completo).

Reproduzido de Educação Política - Mídia, Educação e Cultura - Por Glauco Cortez
26 abr 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Guy Debord: Sociedade do espetáculo


"Espetáculo: essa continua sendo a face mais visível da sociedade

Vez ou outra é bom relembrar certas ideias e conceitos que ajudam a lançar luz sobre o tempo presente e delinear os contornos do futuro. Uma dessas ideias é a que trabalha com o conceito de Sociedade do Espetáculo, pensado pelo escritor francês Guy Debord. Poucas teorias talvez reflitam tão bem nossos tempos de uma “modernidade moderna”.


O espetáculo alimenta-se e é alimentado pela anulação crescente do ser humano diante de um mundo tão cheio de coisas, imagens e pessoas. Alimenta-se do fácil, do descartável, daquilo que te endurece no lugar de te fazer conhecer por você mesmo, no lugar de te libertar. O espetáculo é o sintoma da pressa, da falta de tempo, da aceleração em que se converteram os nossos dias insanos e neuróticos.

O excesso do espetáculo é a melhor imagem para a falta do ser humano. É tanta luz, é tanta voz, tanto som, que diante dele ficamos cegos, mudos, surdos, e é exatamente isso que essa sociedade espera de nós! Para Debord, apenas a realização da arte, da poesia, da utopia, seria capaz de nos libertar!

Guy Debord em seu antifilme Sociedade do Espetáculo (1973) demonstra que a Revolução pode sim trazer a liberdade. Os Situacionistas, ou seja, aqueles que criam situações que propiciam o avanço e a materialização dos conceitos libertários conseguiriam pela proliferação de sua prática neutralizar o controle e o efeito nocivo que a televisão, o cinema e os gandes meios de comunicação exercem sobre as massas. O fim dessa repressão psicológica e física sobre o povo representaria a realização da arte, da poesia, da utopia. (descrição do vídeo no You Tube)."

Reproduzido da página de Educação Política: mídia, economia e cultura - por Glauco Cortez

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