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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Televisão e a falta de crítica especializada


"O blog do jornalista Daniel Castro, abrigado pelo portal R7, publicou em 13/01/2010 uma entrevista com Silvio de Abreu, autor da telenovela Passione, que afirma que "a crítica de TV no Brasil é despreparada". Silvio de Abreu tem toda a razão.

A falta de crítica especializada em TV no Brasil decorre de um preconceito que, infelizmente, ainda persiste: "Televisão não é coisa para intelectual; intelectual de verdade deve se dedicar a temas mais nobres, como a literatura, ou a questões mais prementes, como as sociais." A mídia, nesse sentido, é deixada de lado porque é considerada um "luxo dos pobres", uma "fuga da realidade", segundo a ideia do senso comum, que, por sua vez, é uma corruptela de teorias da metade do século passado.

Seguindo esse raciocínio, para ser crítico de TV no Brasil basta ser jornalista e gostar dessa coisa (tida como) "menor" que é a TV. As coisas pioram muito quando se misturam a chamada crítica de TV com os resumos de telenovela e fofocas no mesmo espaço. Em outras palavras, a pífia e suposta crítica de televisão perde ainda mais em credibilidade. Não que não deva haver espaço para fofoca sobre artistas e resumos de novela. Todos esses são produtos da mídia e sobre a mídia e, portanto, se justificam. Minha questão é que, ao se promover tal mistura, até mesmo por questões do mercado (pois, na prática, uma coluna que publique furos sobre os próximos acontecimentos da novela ou sobre a intimidade dos artistas vai ser muito mais lida/acessada), a crítica perde em força e em importância. Passa a ser apenas a opinião daquele ou daquela jornalista".

Conrado Mendes . Observatório da Imprensa

Leia o texto completo clicando aqui.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Escola Livre de Jornalismo e outros assuntos


Jornalismo para quem precisa

Leandro Fortes
Blog do Leandro Forte: Brasília, eu vi

"Aí vai uma reflexão e uma proposta para um curso democrático e popular para estudantes de jornalismo e jornalistas, conforme eu havia começado a discutir aqui, no Facebook, alguns dias atrás. No link do meu blog, o "Brasília, eu vi", há mais informações e elementos para a gente discutir. Preciso achar um lugar legal para as aulas e contar com a ajuda de outros repórteres interessados em participar do projeto.

Por isso, é preciso estabelecer também um contraponto à ideologia da mídia hegemônica no campo da formação, em complemento aos cursos superiores de jornalismo. Abrir espaço para os milhares de estudantes de comunicação, em todo o Brasil, que não têm chance de participar dos cursinhos de treinees dos jornalões e das grandes emissoras de radiodifusão. Dar a eles, de forma prática e barata, uma oportunidade de aprender jornalismo com bons repórteres, com repórteres de verdade.

Foi nisso que pensei quando idealizei, em 2007, a Escola Livre de Jornalismo, junto com outros dois amigos, ambos ótimos jornalistas, Olímpio Cruz Neto e Gustavo Krieger. Com eles, ajudei a montar bem sucedidos ciclos de palestras e oficinas de jornalismo em Brasília. Em 2009, um ano antes do 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, em São Paulo, a Escola Livre, em parceria com o IESB, já havia conseguido reunir, na capital federal, os principais expoentes desse movimento no país: Luis Nassif (Blog do Nassif), Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Rodrigo Vianna (Escrevinhador), Marco Weissheimer (RS Urgente) e Luiz Carlos Azenha (Viomundo). Uma semana de debates ricos, bem humorados, em um auditório permanentemente lotado de estudantes de jornalismo e jornalistas profissionais. Foi nosso único evento gratuito e, claro, o de maior sucesso. Os ciclos e oficinas, embora tenham tido boa audiência, esbarravam sempre no problema do custo para os estudantes: como nos cursinhos de treinee da velha mídia, acabávamos por privilegiar um segmento de jovens já socialmente privilegiados. É dessa frustração e dessa armadilha que proponho fugir agora.

Por isso, expus no Facebook a idéia de ministrar minhas aulas de Técnica Geral de Jornalismo, divididas em módulos, de modo que cada estudante pague um valor baixo por cada aula. Ou seja, os estudantes vão às aulas que quiserem, pagam na entrada e participam de duas horas de aula de jornalismo sobre tópicos práticos e temas relevantes. Minha idéia é convocar outros repórteres de Brasília a participar desse movimento da Escola Livre de Jornalismo, com o compromisso de, em troca da aula de duas horas, receber 70% do valor arrecadado no dia, porque 30% serão sempre destinados à administração e organização do curso."

Leia o texto completo clicando aqui.