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domingo, 18 de novembro de 2012

A "galera tá ligada"...


Pelo que se vê, analisando com mais atenção, tudo leva a crer que já estamos em plena era prevista por Einstein.

A "galera tá ligada"...

Reunidos para tomar um café:


Convívio no restaurante:

Curtindo a beleza do Museu:

Encontro agradável na lancheria:

Curtindo um belo dia de praia:

No estádio... apoiando e torcendo pela seu time:

Na intimidade do jantar a dois:

Passeando na cidade num conversível:

Disse Albert Einstein:

"Temo o dia em que a tecnologia se sobreponha à humanidade. Então, o mundo terá uma geração de idiotas."

Recebido via e-mail.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Pais poderão monitorar filhos no Facebook


Pais poderão monitorar filhos no Facebook

Redação
Folha de S. Paulo
05/06/2012

Adultos terão contas conectadas às dos menores de 13 anos; rede visa ampliar receita com jogos.

Hoje proibidos de criar perfis no Facebook, crianças e pré-adolescentes menores de 13 anos poderão em breve acessar a rede supervisionados pelos pais, de acordo com relato do "Wall Street Journal". O plano é ampliar a receita da rede social com jogos on-line.

Está em fase de testes um mecanismo que conecta a conta das crianças à dos pais, cabendo aos responsáveis escolher os "amigos" dos filhos.

Segundo estudo da Microsoft Research, 36% dos pais americanos de filhos menores de 13 anos sabem que eles acessam o Facebook, mesmo sendo oficialmente proibido.
O Facebook argumenta que a nova tecnologia também servirá para limitar que espertinhos burlem o sistema.

Permitir declaradamente o acesso à rede social de crianças dará ao Facebook público para jogos voltados segmento infantil, ainda pouco explorados no site, mas muito presentes na forma de aplicativos para iPhone e nos smartphones que rodam o sistema operacional Android.

Política de dados

Autorizar o acesso de crianças pode ampliar a pressão dos órgãos reguladores sobre a política de dados do Facebook que capta informação pessoal publicada na rede. Com isso, o site direciona publicidade a um determinado público específico.

"Estamos em constante diálogo com acionistas, reguladores e outras pessoas envolvidas com normas sobre o melhor modo de ajudar os pais a manter a segurança das crianças on-line", informou o Facebook.

Reproduzido de Folha de São Paulo (05/06/12) via clipping FNDC


Comentários de Filosomídia:


"Poderão"? Mas, já não deveriam estar fazendo isso há tempos?


Pela empresa, "o plano é ampliar a receita da rede social com jogos on-line", diz a notícia, e-s-c-a-n-c-a-r-a-d-a-m-e-n-t-e. E, a conta disso e tudo o que virá depois é, teoricamente, responsabilidade dos pais e ou responsáveis.


Aguardem, que as questões que envolvem esse "ampliar a receita" é apenas uma pontinha do iceberg de tudo o que "ampliará", pois se não me engano, faz tempo que as crianças e menores de 13 anos já têm conta no Facebook, naturalmente que sem muito conhecimento pelos pais do que seus filhos fazem...

sexta-feira, 16 de março de 2012

Crianças em baixa na programação no rádio e na TV


Crianças em baixa no rádio e na TV

Vilson Vieira Júnior
Mídia Aberta

O Brasil sempre exibiu programas infantis memoráveis, que fizeram história na televisão: Sítio do Pica-Pau Amarelo, Vila Sésamo, TV Colosso, Rá Tim Bum, Bozo, Balão Mágico, Castelo Rá Tim Bum, Cocoricó. Alguns ainda estão no ar, como o Cocoricó, Castelo Rá Tim Bum e Vila Sésamo, ambos na TV Cultura. Mas esses são as ditas raras exceções.

As atrações dedicadas às crianças praticamente desapareceram da TV aberta brasileira. Ponto para as emissoras do campo público, como as tevês Brasil e Cultura. Ao contrário das comerciais, ambas dedicam parte considerável de suas grades de programação ao público infantil.

Entre às 08h45 e às 16h, de segunda à sexta-feira, os programas infantis dominam a grade da TV Brasil, fazendo jus ao horário considerado Livre pela Classificação Indicativa. E na TV Cultura não é diferente. De segunda à sexta, das 08h15 às 18h45, as crianças é que mandam na programação da emissora, com 11 atrações dedicadas exclusivamente para elas.

Já nas tevês comerciais...

Das emissoras comerciais, as únicas que ainda dedicam algum tempo da grade às crianças são a TV Globo e o SBT, emissoras que até a década de 90 se destacavam entre o público infantil e disputavam de igual para igual os olhares dos pequenos, principalmente nas manhãs.

No SBT, quem se destaca, de longe, na audiência e na programação, é o mexicano Chaves, exibido em dois horários pela emissora paulista. O canal veicula apenas duas produções próprias voltadas às crianças: Carrossel Animado e Bom Dia e Cia, com destaque para os desenhos animados importados. A faixa da programação infantil vai de 07h30 às 14h15, de segunda à sexta-feira, considerando a programação oficial da geradora, em São Paulo.

Já a TV Globo reduziu drasticamente a programação voltada para as crianças. Restou a fraca e inexpressiva TV Globinho, com apenas 1 hora e 25 minutos de duração (de 10h40 às 12h05). Ainda assim, a atração se resume a desenhos animados enlatados e mais nada.

Logo a Globo, que já fez história com atrações como Sítio do Pica-Pau Amarelo, Balão Mágico, TV Colosso e até com o Xou da Xuxa, hoje preenche as manhãs da emissora com programas direcionados ao público adulto, entre jornalísticos e os que abordam temas como saúde e variedades sem grande importância para o público.

Rede TV! tem o TV Kids, um programa dedicado aos animês (desenhos animados japoneses), e mais nada. E a Record é tão ruim quanto a co-irmã Rede TV!. Durante a semana, nenhuma atração preparada para as crianças é exibida pela emissora do bispo Edir Macedo. Nos fins de semana, a Record veicula o Record Kids, em que exibe exaustivamente as peripécias maliciosas do Pica-Pau, e é só.

Crianças fora das ondas do rádio

Faço aqui um desafio: quem conhece alguma emissora de rádio, seja comercial ou pública, nacional ou local, que transmita pelo menos um programa direcionado às crianças? Difícil, não é verdade? FMs ou AMs, não importa a frequência da estação, mas uma coisa é certa: as rádios brasileiras não gostam de criança. Vide a inexistência de programas dedicados a elas.

A quase totalidade das rádios brasileiras passam o tempo tocando música, muitas delas retratando o universo dos adultos, como amor, sexo, separação, traição. Sem contar, claro, aquelas de baixíssima qualidade, que prezam pelo duplo sentido. E tudo isso em qualquer horário, tendo, muitas vezes, o público infantil como um de seus principais ouvintes.

É público e notório: à exceção de poucos, seja no rádio ou na TV, as crianças não têm vez e voz nos canais de comunicação mais populares do Brasil! Além de cotas para a programação regional e independente, chegamos a um momento em que a militância que luta pela democracia na comunicação deve cobrar para que se inclua a produção e a exibição de conteúdo voltados para as crianças como obrigações a serem cumpridas pelas concessinárias e permissionárias de radiodifusão, sejam elas públicas, privadas ou comunitárias. Valorizando, obviamente, produções nacionais.

Participe e comente!

Relembre os programas infantis que mais marcaram a TV brasileira e comente aqui no blog. E se você conhece alguma rádio que dedique parte de sua programação às crianças, deixe um comentário e compartilhe com a gente! 

Se não mudamos nós, a mídia não muda!

Até a próxima!

Reproduzido do Blog Mídia Aberta
Por uma Comunicação ética, democrática e de múltiplas vozes
07 ago 2011

quinta-feira, 8 de março de 2012

Situação Mundial da Infância 2012: Crianças em um Mundo Urbano


O processo de urbanização exclui dos serviços essenciais centenas de milhões de crianças que vivem nas cidades, alerta o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no relatório Situação Mundial da Infância 2012: Crianças em um Mundo Urbano.

Segundo o documento, em poucos anos, a maioria das crianças crescerá em cidades e não em zonas rurais. No mundo, o crescimento de cerca de 60% da população urbana está relacionado ao nascimento de crianças em áreas urbanas.

“Quando pensamos em pobreza, a imagem que vem à mente é a de uma criança em uma comunidade rural”, disse o Diretor Executivo do UNICEF, Anthony Lake. “No entanto, as crianças vivendo em favelas e periferias estão entre os grupos mais desfavorecidos e vulneráveis no mundo. São privadas do acesso aos serviços mais básicos e têm negado o seu direito de se desenvolver.”

“Excluir essas crianças não apenas impede que elas desenvolvam todo o seu potencial, mas também priva as sociedades dos benefícios econômicos de uma população urbana com saúde e educação”, argumentou Lake.

No mundo, as cidades oferecem para muitas crianças a oportunidade de ter acesso à escola, aos serviços de saúde e às áreas de lazer. No entanto, as mesmas cidades são cenários de grandes disparidades em relação à saúde, à educação e às oportunidades.

Em várias regiões do mundo, a infraestrutura e os serviços não estão sendo ampliados no mesmo ritmo do crescimento urbano e as necessidades básicas das crianças não estão sendo atendidas. As famílias em situação de pobreza, muitas vezes, pagam mais por serviços de qualidade inferior. O custo da água para comunidades pobres, por exemplo, pode ser até 50 vezes maior para moradores que compram esse bem de provedores privados em relação aos valores pagos por comunidades vizinhas, que têm acesso ao abastecimento canalizado.

As privações enfrentadas por crianças em comunidades pobres urbanas são muitas vezes obscurecidas pelas médias estatísticas, que não distinguem moradores de baixa e de alta renda das cidades. Quando as médias são usadas para fazer políticas públicas urbanas e distribuir recursos, as necessidades dos mais pobres podem ser ignoradas.

ONU BR, 28/2/20127
Via e-mail Projeto Criança e Consumo/Instituto Alana

Baixe o documento clicando aqui.



Mais informações:

Estela Caparelli
mecaparelli@unicef.org | (61) 3035-1963
Pedro Ivo Alcantara
pialcantara@unicef.org | (61) 3035-1983

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Notícia de Telejornal: Crianças acessam sites de pornografia, sem o conhecimento dos pais...


“Sexo” é 4º termo mais buscado por crianças na web

As palavras sexo e pornô estão entre as dez mais procuradas por crianças na internet. O ranking foi feito pela empresa de segurança Symantec, que identificou as 100 principais buscas feitas entre fevereiro e junho através de seu serviço de segurança familiar OnlineFamily.Norton, que supervisiona o que as crianças e adolescentes fazem da internet. No topo do ranking está o site de vídeos YouTube, de propriedade do Google. A palavra sexo aparece em quarto lugar e pornô em sexto.

A pesquisa aponta que as crianças usam a web para ver vídeos no YouTube, se conectarem com amigos em redes sociais e fazer buscas com as palavras sexo e pornografia. A estrela da Internet Fred Figglehorn, personagem de ficção cujos vídeos no YouTube são populares entre crianças, aparece na nona posição entre as principais pesquisas online.

O Google é o segundo termo mais popular e o Yahoo aparece na sétima posição.

Enquanto isso, o site de redes sociais Facebook ficou em terceiro e o MySpace em quinto. Outros termos populares incluem Michael Jackson, eBay, Wikipedia, a atriz Miley Cyrus, que interpreta a personagem Hannah Montana em um seriado da Disney, Taylor Swift, Webkinz, Club Penguin, e a música “Boom Boom Pow”, da banda Black Eyed Peas.

A representante da Symantec para segurança na Internet, Marian Merritt, afirmou que a lista mostra que os pais precisam ter consciência sobre o que seus filhos estão fazendo online. “Também ajuda a identificar momentos em que os pais devem falar com seus filhos sobre comportamento apropriado na Internet e outras questões relacionadas à vida online de suas crianças”, afirma ela em comunicado da empresa.

A lista foi produzida depois que a Symantec avaliou 3,5 milhões de pesquisas feitas pela ferramenta OnlineFamily.Norton, que permite que os pais vejam o que crianças estão pesquisando e com quem estão falando em mensagens instantâneas e que redes sociais estão usando.

Fonte: Estadão 12/08/2009

Reproduzido de 7online em 16/08/2009


Leia também no Estadão "Protegendo as crianças dos perigos na rede" (Pedofilia e cyberbullying) 18/05/2009, clicando aqui.



"Sexo" e "pornô" estão entre os temas mais pesquisados por crianças na internet

Especialista orienta pais a lidarem com temas como sexo e pornografia com naturalidade. Proibir sem justificativas ou sem diálogo pode aumentar a curiosidade das crianças

Pesquisa realizada pela empresa de segurança de softwares Symantec revela que palavras como "sexo" e "pornô" estão entre as mais buscadas na internet, por crianças menores de sete anos e jovens até 18 anos. A palavra "sexo" está em quarto lugar no ranking de expressões digitadas em buscadores por crianças de 8 a 12 anos e de adolescentes de 13 a 18 anos. O termo "pornô" é a quarta palavra mais pesquisada por crianças de até sete anos. A pesquisa divide os usuários em três faixas de idade: até 7 anos, de 8 a 12 e de 13 a 18; e por sexo.

O resultado da pesquisa preocupou Clarice Torquato, mãe de uma menina de 9 anos. Em entrevista ao site Rede Brasil Atual, ela explicou como procura acompanhar a vida "virtual" da filha. "Eu vejo o histórico dos sites acessados. Ali eu vejo onde ela foi e o que viu", afirma.

Clarice também pede que a filha utilize a internet com a porta do quarto aberta para que tenha controle visual das atividades da menina. "Eu me preocupo, porque às vezes ela quer pesquisar sozinha para um trabalho escolar e não sabe que há sites com vírus e outros com conteúdo inadequado", relata. Apesar do receio de vírus, a maior preocupação de Clarice é a pedofilia na internet. "Eu morro de medo. É muito duro isso para uma mãe", confessa.

Segundo ela, a filha passa a maior parte do tempo em joguinhos, mas percebe que crianças da família, com mais idade, usam a internet para pesquisar temas mais adultos. "Outro dia vi uma menina de 11 anos pesquisando sobre bebês, como eles nascem e como são feitos", revela.

Para Yara Garzuzi, especialista em terapia comportamental e Mestre em distúrbios do desenvolvimento, a falta de  diálogo entre pais e filhos leva as crianças a procurarem os assuntos sobre os quais têm dúvida, na internet. "Eles procuram da forma deles", aponta. Para ela, dialogar e acompanhar o dia a dia das crianças, ajuda tanto nas questões de sexualidade como no relacionamento entre pais e filhos, em geral.

O ideal é que os responsáveis por crianças ou adolescentes estejam sempre atentos às necessidades psicológicas das crianças. "Não é bom falar de assuntos delicados de forma abrupta. O melhor é explicar no limite das perguntas deles. Não é preciso contar os detalhes dos detalhes", destaca. "Não é bom estimular os assuntos, nem criar um tabu, porque daí as crianças vão buscar (a resposta) na internet", lembra.

Segundo Yara, não há uma idade certa para falar sobre sexo com os pequenos. "Depende mais da curiosidade da criança. Cada uma tem um desenvolvimento diferente da outra", avalia.

Outro ponto importante é acompanhar de perto os sites e assuntos que as crianças acessam na internet, sem demonstrar que se trata de um monitoramento. "Na verdade, é um partilhar. Quanto mais partilhas houver, melhor a resposta e o contato com os pais", avalia.

A especialista também orienta que os pais tratem os assuntos com naturalidade para não aumentar a curiosidade das crianças. "Quando eu proíbo um assunto, dou atenção a ele e desperto a curiosidade das crianças. Proibir por proibir, sem explicar o motivo, jamais! O que não é bom, como pornografia, deve ser motivo de muito diálogo", comenta.

Redes sociais na frente

"YouTube", "Google" e "Facebook" lideram a lista de temas procurados na internet, segundo a pesquisa em todas as faixas pesquisadas. Os sites de relacionamento também estão entre os preferidos, independentemente do sexo e da idade dos usuários.

Levando em conta as diferentes preferências de meninos e meninas, a pesquisa detectou que crianças e jovens do sexo masculino acessam mais sites de compras, de temas considerados inapropriados e jogos. Já as meninas preferem músicas, entretenimento e celebridades.

Crianças até 7 anos passam a maior parte do tempo na internet em jogos (23%). De 8 a 18 anos, a maior parte do interesse é direcionado para músicas.

A pesquisa foi realizada com base em 14,6 milhões de buscas feitas por esse publico de 2 de fevereiro a 4 de dezembro de 2009. Os internautas eram usuários do serviço OnlineFamily.Norton, da Symantec.


Confira as dez palavras-chaves mais pesquisadas (em 2009) pelas crianças.

1º. YouTube
2º. Google
3º. Facebook
4º. Sexo
5º. MySpace
6º. Pornô
7º. Yahoo
8º. Michael Jackson
9º. Fred (Personagem que se tornou popular entre as crianças no YouTube)
10º. eBay



Veja também no G1 "Saiba como educar as crianças para uma navegação segura na Internet" (15/05/2009),por Juliana Carpanez, clicando aqui.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Capitalismo, TICs e consumismo de mãos dadas: o futuro já começou nessa festa


Capitalismo, TICs e consumismo

Por Valério Cruz Brittos e Jéssica M. G. Finger
06/12/2011 na edição 671

O capitalismo sustenta-se no fomento incessante ao consumismo, acelerando a acumulação por uma parte da sociedade. Trata-se de um modelo em que a necessidade de consumo é explorada de forma sempre crescente, a fim de manter o melhor desempenho de seus agentes constituintes com o máximo de retorno e, desta forma, funcionando o todo social. Os esforços para estimular uma sociedade movida pelo consumo crescem de maneira gradativa, com publicitários, especialistas em marketing, executivos em geral e empresários ocupando-se em trazer soluções de consumo para a nova massa que surge, ao mesmo tempo em que cria atrativos para os segmentos já integrados, provocando a inovação permanente.

Para tanto, as tecnologias de informação e comunicação (TICs) são grandes aliadas. Elas possibilitam o desenvolvimento de produtos cada vez mais bem elaborados e portadores de funções facilitadoras, gerando na sequência novas necessidades e o must buy. O celular e a internet são exemplos já incorporados ao cotidiano e ao modo de vida dos cidadãos, agindo, inclusive, como agentes transformadores das relações sócio-econômico-culturais. Explora-se, com o estímulo a novas necessidades, o desejo de se estar dentro do circuito do mais novo, melhor e mais funcional dos mundos, incentivando a constante renovação dos dispositivos tecnológicos. É o ciclo do consumo sem fim, onde a obsolescência forçada é fundamental.

O enigma da superação

A tecnologia tem um papel essencial na facilitação do consumo, estimulando a compra impulsiva e desnecessária, desta forma beneficiando corporações e dando força à orientação econômica vigente. Nesse quadro inserem-se as lojas online, acessíveis sem sair de casa através de mecanismos que permitem o pagamento por esses produtos de forma rápida e segura com alguns cliques de mouse e via cartão de crédito (na maioria das vezes com juros elevados pela não quitação integral do débito, gerando endividamento elevado e contínuo). Dentro de algum tempo, a TV digital trará a possibilidade de comprar produtos de comerciais com o próprio controle remoto, pois tudo estará interligado, se definido o canal de retorno.

Circula na internet o vídeo We Are the Future (Nós Somos o Futuro, disponível aqui), em que adolescentes na faixa de 13 anos argumentam que os profissionais de marketing devem rever a maneira de fazer comunicação. A justificativa é que a massa consumista está crescendo de tal modo que o futuro das marcas será por ela determinada. Comentam sobre os formadores de opinião, salientando ser necessário que as empresas paguem esses consumidores alfas, pois sua atitude influenciará diretamente os padrões de compra generalizados, o que reforça a ideia de que todos cada vez mais trabalham pelas marcas, gratuitamente, como se isto fosse inclusão.

Sendo o consumo a base da economia capitalista, de produção e demanda, de compra e venda, os profissionais responsáveis pela criação de uma condição favorável à aceleração da circulação estão cada vez mais atentos, ousados e valorizados. Suas investidas criam situações não raro inimagináveis, sempre procurando favorecer a circulação de mercadoria e capital. A pergunta que fica no ar é até quando tudo isso será sustentável. Chegará o dia em que o próprio ser humano será colocado para comercialização como um bem de consumo? Ou esse dia já chegou, sem que nem fosse percebido? Tudo isso denota a existência de um sistema que, longe de ser autossustentável, traz o enigma de sua superação na sua própria concepção.

***
Valério Cruz Brittos e Jéssica M. G. Finger são, respectivamente, professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos e graduanda em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda na mesma instituição.


Comentário de Filosomídia:

Capitalismo, TICs e consumismo de mãos dadas: o futuro já começou nessa festa


Nessa festa onde o deus mercado é venerado acima de todas as coisas em coisificando tudo, e as empresas que controlam e manipulam a informação no mundo neoglobalizado propagandeiam incessantemente que consumir é a razão de nossa existência.

O vídeo em questão no artigo, onde aparecem os adolescentes descoladinhos, os bacanas da "Idade Mídia" dando dicas aos publicitários e marketeiros sobre o que dizer a elas, como e por quê, demonstra bem que o futuro já está sendo planejado pelo mercado há muitos anos. Crianças e adolescentes hoje em dia, imersos no mundo das teclas e telas recebendo estímulos de toda parte para consumir, vão se formatando pelos meios de comunicação concentrado nas mãos do oligopólio a la Murdoch, assim como de modo geral nas escolas vão se formando essas novas gerações, a la Maquiavel.

Os professores estão colaborando para essa alienação toda quando não são críticos ou estão passivos frente à realidade diante de seus olhos, e as crianças debaixo de seu nariz, de seu controle. O sistema de ensino se edifica sob os mesmos princípios do capitalismo, focando no individualismo, na meritocracia, na competição que faz a des-humanização de todos, centrado no des-amor, na não-liberdade e cassando a autonomia e a palavra dos estudantes.

No Brasil temos uma situação peculiar, mas bem ao gosto do mercado: a educação é completamente regulada por mil mecanismos que controlam tudo, desde o conteúdo e programas de ensino, livros didáticos e literatura infanto-juvenil, até as ações do professor dentro de sala de aula. E, pouco a pouco vemos a privatização do ensino, e a mercantilização da educação.

Oposto a isso, o setor de comunicações é completamente desregulado, permitindo que as grandes empresas de comunicação - privadas - façam o que bem entendem, respaldadas pela legislação adequadamente conformada às suas prioridades no controle da informação.

Na programação das TVs fica claro que mundo cor de rosa dessa democracia do capitalismo do Velho (Europa) e do Novo Mundo (América do Norte) é o melhor para todos. Impossível não perceber nos telejornais, por exemplo, como os fatos são manipulados, como as notícias são construídas, e como se apresentam estas com requintes tecnicamente elaborados para persuadir o telespectador ao exercício de seu direito de consumir, e dever de viver segundo as regras ditadas pelo deus venerado do mercado. Tal fenômeno se reproduz na imprensa escrita e na Internet. A "dieta informacional" do dia é sugerida pela pauta e cardápio preparado nas redações e pelas agências de notícias ao redor do mundo...

Outro exemplo, reparemos em como as crianças se vestem para ir à aula, seus tênis e camisetas, em como são seus cadernos, lápis, canetas, estojos, os filmes e desenhos a que assistem na TV ou cinema. Um desfile do mundo fabricado pelas empresas de comunicação auferindo lucros nos produtos licenciados, que a meninada carrega feliz, vivendo bem a vida do mundo de ilusória fantasia do capitalismo. Ensinadas desde cedo a venerarem aquele deus do des-amor, logo logo o sistema bancário lhes proverá cartões de crédito vinculados aos dos pais ou (i)responsáveis e, assim, por elas mesmas comprarem sem interferência o que lhes deixam felizes.

Capitalismo, TICs, consumismo, classificação indicativa e tantos outros pontos são importantes para a discussão e crítica nas escolas, nos cursos de formação de professores, e especialmente entre a comunidade acadêmica que muitas das vezes se faz alheia ao que se passa pelas maquiavelices murdochianas, em nome de não ser a "redentora da humanidade". Certamente que não são, pois por não terem dinheiro propriamente dito, na mesma lógica do sistema são os auto-proclamados detentores e defensores do "capital cultural". Além do que, no princípio de todas as coisificações, muitos professores universitários são os que legitimam esse pesadelo da realidade com ares de ciência, e seguem de (a)consciência tranquila do dever cumprido quando detêm os meios de impedir a comunicação dos fatos, de que a liberdade e o amor sejam ditos.

Neste mundo que vai elogiando tudo isso como democrático, enquanto a maioria da sociedade vive das migalhas dos ricos e em frangalhos, sem direitos fundamentais sendo protegidos pelo Estado, nessa sociedade de coisificação de tudo e todos quem é que vai, enfim, nos livrar dos efetivamente bandidos e malfeitores?


Quando o próprio Estado é omisso, os governos são (i)responsáveis e os demais poderes se fazem coniventemente cegos, espertamente surdos e convenientemente mudos na proteção dos direitos das crianças e adolescentes, qual super herói virá nos salvar dessa orgia/bacanal do consumismo quando na Educação e Comunicação pela televisão mais assistida e sintonizada cantarolamos juntos que a festa é para todos, que "a festa de quem vier"?

Ou os verdadeiros super-homens e super-mulheres já estão por aí, pelas ruas, causando "tumulto" pelas mudanças e as fazendo pouco a pouco na "rexistência" pela vida com dignidade, pelo Bem Viver, ou o capitalismo mesmo cumprirá as profecias sobre o fim do mundo, enquanto carrega no seu seio tudo e todo mundo para a destruição do próprio planeta.


Nessa festa do capitalismo já vamos todos convidados e bêbedos consumidores dançando o hit do momento. Mas, para a festa no céu da dignidade, como naquela história do sapo que foi escondido no violão do urubu, somos quase todos como ele mesmo e, ficamos de fora. Tem-se de ter asas e muito amor pela vida e na vida para ouvir e entender as estrelas...

Aguardem a divulgação da dissertação "Telejornais e crianças no Brasil: a ponta do iceberg" filosmidiando sobre o "Efeito Orson Welles" e a "Síndrome de Clodovil"... o "Efeito Abya Yala" e a "Síndrome da Liberdade", convocando pelo "Manifesto das crianças" a que todos nos unamos para o Bem Viver.


Leo Nogueira

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Manifesto pelo fim da publicidade e comunicação mercadológica dirigida ao público infantil


Publicidade Infantil Não!

Manifesto pelo fim da publicidade e comunicação mercadológica dirigida ao público infantil

Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.

A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.

Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.

A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.

Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.

Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.

Acesse a página e assine o manifesto clicando aqui.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Tablet vira mania entre adultos e crianças e motivo de briga


"É quando a mãe de Beatriz Guardabassi, 9, chega em casa que a brincadeira começa. No iPad da mãe, a menina brinca de trocar a roupa da Barbie, faz a boneca virar confeiteira e ensina a mãe a jogar xadrez. O brinquedinho vira até motivo de briga: "Tem vezes que a minha mãe quer usar e o meu tio também, e vira uma confusão", conta.

O tablet funciona como um computador. Nele, dá para brincar com games, pintar, desenhar e ler livros. Não precisa ligar na tomada nem usar mouse ou teclado. Basta o toque dos dedos para acionar a tela. iPad é um dos modelos.

Manuela Werneck, 11, fala do aparelho como quem entende do assunto: "O tablet é 'touch' [sensível ao toque, em inglês] e não trava como o computador". A menina, assim como suas irmãs gêmeas Maria e Caroline, 6, adora brincar com jogos como quebra-cabeça.

Na casa delas, o tablet é também disputado com o pai. Como resolver a questão? O jeito foi fazer sorteio.

Para não ter briga, Guilherme Mendes, 9, ganhou um iPad só para ele. Mas nem assim ficou livre de confusão: "Meu iPad tem capacidade maior que o do meu irmão, de 14 anos. Ele pega o meu e a gente briga".

O especialista em tecnologia Alexandre Momma diz que é legal o tablet ser usado pela família toda.

"A ideia das redes sociais veio para ficar mesmo. O tablet também veio para ser compartilhado", afirma.

Amigos ou inimigos?

Uma pesquisa da fundação Kaiser Family de 2010 apontou que crianças e jovens americanos de 8 a 18 anos passam mais de sete horas mexendo com computador, celular e outros eletrônicos. Mas é preciso ter cuidado com o excesso.

A luz dos tablets, por exemplo, pode fazer mal para a visão. E é importante ter cuidado com quem se fala pelo tablet e por outros aparelhos, para garantir a segurança na internet. O ideal é dosar bem as atividades nos eletrônicos com outras brincadeiras, principalmente ao ar livre.

Do papel à tela

Conheça o caminho que as histórias escritas percorreram:

Papiro
É uma planta que começou a ser usada entre 2500 e 4000 antes de Cristo, no Egito, para criar uma espécie de papel. Na mistura do papiro, tinha também cola, farinha ou miolo de pão cozido.

Pergaminho
Era feito com pele de animais como o carneiro. Os pergaminhos mais antigos que os cientistas encontraram são do século 3 e estão na Biblioteca Vaticana, na Itália.

Papel
Os livros começaram a ser feitos na China, por volta do ano 213 antes de Cristo, com folhas de seda. Elas eram bem caras. Por isso criaram um papel com cascas de plantas. Hoje, o papel é feito com madeira.

Prensa
No século 15, um homem chamado Gutenberg começou a usar tipos móveis (espécie de carimbo) para produzir livros. Assim, foi possível imprimir livros em vez de escrevê-los à mão.

Tela
Surgiu na TV e no computador. Nos anos 80, cientistas começaram a estudar telas sensíveis ao toque dos dedos. Elas ficaram famosas com o iPhone, o celular da Apple, e estão nos tablets.

Ler é outra aventura

O tablet é mais do que um brinquedo. Os especialistas contam que ele deve entrar até nas escolas. Já imaginou os seus livros escolares dentro dele? Com certeza, a mochila ficaria bem mais leve.

Mas algumas histórias já estão sendo contadas para crianças nesses aparelhos. Em "A Menina do Nariz Arrebitado" (ed. Globo), de Monteiro Lobato, peixes nadam na página e, com os dedos, você brinca de desembaralhar letrinhas.

Outra editora pioneira é a Manati. Ela lança neste mês "Chapeuzinho Vermelho" e "Os Três Porquinhos" para iPad. Com ilustrações de Mariana Massarani, eles têm opções divertidas, como gravar a voz de quem brinca.

Os tablets também são cheios de notícias. A revista "Timbuktu", feita na Itália, conta o que ocorre no mundo para as crianças (em inglês).

Por causa do interesse das crianças, fabricantes anunciaram que vão produzir tablets especiais para elas até o fim do ano. Os aparelhos devem ter tela mais resistente e bordas emborrachadas, para não estragar facilmente.

Fontes: Alexandre Momma (diretor de atendimento da área de tecnologia da TNS Research International); Eduardo Chaves (consultor da Microsoft e diretor de gestão educacional da Lego Education no Brasil); Guilherme Werneck (CallNet); Marcos Maltempi (professor do Departamento de Estatística, Matemática Aplicada e Computação da Unesp de Rio Claro) e Sônia Petitto (professora do Departamento de Educação da Unesp de Marília)."

Martha Lopes
07/05/2011
Reproduzido da Folha de S. Paulo Via FNDC