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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Dominique Wolton: a comunicação de massa como condição para a democracia


"Quando pensamos a comunicação, por vezes, somos um tanto negativistas; enxergamos muitos problemas e poucas perspectivas positivas. Na contramão das críticas calorosas aos problemas da mídia contemporânea, temos o entusiasmo do sociólogo francês Dominique Wolton, autor de "Elogio do grande público".

Na presente comunicação, gostaria de partilhar algumas idéias de Wolton, com quem tive a oportunidade de participar, recentemente, de um seminário na Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUC-RS, em Porto Alegre. Sem a pretensão de fazer uma leitura crítica do pensamento do Wolton, simplesmente apresento aquilo que depreendi de suas explanações, deixando, portanto, que o leitor tire suas conclusões.

(...) A comunicação envolve três coisas: representação do outro, experiência do outro, e divisão do território. Quanto mais a comunicação vence o tempo e o espaço, mais aparece a importância do território, ou seja, precisamos estar em algum lugar.

Em síntese, a comunicação é um grande desafio para o século 21. A comunicação, em suas três dimensões, tem na cultura a mais importante. Seu desafio é organizar a coabitação, respeitando as identidades e relações, correndo o risco do choque entre cultura e identidade. Não há democracia sem comunicação, que mesmo com suas ambigüidades, mantém seu valor de emancipação, pois nos leva à alteridade. Pela coabitação, poderemos chegar à emancipação do ser humano. É pelo respeito ao diferente, à alteridade, à inteligência do outro que se realiza a emancipação. O maior desafio de todos é proteger a dimensão humanista da comunicação."

Por Alexander Goulart em 31/5/2005


Leia o texto acima completo no Observatório da Imprensa clicando aqui.

Leia mais sobre Dominique Wolton no Observatório da Imprensa, por Juremir Machado da Silva (2002) clicando aqui, e na RTS, Rede de Tecnologia Social, clicando aqui.


Leia mais sobre o livro "Elogio do grande público" clicando aqui e aqui.

O fim da televisão: Jean-Louis Missika


"A televisão e a sua influência nos diversos períodos da sua história O mundo tende a transformar-se rapidamente numa “aldeia global”, onde a ausência de fronteiras possibilita que a informação e o conhecimento se difundam instantaneamente. A televisão e a sua história corroboram esta tese que ganhou ênfase com os acontecimentos históricos do final da década de oitenta no Leste Europeu, com a desassociação da União Soviética. Jean-Louis Missika e Dominique Wolton (1983: 313-316) vêm afirmar o papel a televisão, nos diversos períodos da sua história, como meio de massas preponderante para os principais paradigmas sociais actuais."


La fin de la télévision – Jean-Louis Missika

Dans La fin de la télévision, Jean-Louis Missika décrypte les évolutions du monde de la télévision de son invention à nos jours, et explique comment la télévision va disparaître, à l’heure où les écrans et les images sont omniprésents.

Une présentation chronologique des évolutions de la télévision permet à l’auteur de montrer le déclin de la dimension éditoriale de la télévision et la perte d’influence de ceux qui véhiculent ces messages: chaînes, présentateurs et animateurs en tous genres. En effet, selon Jean-Louis Missika, des années 1950 aux années 1980/90, on est passé d’un univers dans lequel la télévision était une institution de transfert de savoirs et de connaissances, fortement contrôlée par les pouvoirs en place (la paléo-télévision), à une télévision de plus en plus proche du téléspectateur, dans laquelle ce dernier s’invite à l’écran (la néo-télévision). L’évolution s’est poursuivie avec l’apparition d’une télévision encore plus proche du téléspectateur, fusionnelle, dans laquelle seul compte le fait d’être à la télévision (la post-télévision). En conséquence, il est maintenant plus important de coller aux attentes et émotions du public que de faire passer des messages.

Comment en est-on arrivé là? Ces changements ont-ils été imposés par les chaînes de télévision, ou bien la télévision a-t-elle accompagné un ensemble de mutations inévitables?

Selon Jean-Louis Missika, trois fais expliquent ces glissements: la démédiation, la dépendance, et la déprofessionnalisation.

Leia o texto acima completo em Kobaie.Net clicando aqui.

Leia também no Observatório da Imprensa (2005), por Alexander Goulart, "A comunicação de massa como condição para a democracia" clicando aqui.

Televisão: a "caixa" que mudou o mundo


A "caixa" que mudou o mundo

"A televisão veio modificar o rumo da história mundial. A suas influências desde o momento do seu aparecimento foram fulcrais para os paradigmas sociais que hoje presenciamos. A sua novidade no mundo permitiu cambiar formas de estar e pensar, acreditando-se que uma imagem vale mais que mil palavras (Provérbio Chinês). Ela controla e monopoliza as grandes questões mundiais, ou pelo menos, leva-nos a crer que o consegue fazer. Os grandes debates; as noticias mais importantes; os grandes acontecimentos; as maiores confirmações; entre tantos outros assunto grandiosos, têm presença permanente nos ecrãs de todo o mundo. O espetáculo associado ao mais vil do cenários permite à televisão um estatuto extra-humano, dando-lhe um caractér absoluto.

A televisão e todo o seu conteúdo é visto cada vez mais como uma verdade inerente, até porque todos, do mais instruído ao mais humilde, tomam em conta o que é dito na “caixinha mágica”, e agem como tal.

O aparelho televisivo apoderou-se de um papel fundamental na rotina do Homem. Está presente de forma constante na vida individual de cada um, transformando-se ela própria num motor impulsionador de uma socialização menos ampla. Os Homens reúnem-se em frente ao pequeno ecrã e divagam sobre os mais diversos assuntos consoante a grelha televisiva lhes vai propondo. No entanto o comando remoto atribui-lhes a sensação de que controlam aquilo que vêm, estado, por outro lado, limitados aquilo que a capacidade televisiva pode oferecer.

As frenéticas mensagens comunicacionais que chegam ao homem tentam alojarse, mas o cérebro humano ainda não conseguiu adaptar-se a este ritmo tão elevado de estímulos. A mensagem mal construída é rejeitada à inconscientemente pelo individuo, no entanto, existem mensagem que inconscientemente são recebidas e memorizadas de forma simples. As campanhas de comunicação enviesam as concepções da realidade dos indivíduos, tal facto é provado nos massacres nazi e soviético que abalaram o século passado. Não foi necessário muito mais que a comunicação, que a propaganda, para levar o mundo inteiro a assistir passivamente à morte de milhões de pessoas. O indivíduo está hoje mais atento, no entanto a sua capacidade para distinguir as inúmeras mensagens que recebe é diminuta e pode-lhe levar a cair em enviesamentos do real.

Diga-se aquilo que se quiser, a verdade é que todos odiamos a televisão, tal qual Orson Welles, no entanto agimos como se de amendoins se trata-se, não conseguindo parar de os comer."

Ágata Marinho e David A. F.-M. Dias
2008

Leia o texto completo clicando aqui.