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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Homens, Mulheres e "Crianças" no "pálido ponto azul"



Nessa sociedade em que vamos quase todos mais ou menos enredados pela Internet nos lares, escolas, ruas, e também incapazes de compreendermos o que se passa além de um palmo de nossos narizes, o filme retrata cenas do cotidiano e interesses dos personagens em uma comunidade norte-americana - homens, mulheres e crianças - entre seus desejos, sonhos não realizados e decepções na "sociedade de consumo" e das mídias digitais.

Parece-me que, de imediato, quase ninguém consegue perceber o que realmente se passa no interior do outro (e muito mal na vida cotidiana de ser criança e aluno), seja na vida em família, na escola ou nos outros cenários de nossas relações humanas, na "Vida Real" como se diz no filme.

Os dramas vão se desenvolvendo e provocando ações e reações a estimularem os personagens a tomarem suas decisões.

Ressalto da incapacidade daqueles que se fizeram de pais ou professores (des-orientados) a orientarem as crianças, sem absolutamente querer realmente saber, ou como des-cobrir que se passa na mente e coração de seus filhos/alunos. Até que pelas ações das próprias crianças é que parecem conseguir refletir alguma coisa, e entrar em "comunicação" com elas e seus pares adultos.

E, na escola, quem é que como professor consegue ajudar as crianças a lidarem com suas interrogações, para aquém ou além das tarefas inadiáveis do ensinar/aprender?

Pais e professores, lares e escolas colaboram (ou não) para a formação do caráter das crianças?

Imersos no mundo do mercado, e daquilo que nos é imposto para o consumo, nós nos consumimos entre dores e amores, esquecendo das possibilidades de apenas nos doarmos mais ao próximo...

E, no meio dessa vastidão do espaço com todas as suas possibilidades de manifestação da vida, quem somos nós com nossos pequenos, insignificantes ou grandes problemas e dramas, a vivermos nesse único "lar" que conhecemos - o planeta Terra - retratado como um pequeno e "pálido ponto azul" pela sonda Voyager? O "poema" de Carl Sagan citado no filme nos instiga a refletir mais sobre quem somos, de onde viemos e para onde vamos...

Fica aí a dica de Pedro Junior Silva para assistirmos e refletirmos...

Leo Nogueira Paqonawta

Publicado em Facebook
26 jan 2015

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Juliana Doretto: Por que gosto de crianças


Por que gosto de crianças.

Por Juliana Doretto
Coluna Ruth de Aquino
Época

Esqueça essa história de que elas são puras, angelicais e ingênuas. O ser humano não é assim; e elas não são alienígenas. Também não quer dizer que perto delas nos sentimos mais jovens. Balela: elas têm uma energia que nos faz lembrar como já tivemos mais fôlego. Elas são engraçadas o tempo inteiro? Ao contrário. As menores não se constrangem em mostrar a tristeza e, como num drama televisivo mexicano, aprofundam a dor enquanto podem.

Eu gosto de crianças porque elas são um desafio. Pouco treinadas na arte das regras sociais, subvertem os códigos das respostas esperadas, dos comportamentos aceitáveis, do contrato de boas maneiras. Eu não quero dizer que adoro crianças birrentas e mimadas. Aliás, é comum ouvirmos hoje que os “miúdos”, como se diz cá em Portugal, estão cada vez mais terríveis. Mas não há nada de errado ou diferente com os meninos e meninas de hoje. O que parece ter mudado é o crescimento de uma dificuldade profunda dos pais em mostrar a seus filhos que a vida cotidiana é formada também por tijolos de frustração, entremeados por incompletude em massa.  O processo de educar, no sentido doméstico do termo, é mostrar que fazemos o possível, e conseguimos o que podemos.

A subversão a que me refiro é a resposta malandra, a esperteza de se saber mais inteligente do que seu interlocutor, mas esconder isso. Ou melhor: estar acostumado a sempre ser subestimado, e dar a volta, com brilhantismo, nessas situações. Eu, como pesquisadora e como jornalista, entrevisto meninos e meninas há uns bons anos. Já cansei de contar em quantas situações me senti uma estúpida, depois da argumentação brilhante da criança à minha questão – que eu achava muito bem articulada, até o seu desmonte total.

Não comece, caro leitor, com o discurso de que são as tecnologias que as fazem mais brilhantes do que nós éramos quando crianças. Você e eu já não nos lembramos muito bem das situações vividas na nossa infância. E, pelo que eu saiba, todo pai e mãe babões dizem ter filhos superdotados até que o contrário seja mostrado. E isso desde muito antes do telefone de disco.

Além disso, em minha pesquisa de doutoramento, entrevisto crianças com diferentes graus de uso das tecnologias. E não houve, nesse ponto em questão, nenhuma diferença berrante. A criança é esperta porque está aprendendo a viver num mundo onde poucos acham que ela tenha algo importante a dizer: e isso se refere sobretudo ao lugar que lhes é atribuído por excelência, a escola. Que o digam os bravos professores que lutam contra essa ditadura do silêncio infantil na sala de aula.

Vamos a exemplos, para clarificar meu ponto. Dou um livro a um menino e pergunto se ele gostou: “Não sei, ainda não li”. Pergunto a outro se ele é amigo de todas as pessoas que ele tem no Facebook: “É claro que não. Desde quando amigo do Facebook é amigo de verdade?”. Pergunto à menina se o celular dela já tocou no meio da aula: “Já, foi sem querer, mas eu tento cumprir as regras. Já minha professora atende sempre...” E, no meio da entrevista, a garota disse que o papo estava muito chato, e resolve parar a conversa para tocar violão.

Já o adulto resiste bravamente à entrevista moribunda, e responde a todas as questões do entrevistador, mesmo com ar enfadonho. Afinal, é preciso ser educado. Falar mal de outra pessoa numa conversa com um jornalista? É preciso pensar bem nas consequências do ato. Mostrar que a pergunta do investigador foi estúpida? Melhor não ser rude, ainda que a expressão facial do entrevistado não esconda (por mais que ele queira) sua opinião.

Por isso, para se relacionar bem com crianças que não são nossas filhas ou alunas (ou seja, com quem não temos muita convivência) é preciso, em primeiro lugar, ter respeito. Porque dali não virá o tipo de comportamento a que estamos acostumados. Dali virá uma esperteza refinada e uma sinceridade ponderada: elas já sabem que não podem contar tudo, mas a forma como escolhem o que dizem não está no nosso catálogo social. Faz parte da maneira como elas descobrem o mundo, dos códigos que já absorveram ou não.

Por isso eu gosto de crianças. Porque elas são tão mais bem-humoradas do que os adultos. Elas tiram sarro na nossa cara, e fingem que não têm consciência do que estão a fazer. Com as bobagens que andamos ouvindo em época pós-eleitoral, seria bom aprender com a brejeirice das crianças.


Juliana Doretto . Paulista, jornalista e faz doutorado em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa

Reproduzido de Época
09 nov 2014

Conheça a página “O Jornalzinho” (Diário de uma pesquisa de jornalismo infantil) de Juliana Doretto, e o perfil da jornalista/pesquisadora, clicando aqui. Mais informações sobre seu livro "Pequeno leitor de papel", clicando aqui.


Comentário de Filosomídia:

Gostei muito de sua crônica e das cutucadas que nos dá para refletirmos a respeito de como nos relacionamos com as crianças - filhas e mesmo as desconhecidas - na vida, em casa, na escola e na pesquisa nesses dias atuais. Nossa "desconcertância" em frente a elas coloca esse desafio de apurarmos nossas percepções e superarmos limites que colocamos nessa relação eventualmente marcada por preconceitos, presunção na "vontade de dominação" delas e, decerto mal humor.

Lembrei de Jorge Larossa em "O enigma da infância" no "Pedagogia Profana" e algumas citações bem provocativas dele, por exemplo, Peter Handke: "nada daquilo que está, constantemente, citando a infância é verdade; só é aquilo que, reencontrando-a, a cita". Você, Juliana Doretto, citou e mandou bem. Obrigado e, vamos que vamos nos desconcertando, des-cobrindo essa criançada e nos des-cobrindo com elas em meio a esse mundo, digamos, tão complicado, que nós insistimos em viver...

Bem ver, bem ouvir e bem falar com as crianças é difícil, é fácil...

Paqonawta

domingo, 18 de novembro de 2012

TIC Kids Online Brasil 2012: 70% das crianças entre 9 e 16 anos têm perfil na web



70% das crianças entre 9 e 16 anos têm perfil na web

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou nesta terça-feira (02/10/12) os resultados da primeira pesquisa TIC Kids Online Brasil. O objetivo é levantar dados sobre oportunidades online e uso seguro da internet. No total, foram entrevistadas 1.580 crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos e o mesmo número de pais.

De acordo com o estudo, 70% dos entrevistados possuem perfil próprio em redes sociais. “Chama atenção o fato do uso das redes sociais no Brasil superar o uso na Europa entre crianças nessa faixa etária, onde o uso atinge 57%”, declara Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br.

Entre os que possuem perfil próprio nas redes sociais, 42% foram configurados para serem privados, onde apenas amigos podem visualizar as atualizações feitas pelo usuário. 31% permitem que amigos de seus amigos possam acompanhar seus perfis e 25% possuem perfis públicos, ou seja, qualquer pessoa pode visualizar todas as atualizações e postagens do usuário.

Percepção dos pais

Segundo a pesquisa, 37% dos pais e responsáveis acreditam que não é nada provável que seu filho passe por alguma situação de incômodo ou constrangimento na internet nos próximos seis meses. Além disso, 71% dos pais acham que os filhos usam a internet com segurança e 35% acreditam que eles são capazes de lidar com situações que os incomodem na internet.

Outro indicador da pesquisa mostra que 23% dos usuários entre 11 e 16 anos já tiveram contato na internet com alguém que não conheciam pessoalmente. Entre os que estabeleceram esse contato,25% declararam ter encontrado pessoalmente alguém que conheceu online. O CERT.br divulgou um volume em sua Cartilha de Segurança para Internet com dicas específicas em redes sociais. O material está disponível no endereço eletrônico cartilha.cert.br.

A pesquisa revela ainda que 47% das crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos acessam a internet todos os dias ou quase todos os dias em diversos lugares: 42% ficam online na escola, 40% em casa e 35% na lan house. 18% dos entrevistados citaram o celular como ferramenta de acesso à internet.

Out 2012

Conheça e descarregue a pesquisa KIDS TIC ONLINE (site oficial da pesquisa) clicando aqui ou ali.

Foto: EBC/Arte Portal EBC

terça-feira, 2 de outubro de 2012

As notititícias da dieta informacional de cada dia...



As notititícias da dieta informacional de cada dia...

Leo Nogueira Paqonawta
Filosomídia

O que digerimos do que a “mídia” histérica – mas sagaz – nos “alimenta” cotidianamente fermenta esse “angu de caroço” numa sociedade que devora a notititícia como se fosse morrer caso não chupasse, até à medula, do osso duro de doer da receitinha dos “jornais do almoço” que estão por aí, Brasil e mundo afora...

Essa sociedade midiaticamente obesa está adoentada e vidiotizada, sem perceber isso quando se põe à frente das telinhas e páginas dessas empresas de anti-comunicação definindo gostos, paladares e o menu da discussão que vai engasgando a todos 24 horas por dia, sete dias por semana, ano após ano...

Quantos de nós já paramos para ver – e re-ver, re-fletir, re-pensar - como as redes de anti-comunicação anunciam o prato do dia desde a noite anterior e seguem pela madrugada e manhãs, requentado a marmita do vomitório dos especialistas de plantão em assuntos de toda e qualquer ordem?

Quem são esses homens e mulheres, apresentadores e porta-vozes de uma maneira de ver o mundo que nos impõem como única maneira de crer?

Para a população ingênua e adestrada no consentir ao discurso da ordem do dia, como não acreditar nessas pessoas bem apessoadas e vestidas nos trinques que desfilam das “antigas” bancadas de locutores para o passeio pelas telinhas, em geral esfregando as mãos como querendo expressar que “já estamos no papo”, deles?...

Aquela infeliz adolescente de Florianópolis com o seu “Diário”, alçada ao estrelato nos programetes que fazem sucesso nas grandes redes - e na “Rede Social” da hora - é uma dessas vítimas da dieta informacional que nos enfiam goela abaixo pelo dia inteiro, por todas as formas. O caso é que, de vítima, ela (e com certeza seus familiares) passaram (talvez) inconscientemente à condição de co-autores dos crimes perpretados em nome da liberdade de expressão por essas companhias produtoras e distribuidoras de informação como entretenimento, cereja do bolo da des-informação em suas receitas sensacionalistas.

O que parece ser democratização das vozes, “pelos”, “através” e “dos” meios de comunicação não é senão demoniocratização, demonização de uns ou alguém, aquela coisa de apontar e achar culpados nisso e naquilo quando todos temos o rabo preso a esse sistema de coisas que impera em nossas vidas: a conveniência, a conivência, o comodismo, a hipocrisia como máscara no modo de ser desse capitalismo.

E, a histeria se retro-alimenta a cada “tocar” no assunto e no passar do dedo/mouse nos links que jorram des-informação, futricas, fofocas, meias-verdades e completas mentiras que fazem a delícia de todos os que consomem essa lavagem cerebral que nem porco aguenta, inclusive dos que também são chamados de PIG, aqueles que são os donos por detrás dessa lambança do chiqueiro midiático.

Haja colesterol ruim nas veias de quem tem sangue de barata que devora tudo isso, esse tititi e dis-que-me-diz disfarçados de “notícias” relevantes, que não podemos deixar de saber, e consumir, de sair de casa sem sabê-las, de tê-las instantaneamente, aonde estivermos, ao toque de um dedo no aplicativo das engenhocas tecnológicas que tantas pessoas têm acesso cada vez mais.

Essa neurose doentia e insana toda é que produz esses infelizes momentos protagonizados por uma adolescente indisfarçavelmente de poucas palavras, e de muitas tecladas, obviamente secundada por um “staff” que lhe apoia, e outro que se aproveita da situação para criar mais e mais des-entendimento e confusão premeditada, calculada milimetricamente como ração de engorda dessa vara desvairada e incauta, ingênua, em-bobecida, vidiotizada, que coloca sua fé naquilo que lhe dizem, justamente por não terem opinião formada sobre nada.

Na ampliação dessa específica fala postada nas redes é que aquelas empresas também engordam seu faturamento, porque elas sobre-vivem das esmolas e dos restos de cada um que consome, ou paga com suas moedinhas para ter acesso a toda essa dieta, os sub-viventes.

Também não é à toa que até nos supermercados as gôndolas próximas aos caixas se enchem de revistas das mesmas companhias monopolizadoras, para que os compradores desse modo-de-vida enfiem nas sacolinhas plásticas a mais recente dica disso e daquilo, os moldes do vestido e do cabelo da fulana de tal, as receitas requintadas, o corpitcho do galã desnudo, os guias de viagem e de carros, os jornalecos com toda sorte de anúncios que vão misturados aos potes de manteiga e salsichas, sacos de arroz e feijão, o pão deles - das mídias - de cada dia. Tudo parece tão normal, essa oferta opressante e agressiva de quinquilharias do mundo do consumo...

Essa liberdade de opressão das empresas chamadas de “mídias”, que monopolizam o discurso, a voz, a fala também em nome a democracia teria limites? Quem dá ou determina os limites contra esse assédio sem fim das mídias? O marco regulatório a partir do governo, as ONGs, a sociedade civil, as donas de casa, os pais e responsáveis, a comadre e o compadre de nossa madrinha ou padrinho, os avós ou tias, as instituições de defesa dos direitos humanos, os sindicatos, as associações de classe, as escolas, os professores?

O caso é que a indigestão midiática está posta como mal do século sem que quase ninguém se aperceba disso muito claramente.

As escolas como aparato ideológico do mercado - capitalista, diga-se de passagem - são no mais das vezes des-merecedoras de recursos constitucionalmente determinados para a Educação, e professores fazem o que podem, e até onde têm forças, para que os projetos políticos pedagógicos de cada unidade escolar contribuam para a boa formação das crianças e adolescentes em nosso país. Tantas outras vezes acabam se rendendo à reprodução desse estado de coisas des-humanizante que muitos polititicos fazem questão de perpetuar, esses mesmos que se fazem vassalos do sistema hegemônico e consagrado ao consumo desmedido. Eles até são pagos para isso...

E, as notititícias, como fofocas e futricas diárias desse mundo agonizante, vão e vêm em todos os horários, nobres e plebeus de todas as classes de consumidores, trazidos pelas empresas e grandes corporações que controlam os meios comunicação.

Salve-se quem puder dessa dieta informacional cada vez mais intragável e, quanto pudermos, muito bom ter os olhos críticos muito maiores que o que nossa barriga, e paciência, possa suportar. Chega um dia, ou uma hora, em que não dá mais pra ficar chupando o dedo, até o osso, olhando tudo isso passar à nossa frente e, é preciso agir e re-agir, indignar-se contra isso, contra qualquer forma de opressão e agressão, seja das mídias e, até mesmo quando no caso ela venha no que aparentemente seja por uma adolescente que age “sozinha” nas redes sociais.

Em sã consciência, nós não devemos ser cúmplices disso, dessa liberdade de opressão e opinião que com o tempo enche tanto o saco - o de plástico do supermercadinho da mídia e o metafórico - que é preciso dizer basta! Basta de re-produzir a opressão, a agressividade legitimada pela mídia que diz saber das coisas e ser a dona da verdade! “Hay que endurecerse” contra qualquer tirania...

No mais, “deixai vir às mídias as criancinhas”, porque vai que aqueles que se fazem mesmo de crianças é que têm algo realmente importante, e digno, de relatar, de falar, de com-partir ao mundo sob os únicos holofotes de uma alegria interior que re-encante e eleve o mundo e suas gentes...

Que isso seja aspirado e possível, também e especialmente, pela escola pública, por sua comunidade compromissada e responsável, engajada e sincera nos esforços pela Educação de qualidade, com dignidade, paixão, bem querer e bem viver para todos.

...

Bem que vejo tudo isso...

Bem te quero, crianças... e adolescentes, homens e mulheres com direitos e deveres nesse mundo que necessita tão urgentemente dessa Educação, e da mais pura alegria de viver, de ternuras e amores tão esquecidos por nós...

...

Leia também:


Postagem de Sérgio Cardoso Morales sobre o "Diário de Classe" no Facebook, clicando aqui.

"Manifesto das Crianças" clicando aqui.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Proibido para menores de 13 anos, Facebook é cheio de crianças; saiba como protegê-las


Proibido para menores de 13 anos, Facebook é cheio de crianças; saiba como protegê-las

Ana Carolina Prado, do UOL, em São Paulo, clicando aqui.

Na teoria, só pode fazer um perfil no Facebook quem tenha 13 anos ou mais. Apesar de estar nos termos de uso do site, essa não era a vontade de Mark Zuckerberg, seu criador e diretor-executivo: ele já declarou acreditar que a rede social traria benefícios para a educação das crianças e que, por isso, gostaria de permitir que os mais jovens também pudessem usá-la. Na prática, não é difícil encontrar usuários mirins que estão mais alinhados com a vontade de Zuckerberg do que com a política do site.

Se esses jovens estão na maior rede social do mundo, seus pais não podem ignorar o fato. Erika Kobayashi, coordenadora da Childhood Brasil, braço nacional de uma organização mundial pela proteção da criança, afirma que o diálogo é a forma mais eficiente de proteger os filhos pequenos nesse ambiente. Isso envolve conscientizar as crianças sobre os perigos, conhecer bem sua vida e mostrar-se aberto para a conversa.

“A internet é uma grande praça pública onde circulam bilhões de pessoas. Você deixaria seu filho andar sozinho na Praça da Sé? Tampouco deve deixá-lo sozinho na internet”, compara Erika.

Apesar de não haver estatísticas oficiais sobre os jovens brasileiros na internet, você certamente já se deparou com o perfil de diversos deles – alimentados, regularmente, por fotos e comentários que muitas vezes revelam mais do que deveriam sobre sua localização, por exemplo.

O filho da professora universitária Yara Frateschi tem oito anos e criou um perfil no Facebook aos sete. “Ele quis fazer porque os amigos tinham. Disse que seria legal ter para conversar com eles e ver fotos”, explica ela, que não usa a rede social. “Eu acho uma grande besteira, um meio de comunicação inútil.”

Mas a coisa gerou briga em casa: Valentim, o menino, criou o perfil antes de comunicar à mãe e, para poder fazer isso, alterou a data do seu nascimento. “Ele mentiu a idade e eu já  não gostei começando daí”, conta ela. Os dois discutiram e, no fim, Yara abriu o Facebook com o filho para analisar o que havia em seu perfil. Ela então confiou no diálogo para alertá-lo sobre os perigos da rede.

“Farmville”, um jogo de tirar o sono

Guilherme, hoje com 10 anos, também insistiu para entrar no Facebook quando tinha oito. O que o motivou foi o jogo “Farmville”. “Ele viu uma vizinha jogando e quis saber o que era. Ela explicou, ele achou legal e quis jogar também”, conta a mãe, Mônica Santos.

Ela concordou em deixá-lo fazer um perfil, mas foi seu marido quem preencheu as informações para garantir que Guilherme não iria se expor demais. Ela também sempre procura conversar com o filho e aconselhá-lo a não publicar informações pessoais que lhe permitissem ser localizado, não postar fotos da família e não aceitar a amizade de estranhos. “Falei com ele sobre pedofilia, contei que algumas pessoas mentem a idade”, conta ela, que também acha importante conhecer bem a rede social e dar um bom exemplo.

O jogo da fazenda virou um vício e colher as plantações a tempo tirou o sono de Guilherme. Ou melhor, da mãe dele. Literalmente. “Ele programava o meu celular para me despertar de madrugada com um recado pedindo para eu colher as coisas na sua fazenda, senão elas iriam estragar. Ele estava me deixando louca com esse jogo. Imagina que eu iria levantar e ligar o computador para colher frutas de mentira?”, ri Mônica.

Empolgação passageira

Muitas vezes, o Facebook é uma questão de empolgação e passa rápido. Foi o que aconteceu com Valentim e Guilherme. Inicialmente empolgados, eles foram parando de usar a rede social aos poucos e hoje entram raramente.

“Fico mais tranquila com isso, e sempre procuro oferecer alternativas. Quando ele manifesta vontade de ligar o computador, chamo para jogar bola, comprar figurinha ou tomar sorvete. Funciona”, conta Yara.

Guilherme chegou a jogar “Farmville” por até quatro horas diariamente, mas hoje estuda à tarde e não tem mais tempo para ficar na internet. Mas as mães continuam atentas.

Yara procura sempre entrar no Facebook com o filho para ver o que está acontecendo por lá e Mônica fica de olho no perfil não só de Guilherme, mas também das pessoas com quem ele inicia uma amizade.

O diálogo é a melhor proteção

Erika, da Childhood Brasil, explica que um erro comum nesses casos é criar uma cultura do pânico: “As crianças dessa geração já nascem em um mundo em que a tecnologia é mediadora de relações, então não é possível evitá-la. A questão é como iremos orientá-los”, afirma. E completa:  “A internet é um espaço de busca e troca de conhecimentos que permite o acesso a informações muito importantes para as crianças”. Para ela, a saída é mesmo o diálogo.

“Redes sociais não são questão de ter ferramenta de segurança instalada no computador. É necessário orientação dos pais e monitoramento pessoal. É ter o comportamento de pai aplicado àquele ambiente virtual, dizendo aos filhos para não falar com estranhos e coisas do tipo”, explica.

E o cuidado todo não deve se limitar ao uso de desktops: hoje, as crianças podem se conectar à internet por meio de videogames e celulares. Tudo isso deve ser fiscalizado. No celular, por exemplo, é importante se certificar de que o serviço de geolocalização esteja desativado em aplicativos com conexão à internet, evitando assim que informem onde a criança está caso postem algo em uma rede social.
Também é importante não postar fotos às quais estranhos tenham acesso, já que existe o risco de serem usadas por redes de pornografia infantil. “E essas fotos nem precisam ser reveladoras: essas pessoas podem fazer montagens usando o rosto das crianças”, completa Erika.

As configurações de privacidade do Facebook funcionam de maneira diferente para menores de idade. Entenda as diferenças clicando aqui.

Reproduzido de UOL Tecnologia
09 mar 2012

Leia também:

“Pesquisa: Brasil fica em 3º entre países que têm mais crianças com dispositivos móveis” (11/09/12) em UOL Tecnologia clicando aqui.

“Autodidatas da tecnologia, crianças ignoram bê-á-bá da segurança online” (02/08/10) por Ana Ikeda, Do UOL Tecnologia clicando aqui.

Papel de controle no ambiente online cabe aos pais, alertam educadores” (02/08/10), por Ana Ikeda do UOL Tecnologias, clicando aqui.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Pais poderão monitorar filhos no Facebook


Pais poderão monitorar filhos no Facebook

Redação
Folha de S. Paulo
05/06/2012

Adultos terão contas conectadas às dos menores de 13 anos; rede visa ampliar receita com jogos.

Hoje proibidos de criar perfis no Facebook, crianças e pré-adolescentes menores de 13 anos poderão em breve acessar a rede supervisionados pelos pais, de acordo com relato do "Wall Street Journal". O plano é ampliar a receita da rede social com jogos on-line.

Está em fase de testes um mecanismo que conecta a conta das crianças à dos pais, cabendo aos responsáveis escolher os "amigos" dos filhos.

Segundo estudo da Microsoft Research, 36% dos pais americanos de filhos menores de 13 anos sabem que eles acessam o Facebook, mesmo sendo oficialmente proibido.
O Facebook argumenta que a nova tecnologia também servirá para limitar que espertinhos burlem o sistema.

Permitir declaradamente o acesso à rede social de crianças dará ao Facebook público para jogos voltados segmento infantil, ainda pouco explorados no site, mas muito presentes na forma de aplicativos para iPhone e nos smartphones que rodam o sistema operacional Android.

Política de dados

Autorizar o acesso de crianças pode ampliar a pressão dos órgãos reguladores sobre a política de dados do Facebook que capta informação pessoal publicada na rede. Com isso, o site direciona publicidade a um determinado público específico.

"Estamos em constante diálogo com acionistas, reguladores e outras pessoas envolvidas com normas sobre o melhor modo de ajudar os pais a manter a segurança das crianças on-line", informou o Facebook.

Reproduzido de Folha de São Paulo (05/06/12) via clipping FNDC


Comentários de Filosomídia:


"Poderão"? Mas, já não deveriam estar fazendo isso há tempos?


Pela empresa, "o plano é ampliar a receita da rede social com jogos on-line", diz a notícia, e-s-c-a-n-c-a-r-a-d-a-m-e-n-t-e. E, a conta disso e tudo o que virá depois é, teoricamente, responsabilidade dos pais e ou responsáveis.


Aguardem, que as questões que envolvem esse "ampliar a receita" é apenas uma pontinha do iceberg de tudo o que "ampliará", pois se não me engano, faz tempo que as crianças e menores de 13 anos já têm conta no Facebook, naturalmente que sem muito conhecimento pelos pais do que seus filhos fazem...

sábado, 31 de dezembro de 2011

Direitos Humanos à Comunicação: o papel das redes


Direitos Humanos à Comunicação: o papel das redes

Prof. Adilson Cabral
Coordenador do Informativo Eletrônico SETE PONTOS

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 10 de dezembro de 1948 pela Assembléia Geral das Nações Unidas, estabelece ao longo de seus 30 artigos uma série de diretrizes a serem defendidas e afirmadas a partir da ação da Organização das Nações Unidas e suas agências.

Em seu Artigo 19 aparece em linhas gerais o que ficou conhecido como a expressão do direito à informação, sintetizando a capacidade e o potencial de expressão da sociedade através de meios e processos disponíveis, mas não garantindo a complexidade e a abrangência dos sistemas e políticas de comunicação no cenário contemporâneo. Seu texto afirma que “todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras”.

Em boa hora, uma atualização deste direito se faz necessário e a comunicação começa a se conceber e perceber como direito humano, ao mesmo tempo em que os direitos humanos passam a ser contextualizados em sua dimensão econômica, social e cultural. Ou seja, as demandas políticas dos diversos setores da sociedade passam a ter visibilidade pela ótica transversal dos direitos humanos.

Comunicação e direitos humanos: o encontro de duas trajetórias
A íntegra da Declaração, no entanto, ressalta outros direitos que apontam a necessidade de pensar e viabilizar outra comunicação possível. No entanto, a aproximação com outros setores da sociedade que os reivindicam começa a ser incorporada com mais força recentemente, no contexto de uma própria atualização do significado desse artigo no cenário contemporâneo.


Essa interface entre os movimentos de comunicação e os de direitos humanos, que passam a ser vislumbrados pela dimensão econômica, social e cultural, sintetizada na sigla DHESC, se torna um ganho do movimento de direitos humanos, que se expande e assume a comunicação como componente de suas lutas, não apenas como ferramenta, atividade-meio de suas ações. Da mesma forma, é um ganho também do movimento de comunicação, que assume a abrangência dos direitos humanos no sentido de uma contribuição concreta de meios e processos de comunicação para a transformação social.

Papel das redes

Nesse contexto, o papel das redes de Direitos Humanos passa a ter uma importância determinante na construção e reivindicação de um direito humano que expresse a comunicação democrática.

A Rede Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Norte (REDH-RN) e a Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC), de Cabo Verde, estão trabalhando juntos na criação de uma Rede de Direitos Humanos que abranja todos os países de língua portuguesa. Essa “rede de redes” estaria iniciando com Cabo Verde e Brasil, compartilhando informações e experiências de modo permanente e criando espaços (virtuais ou não) de articulação e diálogo, além projetos e ações conjuntas, tendo como eixos norteadores a promoção de todos os direitos da pessoa, a Educação em Direitos Humanos, a arte e a cultura e o resgate da memória histórica dos povos lusófonos.

A Rede Nacional de combate à Violência no gênero e na Criança (Renluv-GC), de Guiné Bissau, por sua vez, consiste numa rede de caráter semelhante, que congrega uma série de organizações, ONGs e da Sociedade Civil que visam combater a violência, na promoção dos direitos da mulher, da equidade de gênero e de proteção a portadores do HIV/AIDS. Está promovendo uma jornada nacional para desenvolver uma série de ações no âmbito de combate à violência baseada no sexo e no gênero, em particular o combate as violências praticadas contra mulheres, crianças e jovens, especialmente os desempregados.

Dos dias 22 a 25 de novembro será realizada uma Conferência Internacional em Guiné Bissau, na qual se debaterá a situação atual da mulher por forma a encorajar a definição de um plano conjunto de advocacia para elaborar, promulgar, divulgar e aplicar leis contra a violência baseada no sexo e no gênero, em particular protegendo mulheres e crianças.

Iniciativas como essas necessitam se apropriar das tecnologias de informação e comunicação não somente para desenvolver meios de comunicação para expressar suas lutas, mas para assimilar processos nos quais os atores estejam efetivamente envolvidos, esclarecidos e mobilizados para a ação em torno da defesa de seus direitos.

Para além de assimilar processos de realização de produtos de comunicação, cabe compreender o funcionamento dos meios, dos espaços de veiculação disponíveis, da possibilidade de expandir esses meios, de garantir sua pluralidade na participação, na gestão e nas linguagens, utilizando-se de todos os meios disponíveis para tal.

Um caminho inevitável

Redefinir o Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos resulta fundamental nesse contexto, em que não se trata simplesmente de democratizar a informação e os meios de comunicação que tornam isso possível, mas sim os processos comunicacionais, contemplando a complexidade de todo o sistema e englobando outras noções como a liberdade de expressão e de imprensa, o direito à informação, o direito de se comunicar, bem como também a própria democratização da comunicação, a diversidade cultural e as questões relacionadas à socialização da propriedade do conhecimento.

Cabe, nesse sentido, assumir processos e incorporar comunicação em nossas lutas, para diversificar meios existentes – rádios comunitárias, canais comunitários de TV a cabo, telecentros e experiências afins, como também a radiodifusão de grande alcance no tocante ao acesso, a gestão e a produção. Conceber a comunicação para qualificar indicadores sociais e envolver a sociedade em seus processos de produção e gestão, a começar de nossas próprias práticas.

Reproduzido de Sete Pontos

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Kids Expert 2011: crianças entram cedo nas redes sociais


Crianças entram cedo nas redes sociais

Por Bruna Cortez | De São Paulo
Valor Econômico
15/09/2011

Seja brincando com bolinhas de gude ou disputando torneios em videogames avançados, jogar sempre foi um dos passatempos preferidos das crianças. Agora, elas parecem ter descoberto um universo muito propício para esse tipo de brincadeira: as redes sociais.

De acordo com o estudo Kids Expert 2011, realizado anualmente pela Turner - que controla o canal infantil de TV paga Cartoon Network -, 72% das crianças que participaram da pesquisa no Brasil disseram jogar nas redes sociais. Para elas, essa é uma atividade mais frequente do que se comunicar com os amigos ou ver vídeos e fotos, por exemplo.

"Esse é um novo meio para brincar e fazer o que elas [as crianças] sempre fizeram", disse Renata Policicio, gerente de pesquisas da Turner.

Apesar de a maioria das redes sociais encorajarem o uso de seus sites apenas por pessoas com mais de 18 anos, o primeiro contato com esse ambiente digital tem ocorrido cada vez mais cedo.

Segundo a pesquisa, cujos resultados foram divulgados ontem, as crianças brasileiras passam a ter um perfil em alguma rede social com seis anos de idade, em média. O primeiro perfil costuma ser feito por familiares ou amigos. "As crianças brasileiras são as que entram mais jovens nas redes sociais, seguidas de perto pelas venezuelanas", disse Policicio.

O estudo levou em consideração o resultado de 750 entrevistas on-line realizadas no Brasil com pessoas das classes A, B e C, com idades entre 6 e 49 anos. A mesma pesquisa foi realizada na Argentina, na Colômbia, no México e na Venezuela. Segundo a Turner, a amostra incluiu adultos para que fosse possível comparar o comportamento nas diferentes faixas de idade.

O uso da internet pelas crianças, no entanto, vai além da diversão. Assim como os adultos, elas também tem usado a web para fazer comentários sobre marcas e produtos: 24% das crianças e 42% dos adolescentes deixam na web avaliações sobre o que consumiram.

Reproduzido de Valor Econômico via ANDI

Veja também "Crianças já temem riscos na Internet", sobre o estudo "Kids Experts 2011" apresentado por Renata Policicio e Rafael Davini do Cartoon Network, em Proxxima clicando aqui.

Faça download de apresentação em Powerpoint sobre o estudo, do Instituto Alana - Projeto Criança e Consumo, clicando aqui.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Redes sociais e 'twitteratura' aproximam o aluno do professor


Especialista defende utilização das redes sociais como forma de prender atenção dos alunos nos conteúdos

Com informações rápidas em 140 caracteres e com uma infinidade de imagens, vídeos e links online, o maior desafio dos educadores atualmente é criar mecanismos que prendam a atenção dos alunos nos conteúdos escolares. Alguns professores perceberam que a solução para conquistar os estudantes é levar a sala de aula para o principal meio de socialização dos jovens: as redes sociais.

Enquanto o professor explica o conteúdo no quadro negro, os alunos recebem pelo microblog Twitter atualizações com links de imagens e vídeos relacionados ao que é ensinado. Depois, os alunos têm a tarefa de buscar informações adicionais e tuitar a descoberta para o educador. Assim, a escola vence as fronteiras da sala de aula e proporciona a estudantes e professores interagirem presencial e virtualmente.
O cenário descrito acima é considerado ideal para José Armando Valente, pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Universidade de Capinas (Unicamp). Segundo ele, é nas redes sociais que os jovens buscam notícias, atualizações e também se relacionam com amigos. Por que não fazer uso deste meio para que eles socializem com os professores e busquem informações sobre os conteúdos aprendidos em sala de aula?

Muitos profissionais decidiram colocar a ideia em prática e acabaram conquistando a atenção dos alunos. É o caso de Roberto Carlos de Souza, professor de literatura que criou um concurso de "twitteratura" na escola Crescer PHD, de Vitória (ES). O projeto, aplicado nas turmas de ensino fundamental, consistia em publicar pequenos contos de 140 caracteres no Twitter. "Antes de realizar a atividade, eu dei duas aulas sobre redes sociais e expliquei a diferença da linguagem e da escrita utilizadas na sala de aula para aquelas usadas nas redes sociais", afirma o educador.

Leia o texto completo no Portal Terra Clicando aqui.

sábado, 2 de abril de 2011

Facebook y Twitter entraron en las redacciones iberoamericanas

¿La producción de noticias es afectada por el uso de redes sociales? Esa fue una de las preguntas que condujo el análisis ‘¿Nos vemos en Facebook o Twitter? El uso de social media por 27 medios de 9 regiones en Argentina, Colombia, México, Perú, Portugal, España y Venezuela‘. Los resultados de este informe fueron presentados en el Simposio Internacional de Periodismo Online.

En total, se analizaron 5,010 mensajes enviados en los perfiles de medios en Twitter y Facebook. También se ha realizado 22 entrevistas a periodistas, community manager y editores de estos diarios.

“Los medios sociales entraron en las redacciones iberoamericanas para retar a las viejas agendas y la cultura tradicional de recopilación y edición de noticias”, concluye este informe.

Los “reyes” de los sitios de social media son Twitter y Facebook. Sin embargo, algunos medios como El País o El Correo Español-EPV han desarrollado sus propias redes.

En el gráfico podrán ver que “el titular con link” es el mensaje más enviado en las cuentas de Twitter y Facebook. Los ‘retweets’ alcanzan el 2.1% de los mensajes analizados.


Nuevas fuentes

Ya no hay duda que a través de las redes sociales se obtienen nuevas fuentes de información. En esta investigación se encontró que las cuentas oficiales en sitios de social media son consultadas constantemente.

Hay una particular atención en las alertas de usuarios sobre incendios, inundaciones o disturbios. De hecho, “se puede hablar de una cierta ‘fascinación’ sobre las posibilidades de los medios sociales como fuentes de noticias y, al mismo tiempo, de una impotencia porque los recursos son escasos”, se indica.

Asimismo, las interacciones no son solo entre usuarios y productores de noticias, también entre colegas de otros medios.

Descarga el estudio aquí.

Sofía Píchihua

Reproduzido de Clases de Periodismo


quinta-feira, 31 de março de 2011

Consumismo e infância: rede social é lugar de criança?


Que as redes sociais podem ser um lugar perigoso para crianças, devido a questões como pedofilia e violência, todo mundo sabe. Mas e quando o assunto é publicidade e consumo? Só no mês de fevereiro cerca de 2,5 milhões de crianças de 6 a 11 anos circularam pelo Orkut e pelo Facebook no Brasil, segundo matéria da Folha de S. Paulo. No mesmo mês, teve destaque a notícia divulgada durante a Social Media Week de que o Facebook possibilitaria compras diretamente em seu site.

No Reino Unido, por exemplo, já é possível comprar produtos diretamente pela rede, estratégia que deve ser copiada em breve por empresas brasileiras. O Facebook divulgou essa semana que bane 20 mil crianças com menos de 13 anos por dia, que burlam suas informações pessoais para entrar na rede.

Mas, e as redes sociais feitas especialmente para crianças? Programas como o Club Penguin e o Habbo Hotel misturam vida real com virtual, confundindo os jogadores. As duas redes são gratuitas a princípio, mas estimulam as crianças a gastar dinheiro com funções específicas para assinantes pagos ou a comprar itens virtuais para o seu avatar, que custam dinheiro de verdade.

O Club Penguin, dirigido a crianças entre 6 e 14 anos,  é mantido pela Disney.  Além da anuidade paga por alguns usuários para poder acessar setores do site, o programa gera renda também na venda de produtos licenciados.  Para Susan Linn, especialista em consumismo infantil e fundadora do CCFC, sites como esse promovem valores distorcidos já “que a principal atividade das personagens virtuais é ir fazer compras no shopping”.

Já o Habbo contava, em 2010, com 178 milhões de personagens registrados - 28 milhões somente na versão em português. No jogo, crianças podem comprar virtualmente produtos com as fictícias “Habbo Moedas”, que custam dinheiro de verdade! Devido a essa confusão entre o real e o virtual, em 2007 o site foi denunciado pelo Projeto Criança e Consumo ao Ministério Público do Estado de São Paulo. A empresa Sulake, responsável pelo site, teve que firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP, obrigando-se a, dentre outras ações, reembolsar os pais de menores de 18 anos que tinham realizado gastos no site sem sua autorização, bem como a promover jogos e atividades que não envolvam dispêndio financeiro. A empresa também foi obrigada a manter no site informação clara sobre a classificação indicativa do site.

Mas esses dois sites não são os únicos – e a quantidade de redes infantis deve crescer nos próximos anos. É estimado que, até 2012, mais de metade das crianças na internet pertençam a algum tipo de rede social infantil, o dobro da população atual de pertencentes do mundo virtual. E marcas, como a Disney e a Nestlé, por exemplo, começam a utilizar o meio como comunicação com o público infantil.

Redação Consumismo e Infância
31 mar 2011

Reproduzido de Consumismo e Infância