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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Mídias na educação: televisão


A Mídia televisiva

"A televisão, por sua vez, aproxima-se cada vez mais da realidade cotidiana. O sucesso dos novos programas ("reality shows") como "Casa dos Artistas" e "Big Brother Brasil" mostra o quanto a vivência cotidiana das pessoas alimenta o "show" oferecido pela mídia. A ficção confunde-se com a realidade produzida no espaço artificial dos cenários televisivos. Artistas e pessoas comuns vivem um cotidiano totalmente documentado e exibido e que desperta a curiosidade geral do grande público. A exibição da "performance" das pessoas em cenas de intimidade cotidiana explícita (dormir, comer, tomar banho, namorar) diante da tela confunde os pensamentos, sentimentos, julgamentos e ações dos telespectadores.

A mídia televisiva como tecnologia de comunicação e informação invade o cotidiano e passa a fazer parte dele. Não é mais vista como tecnologia, mas como complemento, como companhia, como continuação do espaço de vida das pessoas. Por meio do que é transmitido pela televisão, as pessoas adquirem informações e transformam seus comportamentos. Tornam-se "teledependentes", consumidores ativos, permanentes e acríticos de tudo o que é oferecido pelo universo televisivo.

Este é um dos maiores desafios para a ação da escola diante do que é veiculado pela televisão na atualidade. Viabilizar-se como espaço crítico em relação às informações e manifestações veiculadas pela TV. Aos professores é designada a importante tarefa de refletir com os seus alunos sobre o que é apresentado pela televisão, suas posições e problemas. Reconhecer a sua interferência no modo de ser e de agir das pessoas e na própria maneira de se comportar diante do seu grupo social, como cidadãos.

Apropriando-se das palavras de Umberto Eco (1997), "nós precisamos de uma forma nova de competência crítica, uma arte ainda desconhecida de seleção e decodificação da informação, em resumo uma sabedoria nova" É preciso saber aproveitar a liberdade e a criatividade do espaço televisivo mas, ao mesmo tempo, aprender a definir os limites, a consciência crítica, reabilitar os valores e fortalecer a identidade das pessoas e dos grupos. Desafios de hoje a serem enfrentados por todos nós, professores."


Vani Kenski

Conheça o Blog “Mídias na Educação clicando aqui.


Leia também "Televisão e escola: um diálogo possível" na página do Midiativa clicando aqui.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CNBB emite nota sobre ética e programas de TV


"Têm chegado à CNBB diversos pedidos de uma manifestação a respeito do baixo nível moral que se verifica em alguns programas das emissoras de televisão, particularmente naqueles denominados Reality Shows, que têm o lucro como seu principal objetivo.

Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), reunidos em Brasília, de 15 a 17 de fevereiro de 2011, compreendendo a gravidade do problema e em atenção a esses pedidos, acolhendo o clamor de pessoas, famílias e organizações, vimos nos manifestar a respeito.

Destacamos primeiramente o papel desempenhado pela TV em nosso País e os importantes serviços por ela prestados à Sociedade. Nesse sentido, muitos programas têm sido objeto de reconhecimento explícito por parte da Igreja com a concessão do Prêmio Clara de Assis para a Televisão, atribuído anualmente.

Lamentamos, entretanto, que esses serviços, prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral, sejam ofuscados por alguns programas, entre os quais os chamados reality shows, que atentam contra a dignidade de pessoa humana, tanto de seus participantes, fascinados por um prêmio em dinheiro ou por fugaz celebridade, quanto do público receptor que é a família brasileira".

Leia o texto completo na página da CNBB clicando aqui.


Leia também texto de Joaquim Neiva, "A cruzada da CNBB contra os reality shows", na página de Luis Nassif Online clicand aqui.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Big Brother Brasil: "São esses nossos exemplos de heróis?"



A vergonha

"Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos "heróis", como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um "zoológico humano divertido" . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que  recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? 
São esses nossos exemplos de heróis?"


Autor desconhecido*

Leia o texto republicado por vários blogs em 2011 clicando aqui.


* Alguns afirmam que esse texto é atribuido a Luis Fernando Veríssimo, e outros que não pertence a ele...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A pedagogia do grande irmão platinado


“Outro dia li um artigo de alguém criticando o que chamava de pseudo-esquerda que fica falando mal do BBB, mas que também dá sua espiadinha. E também li outras coisas de pessoas falando sobre o quanto há de baixaria no “show de realidade” da Globo. Fiquei por aí a matutar. E fui observar um pouco deste zoológico humano que a platinada oferece na suas noites. Agora é importante salientar que a gente nem precisa assistir para saber tudo o que se passa. É só estar vivo para saber. As notícias estão no jornal, no ônibus, no elevador, em todos os lugares.


Então esse papo de que quem critica é hipócrita porque também vê não tem qualquer sentido. As coisas da indústria cultural nos são impostas de forma quase que totalitária. É praticamente impossível fugir destes saberes. Mesmo no terminal, esperando o ônibus, lá está o anúncio luminoso onde buscamos o horário do busão, dando as “notícias” dos broders. É invasivo e feroz.

(...) Então, fazer a crítica a esse perverso programa não é coisa de pseudo-esquerda. Deve ser obrigação de qualquer um que pensa o país. A questão do “grande irmão” não é moral. É ética. Trata-se da consolidação, via repetição, de uma pedagogia, típica do capitalismo, que pretender cristalizar como verdade que para que um seja feliz, outro tenha que ser “eliminado”.

O show da Globo é uma violência explícita, cruel, nefanda, sinistra e miserável. É coisa ruim, malcheirosa. Penso que há outras formas de a gente se divertir, sem que para isso alguém tenha de se ferrar! Até mesmo os mais importantes cientistas mundiais já alardearam a verdade inconteste: vence quem coopera. Onde as pessoas, juntas, buscam o bem viver, ele vem”...

Elaine Tavares

Leia o texto completo no Blog Palavras Insurgentes clicando aqui.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Especial contra a baixaria na TV: reality shows e ética na TV


Esta edição do Ver TV debate os reality shows e a ética na televisão, com foco principal nas atrações “Big Brother”, da TV Globo, e “A Fazenda”, da TV Record.


A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados entrou com um pedido no Ministério Público para que seja formalizado um termo de ajustamento de conduta com a TV Globo. O pedido toma como referência as centenas de reclamações de telespectadores contra o reality show "Big Brother Brasil", registradas pela Campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”.

No estúdio estão o jornalista e autor do livro "A Dinâmica dos Reality-Shows na TV Aberta Brasileira", Cláudio Ferreira; a Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Gilda Carvalho; e a ex-BBB e Doutora em linguística, Elenita Rodrigues.

Programa Ver TV: quarta, 15 de dezembro, às 21h30.

No intervalo, ria lendo "Tudo que aprendi com reality shows", no site Casa de Sofia, clicando aqui.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Programa Ver TV: Um debate sobre Big Brother e a ética na TV


A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados entrou com um pedido no Ministério Público para que seja formalizado um termo de ajustamento de conduta com a TV Globo. O pedido toma como referência as centenas de reclamações de telespectadores contra o reality show “Big Brother Brasil”, registradas pela Campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania.

Leia mais e assista o programa de 12 dez 2010 clicando aqui.