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domingo, 25 de março de 2012

Entidades portuguesas promovem "Um dia com os media" para estimular reflexão


Entidades portuguesas promovem "Um dia com os media" para estimular reflexão

3 de Maio é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Em Portugal um projeto chamado "Um dia com os media" resolveu comemorar a data estimulando a reflexão sobre a relevância da mídia em nossas vidas. O convite à participação, autônoma e livre, é dirigido a todos que se sentirem interessados e motivados pela pergunta: “que significado têm os media na nossa vida e como poderiam tornar-se mais significativos?

Um dia com os media é, na verdade, uma "jornada de sensibilização dos portugueses para que reflitam sobre o papel e lugar da mídia em seu dia a dia". A ideia é estimular que todos integrem-se ao projeto e compartilhem no site oficial do mesmo as iniciativas que desenvolveram em escolas, associações, bairros, etc.

Como media o projeto entende todos os suportes, tecnologias e ambientes (livro, televisão televisão, cinema, imprensa, Internet, redes sociais, jogos, celulares); os conteúdos, o jornalismo, a publicidade; as instituições mediáticas; os profissionais, formação e associativismo; a regulação, auto-regulação, ética e deontologia; as audiências, usos e praticas sociais. As iniciativas tanto podem focar aspetos parciais como uma perspetiva global.

A mídia também pode participar a partir da divulgação do evento, da cobertura, de organização de iniciativas próprias, resposta a solicitações de entidades para participar de atividades como colóquios e seminários.

Os promotores de cada iniciativa definirão os resultados que querem alcançar com suas iniciativas. E pelo menos dois centros de investigação pretendem recolher, tratar e divulgar alguns dos materiais produzidos nesse projeto.

O site oferece alguns materiais de apoio que podem ser usados para leitura, reflexão e atividades, como a Declaração de Grünwald Sobre Educação para os Media e o 25+Um - Agenda de Atividades de Educação para os Media que já compartilhamos aqui no blog *!



A promoção de Um dia com os media é de:


Apresentação do projeto: Um Dia com os Media

Terá lugar no dia 3 de maio, data em que, por iniciativa da ONU, se evoca a liberdade de Imprensa e de expressão. Num tempo em que as tecnologias e plataformas digitais permitem, como nunca, que os cidadãos se exprimam no espaço público, faz sentido que o olhar crítico e participativo relativamente aos media seja, ele próprio, um exercício de liberdade, num espírito positivo de contribuir para a melhoria dos media que temos.

O desafio é lançado a todo o tipo de instituições: bibliotecas, meios de comunicação, escolas, instituições do ensino superior, grupos de alunos, centros de investigação e formação, associações, universidades de seniores, movimentos, igrejas, autarquias, entre outros.

Que fazer para participar nesse dia? A proposta é que tomando como mote “Um dia com os media”, se realize uma atividade, um jogo, um ato criativo, através do qual se responda à pergunta: que significado têm os media na nossa vida e como poderiam tornar-se mais relevantes? Através da palavra – em direto e ao vivo - ou através do som, da imagem, do multimédia, recorrendo aos meios tradicionais ou às redes sociais, façamos ouvir a nossa voz. Sem esquecer que, para que todos possam falar, é importante, também, aprender a ouvir.

E para que todos tomem conhecimento das iniciativas em curso, basta inscrevê-las no site: www.literaciamediatica.pt/umdiacomosmedia

Contacto com os organizadores: umdiacomosmedia@gmail.com


Reproduzido do * Blog Mídia e Educação . Cristiane Parente
22 fev 2012

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A distinção entre censura estatal e marco regulatório


A distinção entre censura estatal e marco regulatório

Washington Araújo*

Tem sido comum encontrar em jornais e revistas matérias ditas profundas sobre este e aquele assunto. Os profissionais da imprensa falam com familiaridade de tudo, estejam ou não entendendo do que estão falando, escrevendo, reverberando, repercutindo. Querem – e com toda a razão – o direito de deitar falação sobre qualquer assunto que esteja piscando em suas telas mentais. O trabalho de explicador ainda é propriedade – não exclusiva, é claro – dos que trabalham com a informação. Daí a necessidade de destrinchar termos acadêmicos, siglas pouco mencionadas, conceitos nebulosos e quase sempre expostos, mas não compreensíveis ao cidadão ou cidadã comum.

Um bom exemplo é explicitar o que seria há menos de três anos o Roadrunner e o significado de um petaflop. Pois bem, em 9 de junho de 2008, a IBM veiculou um press release divulgando um supercomputador ultrarrápido. Como seu nome sugere, o Roadrunner (“corredor de estradas”) é realmente um sistema veloz, processando um petaflop por segundo. O que é um petaflop? Boa pergunta. É um quatrilhão de cálculos por segundo. A IBM percebeu que o número não faria sentido para a grande maioria dos leitores e, então, acrescentou a seguinte descrição:

“Qual é a rapidez de um petaflop? Muitos notebooks. Equivale, aproximadamente, ao poder de cálculo combinado de 100 mil dos notebooks mais rápidos da atualidade. Seria preciso uma pilha de notebooks com 2,4 quilômetros de altura para se igualar ao desempenho do Roadrunner.

“Seria necessário que cada habitante da Terra – cerca de 7 bilhões de pessoas – trabalhasse com uma calculadora, à taxa de um segundo por cálculo, por mais de 46 anos, para fazer o que o Roadrunner consegue processar em um único dia. Na última década, se fosse possível que os carros reduzissem seu consumo de gasolina na mesma proporção que os supercomputadores melhoraram seu custo e sua eficiência, eles hoje estariam percorrendo 85 mil quilômetros com um litro de combustível.”

A opção já é uma escolha

Existem coisas que podem ser explicadas através de raciocínios simples. E não há complexidade que resista a uma boa explicação. E existem inúmeras figuras de linguagem e metáforas que podem fazer um oceano ser contido em simples xícara de chá. Mas existe um assunto que nunca é bem explicado pela mídia, em especial a grande mídia: o que significa mesmo esse tal de Marco Regulatório da Mídia (MRM)?

A julgar pelo que é veiculado sobre o assunto nos grandes jornais – O Globo, Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo – e através das grandes emissoras de televisão, com a TV Globo à frente, o nome do MRM não é outro que censura em estado bruto, intervenção do Estado na vida da sociedade, uma violência contra um dos mais fundamentais direitos da pessoa humana – o direito à livre expressão. Mas será que é isso mesmo?

A adoção de MRM não seria uma chamada aos carretéis do longo novelo de linha que mistura interesses absolutamente privados dentro de uma fachada francamente favorável ou em benefício da sociedade? Não teria chegado o momento de entender que somos livres a partir do momento em que estamos aptos a aceitar as consequências de nossa liberdade? Será que ser livre não exige que sejamos conscientes de nossas atitudes e escolhas, pois o ato de escolher infere uma consequência e a opção de não escolher – por si só – já é uma escolha? Será que estou me aproximando mais de um petaflop livre, leve e solto, e não de um petaflop devidamente apresentado, contextualizado?

As declarações de Christine Lagarde

Por que é tão difícil entender que existe uma diferença brutal entre censura estatal e a adoção de um marco regulatório da mídia? Porque há muita má vontade de quem se sente no dever e no direito de apontar os erros, pecados, crimes, contravenções, ilicitudes e ilegalidades cometidos por terceiros, principalmente se este for governo ou estiver legitimamente representando algum dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. E, também, porque não existe qualquer grama de interesse em mostrar, de maneira clara e transparente, que os veículos de comunicação não existem para manipular a opinião pública, nem para instrumentalizar desejos e benefícios privados. É bem próprio da natureza humana desejar tutelar os demais e resistir a qualquer forma de tutela para si mesmo.

Se os meios de comunicação tratassem seus pares, isto é, os meios de comunicação concorrentes, com o mesmo apetite jornalístico com que trata denúncia de corrupção em uma área governamental, teríamos um debate sobre assunto bastante substancial e a sociedade teria a ganhar com isso. Mas não é assim que as coisas acontecem. O proprietário da revista “A” fecha negócio milionário com o governo do estado “B” e, além das assinaturas vendidas, entrega ao governante uma linha editorial auxiliar em que dará projeção e foco a tudo o que lhe possa melhorar a imagem junto à população que o elegeu, ao mesmo tempo em que varrerá para debaixo do tapete todos aqueles sintomas de corrupção que ele, o meio de comunicação, costuma denunciar com grande estardalhaço se ocorrer nas cercanias do governo do estado “C”.

Reflitamos por alguns minutos sobre o comportamento de nossa grande imprensa na quinta-feira (1/12/2011). Nesse dia, os jornais deram imenso destaque a mais uma denúncia em desabono à permanência de Carlos Lupi à frente do Ministério do Trabalho e Emprego. O assunto que não baixará a poeira enquanto a demissão de Carlos Lupi não for encontrada no Diário Oficial da União, foi manchete na capa do principal jornal do país e continuou a ter destaque na escalada de notícias de nosso telejornal de maior audiência.

É óbvio que o assunto só mereceu este tratamento por clara opção editorial e não, em absoluto, por conter suma importância jornalística. É que no mesmo dia esteve visitando o Brasil a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde. A executiva-mor do sempre combatido FMI se encontrou, em Brasília, com a presidenta Dilma Rousseff e saiu do gabinete presidencial com frases como “o Brasil está mais protegido que outras nações contra a crise econômica”, “a economia brasileira está bastante sólida, o sistema bancário bem capitalizado”, além de outros rasgados elogios à gestão da economia brasileira.

Vindo de quem vem, no momento em que a crise econômica continua atingindo em cheio nada menos que a nata dos países mais desenvolvidos do mundo, incluindo as principais nações europeias e os Estados Unidos, chega a ser inimaginável pensar em relegar tais frases (e em tal contexto) a um segundo plano em qualquer escala disso que chamamos valor-notícia.

Acelerar o debate

Mas isso aconteceu. E continuará acontecendo. E pelo andar da carruagem não tardará o dia em que leremos nos jornais a demissão anunciada, um a um, e com várias semanas de antecedência, de todos os integrantes do primeiro escalão do governo federal. Serão demitidos por vários motivos. E dentre estes devido à baixa resistência da autoridade-alvo ao bombardeio midiático pesado, aquele em que balas de verdade se misturam a torpedos de festim e em que denúncias bombásticas costumam se mostrar completamente infundadas e mesmo assim ainda se mesclam a denúncias que merecem, no mínimo, passar por investigação séria a ser conduzida pelos órgãos competentes.

O curioso é que os meios de comunicação não receberam um mísero voto das urnas, aquele lugar onde a população costuma se expressar na escolha de seus legítimos representantes, mas entende ser seu direito aceitar ou repudiar este ou aquele nomeado por quem de direito – no caso, a presidenta da República – para exercer função elevada na condução dos destinos da nação.

Enquanto alinhavo esses pensamentos, me vêm à mente algumas declarações de Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha, no diário carioca O Globo (18/3/2010):

“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação e, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo.”

Feitas essas considerações, expresso estes pensamentos imperfeitos e penso que temos mais é que acelerar o debate sobre a necessidade de um marco regulatório das comunicações no Brasil.

Motivos não faltam.

06 dez 2011

* É mestre em Comunicação pela UnB e escritor; criou o blog Cidadão do Mundo

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Duas opiniões sobre Classificação Indicativa: Ministério das Comunicações e ABERT



Classificação não é censura, quem censura é o mercado

Redação . Midia News
15/08/2011

Responsável pela classificação indicativa de filmes e programas de TV diz que critério é técnico e que não há arbitrariedade

Numa sala no terceiro andar do edifício anexo do Ministério da Justiça, o advogado Davi Pires comanda uma equipe de 30 pessoas cujo trabalho é assistir filmes, ver televisão e jogar videogame. Sua missão, no entanto, está além da crítica cinematográfica ou da análise da qualidade dos programas. Ele é o responsável pela classificação indicativa das obras audiovisuais. De seu escritório saem decisões que dizem a quem cada atração é indicada a depender da faixa etária.

Em entrevista ao iG, Davi rechaçou as críticas sobre a possível censura promovida por seu departamento, uma vez que a idade que eles carimbarem numa atração vai determinar se a mesma poderá passar na televisão às 20h, 21h ou só depois das 23h. Para ele, a liberdade de expressão é prejudicada não pela classificação, mas pelo mercado.

"Temos que nos perguntar qual é o direito de expressão? Do autor ou da empresa? Pois também há coisas que o autor quer colocar no ar e a empresa não permite. Se for falar em censura, digo que quem censura é o mercado".

Leia o texto completo no clipping do FNDC clicando aqui.

“Fixar horário de acordo com classificação é inconstitucional”

Severino Motta . Último Segundo
16/08/2011

Segundo Gustavo Binenbojm, classificação dá poder de barganha ao governo, que pode interferir na linha editorial das emissoras

O advogado Gustavo Binenbojm é um dos críticos à fixação de horários para a exibição de programas na TV aberta de acordo com a classificação indicativa atribuída à atração pelo Ministério da Justiça. De acordo com ele, tal situação é inconstitucional e dá poder de barganha ao governo, que pode interferir até mesmo na linha editorial das emissoras.

“Não posso dar dados concretos pois estou no caso, mas há barganha. A emissora precisa do horário para passar seu programa. Se o Ministério diz que vai reclassificar, ela perde esse horário. Isso dá poder ao governo, que pode negociar até mesmo o jornalismo da emissora para que ela mantenha uma atração no horário que quer”, disse.

O advogado é o representante da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) numa ação que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) visando acabar com a fixação dos horários para os programas de acordo com a classificação indicativa.

Leia o texto completo no clipping do FNDC clicando aqui.

Saiba mais sobre o debate clicando aqui em Cultura Digital, ou em Classificação Indicativa no Marcadores da coluna à direita no blog.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Liberdade de imprensa e regulação da mídia


“Liberdade de imprensa e regulação da mídia

O que é que entendemos por liberdade de imprensa? De onde ela vem? Por que ela existe? Por que a democracia depende dela? Nas faculdades, os alunos aprendem, é claro, que o direito à informação é uma garantia fundamental, mas não discutem as razões disso. Deveríamos investir mais tempo na compreensão dessas ideias. Se entendermos as raízes históricas e políticas da liberdade na democracia, principalmente da liberdade de expressão, entenderemos que qualquer lei que exista ou venha a existir em torno da atividade jornalística não pode tocar, jamais, no conteúdo das notícias e das ideias que se discutem no espaço público.

A instituição da imprensa, que é uma instituição não-estatal, apenas admite regulação legal quando o que se pretende disciplinar são as regras de mercado dos meios de comunicação. Nada além disso. Como princípio, o chamado arcabouço jurídico das sociedades democráticas só deve tocar no assunto imprensa quando o objetivo for assegurar e fortalecer ainda mais a sua liberdade.

É para tratar disso que estou aqui. Quero usar uma linguagem simples, direta. Ou a cultura democrática pode ser facilmente explicada e compreendida, ou não é assim tão democrática. Sejamos simples, então. De onde vem a imprensa? De onde vem o jornalismo?

Meu mestre Alberto Dines gosta de lembrar as raízes antigas da palavra “jornalista”. São raízes de pelo menos dois mil anos. Na introdução de seu livro clássico, O papel do jornal, reeditado recentemente, ele comenta:

“O primeiro registro a respeito de uma profissão semelhante ao jornalismo foi consignado há cerca de dois mil anos no Senado romano e designava como diurnalii (diaristas, jornaleiros) os redatores das Actae Diurnae – o primeiro veículo noticioso regular de que se tem notícia”. [Introdução de O papel do jornal, de Alberto Dines, 191 pp., 9ª edição revista, atualizada e ampliada, Summus Editorial, São Paulo, 2009. Nesse ponto, Dines cita Jorge Pedro Souza, autor de “Uma Breve Historia do Jornalismo no Ocidente”, que se encontra em Jornalismo: Historia, Teoria e Metodologia (pp 34-44, Edições Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2008).]

No nosso idioma, o nome da nossa profissão vem provavelmente daí mesmo. O mesmo notamos em francês, italiano, que têm origens latinas, e também em outras línguas. No inglês e no alemão, a palavra é a mesma: journalist. Até no russo se diz jurnalist (?????????). O periodista, do castelhano, parece um termo bem distinto, mas ele contém a mesma ideia: designa o profissional que se encarrega da atualização periódica das notícias. Tanto assim que, também em português, falamos de “periódicos” ao nos referirmos a um veículo mensal, diário, semanal, quinzenal etc. Dizemos que as publicações jornalísticas são aquelas que têm uma periodicidade definida. Jornalistas, enfim, cuidam de nos contar as novidades cotidianas, com periodicidade, atualizando as notícias em ciclos regulares de tempo.

Fonte do poder

Mas, além da etimologia apressada, o que é que define o jornalismo? O que é a imprensa?”

Eugênio Bucci* . Observatório da Imprensa
16/06/2011

*Texto da conferência de encerramento VIII Congresso Internacional de Direito da Universidade São Judas, sob o tema “Direito e Políticas Públicas.

Leia o texto completo no FNDC clicando aqui.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Liberdade de imprensa ou estelionato midiático?


"Uma outrora majestosa senhora agoniza no dia 3 de maio, em que o mundo deveria celebrar sua soberania. Falamos da liberdade de imprensa. Pobre liberdade. A menina dos olhos dos verdadeiros democratas já viveu dias mais gloriosos na época em que o idealismo, muito mais que as verdinhas, movia as mentes e corações dos jornalistas.

Mas de que liberdade de imprensa falamos? A genuína – e única. Aquela que pressupõe o compromisso inquebrantável com dois pressupostos: a verdade e o bem estar da maioria. Liberdade de imprensa, portanto, é o direito de qualquer cidadão dizer o que pensa. Mas com três condições: apenas se alicerçado pelos fatos, pelo bom senso e pelo seu propósito sincero de contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Isso tem outro nome: exercício responsável da democracia e da cidadania.

Do exposto, conclui-se o óbvio – e nele reside o cerne deste artigo: o povo do andar de cima de grande parte da mídia, nele incluídos muitos colegas jornalistas, não defende a autêntica liberdade, mas um clone teratológico. A liberdade que preconizam é somente a sua, não a da maioria dos cidadãos.

Consiste somente no seu suposto direito de deixá-los dizer tudo o que pensam e fazer tudo o que querem, sem nenhum arreio institucional."

Aurélio Munhoz . Carta Capital
04/05/2011

Leia o texto completo clicando aqui.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vivas à Liberdade de Imprensa e à Democratização dos Meios de Comunicação!


Reflexões oportunas no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

"Imaginem se o New York Times ou o Washington Post, para citar dois dos mais importantes jornais norte-americanos, tivessem tido acesso aos documentos diplomáticos americanos e os divulgado para o mundo? Estariam sendo perseguidos como o Wikileaks? Seriam acusados de espionagem? Teriam suas contas bancárias congeladas? A tentativa de inviabilizar o Wikileaks e o cerco a seu fundador, Julian Assange, que se entregou às autoridades britânicas, são uma ameaça concreta à liberdade de imprensa, que muitos dizem prezar, mas que agora não movem uma palha para defender.

Na verdade, o New York Times foi um dos responsáveis pela divulgação dos documentos, que recebeu do Wikileaks, assim como o inglês The Guardian, o alemão Der Spiegel, o francês Le Monde e o espanhol El Pais. Mas ninguém os ameaça com as sanções que estão sendo impostas ao site pela obtenção do material. O Wikileaks já divulgou material muito mais consistente e incriminador do que a correspondência diplomática, que chegou a ser tratada como simples fofoca. Mas por que, então, a reação tomou tamanha proporção? No que o Wikileaks, como ferramenta jornalística, se difere dos jornais que publicaram os dados que obteve? Os que verdadeiramente defendem a liberdade de imprensa deveriam estar preocupados. Hoje é o Wikileaks, amanhã pode ser qualquer outro veículo de comunicação.


(...) Os principais dados revelados pelo Wikileaks também levantam um debate ético importante sobre o limite da informação. Se um jornal tivesse acesso ao plano do desembarque dos aliados na Normandia deveria divulgá-lo antes frustrando uma ação determinante para o futuro da guerra contra o nazi-fascismo? Acredito que não. Mas as informações mais relevantes divulgadas pelo Wikileaks até hoje contribuiram muito mais para a verdade do que para ameaçar a segurança de qualquer pessoa.

O vazamento das informações abriu várias frentes de discussão e a liberdade de imprensa tem que ser uma delas. Na página principal do Wikileaks há uma frase da Time considerando que o site pode se tornar uma ferramenta jornalística tão importante quanto a Lei de Liberdade de Informação, que permite acesso integral ou parcial a documentos do governo. Parece que nem uma coisa nem outra está sendo respeitada na terra que se proclama a da liberdade."

Leia o texto completo em Direto da Redação clicando aqui.

quinta-feira, 17 de março de 2011

“El Pueblo contra la Televisión Denigrante”


Foro El Pueblo contra la Televisión Denigrante en Caracas

16 de marzo de 2011

Con la participación de las reconocidas periodistas Mary Pili Hernández y Tania Díaz, así como del experimentado investigador Daniel Hernández, culminará este viernes 18 de marzo, a las 9:00 a.m., en la Universidad Nacional Experimental de la Fuerzas Armadas (UNEFA), el primer ciclo de los Foros “El Pueblo contra la Televisión Denigrante”, cuya aceptación ha sido total en todo el territorio nacional.

En todos los escenarios, la disertación y el diálogo estuvieron como motores primordiales de la comunicación para enfrentar a los medios privados con su “televisión basura”.

Con una activa participación en las ciudades de Puerto la Cruz, Maracaibo, Maracay, Valencia, Barquisimeto, Porlamar y San Cristóbal, ahora es el turno de la ciudad de Caracas y nada mejor que sea en la UNEFA (Chuao), para cerrar esta primera etapa de amplia discusión.

Mary Pili Hernández, periodista y ex directora de los canales de televisión Canal I y Venezolana de Televisión, explicará con sólidos argumentos por qué es necesario la supervisión de los mensajes difundidos por algunos prestadores de servicio a nivel nacional, en los cuales los metamensajes están a la orden del día. Tal y como explicaron otras figuras de la radio y TV venezolana, como es el caso del dramaturgo Román Chalbaud, y los actores Simón Pestana, Alexander Solórzano, Lilita Pestana y Dilia Waikkarán.

Por su parte, Tania Díaz, ex ministra del Poder Popular para la Comunicación y la Información y actual conductora del programa “Dando y Dando” que transmite VTV, será otra de las invitadas para imprimirle mayor criterio al Foro.

Otro de los ponentes al evento a realizarse este viernes, será el profesor Daniel Hernández, destacado investigador y comunicólogo, quien continuará transmitiendo reflexiones y enseñanzas a los asistentes.

Con estos tres personajes, la ONG Periodistas por la Verdad, y el Movimiento de Periodistas Revolucionarios Fabricio Ojeda estiman cumplir en esta primera etapa con la concienciación de combatir los dañinos temas y mensajes que los medios privados insisten en transmitir para condenar al pueblo con su televisión denigrante.

Reproduzido de Aporrea

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Demand Freedom of Speech for All


Websites, blogs, and videos remain available online at the discretion of the internet companies that host them. But recent events in Egypt and Tunisia -- and Amazon’s takedown of Wikileaks -- have shown that online information isn’t necessarily safe on either side of the firewall.

Now, as people across the Middle East call for their voices to be heard, we must demand freedom of speech online for all -- regardless of political interference or technical restrictions. Some of the major platforms are starting to hear our calls (including Facebook, Google and Twitter). Please sign this petitiondemanding that the platforms which host much of the world’s information, stand firm against the regimes who are repressing their citizens, by establishing robust policies that respect human rights and protecting the security of those who use their services.

Join the campaign clicking here.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Liberdade de Expressão versus Liberdade de Imprensa: 2011 será o "Ano pela Liberdade de Expressão"


A SIP, a Sociedade Interamericana de Imprensa, divulgou, de sua sede em Miami, Estados Unidos, no último dia 27/12, que 2011 será o "Ano pela Liberdade de Expressão".

Segundo seu novo presidente, Gonzalo Marroquín, diretor do diário Prensa Libre, da Guatemala, "durante el 2011 pondremos empeño en educar al público para que se tome conciencia de que cuando se restringe a la prensa y la libertad de expresión, se menosprecia el valor a saber, un derecho humano de carácter individual y social que es esencial para la sobrevivencia y el éxito de la democracia".

Declarou também que será dada ênfase às "enseñanzas que sobre libertad de prensa y de expresión emanan de la Declaración Universal de los Derechos Humanos, la Convención Americana sobre Derechos Humanos y la Declaración de Chapultepec".

A nota da SIP informa que a brasileira ANJ (Associação Nacional de Jornais) é uma das associações nacionais do hemisfério que apóiam a iniciativa.

Leia o texto completo de Venício Lima no Observatório da Imprensa clicando aqui.

Leia também "As lições de democracia da SIP" clicando aqui.
Leia também "O que a SIP prepara para 2011" clicando aqui.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Jay Rosen on Wikileaks: A imprensa que fiscalizava o poder está morta


Jay Rosen on Wikileaks: "The watchdog press died; we have this instead." from Jay Rosen on Vimeo.


O professor de Jornalismo Jay Rosen tem análise como sempre radical, criativa e provocadora de WikiLeaks, que expressou num vídeo de 14 minutos (em http://vimeo.com/17393373). Sobre por qual razão fontes valiosas preferem enviar seus documentos e outros vazamentos a WikiLeaks, em vez de enviar à imprensa-empresa tradicional, diz ele:

“No caso dos EUA, uma das razões é que a própria legitimidade da imprensa está sob suspeita, aos olhos dos vazadores. E há pelo menos uma boa razão para isso. Porque, enquanto temos o que se apresenta como “imprensa cão de guarda de valores democráticos”, temos aí – à nossa frente, para quem queira ver – o claro fracasso daquela imprensa, que evidentemente não faz o que diz que faz, que seria fiscalizar o poder; a imprensa que conhecemos não faz outra coisa além de tentar ocultar os compromissos e os objetivos do poder.

Leia o texto acima completo clicando aqui.
Leia a transcrição do vídeo acima clicando aqui.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Regulação da mídia, democracia e jornalismo em debate


"A proposta de uma nova regulação da mídia, com base no apoio legislativo e na mobilização da sociedade civil, pode ser um novo caminho para a democracia, ou seja, para a efetiva democracia que realize os ideais da cidadania, com protagonistas novos e novas fontes, com temas sem controle e sem restrições financeira e de audiência. Nele está a liberdade a ser conquistada efetivamente, não simulada e nem seletiva. Nenhuma empresa jornalística está acima da democracia. A democracia de todos, claro, não a de poucos que consideram representar todos".

Francisco José Castilhos Karam

Leia o texto completo clicando aqui.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Controle social da mídia



Há algo de novo sobre a mídia no reino do Planalto


Debates sobre o controle social da mídia agitam a sociedade civil, classe política, proprietários de meios de comunicação mo país, às vésperas da realização do Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias a se realizar dias 09 e 10 de novembro de 2010, em Brasília.

Franklin Martins, Ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social do Governo Lula defende a regulamentação de articos da "Constituição que 'há 22 anos dormem em algum canto”.

Leia a matéria no Observatório do Direito à Comunicação. Clique aqui.