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domingo, 17 de junho de 2012

Crianças e consciência ecológica em cinco canais de TVs latino-americanas


Crianças e consciência ecológica

Como as crianças latinoamericanas enfrentam os desafios de preservar o meio ambiente na realidade de  seus respectivos países? O que pensam e o que fazem? Este é o tema central da série de TV Senha Verde, um projeto de co-produção audiovisual que envolveu a participação de cinco canais latinoamericanos de televisão: o Paka Paka, da Argentina, o Señal Colombe, da Colômbia, o Tevé Ciudad, do Uruguai, o Vale TV, da Venezuela,  e a TV Brasil, do Brasil.

Senha Verde é resultado de uma iniciativa que tem o objetivo de consolidar uma rede formada por canais públicos que realizam projetos audiovisuais para a infância, incentivando produções locais e fomentando o intercâmbio entre países. Destinada a crianças com idade entre 8 e 12 anos, a série é composta de 13 microprogramas com duração de quatro minutos. Cada canal produziu até três episódios que destacam problemas ecológicos que mobilizam as crianças e as soluções que elas encontraram para melhorar o planeta.

O formato da série foi idealizado em conjunto pelos cinco canais, sob a supervisão de especialistas em mídia, infância e ecologia. Cada canal assumiu a responsabilidade de produção das eco-histórias a partir dos seus respectivos países. O Goethe-Institut, órgão patrocinador do projeto, criou mecanismos para garantir um diálogo fluido e um intercâmbio permanente entre todos os envolvidos. Também coube à instituição as funções específicas de tradução, dublagem e transcodificação.

“Com a participação dos produtores e produtoras dos canais, das diretoras artísticas com grande experiência na temática e com o know-how generosamente oferecido pelos especialistas convidados, conseguimos desenvolver um formato de uma série documental colorida e atrativa, onde as crianças relataram suas experiências com o meio ambiente. Estou confiante de que conseguimos montar um mosaico que destaca a particularidade de cada situação e que, ao mesmo tempo, realça as motivações e valores comuns entre as crianças de diferentes regiões. O que proporcionou isso foi o processo de criação conjunto onde todos puderam oferecer suas especificidades locais de maneira autônoma, mas, ao mesmo tempo, afinada entre todos os envolvidos. E o que mais me deixa entusiasmada é que, simultaneamente, houve a consolidação dos contatos e do intercâmbio entre os profissionais que representaram os canais”, destacou Inge Stache, coordenação institucional do Senha Verde, do Goethe-Institut Buenos Aires.

A brasileira Beth Carmona, que assina a direção artística, foi uma das especialistas convidadas para contribuir na formatação do projeto. A série na TV Brasil vai ao ar em julho deste ano. O lançamento aconteceu no dia 4 de junho, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro.

Confira a sinopse dos vídeos produzidos pelos cinco canais na página da Revistapontocom, clicando aqui.

Reproduzido de Revistapontocom por Marcus Tavares
07 jun 2012




Leia também:

"TV Brasil lança série em parceira com o Goethe-Institut, para estimular a consciência ecológica em crianças", na página da TV Brasil, clicando aqui.


A TV Brasil produxiu 3 dos 13 episódios da série:



. Aderley apresenta: caranguejo tem que crescer
Aderley é um indiozinho que quer ser pescador e seu professor está ensinando sobre a pesca dos caranguejos e os ciclos da natureza.

. Arthur apresenta: sabendo usar, não vai faltar!
Arthur é curioso, adora desenhar e fazer pequenas experiências. Depois de um de seus experimentos, e de uma bela bronca de sua mãe, aprende sobre a importância do uso consciente das coisas.

. Bruno apresenta: os sons da mata
Bruno tem nove anos e adora ir para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde gosta de ficar com os animais e tirar belas fotos.

Assista a mais vídeos na página da TV Brasil/Senha verde clicando aqui.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Brasília: Seminário Internacional debate uso de Tecnologias na Educação


Seminário Internacional debate uso de Tecnologias na Educação

Representantes do setor educacional de nove países da América Latina estarão reunidos até a próxima sexta-feira, 15, em Brasília, durante o Seminário Latino-Americano de Disseminação de Conteúdos Digitais, que discutirá a presença e implantação das tecnologias digitais nas escolas do continente.

Participaram da abertura do evento, na tarde desta quarta-feira, 13, representantes dos Ministérios da Educação do Brasil, Colômbia, Equador, Uruguai, Peru, El Salvador, Guatemala e Paraguai, além de entidades voltadas para a formação de professores e difusão de políticas públicas educacionais, como a Fundação SM, da Espanha, e a Fundação Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP) de Buenos Aires, respectivamente.

De acordo com a diretora de formulação de conteúdos educacionais do MEC, Mônica Franco, o evento deve resultar em um novo modelo de referências nos países envolvidos para o uso de tecnologias nas escolas. “As referências na América Latina costumam ser de países de outros continentes, e com a troca de experiências neste evento procuramos mudar isto”, disse. Em sua apresentação a gestora descreveu o cenário atual da educação brasileira.

Para Gustavo Iaies, Diretor do Centro de Estudos de Políticas Públicas, não se pode provocar uma ruptura no sistema de ensino existente ao incentivar o uso de novas tecnologias. “Quando pensamos em novos instrumentos, pensamos em melhorar a estrutura existente nas salas de aula. Não podemos desmontar a escola que temos hoje”, afirma. Ele também ressalta que se deve pensar na comunidade na preparação para o uso das tecnologias no ambiente escolar e que há muito por ser feito no entorno, além de preparar os professores, ao instituir uma política pública neste sentido.

Debate – O primeiro dia de reunião contou ainda com um debate a respeito do uso de conteúdos digitais na aprendizagem. Em sua explanação, a conferencista e consultora do CEPP, Elena García, lembrou que existem diversos pontos a serem levados em consideração quando se propõe o uso de conteúdos digitais nas escolas. ”Quando falamos em tecnologia da informação temos de pensar a qual geração nos referimos”, afirmou, ao descrever a evolução dos instrumentos tecnológicos na aprendizagem durante as últimas décadas.

No debate, em que foram apresentados exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas online, também foi ressaltado que, além de incluir as novas tecnologias nas salas de aula, deve-se atentar para a sua correta utilização, para que sejam melhor aproveitadas. “Com isso quero mostrar que um conteúdo pode ou não ser educacional”, destacou.

Ao longo dos próximos dois dias os países participantes apresentarão suas políticas para implantar e disseminar o uso de tecnologias digitais no aprendizado dos alunos, além dos problemas e abordagens comuns em torno desta política no continente.

Assessoria de Comunicação do MEC

Reproduzido de Portal MEC
13 jun 2012
Prefeitura Municipal de Florianópolis

Foto: Para a diretora de conteúdos educacionais do MEC, Mônica Franco, as referências para a educação na América Latina devem ser do próprio continente.
Foto por Fabiana Carvalho.

Leia também:

“Para conferencista, tecnologia deve ser adaptada à Educação” no Portal do MEC (14/06/2012), clicando aqui.

sábado, 5 de maio de 2012

Congreso Latinoamericano: “Del discurso a las prácticas por los derechos y deberes de niños, niñas y adolescentes y sus familias”


IV Congreso Latinoamericano de Niñez, Adolescencia y Familia

Este año el lema es “Del discurso a las prácticas por los derechos y deberes de niños, niñas y adolescentes y sus familias”.

Del 8 al 10 de Noviembre - Piura, Perú.

María Fontemachi, Presidenta de la Asociación Latinoamericana de Magistrados, Funcionarios, Profesionales y Operadores de Niñez, Adolescencia y Familia, tiene  el honor de convocarlos a participar del IV Congreso Latinoamericano de Niñez, Adolescencia y Familia que se realizará en  la Provincia de Piura, República del Perú, entre los días 8 y 10 de Noviembre de 2.012.

Este año el lema es "Del discurso a las prácticas por los derechos y deberes de niños, niñas y adolescentes y sus familias".

La Asociación Latinoamericana reúne a Magistrados, Funcionarios, Profesionales, Educadores, Docentes, Investigadores, Fuerzas de seguridad, Policias y Operadores que trabajan o están interesados en la problemática de la Niñez, Adolescencia y Familia.

QUEREMOS LOGRAR la capacitación y que el discurso de plasme en acciones, para lograr así el respeto pleno de los derechos humanos de niños, niñas, adolescentes y familias de América Latina.

Se han efectuado exitosamente tres Congresos cuya temática y conclusiones están plasmadas en la Página de la Asociación, www.alatinoamericana-naf.com, de una concurrencia muy importante, además de calificada y con gran vocación de servicio.

El Primer Congreso se realizó en la provincia de Mendoza, el Segundo en la Ciudad de Córdoba y el Tercero en la Triple Frontera, Iguazú – Misiones, asistiendo  representantes de Brasil, Bolivia, Chile, Colombia, Costa Rica, Ecuador,  Guatemala, México, Panamá, Paraguay, Perú, República Dominicana, Uruguay y Venezuela, más el país anfitrión, la República Argentina.

En este próximo IV Congreso se pretende analizar, reflexionar y evaluar la vigencia de los derechos humanos de los niños, niñas, adolescentes y familias con los siguientes ejes: Politicas y Pobreza, Familia y filiación, Justicia Restaurativa, Juicios por Jurado y delito adolescente, Adicciones, y seguiremos analizando los temas de Violencias,Trata de Personas, Indigenas y Derechos, con el objetivo de orientar políticas de estado, legislaciones, acciones, procedimientos judiciales y administrativos. Lograr la integración de distintas posturas, con el propósito final de alcanzar el respeto pleno de derechos en el marco de la Convención Internacional de los Derechos del Niño.

El Congreso cuenta con el aporte de magistrados, funcionarios, profesores, juristas, científicos y especialistas en Niñez, Adolescencia y Familia y sin duda repercutirá positivamente en la comunidad de Piura y en toda América Latina.

El Tercer Congreso fue declarado de Interés Nacional por la Presidencia de la Nación Argentina y luego de concluido, por resolución del Ministerio de Educación de la  Nación, de Interés Educativo.

El referente y representante de la Asociación Latinoamericana de Magistrados, Funcionarios,Profesionales y Operadores de Niñez, Adolescencia y Familia en Piura es el asociado, magistrado Dr. Roberto Palacios Márquez, miembro de la Corte Superior de Justicia de Piura, es el encargado de la gestión organizativa ante las instituciones de Piura y junto a los miembros de Comision Directiva Elmer Vera Castillo, Juan Carlos Montoya, los Asociados peruanos y todos los latinoamericsanos haremos  realidad este sueño.

Esperamos  la  inscripción  como Asociados  entrando  a la página de la Asociación www.alatinoamericana-naf.com de todos los que  creen que la integración y el cambio es posible y  así ayudarán al cumplimiento de  los objetivos  que plasma nuestro Estatuto de Constitución:

1. Promover la defensa de los derechos de los niños, niñas adolescentes, las familias latinoamericanas y de una justicia especializada e independiente.

2. Promover la integración latinoamericana de todas aquellas personas que tengan el objetivo común de trabajar por el respeto de los intereses de niños, niñas adolescentes y sus familias.

3. Establecer lazos entre jueces, magistrados, profesionales, operadores, y especialistas del mundo entero relacionados a la autoridad judicial, administrativa o de cualquier naturaleza que esté preocupada por la situación, la legislación, las acciones de protección de los niños, niñas, adolescentes y sus familias.

4. Difundir el conocimiento de los derechos y garantías comprendidos en las Convenciones Internacionales, especialmente la Convención Internacional de los Derechos del Niño y propiciar su efectiva inclusión en las legislaciones nacionales y locales, a favor de los niños, niñas, adolescentes y sus familias.

5. Estudiar a nivel latinoamericano e internacional todos los problemas que surjan del funcionamiento de las autoridades judiciales, administrativas, de los cuerpos de protección de la niñez, adolescencia y la familia, de las  organizaciones de protección de derechos, de las organizaciones de la sociedad civil y gubernamentales, para procurar su perfeccionamiento en pos de asegurar el respeto pleno de los derechos de los niños, niñas, adolescentes y sus familias, permitiendo el intercambio y la capacitación de los integrantes de la Asociación y de la sociedad en general.

6. Examinar la legislación diseñada o sancionada para la protección de los niños, niñas, adolescentes y sus familias, así como los variados sistemas existentes para la protección de los niños, niñas, adolescentes y familias en situación de vulnerabilidad, victimización y exclusión social, con miras al mejoramiento de aquellos, tanto a nivel de cada país como latinoamericano.

Lo primordial es lograr la capacitacion y el cambio de prácticas en la tarea diaria y lograr así el respeto pleno de los derechos humanos de niños, niñas adolescentes y las familias de América Latina.

En cada comisión se dictarán conferencias de los temas específicos de forma simultánea. LOS ESPERAMOS!!!.

Reproduzido da página do evento.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vamos caminando... Vozes de um só coração...


Latinoamérica

Feat. Totó La Momposina
Susana Baca & Maria Rita

Soy... soy lo que dejaron
Soy toda la sobra de lo que te robaron
Un pueblo escondido en la cima
Mi piel es de cuero, por eso aguanta cualquier clima

Soy una fábrica de humo
Mano de obra campesina para tu consumo
Frente de frío en el medio del verano
El amor en los tiempos del cólera, ¡mi hermano!

Si el sol que nace y el día que muere
Con los mejores atardeceres
Soy el desarrollo en carne viva
Un discurso político sin saliva

Las caras más bonitas que he conocido
Soy la fotografía de un desaparecido
La sangre dentro de tus venas
Soy un pedazo de tierra que vale la pena

Una canasta con frijoles,
Soy Maradona contra Inglaterra
Anotándote dos goles
Soy lo que sostiene mi bandera
La espina dorsal del planeta, es mi cordillera

Soy lo que me enseñó mi padre
El que no quiere a su patría, no quiere a su madre
Soy América Latina,
Un pueblo sin piernas, pero que camina

Tú no puedes comprar el viento
Tú no puedes comprar el sol
Tú no puedes comprar la lluvia
Tú no puedes comprar el calor

Tú no puedes comprar las nubes
Tú no puedes comprar los colores
Tú no puedes comprar mi alegría
Tú no puedes comprar mis dolores

Tú no puedes comprar el viento
Tú no puedes comprar el sol
Tú no puedes comprar la lluvia
Tú no puedes comprar el calor

Tú no puedes comprar las nubes
Tú no puedes comprar los colores
Tú no puedes comprar mi alegría
Tú no puedes comprar mis dolores

Tengo los lagos, tengo los ríos
Tengo mis dientes pa' cuando me sonrio
La nieve que maquilla mis montañas
Tengo el sol que me saca y la lluvia que me baña

Un desierto embriagado con peyote
Un trago de pulque para cantar con los coyotes
Todo lo que necesito,
Tengo a mis pulmones respirando azul clarito
La altura que sofoca,
Soy las muelas de mi boca, mascando coca

El otoño con sus hojas desmayadas
Los versos escritos bajo la noches estrellada
Una viña repleta de uvas
Un cañaveral bajo el sol en Cuba

Soy el mar Caribe que vigila las casitas
Haciendo rituales de agua bendita
El viento que peina mi cabellos
Soy, todos los santos que cuelgan de mi cuello
El jugo de mi lucha no es artificial
Porque el abono de mi tierra es natural

Tú no puedes comprar el viento
Tú no puedes comprar el sol
Tú no puedes comprar la lluvia
Tú no puedes comprar el calor

Tú no puedes comprar las nubes
Tú no puedes comprar los colores
Tú no puedes comprar mi alegría
Tú no puedes comprar mis dolores

Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor
Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha alegria
Não se pode comprar as minhas dores

No puedes comprar el sol...
No puedes comprar la lluvia
(Vamos caminando) No riso e no amor
(Vamos caminando) No pranto e na dor
(Vamos dibujando el camino) El sol...
No puedes comprar mi vida
(Vamos caminando) LA TIERRA NO SE VENDE

Trabajo bruto, pero con orgullo
Aquí se comparte, lo mío es tuyo
Este pueblo no se ahoga con marullo
Y se derrumba yo lo reconstruyo

Tampoco pestañeo cuando te miro
Para que te recuerde de mi apellido
La operación Condor invadiendo mi nido
!Perdono pero nunca olvido!

Vamos camimando
Aquí se respira lucha
Vamos caminando
Yo canto porque se escucha
Vamos dibujando el camino
(Vozes de um só coração)
Vamos caminando
Aquí estamos de pie

¡Que viva la américa!

No puedes comprar mi vida...




América Latina

Part. Totó la Momposina,
Susana Baca & Maria Rita

Sou... sou o que deixaram
Sou toda a sobra do que te roubaram
Um povo escondido lá acima
Minha pele é de couro, por isso aguenta qualquer clima

Sou uma fábrica de fumaça
Mão obra camponesa para o teu consumo
Frente fria no meio do verão
Amor nos tempos do cólera, meu irmão.

Se o sol que nasce e o dia que morre
Com os melhores entardeceres
Sou o desenvolvimento em carne viva
Um discurso político sem saliva

Os rostos mais bonitos que conheci
Sou a fotografia de um desaparecido
O sangue dentro de tuas veias
Sou um pedaço de terra que vala a pena

Uma cesta com feijões,
Sou Maradona contra Ingraterra
Marcando-te dois gols
Sou o que sustenta minha bandeira
A espinha dorsal do planeta é minha cordilheira

Sou o que meu pai me ensinou
O que não quer a sua pátria, não quer a sua mãe
Sou América Latina,
Um povo sem perna, mas que caminha

Tu não podes comprar o vento
Tu não podes comprar o Sol
Tu não podes comprar a chuva
Tu não podes comprar o calor

Tu não podes comprar as nuvens
Tu não podes comprar as cores
Tu não podes comprar minha alegria
Tu não podes comprar minhas dores

Tu não podes comprar o vento
Tu não podes comprar o Sol
Tu não podes comprar a chuva
Tu não podes comprar o calor

Tu não podes comprar as nuvens
Tu não podes comprar as cores
Tu não podes comprar minha alegria
Tu não podes comprar minhas dores

Tenho os lagos, tenho os rios
Tenho meus dentes para quando sorrio
A neve que maquia minhas montanhas
Tenho o sol que me seca e a chuva que me banha

Um deserto embrigado com peyote
Uma dose de pulque para cantar com os coiotes
Tudo o que necessito,
Tenho meus pulmões respirando azul clarinho
A altura que sufoca,
Sou os molares da minha boca, mascando coca

O outono com suas folhas caídas
Os versos escritos sob as noites estreladas
Uma vinha repleta de uvas
Um canavial sob o sol de Cuba

Sou o mar Caribe que vigia as casinhas
Fazendo rituais de água benta
O vento que pentia meus cabelos
Sou todos os santos que penduram em meu pescoço
O conteúdo de minha luta não é artificial
Porque o adubo de minha terra é natural

Tu não podes comprar o vento
Tu não podes comprar o Sol
Tu não podes comprar a chuva
Tu não podes comprar o calor

Tu não podes comprar as nuvens
Tu não podes comprar as cores
Tu não podes comprar minha alegria
Tu não podes comprar minhas dores

Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o Sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor
Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha alegria
Não se pode comprar minhas dores

Não podes comprar o Sol...
Não podes comprar a chuva
(Vamos caminhando) No riso e no amor
(Vamos caminhando) No pranto e na dor
(Vamos desenhando o caminho) O Sol...
Não podes comprar minha vida
(Vamos caminhando) A TERRA NÃO SE VENDE

Trabalho duro, mas com orgulho
Aquí se compartilha, o meu é teu
Este povo não se afoga com ondas grandes
E se derruba eu o reconstruo

Tão pouco pisco quanto te olho
Para que te lembre do meu sobrenome
A operação Condor invadindo meu ninho
Perdoo mas nunca esqueço!

Vamos caminhando
Aqui se respira lucha
Vamos Caminhando
Eu canto porque se escuta
Vamos desenhando o caminho
(Vozes de um só coração)
Vamos caminhando
Aqui estamos de pé

Que viva a América!

Não podes comprar minha vida...

05 dez 2011


terça-feira, 16 de agosto de 2011

... Os indignados ainda vão virar o planeta de cabeça pra baixo...


... Os indignados ainda vão virar o planeta de cabeça pra baixo...

Marcelo Semer*

Desta vez não são os emergentes asiáticos que expõem a risco o sistema econômico internacional, mas os filhos da tradicional família europeia.

Não foi uma república de bananas que teve sua nota rebaixada pela agência de investimentos por um possível calote, mas a toda-poderosa pátria de Tio Sam.

O quebra-quebra urbano depois da violência policial não se deu nas estreitas vielas das favelas do Rio de Janeiro, mas na Londres dos lendários policiais desarmados.

E o terrorista fundamentalista que matou dezenas num acampamento de jovens, em nome da fé e da pureza, é um cristão nórdico, branco e de olhos claros.

Que surpresas mais nos aguardam nesse admirável mundo novo, um planeta de cabeça para baixo?

Revoluções no mundo árabe buscaram abrir alternativas de liberdade que superassem ditaduras e teocracias, mas não comoveram aqueles que sempre pretenderam exportar, à força, seus modelos prêt-à-porter de democracia.

As praças da Espanha se encheram de indignados, descontentes com a falta de perspectivas e de empregos, e os políticos se espantam e desprezam os movimentos espontâneos, apenas por que não os atingem nas primeiras urnas.

Na Grécia, as ruas explodiram de revolta pela contrariedade ao sacrifício de quem já vem sofrendo. Cortes sociais permanecem sendo a única resposta formulada pelos agentes que produziram as crises. Por incrível que pareça, são justamente os alunos reprovados que continuam impondo as regras, que, por óbvio, jamais os atingem.

O documentário Trabalho Externo (Inside Job), vencedor do Oscar, explicou bem porque a maioria dos economistas norte-americanos não foi capaz de enxergar a crise brotando na frente de seus olhos. Boa parte da intelligentsia econômica estava na folha de pagamento do sistema financeiro que a criava.

Quando a imprensa tenta nos alertar desesperadamente sobre os riscos advindos da web, à custa de alguns poucos crackers em ações inexpressivas, eis que a vida real mostra que o perigo mora em cima.

A Inglaterra descortina grampos e desmandos da grande mídia e as relações para lá de incestuosas entre Murdoch e os governos.

Mas nem é preciso tantos crimes expostos, para entender os riscos que o excesso de poder e concentração pode provocar.

Quando a imprensa toma partido e faz políticos reféns, resguardando-se o direito de influir na política com o peso desproporcional de quem cria celebridades, destrói reputações e instaura pânicos, qualquer processo democrático se vicia.

Bom, nem tudo é novidade no globo.

Crianças africanas seguem morrendo escandalosamente de fome expondo a crueldade insensível de uma distribuição injusta de riquezas, enquanto os países ricos encontram mecanismos mais eficientes de fechar suas fronteiras para novos imigrantes. Se for o caso, que eles morram de fome à distância.

Cairo, Santiago, Londres, Tel Aviv. Parece cada vez menos crível que a paciência dos indignados se eternize.

Com o tempo, vai ser preciso mais do que comentaristas econômicos de jornais e TVs para convencer o povo que reverenciar o sistema financeiro e seus estratosféricos lucros, é a melhor forma de proteger o planeta e salvar nossas almas.

10 ago 2011

* Marcelo Semer, 45 anos, juiz de direito em São Paulo e escritor. Membro e ex-presidente da Associação Juízes para a Democracia, autor do romance "Certas Canções". Colunista no Terra Magazine.

Assista também a entrevista de Eduardo Galeano sobre a juventude na Espanha.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Os magnatas da mídia no mundo e Brasil


Conheça os principais magnatas da mídia no mundo


Redação
BBC Brasil
16/07/2011

O escândalo provocado pela revelação de que o tabloide News of The World, pertencente ao bilionário australiano Rupert Murdoch, teria grampeado celulares de milhares de pessoas aumentou a preocupação sobre o nível de controle exercido por uma só empresa na mídia britânica.

No entanto, em todo o mundo, empresas de mídia – seja veículos impressos ou de telecomunicações – são dominadas por magnatas que ostentam grandes fortunas e exercem influência considerável.

Crise na imprensa

Conheça alguns dos principais nomes da mídia em diversos países:

Brasil

O mercado de mídia no Brasil é dominado por um punhado de magnatas e famílias. Na indústria televisiva, três deles têm maior peso: a família Marinho (dona da Rede Globo, que tem 38,7% do mercado), o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Edir Macedo (dono da Rede Record, com 16,2%) e Silvio Santos (dono do SBT, 13,4% do mercado).

A família Marinho também é proprietária de emissoras de rádio, jornais e revistas – campo em que concorre com Roberto Civita, que controla o Grupo Abril (ambos detêm cerca de 60% do mercado editorial).

Famílias também controlam os principais jornais brasileiros – como os Frias, donos da Folha de S.Paulo, e os Mesquita, d’O Estado de S. Paulo (ambos entre os cinco maiores jornais do país). No Rio Grande do Sul, a família Sirotsky é dona do grupo RBS, que controla o jornal Zero Hora, além de TVs, rádios e outros diários regionais.
Famílias ligadas a políticos tradicionais estão no comando de grupos de mídia em diferentes regiões, como os Magalhães, na Bahia, os Sarney, no Maranhão, e os Collor de Mello, em Alagoas.

América Latina

No México, o grupo Televisa tem três canais de TV nacionais, duas operadoras de TV a cabo e um ramo editorial, além de ser dono de três clubes de futebol. O grupo ainda tem 5% das ações da Univisión, o maior canal hispânico dos Estados Unidos.

O diretor-executivo do grupo, Emilio Azcarraga Jean, é um dos mais influentes empresários do país.

Os programas da Televisa concentram 70% do mercado publicitário mexicano televisivo. O restante fica com a principal concorrente, a TV Azteca.

Na América Central, boa parte da mídia é controlada pelo mexicano Ángel González, baseado em Miami. Para driblar as leis que restringem estrangeiros no comando das empresas, ele usa laranjas para controlar 26 canais de TV e 82 estações de rádio em 12 países, o que lhe rendeu o apelido de “Fantasma”.

Na Colômbia, o segundo homem mais rico do país segundo a revista Forbes, Julio Mario Santo Domingo, tem participação nos negócios mais variados, de cervejarias a companhias aéreas. Ele se destaca, no entanto, por ser o dono da TV Caracol (com 58% da audiência e 52% do mercado publicitário, em dados de 2004) e do segundo jornal do país, o El Espectador.

O principal concorrente é o Casa Editorial El Tiempo, dono do maior jornal do país, o El Tiempo, além de várias revistas e de um canal de TV a cabo. A empresa é controlada pelo grupo espanhol Prisa.

África

A Nation Media Group (NMG) é a maior empresa de mídia do leste da África, com braços de mídia eletrônica e impressa. Aga Khan - o líder espiritual da comunidade ismaelita, um ramo do islamismo xiita - é o maior acionista da empresa, com 49% das ações.

No Quênia, o grupo é dono do jornal diário de maior circulação, o Daily Nation, além de outras duas publicações diárias e uma semanal, duas estações de rádio e uma emissora de TV.

Em Uganda, o NMG tem um jornal, o Daily Monitor, uma estação de rádio e uma emissora de TV. Na Tanzânia, Aga Khan se diz proprietário de duas publicações diárias.

O grupo também planeja sua expansão em Ruanda, onde tem planos de comandar um jornal diário e uma emissora de TV. Aga Khan tem o objetivo de estabelecer um conglomerado de mídia pan-africano.

Estados Unidos

A americana Anne Cox Chambers, 91 anos, controla o maior grupo de mídia do país, chamado Cox Enterprises, fundado por seu pai em 1898.

O império controla jornais, emissoras de rádio e TV e canais a cabo em diversos Estados americanos.

Segundo a revista Forbes, o patrimônio de Anne em 2010 estava em US$ 12,4 bilhões, duas vezes maior que o de Rupert Murdoch, dono da News Corporation.
Emilio Azcarraga, da Televisa

A Televisa de Emilio Azcarraga é dona de 70% do mercado publicitário das televisões no México

Rússia

O governo russo continua a ser o maior controlador da mídia local desde que o ex-presidente e atual primeiro-ministro Vladimir Putin reestatizou o maior canal de TV do país, o ORT, em 2000. Ele também transferiu o controle privado do canal NTV para a petrolífera estatal Gazpom.

Além disso, o governo comanda o grupo Rossia, controlador das três únicas TVs de cobertura nacional, além de canais a cabo e dezenas de emissoras locais. Atualmente, o Kremlin controla todas as principais TVs russas.

A mídia impressa é menos concentrada. O principal jornal, o Kommersant, é propriedade do magnata Alisher Usmanov, um dos donos do time inglês Arsenal.

Outro magnata, o ex-espião da KGB Alexander Lebedev, é dono do principal jornal de oposição, o Novaya Gazeta. Ele também tem negócios no Reino Unido, onde controla os jornais The Independent e The Evening Standard.

Sudeste asiático

Homem mais rico da Malásia, o empresário de origem chinesa Tiong Hiew King controla cinco jornais diários e 30 revistas nas comunidades de língua chinesa na Malásia, em Hong Kong, nos Estados Unidos e no Canadá.

Reproduzido do FNDC

Veja também a página de "Donos da Mídia", do Brasil, clicando aqui.

Leia também "Os donos da mídia e a resistência necessária", por Eduardo Silva de Menezes na Revista do Instituto Humanitas Unisinos clicando aqui, ou no "Exílio Midiático" clicando aqui. Do mesmo autor, leia "O que Murdoch, teixeira e a Seleção Brasileira têm em comum" clicando aqui.