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sexta-feira, 16 de março de 2012

A televisão possibilitando novos olhares no fazer pedagógico


A televisão possibilitando novos olhares no fazer pedagógico

Pedagoga
Universidade Federal do Tocantins
2010

Resumo

A pesquisa que se segue: “A televisão possibilitando novos olhares no saber – fazer pedagógico” investiga formas de apropriação da televisão como ferramenta pedagógica nas instituições de ensino. O hábito de ver televisão faz parte da cultura atual. Na maioria dos lares brasileiros, estejam eles no ponto mais distante do mapa, a TV está presente entretendo e distraindo as pessoas, e por ser um meio de comunicação tão atraente e popular acaba por interferir no modo de pensar, agir e se relacionar com o mundo. Nesse sentido, o projeto procura mostrar de uma forma atraente, o uso desta tecnologia para promover a aprendizagem de forma crítica e atualizada, já que a grade de programação de todas as emissoras busca tratar de assuntos atuais em seus programas, sejam eles informativos ou de entretenimento. Sendo assim, os meios tecnológicos de comunicação, em especial a televisão, podem ser usados como recurso para educar o olhar, motivar os alunos e transformar as aulas em laboratórios do conhecimento humano e assim contribuir para a formação de cidadãos que conseguem ver além das imagens e participar democraticamente dos processos políticos e sociais do contexto em que está inserido. Para tanto, foi realizado pesquisa de campo em escolas da rede pública estadual de ensino, com aplicação de questionários abertos para alunos e professores. Teoricamente o trabalho se fundamenta no pensamento de autores que há muito tampo se dedicam ao tema como Douglas Kellner, Marcos Napolitano, Pedrinho Guareschi, José Manoel Moram, dentre outros.

Conclusão

Chegando ao fim desse trabalho percebo que muito descobri sobre a televisão e toda a dinâmica que a envolve, porém minhas descobertas são apenas uma pequenina ponta da discussão que não pode ficar engavetada nas escrivaninhas burocráticas das escolas, faculdades e outros órgãos educacionais.

Nesse trabalho pude pontuar fatos e levantar questionamentos pertinentes ao campo comunicacional e educacional, pois acredito que da mesma forma que a escola precisa mudar sua visão em relação a televisão e outras mídias, as emissoras de TV devem se engajar em utilizar esse instrumento tão rico que é a comunicação de massa em benefício da formação de gerações críticas e questionadoras.

Para encaminhar essas mudanças é necessário coragem para debater os meios de comunicação de massa, que hoje são grandes oligopólios a serviço do capitalismo mercantilista. Penso que essa realidade deve ser modificada e acompanho o pensamento de Silverstone (2002), quando este diz que a sociedade precisa se manifestar criando o que pode ser chamado de quinto poder, que seja capaz de controlar o quarto poder - a mídia- que já controla muito bem os outros três.

O papel desse quinto poder seria desafiar, criticar, enfrentar e responder a mídia. Quanto a escola, a responsabilidade dessa instituição vai além da formação intelectual, deve transcender a formação humana e cidadã e alcançar o ápice de uma formação integral do indivíduo, onde este possa contra argumentar e se posicionar-se frente as intencionalidades das mídias, não deixando de assisti-las e participar de suas produções, mas lendo-as de forma crítica, reflexiva e decidindo-se de forma democrática sobre seus valores e contribuições à sociedade.

Sempre é tempo de iniciar um letramento para as mídias, e para essa tarefa obter êxito ninguém pode ficar de fora. A sociedade civil e o poder público devem ampliar seus conhecimentos sobre a mídia eletrônica para junto aos órgãos educacionais buscar formas de democratizá-la.

A obrigação da mídia é defender os interesses do país, e a obrigação da escola é possibilitar as futuras gerações a participação ativa nas mudanças e a compreensão intrínseca desses interesses. Portanto, na sociedade atual, uma não deve caminhar sem a outra do lado.

Conheça o trabalho na íntegra clicando aqui ou ali.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dieta informacional: a Rede Globo "está investindo em telejornais mais soltos e informais"


Telejornais faturam o mesmo que novelas na Rede Globo

Anderson Scardoelli

O jornalismo e a dramaturgia são os núcleos que mais geram receita para a TV Globo, informa o diretor geral da emissora, Octávio Florisbal. O executivo revela ao Comunique-se que "há equilíbrio" entre os dois setores, não tendo um à frente do outro no quesito faturamento. "A procura por estes gêneros é muito grande".

Sem revelar os números de cada departamento, Florisbal conta que atrás do jornalismo e dos folhetins produzidos pela Globo, o departamento de esportes é o que mais arrecada. Os shows e outras atrações de entretenimento e variedades, incluindo seriados e programas esporádicos somam a quarta força de arrecadação do canal.

Dividido entre conteúdo local e nacional, a Globo dedica cerca de cinco horas diárias da sua programação para o jornalismo. Ao todo, nove noticiários são produzidos por dia pelas duas principais geradoras de conteúdo da rede: São Paulo e Rio de Janeiro. Sobre este conteúdo, o executivo diz que "está investindo em telejornais mais soltos e informais".

Reproduzido de Comunique-se em 06 out 2011.

Comentário de Filosomídia:

Dieta informacional = Telejornais = Novelas = Entretenimento = $

Veja mais sobre Notícias e Entretenimento, por Prof. Daya Kishan Thussu clicando aqui.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Como a internet está mudando a televisão


As mídias sociais estão revolucionando tudo, principalmente na área da comunicação. Mesmo com a internet ainda estando em fase de crescimento e principalmente pelo fato de os serviços relacionados ao acesso ainda serem muito contrários às pesquisas que mostram os brasileiros como um povo que passa muito tempo conectado.

televisão já é a muito tempo a principal ferramenta de comunicação de massa e continua a escrever tendências e exercer grande influência na sociedade. Mas este império criado pelas grandes emissoras do país também esta se rendendo a essa recente revolução.

Citamos aqui algumas constatações que comprovam que essas grandes empresas de comunicação estão se rendendo as novas tecnologias, seja por medo de ser substituído por elas ou apenas para oferecer um serviço mais completo aos tele-espectadores.

Jornalismo: Talvez uma das primeiras áreas da televisão a tentar se adaptar as novidades da internet. O jornalismo vem se adaptando com a internet, vemos programas jornalísticos de diversas emissoras fazendo matérias sobre acontecidos da web, tentando atrair de volta aquele público que está migrando para a internet...

Novelas: As novelas talvez sejam a melhor ferramenta que a televisão possui para exercer o seu poder. Podemos perceber essa influência quando vemos modas serem lançadas pela novela das 20h que está passando...

Programação: Já vemos que a internet vem mudando a grade de horários das grandes emissoras brasileiras. Como em qualquer empresa, as emissoras vivem em base a resultados e retorno por parte dos clientes, os espectadores no caso da televisão....


Publicidade: O assunto publicidade tradicional contra a nova publicidade já é assunto comum...

Entretenimento: Outra função que a televisão está perdendo é o poder de entretenimento que vem sendo “roubado” pela internet, principalmente na parte do público jovem...

Dennis Altermann

Leia o texto completo em Midiatismo clicando aqui.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Violência na TV: quais são os limites do jornalismo televisivo?


Violência em horário impróprio

Por Flávia Péret em 29/3/2011

Uma indignação profunda me motiva a escrever este texto. Nos últimos 15 dias assisti na TV (precisamente Rede Globo, Jornal Nacional e Jornal da Globo) a matérias sobre tentativas de assalto seguidas de assassinato que foram gravadas por circuitos de segurança interna e, posteriormente, exibidas. Cenas de execuções sumárias, imagens violentas, veiculadas em horário impróprio para crianças e adolescentes.

Na primeira matéria, um rapaz universitário, em São Paulo, é abordado por dois homens ao chegar em casa à noite. Depois de uma confusão que não entendi totalmente, os assaltantes vão embora, o rapaz volta para fechar o portão, um dos bandidos reaparece e atira na cabeça dele. Na imagem, vemos o corpo caindo, o sangue e, minutos ou segundos depois, os pais apavorados que vêm ao encontro do filho morto. Toda a cena foi filmada pela câmera particular da família e reproduzida (com autorização de quem?) pelas redes de TV.

Nas imagens de hoje (23/3), outro jovem é a vítima, agora de policiais militares (acho que de Bélem). O jovem é abordado, levado para um canto na rua e, de repente, um policial dispara em direção ao corpo do rapaz, ele balança e o tiro parece atingir a barriga. Nesse momento, decido que não vou continuar vendo as imagens e mudo de canal.

Imagens assustadoras

Legalmente, a mídia pode exibir essas imagens? Existe um código de ética que trata da questão? Por que a mídia exibe e reproduz essas imagens? Por que é preciso mostrar a morte? Por que precisamos conviver com essas imagens? Conviver, sim, porque enquanto faço minha aula de ginástica uma TV ligada mostra o assassinato do rapaz em São Paulo. Não tenho o direito de desligar a TV, como fiz hoje em casa. Mostrar a morte, além de desrespeito com os familiares, é uma banalização da violência. Acho que esse assunto merece uma discussão mais profunda, cuidadosa e ética.

Quais são os limites – limite não é censura – do jornalismo televisivo? Qual o futuro do telejornalismo num contexto cada vez mais fotografado, vigiado, filmado? A lógica do furo? Da "melhor" imagem? Da informação "completa"? Do direito à informação? E quando os cinegrafistas são "substituídos" por câmeras que funcionam 24 horas e gravam tudo? É preciso mostrar tudo? Não mostrar a morte é esconder que vivemos num país cada dia mais violento? Mostrar reiteradamente assassinatos tem alguma função, além de criar paranoia e medo na população? Precisamos ver assassinatos como esses para acreditar que eles existem?

Peço desculpa pelos erros e informações incompletas, escrevi no calor da hora, uma espécie de desabafo, espero que vocês de alguma forma possam reverberar essas questão. Por que o cinema (um certo tipo de cinema) discute tanto essas questões e o jornalismo não? As implicações éticas de uma imagem, as representações e ideologias que as imagens engendram e reproduzem, as construções parciais e frágeis de mundo que sustentam, o modo como jornalismo tem lidado com essas imagens me assusta profundamente.


Saiba mais sobre a Classificação Indicativa para telejornais e programas noticiosos no debate online promovido pelo Ministério da Justiça, clicando aqui.

Leia também o texto “Novela sexual: indicada para crianças e jovens?” na Revistapontocom clicando aqui.