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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Revistapontocom: Livros infantis discutem a mídia


Livros infantis discutem a mídia

Por Marcus Tavares
Revistapontocom

No dia 2 de abril, comemora-se o Dia Internacional do Livro Infantil. E no dia 18 de abril, o Dia Nacional do Livro Infantil. Para celebrar as duas datas, nada melhor do que presentear a criança com uma boa obra. Bons títulos não faltam. As livrarias estão cheias de criatividade e conteúdo. Que tal os títulos que despertam a atenção de meninos e meninas para a influência da mídia?

Pouca gente sabe, mas alguns livros infantis vêm cumprindo esta tarefa de forma divertida. É o caso, por exemplo, da obra “Tudo Por um Pop Star”, de Thalita Rebouças, que narra a história de três adolescentes que fazem de tudo para se aproximarem de seus ídolos. Ou do “Tempo em que a Televisão Mandava no Carlinhos”, de autoria de Ruth Rocha, que questiona o poder da publicidade no dia-a-dia das crianças.

Muitas vezes escondidas nas estantes, as obras trazem uma linguagem acessível, ilustrações caprichadas e conteúdo atualizado, com humor e imaginação. E o que é melhor: o enredo serve de ponto de partida para uma conversa entre pais e filhos, professores e alunos ou entre as próprias crianças. De forma divertida, o título “Eles parecem crianças!”, de Liliana Lacocca e Michele Lacocca, aborda o comportamento de alguns pais que não querem que seus filhos assistam à televisão. Embora consigam fazer com que as crianças desenvolvam outras atividades, os pais descobrem que são eles que estão viciados na TV.

Outra obra muito interessante é ‘Liga-desliga’, de autoria de Camila Franco e Marcelo Pires. De forma inteligente, o livro questiona a relação de dependência da criança com a televisão. Na história, são as televisões que dependem das crianças. Elas são viciadas na garotada, querem estar o tempo todo com ela e sofrem quando são deixadas de lado.

Se comparada com o número de obras que é lançado todos os anos no mercado brasileiro, uma média de dois mil livros, o único senão da lista de títulos infantis com esta abordagem é que ela ainda é pequena. Mercado é o que não falta, avisam os especialistas.

Confira algumas dicas de títulos:

O Menino sem Imaginação
Autor – Carlos Eduardo Novaes
Editora – Ática

Sinopse: Uma pane no sistema de telecomunicações deixa o Brasil sem televisão por tempo indeterminado. A confusão é geral e o país fica de pernas para o ar. Tavinho é um garoto viciado em televisão. Assiste à três aparelhos de uma só vez. Aliás, na família de Tavinho, todos são completamente dependentes. Portanto, reaprender a viver sem a televisão não será nada fácil. Ainda mais para Tavinho que de tanto assistir à TV ficou sem imaginação.


Veja os demais títulos na página de Revistapontocom clicando aqui.

Eles Parecem Crianças
Autores – Liliana Lacocca e Michele Lacocca
Editora – Melhoramentos
Sinopse: O livro aborda o comportamento de alguns pais que não querem que seus filhos assistam à televisão. Embora consigam fazer com que seus filhos desenvolvam outras atividades, os pais descobrem que são eles que estão viciados na TV.

Rádio Muda
Autor – Renato Tapajós
Editora – Ática

Sinopse: Rafael era um expert na prancha de skate. Mas quando conhece Marina e a galera da Rádio Muda, descobre que pode fazer muito mais. Com os amigos, ele passa a ajudar os moradores do Parque Oriente a se defenderem da violência imposta pelos traficantes e a criar uma rádio comunitária, que se tornará instrumento de luta da comunidade.

Lá Vai o Rui…
Autora – Sonia Rosa
Editora – Difusão Cultural do Livro

Sinopse: Menino descobre que, depois de desligar a televisão, há uma série de atividades legais e prazerosas.

No Tempo em que a Televisão Mandava no Carlinhos
Autora – Ruth Rocha
Editora – FTD

Sinopse: Carlinhos tinha mania de comer tudo o que aparecia na televisão: achocolatado da Miúcha, sorvete do Bubu, biscoito do Xuxu… Ele acabou engordando, parecendo uma bola. Quando viu um anúncio de uma tal de Gororoba Dois Mil para emagrecer, encomendou rapidinho. Emagreceu. Mas depois caiu de cama e deu um susto na família. Depois da aventura, nunca mais. Carlinhos resolveu mudar de vida.

O Livro que Ninguém Vai Ler
Autora – Sylvia Orthof
Editora – Ediouro

Sinopse: Uma adolescente sonha ser escritora. Com o auxílio do computador, começa a escrever sua obra-prima. No entanto, um acidente faz com que a máquina assuma controle sobre a criação da menina. Aos poucos, o projeto gráfico e as ilustrações feitas no computador começam a dialogar com o texto em perfeita sintonia.

Zap! Zap!
Autor – Ziraldo
Editora – Melhoramentos

Sinopse: O mestre Ziraldo escreveu este livro para as crianças. Trata-se de uma aventura do menino maluquinho bebê. Ao lado do seu pai, o menino assiste à televisão.

Tudo Por um Pop Star
Autora – Thalita Rebouças
Editora – Rocco

Sinopse: O livro aborda os seguintes temas: amizade, fama e as loucuras que os fãs fazem por seus ídolos. A obra conta a história de Manu, Gabi e Ritinha, três amigas que moram em Resende, no Estado do Rio de Janeiro. São três tietes loucas por um astro de rock e sua banda. Ao descobrirem que o grupo vem ao Brasil para um show no Maracanã, elas fazem de tudo para ver os garotos bem de perto. Mas nada do que planejam dá certo.

Os Internautas
Autor – Reinaldo Orth
Editora – Vozes

Sinopse: O número de jovens que passam horas em frente ao computador é o enredo do livro que pretende refletir sobre o tema. Por meio de uma história bem humorada e ilustrada, a obra conta o dia-a-dia dos viciados na tela do computador.

Oto e o Controle Remoto
Autor – Cláudio Martins
Editora – Ática

Sinopse: Oto adora assistir à TV. Mas naquela tarde seu time estava perdendo o jogo do campeonato, que estava sendo transmitido pela tevê. Ele decide entrar em ação. Com uma manobra rápida, toma o controle remoto e se transforma no grande herói da partida.

Truques coloridos
Autora – Branca Maria de Paula
Editora – Comport

Sinopse: Bastava querer e ele depressa aparecia. As crianças cruzavam as pernas no sofá e ficavam fascinadas. Distraia as pessoas e animava quem estava pra baixo também. Fazia gente chorar. Parecia um mágico. Quem será?

Liga-desliga
Autores – Camila Franco e Marcelo Pires
Editora – Companhia das Letrinhas

Sinopse: “Era uma vez uma televisão que não saía da frente de um menino.” Assim começa Liga-desliga, um livro que inverte uma relação perfeitamente comum hoje em dia. Os autores, todos publicitários, sabem que a TV ocupa no mundo infantil tanto ou mais espaço do que a escola, a bola ou a boneca.

É meu! Cala a boca! Quem manda aqui sou eu!
Autor – Luciana Savaget
Editora – Larousse do Brasil

Sinopse: A obra discute falta de tempo dos pais e solidão dos filhos, que trocam o afeto por brinquedos. A história de Frederico ajuda o pequeno leitor a identificar o egoísmo, e mostra como encontrar a alegria e a amizade quando se quer dividir as emoções.

Um Garoto Consumista na Roça
Autor – Júlio Emílio Braz
Editora – Scipione

Sinopse: No livro, temas como choque cultural e conseqüências do consumismo excessivo são expostos através do personagem principal com linguagem bem-humorada.

Ludi, na TV
Autora – Luciana Sandroni
Editora – Salamandra

Sinopse – Verão chuvoso no Rio de Janeiro, Ludi passa o dia assistindo à TV. Uma “falha” no aparelho faz com que ela seja “seqüestrada” pelo televisor. Um pequeno acidente, que serve de motivação para ela fazer das suas, mexendo e remexendo na programação de todos os canais, interferindo em novelas, entrevistas, comerciais e desenhos. Que outra coisa se poderia esperar dessa irrequieta personagem, senão virar pelo avesso o mundo organizado e perfeito mostrado na TV?

Reproduzido de Revistapontocom em 02 abr 2012

"Maioria dos brasileiros nunca ouviu falar em e-books, diz pesquisa" publicado por IDG Now! em 28 mar 2012 clicando aqui.

Mídia e Educação: "Que educação para a mídia quero em meu país?"


Que educação para a mídia quero em meu país?

Cristiane Parente

Em 1982, representantes de 19 nações assinaram o que ficou conhecido como Declaração de Grunwald, durante o Simpósio Internacional sobre Educação para as Mídias da Unesco, realizado na cidade de Grunwald, na Alemanha. Em 2005, veio a Declaração de Alexandria, sobre competência informacional e aprendizagem ao longo da vida e, em 2007, a Agenda Unesco* comprometeu-se novamente com 12 recomendações para a educação para a mídia.

Trinta anos após a Declaração de Grunwald, vale a pena lembrar os passos dados até hoje para a concretização de uma educação para a mídia no mundo e, em especial, no Brasil.

Cabem as seguintes questões: que educação para a mídia queremos em nosso país? Como podemos contribuir para o debate sobre a implementação dessas ações? Que papel estão tendo as faculdades de comunicação e educação nesse processo?

A Unesco acaba de assinar, no último dia 19/3, um plano de trabalho**com o Ministério da Justiça brasileiro para implementar ações na área ao longo dos próximos anos. Em 2011, já havia lançado um modelo de currículo*** voltado à alfabetização para mídia e informação corroborado por grupos de especialistas de vários países. Antes disso, ainda em 2006, lançou um projeto de currículo chamado “Mídia e Educação: kit para professores, alunos, pais e profissionais”. A ideia era formar professores para serem multiplicadores dessa alfabetização para a mídia, encarando a informação como um direito humano, como exposto no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Importante dizer que a educação para a mídia mencionada aqui não significa usar os meios para aprender português, matemática, geografia etc. Tampouco é uma leitura crítica simplesmente, que aponta para os meios como grandes vilões. É uma educação que quer ensinar e aprender sobre os meios de comunicação entendendo seu papel na sociedade, sua relevância em termos de mobilização social e democratização da informação. Por outro lado, é também uma educação que vai desnaturalizar os mesmos meios, ao mostrar sua maneira de representar a realidade, ajudando cidadãos a serem mais críticos em relação às mensagens a que estão expostos.

Os meios já estão tatuados nos alunos, como afirma Silvia Bacher no livro Tatuados por los medios. Fazem parte da vida e da maneira como cada um percebe o mundo à sua volta. É por isso mesmo que já nem precisam pedir permissão para entrar na sala de aula. Mais uma razão para a escola trabalhar de forma contínua, crítica e criativa com eles, e proporcionar aos alunos também a autoria (de jornais, blogs, fanzines, cordéis, rádios, vídeos, etc). E, assim, possibilitar a criação do que a Educomunicação defende como ecossistemas comunicativos em espaços educativos; mostrar que cada aluno, independentemente de sua raça, credo, orientação sexual, idade ou sexo, é um produtor cultural e tem algo a dizer.

Dessa forma, horizontalizam-se as relações no espaço educativo. Estimula-se um ensino–aprendizagem mais dialógico, com mais possibilidades de se formarem sujeitos, cidadãos, leitores-autores autônomos num espaço em que todos têm o que dizer. Todos são importantes. Todos ensinam e aprendem uns com os outros e podem, a partir da comunicação, pensar em desenvolvimento e transformação.

Artigo publicado no Blog Educação & Mídia - Jornal Gazeta do Povo eInstituto GRPCOM no dia 23/03/2012

Reproduzido do Blog Mídia e Educação . Cristiane Parente


** Liberdade de expressão, Educação para mídia, Comunicação e os Direitos da Criança e do Adolescente (Aguardando o documento para indicação, via UNESCO e Ministério da Justiça)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Jovens canadenses em um mundo conectado


Os professores perante "os nativos digitais"


O trabalho procura compreender as atitudes dos professores canadianos relativamente às tecnologias em rede na sala de aula, respondendo às perguntas: "será que promovem a aprendizagem e qual o seu impacte na relação professor-aluno?".

"Os resultados sugerem que existem desafios significativos a ultrapassar quanto à integração da tecnologia em processos significativos que enriqueçam o processo de aprendizagem", observa o documento que inclui também referência a um conjunto de 'boas práticas'.

Para consultar os estudos da fase I e II, bem como outros estudos da mesma fonte: AQUI.


Via Blog Educomunicação (Manuel Pinto) . 22 fev 2012

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A escola e a análise da informação na TV


"Um dos campos mais interessantes de utilização do vídeo para compreender a televisão na sala de aula é o da análise da informação, para ajudar professores e alunos a perceber melhor as possibilidades e limites da televisão e do jornal como meio informativo.

O professor pode propor inicialmente algumas questões gerais sobre a informação para serem discutidas em pequenos grupos e depois no plenário.

- Como eu me informo.
- Que telejornal prefiro e por que.
- O que não gosto deste telejornal e gostaria de mudar.
- Que semelhanças e diferenças percebo nos vários telejornais.
- Que análise faço dos dois principais jornais impressos.

Pode-se fazer uma análise específica de um programa informativo da televisão (por exemplo, do Jornal Nacional) e de dois jornais impressos do dia seguinte. O professor pede a um dos alunos que anote a seqüência das notícias do telejornal e, a outro, que cronometre a duração de cada notícia.

Depois da exibição, o professor pede que os alunos se dividam em grupos e que alguns analisem o telejornal e pelo menos dois analisem os jornais impressos (cada grupo um jornal).

Questões para análise do telejornal

- Que notícias chamaram mais a sua atenção (notícias que sensibilizaram mais, que marcaram mais). Por que.
- Que notícias são mais importantes para cada um ou para o grupo. Por que.
- O que considerou positivo nesta edição do telejornal (técnicas, tratamento de algumas matérias, interpretação...).
- De que discorda neste telejornal (de algumas notícias em particular ou em geral).

Questões para análise do jornal impresso

- Notícias mais importantes para o jornal (quais são as mais importantes da primeira página). Que enfoque é dado?
- Que notícias coincidem com o telejornal (a coincidência é total ou há diferenças de interpretação?).
- Que notícias são diferentes do telejornal (notícias que o telejornal anterior não divulgou)?
- Qual é a opinião do jornal nesse dia (análise dos editoriais, das matérias, que normalmente estão na segunda ou terceira página e não estão assinadas)?

O professor pode reconstruir a seqüência das notícias por escrito na frente do plenário e pede ao cronometrista que anote a duração de cada matéria.

Cada grupo coloca no plenário as respostas à primeira questão. O professor procura reconstruir com todos os alunos as notícias mais importantes para a emissora e para o jornal impresso. Vê as coincidências e as discrepâncias. Convém analisar a notícia mais importante com calma, exibindo-a de novo, observando a estrutura, as técnicas utilizadas, as palavras-chave, a interpretação. E assim vão respondendo às outras três questões, sempre confrontando a informação da televisão com a do jornal impresso, observando as omissões mais importantes.

Com esta análise não se chega a uma visão de conjunto, mas se percebe a parcialidade na seleção das notícias, na ênfase dada, na relativização da informação, na espetacularização da televisão como uma das armas importantes para atrair o telespectador"
.

José Manuel Moran

Leia o texto completo no Blog "Mídias na Educação" clicando aqui.


Leia também "Televisão e escola" clicando aqui.