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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Balaknama (Voice of Children): A "Voz das Crianças" em situação de rua em Delhi (India)


Balaknama (Voice of Children): A Voz das Crianças em situação de rua em Delhi (India)

The street children who run a newspaper in India

By Anasuya BasuDelhi
29 december 2015

A group of street children are busy in an unusual editorial meeting in a house in the Indian capital, Delhi.

They are bound by a shared passion to bring out Balaknama (Voice of Children), an eight-page quarterly newspaper which focuses on children living and working on the streets.

It proudly calls itself the "world's unique newspaper for and by street and working children".


Eighteen-year-old Chandni, the newspaper's editor, joins the animated discussion over the content of the next edition of the paper whose circulation has gone up from 4,000 to 5,500 copies since she took over a year ago.

The reporters have either been street children or have worked as child labourers in Delhi and neighbouring states. They were rescued by Chetna, an NGO that works for the rehabilitation of street children.

By one estimate, more than 10 million children live on the streets and are forced into work in India.


'Cathartic'

From working as a street performer with her father to rag picking to support the family, Chandni's life has been a tale of grinding poverty.

The NGO's outreach programme enthused her to join a school and also gave her a modest stipend to keep her from going back to rag picking. It also trained her as a reporter.

"I am very proud of editing this paper because it's one of its kind in India. Children whose childhood have been robbed, have gone hungry, begged, been abused and forced to work write about other children who are going through similar tribulations," says Chandni.

"It's not only cathartic but also gives each one of us a sense of purpose. We can only become better from here."

She manages a bureau of 14 reporters who cover Delhi and neighbouring states of Haryana, Uttar Pradesh and Madhya Pradesh.

Most reporters narrate their copy to colleagues in the Delhi office on the phone because they often have no access to e-mail or fax.

Chandni conducts two editorial meets every month to keep a sharp eye on the content.

The broadsheet is priced at two rupees (three cents) and is financed and published by Chetna. But it has been struggling to find advertisers and has not received any funding from the government.


Limited resources

Shanno, 19, is a fifth-grade school dropout. Working long hours and putting up with a "drunk father" was Shanno's life story.

Today she is studying for a degree in social work and hopes to have a career as a social activist. She also trains other reporters at the newspaper.

"We did a sample survey of street and working children in Delhi in November and managed to track down 1,320 children living on the streets and working as labourers," she says.

"We wanted to tell the police and the government that a proper count of street children was possible. If we can do it with limited resources, so can they when they have all the manpower and resources available to them."

"There's been talk of a survey of street children to be conducted by the Delhi government and also the police but nothing has come of it so far," she adds.

Shambhu, who also works at the newspaper, says he faced a lot of opposition and endured threats while doing the survey.

"We had to face a lot of opposition and even threats when we went to talk to children working in restaurants and hotels because their employers were belligerent. But we firmly told them that we will call the child helpline number if they did not allow us talk to the children," he says.

Reaching out to children stuck in private homes, restaurants and factories gave a sense of purpose to 15-year-old Chandni (junior).

She echoes the pain and horror of many nameless children in the stories that she files for the paper. Chandni (junior) is slated to take over as the next editor of the newspaper.

"I want to increase the reach of our newspaper and make it a profit making venture. It's the voice of all of us who have survived hardships on the streets, in other people's homes and sweat shops and can now speak for many others who continue to struggle. Their silence must be heard," she says.

Reproduzido de BBC
29 dez 2015

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Fotos: Mansi Thapliyal




Balaknama (Voice of Children), is an eight-page quarterly newspaper run by a group of street children, from a house in Delhi. Each edition focuses on children living and working on the streets. (India Today)

terça-feira, 20 de março de 2012

Mário Volpi: Incluir crianças e adolescentes como atores que têm opinião é fundamental...


Acesso à comunicação também é direito das crianças e adolescentes

Redação
Andi - Agência de Notícias dos Direitos da Infância
16/03/2012

Em entrevista, o oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mário Volpi, diz que as ações governamentais para a inclusão digital de crianças e adolescentes não alcançam, sequer, a maioria delas. “Esse espaço de comunicação não pode mais ser visto como complementar. Deve ser tratado como um direito da criança e do adolescente. É um tema que vem sendo abordado mais a partir da perspectiva do direito do que propriamente como a cereja do bolo. Agora esse direito faz parte do bolo. No conjunto de direitos como saúde e educação, o da comunicação vem ganhando força porque a sociedade tem necessidade de intercâmbio, de informação”. Ele também ressaltou a desarticulação de ações governamentais e não-governamentais como um complicador para o maior alcance dessas iniciativas.

Do Diário de Pernambuco

Reproduzido de Clipping FNDC


Leia também:

Incluir crianças e adolescentes como atores que têm opinião é fundamental, diz Mário

Em entrevista ao De olho no Plano, Mário Volpi, especialista em Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes da UNICEF Brasil fala sobre a importância da participação de crianças e adolescentes nos processos de tomada de decisão.

6 de julho de 2011

Em entrevista exclusiva ao De olho no Plano, Mário Volpi, especialista em Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes da UNICEF Brasil fala sobre a importância da participação de crianças e adolescentes nos processos de tomada de decisão sobre as políticas públicas.


Além disso, segundo ele, como a participação é um direito, cabe incluí-la no contexto dos demais direitos, assegurando o “princípio da indivisibilidade dos direitos” presentes tanto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) quanto em convenções nacionais e internacionais.

Mario Volpi participou da oficina “Participação de Crianças e Adolescentes na construção do Plano de Educação na Cidade de São Paulo” realizada pelo programa Diversidade, Raça e Participação, da Ação Educativa, em 27 de abril.

Leia abaixo a entrevista na íntegra:

De olho no Plano: Qual a importância da participação de crianças na construção e avaliação de políticas públicas?

Mario Volpi: Crianças e adolescentes tem naturalmente uma percepção diferenciada dos adultos em relação aos programas e serviços destinados a eles pelas políticas públicas. Além disso, como são eles que vivenciam a sala de aula, o centro de saúde, o espaço cultural, ou seja, a expressão concreta da política pública, cabe a eles apresentar sua avaliação e como estas experiências influenciam suas vidas. É preciso dizer também que o direito à participação demanda do Estado, dos governos e da sociedade em geral, que crianças e adolescentes, além de ser ouvidos em temas relacionados às suas vidas, tenham suas opiniões levadas em conta em processos de decisão.

De olho no Plano: Cite alguma(s) experiência(s) que o UNICEF realizou para promover a participação deste grupo na construção e avaliação de políticas públicas?

Mario Volpi: Uma experiência de avaliação em serviços de saúde sobre o acesso ao preservativo por adolescentes, desenvolvida em 2008, revelou que quando se ouviram os adultos e especialistas sobre o tema, os motivos pela baixa procura não haviam ficado muito claros. Quando se fez uma escuta dos adolescentes, a resposta foi direta e clara. Os adolescentes informaram que havia um questionário que deveria ser respondido para que o preservativo fosse disponibilizado. Este questionário gerava um constrangimento, pois abordava questões que o adolescente não queria responder a uma pessoa desconhecida. O resultado era que o adolescente desistia de obter o preservativo.

De olho no Plano: Como se deu o processo concretamente? A metodologia para permitir tal participação?

Mario Volpi: A metodologia utilizada foi a de grupos focais e de dinâmicas de trabalho em grupo com adolescentes que participavam de atividades em instituições comunitárias de saúde e direitos sexuais.

De olho no Plano: Umas das justificativas para tal participação é a compreensão de que as crianças são sujeitos de direitos e público-alvo de políticas públicas. Comente um pouco essa perspectiva:

Mario Volpi: A ideia de sujeitos de direitos, presente tanto na Convenção Sobre os Direitos da Criança, quanto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tem como princípio a indivisibilidade dos direitos. Sendo a participação um direito, torna-se importante incluí-la no contexto dos demais direitos e assegurá-la com a mesma importância dos demais direitos.

De olho no Plano: Qual é a sua avaliação (institucionalmente) a respeito dos processos (os que você conhece e/ou achou importante) que incluíram a participação de crianças.

Mario Volpi: Para construir relações sociais mais democráticas e reduzir as desigualdades que afetam a realização dos direitos de todos é preciso redimensionar a relação do adulto com a criança. Incluir crianças e adolescentes como atores sociais que têm uma opinião, uma história e que apresentam pontos de vista diferenciados, torna-se fundamental para produzir novas perspectivas para a sociedade. Não se trata de absolutizar seus desejos e opiniões, mas de incluí-los num diálogo no qual elas podem dar uma contribuição importante para contribuir com a construção de um mundo melhor.

Reproduzido de Ação Educativa
06 jul 2011

Conheça o Blog "Infância & Adolescência Hoje" de Mário Volpi, clicando aqui.