Mostrando postagens com marcador Angeles Diez. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Angeles Diez. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 4 de março de 2011

Por que a grande mídia mente e a mídia alternativa se confunde


"Os meios de comunicação de massa nunca estão com os povos, mas os olham, os observam..., às vezes com estranhamento, às vezes com paternalismo, outras com preocupação. Quando devem transmitir as mensagens que os povos gritam e que não podem ser caladas, é necessário que estas sejam pasteurizadas e esterilizadas para o consumo de um público ao qual eles buscam proteger da contaminação.


Os meios de massa têm suas rotinas e uma maquinaria perfeitamente engraxada para mover-se dentro da complexidade. Por isso basta pagar aos jornalistas para que façam seu trabalho e, na maior parte das vezes, eles sabem fazer seu trabalho e não causam muitos problemas. Tais meios têm, necessariamente, uma opinião, e desde que as novas tecnologias destruíram o tempo, cada vez têm menos tempo para formá-la, de maneira que deixam seus profissionais se guiarem por sua pouca intuição e seu grande desconhecimento. Quando ocorre um feito noticiável não é mais necessário sacar o gravador ou o celular e converter a qualquer cidadão em correspondente improvisado enquanto se compra a passagem de avião e se criam as condições para que se esteja presente no local dos fatos.  Haverá tempo para aperfeiçoar o projeto. Em tempos convulsivos as precauções são extremas e são postas a prova as competências dos oradores à distância, como orientar os discursos improvisados: “Diga-nos, por favor, o que está acontecendo agora... (obviamente algo acontece)”, “Há feridos? O que é que o povo reivindica?”.

Os jornalistas não são maquiavélicos, nem mesmo se posicionam, somente fazem seu trabalho. Mesclam as palavras: revoltas, revoluções, transições, ditadores, ordem, violência, insurgentes, revolucionários. Ritualizam a linguagem para torná-la imune à contradição: democracia (imposta), liberdade (concedida), ordem (coerciva); localizam os “fast thinking”: opinadores habituais e especialistas com pedigree que carimbam a marca de autoridade da qual carecem os meios. A ritualização incorpora esta parte da naturalização que nos impossibilita perceber os limites do nosso próprio pensamento, o que nos pertence de fato e o que absorvemos sem nos darmos conta. Os meios de comunicação em massa se especializam na cozinha conceitual, um pouco de tudo, exótica e fascinante, mas em verdade escassamente nutritivo. Disse Chomsky, recolhendo palavras do norte-americano W. Lippmann: “Deve-se pôr o público em seu lugar, de modo que possamos viver livres do pisoteio e do rugido de uma multidão desnorteada”. O lugar do público é o de espectador interessado, nunca de participante. Temos que orientar seus interesses.

(...) Os meios alternativos são diferentes. Às vezes se equivocam, é verdade, mas as boas intenções lhes salvam do inferno dos malvados. Cometem outros pecados: aspiram a ser meios de comunicação de massa. Aparentemente não pode haver mal nisto. Buscam espaço onde não há espaço e para encontrá-lo buscam a diferença. Em que consiste a diferença?"

Ángeles Diez . Rebelión

Leia o texto completo na página da Revista Fórum clicando aqui.

Leia o texto em espanhol na página de Rebelión clicando aqui.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Por qué los medios masivos mienten y los medios alternativos se confunden


"Los medios de comunicación masivos, es algo conocido, son parte de la estrategia de guerra. Desde que la política se transformó en guerra por otros medios –cambiemos el aforismo "clausewitzchiano"- dejaron de existir los medios de información. Los medios masivos son corporaciones – grupos de empresas interconectados y especializados - de modo que no es posible que sigamos tratándolos como “cuarto poder”, “expresión de la opinión pública”, “guardianes de la democracia” etc. son, el poder, en uno de sus múltiples rostros. Decir que los medios tienen dueños es una obviedad pero dejar de explicitarla es el riesgo de naturalizar su esencia hasta hacerla desaparecer.

Los medios masivos tienen sus rutinas y una maquinaria perfectamente engrasada para moverse dentro de la complejidad. Por eso basta con pagar a los periodistas para que hagan su trabajo y, la mayor parte de las veces, saben hacer su trabajo y no dan demasiados problemas. Los medios masivos tienen, necesariamente, una opinión, y desde que las nuevas tecnologías destruyeron el tiempo, cada vez tienen menos tiempo para conformarla así que dejan a sus profesionales que se guíen por su poca intuición y su gran desconocimiento. Cuando ocurre un hecho noticiable no hay más que sacar la grabadora o el teléfono móvil y convertir a cualquier ciudadano en corresponsal improvisado mientras se saca el billete de avión y se crean las condiciones para la presencia en el lugar de los hechos. Ya habrá tiempo para afinar el tiro. En tiempos convulsos se extreman las precauciones y se ponen a prueba las competencias de los locutores desde la distancia, orientar y señalizar los discursos improvisados: “díganos por favor qué ocurre ahora…. (por supuesto ocurre algo)”, “¿hay heridos? ¿qué pide la gente?”

Los periodistas no son maquiavélicos, ni se ponen de acuerdo, hacen su trabajo. Mezclan las palabras: revueltas, revoluciones, transiciones, dictadores, orden, violencia, insurgentes, revolucionarios. Ritualizan el lenguaje para hacerlo inmune a la contradicción: democracia (impuesta), libertad (otorgada), orden (coactivo); localizan a los “fast thinking”: opinadores habituales y especialistas con pedigrí que imprimen en sello de autoridad de la que los medios carecen. La ritualización incorpora esa parte de naturalización que nos imposibilita para percibir los límites de nuestro propio pensamiento, lo que nos pertenece a nosotros y lo que adquirimos sin darnos cuenta. Los medios masivos se especializan en la cocina de diseño, un poco de todo, exótico y fascinante, eso sí, escasamente nutritivo. Dice Chomsky recogiendo las palabras del publicista norteamericano W. Lippmann “hay que poner al público en su lugar de modo que podamos vivir libres de los pisotones y del rugido de una multitud desconcertada”. El lugar del público es el de espectador interesado, nunca el de participante. Hay que asegurarse de orientar su interés.

(...) Los medios alternativos son diferentes. A veces se equivocan, es verdad, pero las buenas intenciones les salvan del infierno de los malvados. Tienen otros pecados: aspiran a ser medios masivos. Aparentemente no puede haber mal en ello. Buscan espacio donde no hay espacio y para encontrarlo buscan la diferencia. ¿En qué consiste la diferencia?"

Ángeles Diez

Leia o texto completo na página de Rebelión clicando aqui.


Leia o texto em português na página da Revista Fórum clicando aqui.