domingo, 29 de junho de 2014

Cinema nas escolas agora é lei: LDB e filmes de produção nacional


Cinema nas escolas agora é lei: LDB e filmes de produção nacional

As escolas de todo o país são obrigadas a exibir filmes de produção nacional, no mínimo, duas horas por mês. A medida foi publicada no Diário Oficial da União.

Assinada pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Educação, José Henrique Paim a lei modifica o texto das diretrizes básicas da educação do país, para incluir a exibição dos filmes nacionais como componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica das escolas.

Lei 9.394 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que estabelece as diretrizes e bases da educação do país, já prevê, entre outros pontos que a música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular, assim como o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais. A lei ainda estabelece como obrigatório, o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

Compilado de EBC
27 jun 2014

A Lei 13.006 publicada em 26/06/14 é o coroamento dos esforços da PL 7507/2010, encaminhada pelo Senador Cristovam Buarque (PDT/DF) em 2010.

Grande Otelo em Macunaíma (1969) . Direção de Joaquim Pedro de Andrade


Confira o texto da lei:

LEI No.  13.006, de 26 de junho de 2014

Acrescenta § 8o ao art. 26 da Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para obrigar a exibição de filmes de produção nacional nas escolas de educação básica.

A  PRESIDENTA DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O art. 26 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte § 8o:

"Art. 26. ...................................................................................
.................................................................................................

§ 8o A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais." (NR) Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 26 de junho de 2014; 193º. da Independência e 126º da República.

DILMA ROUSSEFF
José Henrique Paim Fernandes
Marta Suplicy

“Constelações”, o novo livro de Severino Antônio


“Constelações”, o novo livro de Severino Antônio

É com a conhecida delicadeza no uso das palavras de seu escritor que o livro “Constelações” dá espaço e voz às crianças, apresentando, por meio de textos e pequenos poemas, a experiência da escuta poética de Severino Antônio com os pequenos.

“A matriz criadora deste livro é precisamente a conversa com as crianças, o acolher a escuta poética que elas fazem. Contrariamente à etimologia da palavra infante, a infância tem voz e precisa ser ouvida.” Assim como Severino escreve na introdução do livro, as 72 páginas de “Constelações“ trazem a reflexão da criança como sujeito, “sujeito ativo e criador de conhecimento e de vida. Sujeito que precisa de diálogos para a educação de sua inteligência, de sua sensibilidade, de sua imaginação”, como afirma o escritor. O livro tem objetivo de conversar poeticamente com leitores de diferentes idades, de dialogar com eles suas experiências de escrever e reescrever o texto da sua existência.

“Os textos, expostos no livro, são impressionantes, parecem criados por grandes escritores, artistas, pensadores. Representam a capacidade de linguagem e de pensamento das crianças, de todas as crianças: não há vida que seja desprovida de sensibilidade, de inteligência, de imaginação. Infelizmente, essa capacidade vai sendo destruída ao longo da vida”, explica o escritor, que defende questões permanentes como não dissociar inteligência e sensibilidade, principalmente na educação das crianças; educar os adultos para que escutem as crianças e valorizem as perguntas filosóficas e imagens poéticas que elas criam; poetizar o pedagógico, para que não seja desfigurado o desejo de conhecer e a alegria de pensar.

A obra é dividida em duas partes. A primeira leva ao leitor textos criados com vozes e histórias de crianças, suas imagens poéticas, suas perguntas filosóficas e seus fazeres criadores. Já na segunda parte do livro uma constelação é formada com pedaços de poemas e outros pequenos poemas; são evocações e invocações com ressonâncias e correspondências. O livro constitui de uma poética de reencantamento do mundo, que concebe a poesia como raiz da linguagem e utopia da palavra.

“Constelações” é o segundo livro do escritor pelo selo Adonis e o primeiro da série “Amigos da poesia”, que reúne a publicação de grandes nomes e revelações da poesia nacional, dentre eles, Rubem Alves, Tarcísio Bregalda, Regis de Moraes, Carlos Rodrigues Brandão e Margareth Brandini Park.

Reproduzido de Azul celeste
12 mai 2014

Currículo Lattes do autor, clicando aqui.

Áudio de entrevista a Marilu Cabañas (Rede Brasil Atual) clicando aqui.


Educar é criação de sentido, formação humana. Essa é a concepção que atravessa as páginas deste livro, que traz uma breve constelação de experiências criativas a ser feitas com crianças, para desenvolver sua capacidade de linguagem e pensamento, de diálogo e convivência, e também para que possam se reconhecer e ser reconhecidas como autoras de palavras, de ideias, de imagens, de ritmos. 

Severino Antônio
Cursou Letras e, mais tarde, o Mestrado e o Doutorado em Educação. Faz quarenta anos que trabalha com ensino de Redação e Leitura, Literatura, Filosofia, e também com formação de professores. Tem ministrado palestras e cursos em muitos lugares do Brasil sobre a questão do desenvolvimento da capacidade de criação no escrever, no ler, no pensar. É professor do Programa de Mestrado em Educação Sociocomunitária Unisal-SP. 

Katia Tavares 
Graduada em Serviço Social e Mestre em Educação pela PUC-Campinas, professora, psicopedagoga, especialista na teoria e programa de desenvolvimento cognitivo e avaliação da aprendizagem, de Reuven Feuerstein, do Centro Internacional de Desenvolvimento do Potencial de Aprendizagem (ICELP), de Jerusalém, Israel. Tem formação em pedagogia Waldorf e fundamentação em Antroposofia; formação em Terapia Biográfica (cursando) e em Filosofia para crianças, de Matthew Lipman. Atualmente é professora no Colégio Drummond, em Lorena (SP), e psicopedagoga no Colégio Emílio Ribas, em Pindamonhangaba (SP). Ministra palestras sobre educação e desenvolvimento humano e áreas afins.

Reproduzido de Editora Adonis

Outras obras do autor:

"Uma pedagogia poética para as crianças" (Adonis, 2013)
"Uma nova escuta poética da educação e do conhecimento" (Paulus, 2009)
"A menina que aprendeu a ler nas lápides" ( Biscalchin, 2008)
"O visível e o invisível" (Verus, 2008)
"Poetizar o pedagógico" (Biscalchin, 2012)
"Escrever é desvendar o mundo" (21ª edição, Papirus, 2010)
"A Irmandade de todas as coisas - diálogo sobre Ética e Educação"(Ed. Diálogos do Ser, 2010)
"Novas Palavras" (FTD, 2011)
"A utopia da palavra" (Lucerna, 2002)
"Educação e Transdisciplinaridade" (Lucerna, 2002)