sexta-feira, 18 de maio de 2012

Conselho Regional de Medicina/SP publica parecer contra tevê para menores de 3 anos


Conselho Regional de Medicina publica parecer contra tevê para menores de 3 anos

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) publicou no dia 30 de março um parecer contraindicando programas de televisão para menores de três anos. O parecer foi desenvolvido a pedido do Criança e Consumo, como forma de auxiliar na decisão do Ministério Público quanto a um Inquérito Civil instaurado contra a divulgação da faixa de programação Baby TV pela Fox.

Embora a faixa de programação fosse anunciada como promotora do aprendizado e do desenvolvimento saudável para menores de 3 anos, pesquisas indicam  que, independentemente do conteúdo veiculado, não é recomendável a crianças entre 0 e 3 anos de idade serem expostas à televisão.  O parecer do CREMESP foi na mesma direção, afirmando que “nenhum estudo documentou benefícios da exposição precoce de crianças à televisão”.

Para o CREMESP, dessa forma, pode-se concluir que a televisão não deve ser prioritariamente uma forma de estimulação nesta faixa etária. Segundo os estudos analisados pelo órgão, a exposição à tevê nessa idade apresenta consequências negativas em seu desenvolvimento cognitivo em relação à linguagem, com a diminuição da exposição à voz e interação com cuidadores – fator essencial para o desenvolvimento cerebral saudável das crianças.

Reproduzido de Criança e Consumo . Instituto Alana
13 abril 2012

Leia também:

“Fox investirá em produtos licenciados da Baby TV” e “Mesmo com denúncia, Baby TV virou canal” clicando aqui.

Comentários de Filosomídia:

Vidiotismo: sobre meninos na selva midiática e escolástica moderninha

Não é de hoje que sabemos que a TV é uma das babás preferidas pelos pais e responsáveis que têm crianças em casa. Quando a televisão está presente na imensa e esmagadora maioria dos lares, outras mil telinhas também já cercam a meninada ao redor do mundo que se entretém, feliz da vida, com seus brinquedos da mais alta tecnologia comprados por seus pais. Quem não os tem, os quer. Olhando por outro lado, se por um tempo as crianças se sossegam em frente às telas para dar sossego em casa, dali a pouco reproduzem de um jeito ou outro a violência a que são submetidas nessas sessões de torturas infantis para o destempero dos pais e, lá na escola, para o desespero de professores muitas vezes fazendo os deveres que caberiam à família, algo muito além do que a profissão lhes exige.

Entre uma parte da meninada que não pára quieta, outra que abre a boca com seus “por quês” instigando a (i)lógica de certas práticas escolares e, mais algumas que muitos professores têm como os “coitadinhos” da sala que não acompanham o ritmo frenético dos estudos, meninos e meninas passam por presas fáceis, fáceis, para os interesseiros donos do mercado de alimentação, brinquedos, filmes ou o que quer que dê lucro para essa indústria de entretenimento, quando vai sub-repticiamente uma cobra descendo de uma árvore para assediar as criancinhas a provarem disso, ou aquilo, pela programação de TV direcionada ao público infantil.

Segue...

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