terça-feira, 24 de maio de 2011

FNDC divulga Carta do Rio de Janeiro com prioridades para o marco regulatório do setor de comunicações no Brasil


A seguir, publicamos a Carta do Rio de Janeiro, de encerramento dos trabalhos relativos a seminário realizado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) nos dias 20 e 21 de maio de 2011, que discutiu as prioridades do movimento relativas ao marco regulatório para as comunicações.

CARTA DO RIO DE JANEIRO

Nós, militantes de entidades e movimentos sociais reunidos no seminário “Marco regulatório: propostas para uma comunicação democrática”, promovido pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, afirmamos a importância de o Governo Federal iniciar o debate público sobre um novo marco regulatório para o setor, com a apresentação de um anteprojeto de lei a ser amplamente discutido com a sociedade brasileira.

Entendemos que a sociedade já deu uma significativa contribuição ao debate com a realização da I Conferência Nacional de Comunicação, em 2009. As mais de 600 propostas ali aprovadas representam demandas de um conjunto significativo de cidadãos e cidadãs e entidades da sociedade civil, do poder público e do setor empresarial, e devem ser utilizadas como referência neste debate.

Este novo marco regulatório deve abranger todo o setor de comunicações, dando conta do processo de convergência e estabelecendo regras que afirmem a liberdade de expressão e o direito à comunicação de toda a população, buscando garantir a pluralidade e a diversidade informativa e cultural.

Entre os pontos abordados, devem estar os artigos 220, 221 e 223 da Constituição Federal, que afirmam princípios fundamentais, mas seguem até hoje sem regulamentação. Deve ser previsto um processo regulatório amplo, a ser aplicado por um órgão regulador com significativa participação social.

Destacamos que este debate não pode ser feito sem o pleno envolvimento da sociedade brasileira, representada em toda a sua diversidade. De sua parte, as entidades participantes deste seminário se colocam a tarefa de organizar suas propostas em um documento que sintetize e aprofunde as referências da I Conferência Nacional de Comunicação, a fim de compartilhar esse acúmulo com o conjunto da população.

Entendemos que, neste momento, esta é a principal tarefa posta para o Ministério das Comunicações, juntamente com políticas que garantam a universalização da banda larga, que não será feita sem a definição deste como um serviço a ser prestado em regime público.

Reafirmamos que o amplo debate público de texto apresentado pelo Executivo, por meio de consultas e audiências públicas, permitirá o aperfeiçoamento da proposta, que chegará ao Congresso Nacional amadurecida para discussão e aprovação pelo Legislativo.

Rio de Janeiro, 21 de maio de 2011

Entidades participantes do seminário: veja a nominata na página do FNDC clicando aqui.

Reproduzido do FNDC . 23 mai 2011


Leia também: "Ministério das Comunicações criará mesa de diálogo para discutir o marco regulatório" clicando aqui.


Leia também: "O protagonismo da sociedade e o Marco Regulatório da Comunicação" clicando aqui.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ministério das Comunicações criará mesa de diálogo para discutir novo marco regulatório


Ministério das Comunicações criará mesa de diálogo para discutir novo marco regulatório

Rio de Janeiro – O Ministério das Comunicações pretende criar uma "mesa de diálogo" com a sociedade para discutir temas do anteprojeto de regulamentação das comunicações no país. A informação foi dada hoje (20) pelo assessor executivo da pasta, James Görgen.

Ele explicou que a ideia é colher sugestões de movimentos sociais e do setor privado para a consolidação do texto, que reunirá propostas aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2009, e deverá ser apresentado para consulta pública no segundo semestre.

Segundo Görgen, o texto vai propor a regulamentação, principalmente, de três artigos constitucionais (221, 222 e 223). Os itens tratam da produção e da programação de rádios e televisões, concessão e renovação de outorgas, além de regras de propriedade.

"O ministério já fez toda a revisão da parte de comunicação social eletrônica, de radiodifusão, de difusão audiovisual, de produção audiovisual e do arranjo institucional", afirmou, durante o seminário Marco Regulatório – Propostas para uma Comunicação Democrática, no Rio.

Görgen informou que o grupo de trabalho sobre o marco regulatório vai analisar agora tópicos sobre internet banda larga e universalização dos serviços e conteúdos de telecomunicações. "Existe alguns consensos, mas que não posso revelar, por questões hierárquicas", explicou.

Assim que o documento for tornado público pelo ministério, uma câmara de diálogo será criada para incentivar a discussão sobre o tema.

Para o coordenador-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Celso Schröder, o diálogo permitirá aperfeiçoar a proposta do governo desde que, segundo ele, a iniciativa privada não retome discussões que foram superadas na Conferência de Comunicação.

"Não podemos perder mais tempo e dinheiro com isso. Os atores que quiseram participar, participaram. O momento, agora, é de o governo apresentar sua proposta. Aí, a gente pode até sentar, clarear as ideias, mas não começar mais um debate", defendeu.

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular, presente no evento, disse que também compilará propostas para o novo marco e fará a discussão no Congresso Nacional.

"Temos exatamente que criar novos meios de participação e atualizar o marco legal sem o quê não se conseguirá colocar a política de comunicação no país no patamar necessário e garantir o cidadão o direito à comunicação e participação em um serviço público", afirmou.

O representante do Ministério das Comunicações disse que o governo está comprometido com mudanças de "paradigmas na sociedade", que passam pela atuação do Estado no setor de comunicações, mas que a criação de novas regras não significa censura dos meios.

Isabela Vieira . Agência Brasil

Edição: Lana Cristina . FNDC

Reproduzido do clipping do FNDC de 23 mai 2011. Leia mais sobre o evento "Seminário Marco Regulatório" na página da CUT/RS.

sábado, 21 de maio de 2011

Televisão: janela para o mundo infantil


Janela para o mundo infantil

"O tema foi objeto de trabalho desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Educação e Mídia (Grupem) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) com crianças entre seis e sete anos de idade. Uma das constatações do grupo foi que para esse público as notícias da TV constituem um conceito ambíguo e difuso, que poderia incluir fatos e situações ocorridas a qualquer tempo. O trabalho também aponta uma dificuldade das crianças de situar esses acontecimentos nos seus devidos espaços e também uma tendência a confundir jornalismo, ficção e imaginação.

Embora desperte interesse, o sensacionalismo impresso nos telejornais também causa repulsa, resistência e, às vezes, até medo nas crianças. Muitas delas declararam ver telejornal porque à noite os adultos assumem o comando do controle remoto. Ou seja, se sentem obrigadas a assistir aos noticiosos.

Elas percebem a importância de se manterem informadas, mas se tivessem opção, prefeririam outros programas. “Há também uma percepção de que os telejornais só veiculam notícias ruins e tristes. Elas [as crianças] são apresentadas a realidades que prefeririam evitar. Outro problema é que há um hiato entre o que é veiculado e os desejos e interesses infantis. Parece que elas não conseguem estabelecer qualquer tipo de interlocução com o modelo de programa jornalístico brasileiro”, explica a diretora do Núcleo de Publicações e Impressos (NPI) da MULTIRIO, Maria Inês Delorme, cujo tema da tese de doutorado, em andamento na PUC-Rio*, é o conceito de notícia sob a ótica infantil.

Na opinião do jornalista Marcus Tavares, editor do site do RIO MÍDIA, o público infantil tem acesso a uma infinidade de informações, contextos e realidades que nem sempre são de fácil compreensão, quando diante das reportagens. No entanto, o que é apresentado faz parte do mundo em que as crianças vivem. Por isso, negar este acesso seria negar o conhecimento da própria realidade. Porém, ele afirma que é papel tanto dos pais quanto da escola trabalhar a notícia com a criança, sem minimizar ou superdimensionar os acontecimentos. Também é necessário dosar a exposição das crianças diante da TV e mostrar a elas que há outras coisas interessantes e animadoras na programação.


Para Tavares, os meios de comunicação causam forte impacto nas crianças, o que muitas vezes não chega a ser percebido ou questionado pelos adultos. “Antes de tudo, a TV dá unidade às relações que as crianças estabelecem entre si. Por meio dela, elas se entendem como um grupo coeso que compartilha padrões, escolhas, sentimentos e valores políticos, estéticos e éticos. De diferentes contextos socioculturais e econômicos, elas se parecem e se identificam umas com as outras. Falam a mesma língua, vestem-se igual, consomem os mesmos produtos, usam os mesmos acessórios. Tornam-se um grupo que entende o mundo da mesma forma, tem os mesmos sonhos e brinca com, pela e a partir da televisão”, explica."


Fábio Aranha


Leia o texto completo na página de Educamidia clicando aqui.
* O texto acima foi postado sem data. A tese disponível no Portal Domínio Público clicando aqui.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Brasília: Entidades questionam publicidade infantil e autorregulamentação do setor


Entidades questionam publicidade infantil e autorregulamentação do setor

Vinte entidades discutiram nesta terça-feira (17 de maio) na Câmara o Projeto de Lei 5921/01, que proíbe publicidade direcionada ao público infantil. No seminário promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, 11 entidades posicionaram-se contrárias ao projeto, a maioria ligada ao mercado de anúncios e de mídia, enquanto 9 foram favoráveis à medida, ligadas à defesa do consumidor e dos direitos da infância.

O vice-presidente Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), Rafael Sampaio, assinalou que nenhum país tem essa questão bem resolvida, mas reconheceu que há uma tendência à autorregulamentação, que são normas levadas a cabo pelo próprio mercado publicitário. “Em normas gerais, todos concordam que a infância precisa ser protegida, o problema é operacional, como fazer com que a propaganda do bem possa ser feita, e a que exacerbada seja cassada. Se você proíbe previamente, acaba impedindo muita coisa positiva”, disse. Sampaio citou campanhas de higiene e de alimentos saudáveis, entre as publicidades feitas por empresas e que são úteis para os pais e as crianças.

O presidente o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar - entidade que cuida do setor no Brasil), Gilberto Leifert, lembrou que as regras para a publicidade de produtos infantis foram atualizadas em 2006. Segundo informou, em 2009 foram registradas 78 intervenções para retirar do ar propagandas consideradas nocivas; e em 2010, foram 46. “Conseguimos agir mais rápido que o Judiciário para retirar do ar uma propaganda considerada abusiva”, disse.

Influência sobre as compras da casa

Para a coordenadora de Mobilização do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, Gabriela Vuolo, a autorregulamentação precisa ser repensada. O instituto, como outros, esperam que uma parte da regulamentação seja feita por leis de proteção à infância. Ela citou o exemplo de uma denúncia feita contra um filme publicitário de fast-food veiculado antes de um filme infantil. “O Conar demorou 20 dias para decidir que não poderia decidir sobre o filme, e que iria passá-lo para especialistas. Desse tipo de autorregulamentação não precisamos”, disse.

O problema, segundo as entidades de defesa da infância, é que as empresas e o mercado publicitário descobriram que as crianças têm uma influência sobre as compras da casa.

Para a conselheira do Conselho Federal de Psicologia Roseli Golfman, crianças não conseguem distinguir o conteúdo publicitário da programação normal, e a publicidade indiscriminada em todos os horários influencia nas brincadeiras infantis, gera violência e erotização precoce, além de incentivar o consumismo e a obesidade. “Não queremos a proibição, mas queremos que a publicidade seja direcionada para quem de fato toma as decisões, que são os pais, e não a ela criança, que não é o consumidor e não tem capacidade de julgamento”, disse.

Para o deputado Emiliano José (PT-BA), que foi professor de comunicação e atuou na formação de publicitários, o debate demonstrou que é possível uma regulamentação, porque há abusos na publicidade direcionada a crianças. “Estamos voltados para a proteção da criança, e o que estava em discussão é se elas devem ou não ser utilizadas como agentes do consumo, ou se elas devem ser protegidas do consumismo”, disse o deputado que sugeriu o seminário.

Já o deputado Milton Monti (PR-SP) teme que a simples proibição de publicidade para o público infantil possa significar um engessamento dos veículos de comunicação voltados para esse meio, que ficarão sem as verbas vindas da publicidade. “Estamos discutindo uma regulamentação, e não a simples proibição, uma forma de preservar a infância, mas também manter a capacidade das empresas de se sustentarem”, disse.

Ponto de equilíbrio

O relator da proposta na Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Salvador Zimbaldi (PDT-SP), não quis adiantar sua posição sobre o tema, embora tenha enfatizado que é preciso encontrar um ponto de equilíbrio entre a proibição total e a proteção às crianças. Segundo ele, não haverá tempo hábil para preparar um relatório ainda no primeiro semestre, mas a proposta deve estar pronta para votação ainda neste ano.

Íntegra da proposta: PL-5921/2001

Marcello Larcher . 
Câmara dos Deputados


17/05/2011

Edição de Regina Céli Assumpção

Reproduzido do FNDC via Educação Política, por Glauco Cortez


Leia também "Publicidae infantil volta a ser discutida na Câmara" clicando aqui.

* Grifos de Filosomidia

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mídia e educação: a cobertura jornalística em foco


"É frequente ouvirmos, dos mais diversos atores, a assertiva de que educação é prioridade. As autoridades ou especialistas são unânimes em apontar esse tema como um dos principais desafios para que o Brasil alcance melhores indicadores de desenvolvimento humano e social. Seja a tradução de uma opinião qualificada, ou a verbalização de uma “frase feita”, que dificilmente encontrará um opositor, de fato, a educação ganhou – especialmente a partir de meados da década de 1990 – status de “problema nacional”.

Certamente a trajetória de redemocratização do país, bem como a emergência de uma nova noção de cidadania dela decorrente (Dagnino, 1994), foram elementos de fortalecimento da educação como um direito de crianças, adolescentes, jovens e adultos. A ótica dos direitos é um divisor de águas, não apenas no sentido de colocar, na letra da lei, a obrigatoriedade por parte do Estado de prover as demandas sociais, mas, sobretudo, por legitimar e impulsionar o desenvolvimento de políticas públicas específicas para a efetiva universalização do acesso, dessas demandas, a todos os cidadãos.

Associado a esse processo de transformações, movidas pela redemocratização, esteve o reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de “absoluta prioridade” para a família, a sociedade e o Estado – como define a Constituição de 1988 em seu Artigo 227. Não somente na área da educação, mas em todas as outras, esse público foi definido pelo legislador como alvo preferencial de intervenção. Em seu artigo 4º, o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, busca definir por onde caminha essa priorização:

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

. primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
. precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
. preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
. destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

Se, por um lado, não é um grande esforço defender a educação como um direito prioritário de crianças e de adolescentes, a produção de uma convergência de esforços, que efetivamente promova mudanças nessa área, é um passo a ser cotidianamente perseguido. Por ser uma área em que a maioria dos resultados é colhida a longo prazo, nem sempre é fácil convencer administradores públicos ou a própria sociedade da importância do investimento no setor (Andi, 2009).

A educação na agenda pública

A formulação e a implementação de políticas públicas apresentam-se como parte de um processo complexo e multifacetado1. Tendo em vista as várias etapas constitutivas desses instrumentos, a literatura que se debruça sobre o tema tem se aprofundado, cada vez mais, sobre um eixo primordial: o estabelecimento da ordem de prioridades da agenda pública como um dos elementos iniciais a serem considerados, no processo de deliberação e ação dos decisores."

Fabio Senne

Leia o artigo completo na Com Ciência, Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, SBPC, clicando aqui.

Criança, a alma do negócio: um debate sobre consumismo e publicidade na infância


Qual a consequência do consumismo?
Por que o alvo são as crianças?
Quando dizer não?

Compreenda melhor sobre estas questões no debate após o documentário.

26 de maio de 2011
Teatro Eva Herz, Livraria Cultura Iguatemi Brasília
19:30 h: exibição do documentário "Criança, a alma do negócio"
20:30 h: início do debate

Debatedores:

Fabio Senne
Mestre em Educação pela UnB, e coordena a área de relações acadêmicas da Agência de Notícias sobre os Direitos da infância (ANDI).

José Eduardo Romão
Doutor em Direito público pela UnB. Atualmente é assessor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - DF e pesquisador do grupo O direito achado na rua (UnB).

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dossiê Midiaeducação entrevista Monica Fantin


“Na sociedade da informação, a mídia-educação torna-se ou pode tornar-se educação e, nessa perspectiva, a mídia-educação não seria apenas um campo de estudo e intervenção, mas uma postura midia-educativa que seria patrimônio de cada professor e educador”, destaca Monica Fantin.

O que é midiaeducação? Um conceito? Uma ideia? A sua grafia escrita junta ou separada traduz algum significado? Existiria outro termo que definiria melhor a interface entre a educação e a mídia? Trata-se de um novo campo de estudo? A revistapontocom dá prosseguimento à publicação da primeira parte do Dossiê midiaeducação, na qual publica entrevistas com professores, estudiosos e pesquisadores sobre o tema. A cada semana, uma nova entrevista. Um novo olhar. Uma nova perspectiva sobre a interface mídia e educação.

Para a OSCIP Planetapontocom, midiaeducação é um conceito que se traduz em um trabalho educativo sobre os meios, com os meios e através dos meios. Sobre os meios, refere-se ao estudo e análise dos conteúdos presentes nos diferentes meios e suas linguagens. Com os meios, trata-se  do uso dos meios e suas linguagens como ferramenta de apoio às atividades didáticas. E através dos meios, diz respeito a produção de conteúdos curriculares para e com os meios, em sala de aula e, também, a educação a distância ou virtual, quando o meio se transforma no ambiente em que os processos de ensino-aprendizagem ocorrem.

N
ilda Alves, Rosália Duarte, Eduardo Monteiro, Afonso Albuquerque, Paulo Carrano, Ismar de Oliveira, Regina de Assis, Inês Vitorino, Gilka Girardello, Rita Ribes, Guaracira Gouvêia são alguns dos nossos convidados/entrevistados da série. Nesta semana, você confere a entrevista concedida pela professora Mônica Fantin, coordenadora do Grupo de Pesquisa Núcleo Infância, Comunicação e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).


Organizadora do livro Liga, roda, clica: estudos em mídia, cultura e infância (Papirus Editora), Monica entende que o papel da educação configura-se em um instrumento educativo que visa à construção de competências de professores a trabalhar pedagogicamente com as mídias, tecnologias e suas múltiplas linguagens em contextos formais e não formais.

Acompanhe a entrevista:

revistapontocom – Como podemos definir o conceito midiaeducação?

Monica Fantin – A definição do conceito de mídia-educação vem se construindo ao longo dos anos como uma reflexão metodológica e epistemológica sobre a práxis de educar para, com e através das mídias. Assim, a mídia-educação pode ser entendida basicamente a partir de três dimensões: a) como um campo de conhecimento interdisciplinar na interseção das ciências da educação e comunicação, em construção; b) como disciplina curricular ou eixo transversal;  c) como prática social e cultural em diferentes contextos escolares e extra-escolares que signifiquem um trabalho de educação midiática. Ou seja, mídia-educação pode ser entendida como área de saber e de intervenção em diversos contextos: como práxis educativa com campo metodológico e de intervenção didática, e como instância de reflexão teórica sobre essa práxis. Considerando os desafios do fazer educativo hoje, para alguns estudiosos a mídia-educação pode ser entendida como a própria educação. Na sociedade da informação, a mídia-educação torna-se ou pode tornar-se educação e, nessa perspectiva, a mídia-educação não seria apenas um campo de estudo e intervenção, mas uma postura midia-educativa que seria patrimônio de cada professor e educador.

Por Marcus Tavares . Revistapontocom
17 mai 2011

Leia a entrevista completa na página da Revistapontocom clicando aqui.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Festival Globale Bogotá 2011: miradas críticas y emancipadoras


La Convocatoria de Globale Bogotá 2011 es el proceso para que realizadoras/es o productoras/es inscriban sus videos, los cuales deben presentar realidades sociales a nivel local (Colombia), regional (América Latina) o mundial, que aporten a la reflexión y análisis crítico dentro de los ejes temáticos del Globale Bogotá 2011.

Los videos deben ser realizados o subtitulados en idioma español.

Leia mais sobre o evento clicando aqui.

II Congresso Internacional Menores en las TIC


2nd International Congress 'Children in ICT'

Learning a responsible usage of ICT

Conference Hall - Exhibition site Luis Adaro - (Gijón - Spain)
26th – 27th October 2010

The II International Meeting on Children in ICT intends to follow the path initiated in 2009, at which time we considered the need to create a space for discussion and cooperation on the detection and development of solutions based on the different actors and sectors, national and international stakeholders (developers, educators, families, institutions for the protection of minors, international and national institutions, etc..) lead us to contrasting lines of work around the adoption of measures to encourage safe and responsible use of ICT.

We believe in the need to know and understand the changes that are taking place, and changes in social behaviours associated with these technological changes.

To know how it is approached from the Community legislative framework and / or national challenges point of view, posed by digital content in the information society. Especially with regard to the provisions in the protection of children, protection of privacy and accountability of service providers acting as intermediaries.

The importance of the acquisition of digital competencies and how they must be part of the overall development of children learning to manage their own safety.

The Congress will count with the participation of professionals and national and international researchers, who will share their knowledge, experience, thoughts and future prospects with us.

We believe it is essential in this new edition and responding to contributions made in the evaluation of the I Children in ICT Congress, to invite to share experiences and views with us to:

The Children
The Families
The Teachers

The conference will provide a forum for discussion and open debate and contrast perspectives and experiences with the need to educate, being aware of the risks for prevention, avoid and fight them and above all exploit the enormous advantages of the Information Society.

Veja a programação do evento na página de Menores en la TIC clicando aqui.

Use Facebook como ferramenta educacional



"Usa Facebook como herramienta de educación


Muchos creen que el uso de Facebook es sólo para hacer vida social pero no es así. Esta red social puede ser utilizada fácilmente en el aula ya que la naturaleza de este instrumento es conectar a las personas según sus intereses. A continuación te decimos cómo aprovechar Facebook en el salón de clases.

Hay profesores que se preocupan por el tema de la privacidad al considerar Facebook como una herramienta para la educación ya que muchos educadores no consideran ser “amigos” de sus alumnos pero con la evolución de las TIC el uso de internet es fundamental. Así que te invitamos a abrir tu mente para que también aprendas de tus alumnos.

En primer lugar no te preocupes por el tema de la privacidad ya que Facebook tiene opciones fuertes para cuidar los datos que no queremos compartir. Entonces prepárate para conectarte con tus alumnos y crear una comunidad de aprendizaje."



The Edublogger via Menores en la TIC no Twitter

Leia mais na página de Universia clicando aqui e, na página de The Edublogger, "The Why and how of using Facebook for Educators", clicando aqui.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

World Telecommunication and Information Society Day (WTISD) 2011


The purpose of World Telecommunication and Information Society Day (WTISD) is to help raise awareness of the possibilities that the use of the Internet and other information and communication technologies (ICT) can bring to societies and economies, as well as of ways to bridge the digital divide.

17 May marks the anniversary of the signing of the first International Telegraph Convention and the creation of the International Telecommunication Union.

Saiba mais sobre o evento clicando aqui. Descarregue o cartaz em várias línguas clicando aqui.

Blogueiros ativistas pela regulação das mídias e banda larga pública


O movimento envolvendo a ação dos ativistas da blogosfera tem se espalhado por todo país. Só neste ano, 18 encontros de blogueiros ocorrerão até junho, quando será realizado o segundo Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas em Brasília.

Nos encontros, pessoas que têm blog e também aquelas que não têm uma página na rede, mas que contribuem para o movimento da blogosfera em redes sociais como Twitter e Facebook, reunem-se para discutir questões importantes da cena política nacional e também para debater propostas de fortalecimento da blogosfera e maior difusão desta junto à opinião pública.

Leia o texto completo em Educação política, de Glauco Cortez, clicando aqui.

sábado, 14 de maio de 2011

Crianças x televisão x desempenho escolar


Television Viewing And Academic Achievement

As Neuman (1991) noted, television is a common target for those seeking to lay blame for educational dilemmas such as poor national test scores, academic skills, and levels of literacy. Often, the assumption underlying such arguments is what has come to be known as the displacement hypothesis, that is, the notion that television viewing takes time away from homework and more productive leisure-time activities, such as reading. However, research has shown that, in truth, the relationship between television and academic achievement is not nearly so simple and direct.

Comparison Studies

When television was first introduced on a broad scale, early research compared thousands of children who lived in American or British towns where television was available to children living in nearby towns where it was not (e.g., Himmelweit, Oppenheim, & Vince, 1958; Schramm et al., 1961). These studies suggested that the presence of television did lead to significant changes in children’s use of their time, but that it made little difference in the amount of time that children devoted to homework. In addition, Schramm et al. found no change in the time children spent reading books, and whereas Himmelweit et al. initially found a decline in book reading (particularly among children who had shown only a marginal interest in reading in the first place), reading returned to pretelevision levels a few years after television was introduced. Where, then, did the time spent with television come from? Primarily, television took time away from activities that served similar functions, such as listening to the radio, going to movies, and reading comic books.

A similar study was conducted some years later by Williams and her colleagues(Williams, 1986; cf. MacBeth, 1996). They compared children in three Canadian towns: one in which television was unavailable (code-named Notel), one that received only one television station (Unitel), and one that received several stations (Multitel). As in the earlier studies, the researchers found that children who had access to television used their time differently from those who did not. However, they also found that second-grade children in Notel scored higher on tests of reading fluency and creative thinking than children in the other two towns. The differences disappeared 2 years after television was introduced in Notel, suggesting that the presence of television had been responsible for the effect (Corteen & Williams, 1986; Harrison & Williams, 1986).

Correlational Studies

A number of studies used correlational data to investigate relationships between children’s television viewing and their achievement in school. Williams, Haertel, Walberg, and Haertel (1982) conducted a meta-analysis using data from 23 large-scale studies, and concluded that there was a small inverse relationship between amount of viewing and achievement r = –.05). However, part of the reason why the correlation was so low was that the relationship between television viewing and achievement was not linear. Rather, it was curvilinear; children who watched 10 hours of television per week performed slightly better (not worse) than those who watched less, but as viewing increased beyond 10 hours per week, achievement declined dramatically.

Comstock and Paik’s (1991) analysis of data from the California Assessment Study argued for a more linear relationship, but further support for curvilinearity came from Neuman’s (1988, 1991) analysis of several large-scale studies. Neuman found that there was little relation between viewing and reading performance among children who watched 2 to 4 hours of television per day (i.e., 14 to 28 hours per week), but that performance was considerably lower for children who watched more than that. Similarly, some studies have suggested that there may be thresholds of viewing, beyond which excessive television viewing is associated with poorer academic achievement. Fetler (1984) found that viewing for more than 6 hours per day (i.e., 42 hours per week) was associated with lower performance in literacy and mathematics, and Potter (1987) found that television viewing was negatively related to achievement for eighth to twelfth graders who watched more than 30 hours per week.

The complexity of the relationship between television and school achievement can be attributed to several factors. One is the fact that school achievement is predicted much more strongly by variables such as IQ and socioeconomic status (both of which predict television viewing as well). Another is that the relationship between viewing and achievement differs somewhat by age (e.g., Huston &Wright, 1997; Neuman, 1991).

In addition, Comstock (1989) suggested that television viewing is inversely related to achievement when it displaces intellectually richer experiences, but positively related when it supplies such experiences. Along similar lines, I would argue for one more factor that complicates the picture and may have reduced the strength of the relationship observed in these studies. Each of the studies mentioned above looked only at how much television was viewed, and not at the nature of the television programs that children watched. Not all television programs are the same, and they do not all produce the same effects among viewers.


For example, longitudinal research by Wright, Huston, and their colleagues found that preschool viewing of Sesame Street and other educational television programs predicted higher performance in subsequent tests of academic skills. By contrast, however, preschool viewing of entertainment programs predicted poorer performance (Wright, Huston, Murphy, et al., 2001; Wright, Huston, Scantlin, & Kotler, 2001; see chap. 2, this volume). As the late JohnWright was fond of saying, “Marshall McLuhan appears to have been wrong. The medium is not the message. The message is the message!” (Anderson, Huston, Schmitt, Linebarger,&Wright, 2001, p. 134).


Reproduzido de Free Education Info.


Leia também "Too much TV dumbs down children" no Digital Journal clicando aqui.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Niñas, niños, y adolescentes víctimas de los agresores y de los medios de comunicación

Foto: Diario Expreso


Asesinato con 26 puñaladas: una fiesta para la prensa


¿Hasta cuándo las niñas, niños, y adolescentes van a seguir siendo, no sólo víctimas de los agresores directos, sino también de un tratamiento mediático que los violentan con palabras, enfoques y construcciones periodísticas, que no aportan a la defensa y promoción de sus derechos legítimos como ciudadanos? ¿Dónde quedó la ética periodística?

¿Qué ocurre cuando se genera un hecho excesivamente violento y que, por circunstancias propias del ejercicio periodístico, los medios de comunicación acuden a reportar tal suceso? 

La respuesta es sencilla: lo escriben, lo editan y lo presentan en las páginas del diario para que todos los lectores se informen, se horroricen e interpreten el acontecimiento. Sin embargo, una segunda pregunta es: ¿Qué ocurre cuando las víctimas de esos acontecimientos son menores de edad? Los medios de comunicación igual lo presentan con una dosis de sensacionalismo recargado en la construcción narrativa planteada desde aspectos que transgreden los derechos de la niñez y adolescencia en su integridad, identidad y protección. ¿Será que de esta manera se intenta convertir los hechos que vulneran derechos, en noticias que venden? 

Para muestra, un botón, en dos medios de comunicación impresos, entre el jueves y el domingo de la semana pasada, se presentó la transgresión de derechos como “noticia” sin rostro humano, bajo los titulares: “Menor aparece con 26 puñaladas en el cuerpo” “Antes de Morir, José Stiven estuvo buscando a su padre”, “Temor y hermetismo en sepelio de niño asesinado”.

Leia o texto completo na página da ACNNA,  Agencia de Comunicación de Niñas, Niños y Adolescentes clicando aqui.

Leia uma reportagem sobre o assunto clicando aqui.