Nessa sociedade
em que vamos quase todos mais ou menos enredados pela Internet nos lares,
escolas, ruas, e também incapazes de compreendermos o que se passa além de um
palmo de nossos narizes, o filme retrata cenas do cotidiano e interesses dos
personagens em uma comunidade norte-americana - homens, mulheres e crianças -
entre seus desejos, sonhos não realizados e decepções na "sociedade de
consumo" e das mídias digitais.
Parece-me que,
de imediato, quase ninguém consegue perceber o que realmente se passa no
interior do outro (e muito mal na vida cotidiana de ser criança e aluno), seja
na vida em família, na escola ou nos outros cenários de nossas relações
humanas, na "Vida Real" como se diz no filme.
Os dramas vão
se desenvolvendo e provocando ações e reações a estimularem os personagens a
tomarem suas decisões.
Ressalto da
incapacidade daqueles que se fizeram de pais ou professores (des-orientados) a
orientarem as crianças, sem absolutamente querer realmente saber, ou como
des-cobrir que se passa na mente e coração de seus filhos/alunos. Até que pelas
ações das próprias crianças é que parecem conseguir refletir alguma coisa, e
entrar em "comunicação" com elas e seus pares adultos.
E, na escola,
quem é que como professor consegue ajudar as crianças a lidarem com suas
interrogações, para aquém ou além das tarefas inadiáveis do ensinar/aprender?
Pais e
professores, lares e escolas colaboram (ou não) para a formação do caráter das
crianças?
Imersos no
mundo do mercado, e daquilo que nos é imposto para o consumo, nós nos
consumimos entre dores e amores, esquecendo das possibilidades de apenas nos
doarmos mais ao próximo...
E, no meio
dessa vastidão do espaço com todas as suas possibilidades de manifestação da
vida, quem somos nós com nossos pequenos, insignificantes ou grandes problemas
e dramas, a vivermos nesse único "lar" que conhecemos - o planeta
Terra - retratado como um pequeno e "pálido ponto azul" pela sonda Voyager? O "poema" de
Carl Sagan citado no filme nos instiga a refletir mais sobre quem somos, de
onde viemos e para onde vamos...
Fica aí a dica
de Pedro Junior Silva para assistirmos e refletirmos...
Leo Nogueira Paqonawta