quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Escola Popular de Comunicação Crítica


ESPOCC . Escola Popular de Comunicação Crítica

A Escola Popular de Comunicação Crítica (ESPOCC) é um projeto do Observatório de Favelas, criado em 2005.

A Escola Popular de Comunicação Crítica (Espocc) oferece a jovens e adultos, moradores de espaços populares do Rio de Janeiro, acesso a diferentes linguagens, conceitos e técnicas na área da comunicação. O objetivo é formar esses estudantes como comunicadores cidadãos e multiplicadores desse conhecimento, prepará-los para a inserção no mercado de trabalho e contribuir para que eles exerçam a sua cidadania de forma plena.

Projeto do Observatório de Favelas, patrocinado pela Petrobras. Entre em contato conosco +55(21) 3105-4599 ou pelo site e página de Facebook.

Infância Livre de Consumismo: 12 razões para regular a publicidade infantil


12 razões para regular a publicidade infantil

Texto de Mariana Sá*

O PL 5921/01, que propõe uma nova regulação da publicidade para crianças, fará 12 anos de tramitação no dia 12/12. Por isso, selecionamos 12 razões pelas quais acreditamos que a publicidade infantil deva ser regulada:

1. Não há justificativa moral, ética ou social para usar as crianças como alvo da publicidade.

A única justificativa é econômica: dirigindo comunicação mercadológica para crianças, vende-se mais. Numa sociedade que prioriza o pleno desenvolvimento infantil, os negócios não podem estar acima das necessidades singulares da infância. E, sim, o Brasil é um país que – em tese, na lei – prioriza a crianças e esta prioridade deveria estar sempre sendo dada na feitura de novas leis e de novas políticas públicas, inclusive nas políticas econômicas e de comunicação.

2. As empresas têm acesso a tecnologias avançadas de marketing.

Pesquisas de mercado, grupos de observação de comportamento do consumidor, avançados estudos sobre a psicologia: tudo servindo à missão de aumentar os resultados de imagem, venda e lucro das empresas. E custe o que custar, mesmo que o custo seja reproduzir preconceitos e fragilizar ainda mais o indivíduo. As crianças, por sua própria inocência, são muito mais susceptíveis e indefesas diante dos marqueteiros e publicitários.

3. O córtex frontal, responsável pelo julgamento crítico, só termina de se desenvolver em torno dos 20 anos de idade.

Esta região cerebral está relacionada ao planejamento de comportamentos e pensamentos complexos, expressão da personalidade, tomadas de decisões e modulação de comportamento social. A atividade básica dessa região é resultado de pensamentos e ações em acordo com metas internas. A função psicológica mais importante relacionada ao córtex pré-frontal é a função executiva. Esta função se relaciona a habilidades para diferenciar pensamentos conflitantes, determinar o bom ou ruim, melhor e pior, igual e diferente, consequências futuras de atividades correntes, trabalho em relação a uma meta definida, previsão de fatos, expectativas baseadas em ações e controle social. Muitos autores indicam uma ligação entre a personalidade de uma pessoa e funcionamento do córtex pré-frontal. Wikipedia

4. Até os 12 anos, a criança não tem condições de compreender as artimanhas da publicidade.

É nesta idade, em média, que o sujeito inicia o desenvolvimento dos mecanismos internos capazes de compreender as diversas sutilezas e interpretar criticamente o sofisticado discurso publicitário. Antes de 12 anos, a criança não possui condições de se defender dos instrumentos usados pela influente indústria publicitária.

5. Um lobby poderoso impede a regulamentação da publicidade para crianças.

Um conjunto de representantes de anunciantes, de agências de publicidade e de emissoras de radiodifusão, e até mesmo artistas renomados do entretenimento infanto-juvenil, tem trabalhado intensamente nos bastidores do Congresso Nacional para atrasar a tramitação do PL 5921/01 que há doze anos é debatido e ganha substitutivos no parlamento. Eles sabem que seus lucros despencarão se o PL resultar na proibição da publicidade infantil ou mesmo numa regulamentação que envolva multa e contrapropaganda, uma vez que não terão liberdade para dirigir seu discurso para a criança, transformando-a em representante de vendas de seus produtos.

6. Os países com menos publicidade voltada para crianças são os mais desenvolvidos em termos de bem-estar infantil.

Vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? O país que proíbe a publicidade infantil tem bons índices de bem-estar infantil ou tem bons índices de bem-estar infantil porque proíbe a publicidade infantil? Nós não sabemos o que vem antes, mas a constatação é que os dois fatores estão ligados: o país que se preocupa com as suas crianças não dá tanta liberdade aos anunciantes.

7. O neuromarketing utiliza tecnologia médica para estudar como o marketing afeta as crianças.

Segundo a wikipedia, o “neuromarketing é a união do marketing com a ciência, visa o entendimento da lógica de consumo: entender os desejos, impulsos e motivações das pessoas, através do estudo das reações neurológicas a determinados estímulos externos. Um dos principais fatos descoberto pelos neurologistas explica que a maior parte de todas as decisões de compra são tomadas em nível subconsciente e que, sendo assim, é importante impactar o inconsciente do consumidor com memórias, emoções e experiências positivas. Dessa forma, o consumidor se lembrará de uma marca ou de um produto de forma mais facilitada na hora de escolher qual produto adicionar ao carrinho.”

Esta breve descrição de internet basta para entender por que é imoral pesquisar usando crianças ou aplicar o neuromarketing em comunicações dirigidas a elas.

8. Crianças que sofrem bombardeio constante de estímulos publicitários ficam tão ocupadas em reagir que nunca aprender a criar.

“O universo onírico, dos sonhos e das brincadeiras, é essencial para a saúde psíquica da criança. Por meio da fantasia, ela consegue transportar o mundo adulto à sua vivência infantil de forma criativa. as crianças das gerações atuais não são mais criadoras das fantasias que vivenciam, mas as recebem da televisão e da internet, num processo que praticamente elimina o contato e a convivência com amigos e impede aos pequenos se educar nos códigos da sociabilidade, como saber admitir seus próprios limites e reconhecer o direito dos outros”. Frei Beto

9. É imoral, é ilegal e engorda.

Deixar um PhD em marketing conversar com uma criança sem supervisão dos pais é como permitir que um pedófilo gerencie um orfanato, é imoral. A legislação brasileira, nos seus princípios enuncia prioridade e a hipervulnerabilidade das crianças: é ilegal (sim, já é ilegal!). A publicidade anuncia alimentos calóricos e pouco nutritivos, o marketing coloca personagens queridos para estampar embalagens de porcarias: engorda!

10. Não é sustentável.

Ora! Se a publicidade estimula a compra do que não é necessidade ou desejo de fato, a publicidade estimula o consumo de recursos do planeta para produzir mais do que o que precisamos e o descarte de tudo aquilo que compramos e jogamos fora. Se a publicidade se dirige às crianças, o consumo é muito maior e o descarte mais intenso. Publicidade infantil e sustentabilidade não têm nada a ver uma com a outra.

11. Se aproveita da ausência dos adultos, distorce valores e gera estresse familiar.

Sempre que se fala em proibir a publicidade não falta quem diga que os pais precisam dizer “não!” e explicar para os filhos as artimanhas do discurso publicitário. O fato é que no Brasil, este país pobre que se contorce e não consegue promover uma infância decente para mais da metade das crianças, este é um sofisma, porque simplesmente os adultos não têm recursos (informacionais ou de tempo) para explicar coisa nenhuma sobre discurso publicitário ou mesmo para estar com os filhos enquanto assistem tevê. Proibir a publicidade ou regulamentá-la de maneira mais eficiente significa proteger os mais vulneráveis.

12. A autorregulamentação não tem sido eficiente no Brasil.

As denúncias demoram de dois a três meses para serem apreciadas e a maior parte das sentenças determina que a campanha seja alterada ou tirada do ar. Os anunciantes não pagam multa nem são obrigados a se retratar. Quando, finalmente a campanha sai do ar, já fez grandes estragos no desenvolvimento das crianças que ficaram expostas.


Inspiração para o post: anotações de Silvia Düssel Schiros durante a palesta de Susan Linn para o Projeto Criança e Consumo.

* Mariana é publicitária e mestra em políticas públicas. É mãe de dois e escreve no blog Viciados em colo. Co-fundadora do Movimento Infância Livre de Consumismo.

02 dez 2013

Publicidade infantil não! Ajude com um e-mail clicando aqui.



Postales Sonoras: Sonidos y Voces con Historias de los niños, niñas y jóvenes de Bogotá


Postales Sonoras - Sonidos y Voces con Historias

Las postales sonoras son piezas radiales producidas por dos emisoras escolares: una del colegio San Cristóbal Sur y otra de La Belleza-Libertadores, ubicadas en la localidad cuarta de Bogotá/Bolivia.

Deportes Extremos

En estos tres audios se podrán escuchar historias que nos hablan sobre las pauestas y dificultades de los deportistas extremos. La ficción y el documental radiofónico sirven de recurso narrativo para dar cuenta que más allá de actividades de "tiempo libre" son apuestas vitales! 

Postal 1: El ataque, Último día del planeta tierra. Los extraterrestres llegan a Bogotá y con ellos las reflexiones de deportistas extremos del parque El Tunal y de la localidad de san cristóbal.

Postal 2: Deportes extremos, ves tu vida igual?. Documental radiofónico que nos permite descubrir las apuestas de los deportistas extremos y los apoyos familiares que los rodean.

Postal 3: Al extremo! Escucharemos aquí que los deportes extremos tienen muchas historias... Campeones de tejo y de bicicleta así como otros deportistas extremos más contemporáneos nos hacen sentir que son muchas las posibilidades de vivir al extremo...

Situación de la Mujer

En estos cuatro audios se podrán escuchar historias que nos hablan sobre la situación de la mujer, desde diferentes perspectivas y recursos narrativos. Desde la ficción hasta el documental radiofónico, sirven aquí para visibilizar diferentes circuntancias que afectan la vida de las mujeres.

Postal 4: Voces del más allá. La historia de un complejo detective nos permite pensar y sentir diferentes formas de maltrato y violencia que viven las mujeres.

Postal 5: Voces e historias de mujeres. Aquí niñas, niños, jóvenes y adultos se dan la posibilidad de dialogar sobre las diferentes caras del machismo y su ipacto en la vida de las mujeres. También podremos hacer un breve recorrido por diferentes momentos históricos y sus impactos en la vida de las mujeres.

Postal 6: Memorias de una viajera. Viakar por el tiempo fue posible aquí. Descubra las voces de mujeres que han sido fundamentales en nuestra historia.

Postal 7: Qué pasaría sí... si  "grandes héroes de la patria" son mujeres? descubra a partir de estas historias de ficción los condicionamientos sociales e históricos que muchas veces imposibilitan y dificultan las acciones de las mujeres. Trasgredir las convenciones sociales no es imposible, claro está, pero toma tiempo e implica muchas rupturas!

Comunicación y Territorio

En estos tres audios se podrán escuchar historias que nos hablan sobre formas alternativas de comunicar y construir territorio. 

Postal 8: Arte Callejero: otras formas de comunicar. Aquí escucharemos las experiencias del Colectivo Teatral Luz de Luna y de "Guache". Todo a partir de hsitorias mágicas en donde personajes extraños cobran vida!

Postal 9: Y después del colegio qué?. Muchas veces caminamos por las calles de las ciudades al compás de musicos que no sólo viven de la solidaridad de transeúntes sino que también tienen una apuesta estética y vital en donde la calle y sus públicos son fundamentales.

Postal 10. Carnaval Soloriental. En bogotá, hace más de 27 años, se realiza este carnaval en la localidad cuarta de san Cristóbal. Conozca las refelxiones e historias de esta apuesta a partir de las voces de quienes impulsaron, crecieron y participan del carnalval.

Nuestras Experiencias

Cada grupo de producción realizó un pequeño audio para contar la experiencia del equipo de comunicación. La riqueza de este audio radica en que fueron piezas radiales producidas por lasy los menos expertos en el tema de producción radial. Así que, considérese este el resultado de sus primeros pasos en el mundo radiofónico y sonoro!


EL JUEGO DE LA VIDA. En este dramatizado radiofónico, dos docentes de la Emisora Escolar Acción Sonora, Jornada mañana, se dan a la tarea de descubrir lo que sucede en la vida de las y los jóvenes en su primer año como bachilleres.

Reproduzido de Postales Sonoras . Boyaca - Sonidos y Voces con Historias

05 dez 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

"Prioridade Absoluta" para os direitos da criança


Prioridade Absoluta

Prioridade Absoluta é uma iniciativa do Instituto Alana criada para dar visibilidade e contribuir para a eficácia do artigo 227 da Constituição Federal, que coloca as crianças em primeiro lugar nos planos e preocupações da nação.

Reunimos neste site um arcabouço de conteúdo capaz de solucionar vários problemas que impactam a infância brasileira e que já estão contemplados em lei. São textos, pesquisas, artigos e sugestões de como atuar em, inicialmente, quatro áreas: Educação, Espaço PúblicoMídia e Comunicação e Sistema de Garantias.

Na seção Como fazer e em cada tema, o Prioridade Absoluta compartilha experiências de mobilização e de advocacy, além de modelos de carta, petições, denúncias, ações judiciais, entre outros, com o intuito de facilitar a atuação em prol das crianças.

Nossa missão é
Informar, sensibilizar e mobilizar as pessoas, especialmente operadores do direito, para que sejam defensoras e promotoras dos direitos das crianças nas suas comunidades, com prioridade absoluta.

Nossa visão é pela
Efetivação dos direitos e garantias de todas as crianças brasileiras.


Confira os vídeos do Prioridade Absoluta clicando aqui.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Regina de Assis: a relação das crianças contemporâneas com as mídias


Regina de Assis, educadora, fala sobre a relação das crianças contemporâneas com as mídias e sobre a importância da integração do audiovisual a conteúdos político-pedagógicos das escolas.

26 nov 2013