A TV é quem educa o seu filho?
A televisão tem um poder extraordinário como veículo de comunicação. Nessa era de globalização, a sua força reside menos em suas características de movimento, som e imagem, do que na facilidade com que se coloca no interior dos lares, onde frequentemente ocupa o centro das atenções.
Cada vez mais, se cria uma falsa necessidade desse aparelho em nosso dia-a-dia. A tevê passa a ter a “verdade” global, a “vida” a ser imitada, e o “caminho” (canais e suas programações) que você deve percorrer todos os dias. Ela tem se tornado onipresente na vida da maioria das pessoas, principalmente de crianças. Recente estudo afirma que, no Brasil, as crianças passam, em média, de três a cinco horas diárias diante da TV. Considerando que, para muitas dessas crianças, esse tempo é maior do que o que ficam com os pais ou na escola, a televisão passa a desempenhar papel significativo na sua educação e na relação entre pais e filhos.
Formação do caráter
Os pais ou responsáveis não têm a exata dimensão do quanto essa onipresença da TV pode prejudicar o aparelho psíquico da criança. A infância é um tempo de formação, de experimentação do mundo para aprendê-lo e conhecê-lo.
Até os sete anos, a criança estará formando seu caráter no seio da família. Sob orientação segura e exemplo dos pais, ela aprende os limites de liberdade, respeito aos idosos, sentido do que é seu e do que é dos outros, a noção do permitido e do proibido, vida em comum, respeito aos direitos alheios, fraternidade, paz, estímulo para vencer as dificuldades, disciplina para os estudos e, sobretudo, aprende a amar.
Dentro de uma relação familiar saudável, a criança deve ocupar seu tempo com atividades que a mantenham sempre ativa e reflexiva. O mundo social da criança (a família) deve ser o facilitador do seu crescimento moral, intelectual, social e espiritual. É a família que deve gerenciar oportunidades para que a criança crie brincadeiras, exercite sua fantasia e criatividade, e desenvolva os conceitos de certo e errado.
Portanto, as mensagens de ética, fé e moral, sua dinâmica e valores, crenças, preconceitos, maneiras de ser, vivências e filosofia de vida de uma família moldam o caráter de seus membros.
A família é o referencial mais forte e seguro que o indivíduo pode alcançar. Lá estão as diretrizes de todas as batalhas e desafios. De lá surgem as possibilidades e as impossibilidades.
Com os referenciais que fornece, é a redoma familiar que incute a religião, mostra a face de Deus, aponta para os costumes e as tradições, preservando e guardando sua identidade e fazendo cada qual senhor do próprio destino. Daí, a necessidade e a importância de modelos adequados e saudáveis ao longo da infância.
Com os referenciais que fornece, é a redoma familiar que incute a religião, mostra a face de Deus, aponta para os costumes e as tradições, preservando e guardando sua identidade e fazendo cada qual senhor do próprio destino. Daí, a necessidade e a importância de modelos adequados e saudáveis ao longo da infância.
Por Augusto César Maia . Psicólogo
Fonte: Vida e Saúde. Abril/09 p.48 e 49
Leia o texto completo no Blog Cama de Prego clicando aqui.
Leia também o artigo "Mídia - interferências sobre o aparelho psíquico", de David Léo Levisky clicando aqui.
Veja os dados de uma recente pesquisa de 2011 do Eurodata TV Worldwide clicando aqui.
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