sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Desconstruindo a neutralidade para construir um novo discurso


"Ao dizer-se neutra, a imprensa dominante age em dois sentidos diretos: faz crescer seu potencial mercado consumidor ao mesmo tempo em que defende os interesses da maioria de seus anunciantes, intimamente vinculados com os grupos hegemônicos nacionais e internacionais. Em todos os setores específicos e em sua totalidade, o capitalismo exige que muitos pereçam para uns poucos dominarem, e na disputa aqui analisada essa dinâmica não poderia ser diferente. Se essa grande mentira traz vantagens político-econômicos às grandes empresas de comunicação, aos seus anunciantes e a todos os que se beneficiam do sistema em vigor, por outro lado traz prejuízos aos leitores e à inteligência coletiva, ao desenvolvimento total da sociedade e aos grupos historicamente explorados.

A mídia é, juntamente com a igreja, a escola e a família, um dos pilares fundamentais da construção da realidade pela qual cada indivíduo passa a partir do momento em que nasce. Considerando-se o conservadorismo natural das outras três instituições, é na mídia que reside o maior potencial de mudança. Porém, estabelecida como entidade publicitária das grandes empresas nacionais e multinacionais, do agronegócio e das elites políticas e econômicas de modo geral, a mídia dominante disfarça-se de imparcial para defender tais interesses, e cumpre o papel de simples transmissor do discurso hegemônico opressor e antipopular".

Alexandre Haubrich para o Canal MV TV

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