“Apanhei do meu pai, apanhei da vida, apanhei da polícia, apanhei da mídia”. É recorrente encontrarmos músicas funk que colocam a mídia lado a lado aos aparelhos repressivos ou instituições que conotem ideia de violência física. A violência subjetivada nesta música - de Cidinho e Doca, “Não me bate doutor”-, é mais uma das centenas que retratam o cotidiano de quem vive na favela.
A criminalização do funk na mídia (lê-se aqui mídia hegemônica) é prática histórica da sociedade burguesa na exclusão social e racial¹ e, hoje, na criminalização das drogas. Sem levar em conta o contexto econômico e social que vivem as comunidades consumidoras e promotoras da cultura funk, a mídia volta e meia associa este gênero musical à criminalidade. O funk é um prato cheio para as páginas policiais e jamais para os cadernos de cultura, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, berço do batidão.
Leia o texto de Flávia Alli na Caros Amigos clicando aqui.
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