quinta-feira, 22 de maio de 2014

Lei "Menino Bernardo": Câmara aprova proibição de castigos físicos em crianças


Lei "Menino Bernardo"

Câmara aprova proibição de castigos físicos em crianças - Proposta vai para o Senado.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (21/05/14) a redação final da proposta que estabelece o direito de crianças e adolescentes serem educados sem o uso de castigos físicos (PL 7672/10). A proposta, que vinha sendo chamada de Lei da Palmada desde que iniciou a sua tramitação, vai se chamar agora “Lei Menino Bernardo”.

O novo nome foi escolhido em homenagem ao garoto gaúcho Bernardo Boldrini, de 11 anos, que foi encontrado morto no mês passado, na cidade de Três Passos (RS). O pai e a madrasta são suspeitos de terem matado o garoto.

O projeto, que inclui dispositivos no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), será analisado agora no Senado.

Segundo a proposta, os pais ou responsáveis que usarem castigo físico ou tratamento cruel e degradante contra criança ou adolescente ficam sujeitos a advertência, encaminhamento para tratamento psicológico e cursos de orientação, independentemente de outra sanções. As medidas serão aplicadas pelo conselho tutelar da região onde reside a criança.

Além disso, o profissional de saúde, de educação ou assistência social que não notificar o conselho sobre casos suspeitos ou confirmados de castigos físicos poderá pagar multa de 3 a 20 salários mínimos, valor que é dobrado na reincidência.

Debate

A tentativa de votar a proposta começou na manhã desta quarta. A primeira sessão realizada na Comissão de Constituição e Justiça durou três horas e foi suspensa por falta de um acordo entre os parlamentares. O debate foi acompanhado pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, e pela apresentadora de TV Xuxa Meneghel, que defende a medida.

À tarde, após uma reunião na Presidência da Câmara, os parlamentares chegaram a um acordo e alteraram o texto para deixar claro o que seria considerado castigo físico.
O texto em discussão definia castigo físico como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento ou lesão à criança ou adolescente”. O relator da proposta, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), apresentou uma emenda acrescentando a expressão “sofrimento físico”. Assim, a definição para castigo é a seguinte: “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento físico ou lesão à criança ou ao adolescente”.


Negociação

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, participou da reunião da CCJ. Ele destacou o empenho de todos na aprovação da proposta. "Rendo homenagem a todos que colaboraram para esse entendimento. Os que eram contrários, os de oposição, os outros, a bancada evangélica que foi sensível às alterações feitas. Todos colaboraram para que haja esse clima de consenso”, disse.

O deputado Alessandro Molon afirmou que as alterações no texto foram aprovadas por todos os partidos presentes na reunião com o presidente Henrique Alves. "Havia uma impressão de que apenas a palavra ‘sofrimento’ não traduzia aquilo que tinha sido debatido, aquilo que tinha sido decidido, acordado na comissão especial”, explicou.

O coordenador da bancada evangélica – que era contra a proposta –, deputado João Campos (PSDB-GO), explicou que os deputados obstruíram a votação da matéria para que partes do texto que não estavam claras pudessem ser corrigidas, evitando assim insegurança jurídica em relação ao projeto.

"Achamos que a definição de castigo e de tratamento cruel era imprecisa. Quando se define que o castigo físico está associado à crueldade ou comportamento degradante, o projeto precisa ser mais explícito. E aqui não tinha espaço, não tinha ambiente para a gente tentar contribuir para melhorar esse texto”, disse Campos.

Histórico

O projeto foi aprovado em 2011 por uma comissão especial da Câmara, que tinha como relatora a ex-deputada Teresa Surita (RR). O texto tramitava em caráter conclusivo e poderia ser remetido diretamente para o Senado, mas diversos deputados contrários à proposta tentaram levar o debate para o Plenário da Câmara.

Os parlamentares argumentavam que o texto interferia em direitos individuais dos pais e, por isso, deveria ser analisado também pelo Plenário. Foram apresentados vários recursos na Casa e até um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo deputado Marcos Rogério (PDT-RO), contra a Mesa Diretora da Câmara, que confirmou a tramitação conclusiva da matéria.

Nas últimas semanas, o projeto vinha sendo alvo de polêmicas em diversas reuniões da CCJ, impedindo a votação de outras propostas na comissão.

O projeto foi objeto de enquete, que contabilizou mais de 40 mil votos, e de um videochat promovido pela Coordenação de Participação Popular da Câmara dos Deputados.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Karla Alessandra
Edição - Janary Júnior


21 mai 2014

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Eu sou mais é a favor da ampliação do horário da Voz do Brasil


A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT) fechando o cerco para "flexibilizar" o horário da VOZ DO BRASIL, "convidando ao abaixo-assinado deles. Isso significa, literalmente, dar voz apenas à hegemonia e pensamento das empresas de comunicação dos poderosos.

Sou contra tal "flexibilização"! Muito pelo contrário, devera-se ampliar esse horário dentro da programação das concessionárias, com outro tipo de abordagem, inclusive abrindo espaço para A VOZ DA CRIANÇA DO BRASIL.

Leo Nogueira Paqonawta

Leia também:

"Moção de apoio à Voz do Brasil" (07/07/2011) e outros textos sobre a questão no Blog do Miro, clicando aqui, ali e acolá.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Programa PEDAL: telejornal produzido pelos alunos do Projeto Âncora estreia em 17 de maio de 2014


Programa PEDAL: telejornal produzido pelos alunos do Projeto Âncora estreia 17 de maio na Virada Educação

O PEDAL (Pedagogias Alternativas) é um portal de difusão de propostas educacionais alternativas, de experiências de protagonismo infantil e iniciativas autônomas da juventude. O portal é alimentado prioritariamente por vídeos e fotos originados por suas três plataformas de apoio, o GEMA (Grupo Escolar de Mídia Alternativa), os vídeos produzidos na "OPALA" (Oficina de Produção e Alfabetização Audiovisual) e os curtas produzidos pela “Lado Beco Filmes” (dedicado a produções de foco ativista) e “Caixa Preta Filmes” (dedicada a reproduzir cinematograficamente vivências da infância).

A principal plataforma de propagação das experiências é o Programa PEDAL, um telejornal que será produzido pelos alunos do Projeto Âncora, como resultado de uma oficina que abordará conceitos do jornalismo, televisão e cinema. O “quadro-destaque” do programa se chama "E o que é que tem?" que será dedicado a mapear as práticas pedagógicas que permeiam as propostas educativas do Projeto Âncora.

As reportagens e matérias serão produzidas e apresentadas pelas crianças do projeto. A estreia do programa acontecerá no dia 17 de maio de 2014, durante a Virada Educação.

 


Os interessados em sugerir postagens ou compartilhar conteúdos com o PEDAL devem enviar e-mail para: canalpedal@gmail.com

Vídeos produzidos


LADO BECO FILMES

. "A Rua é Pública" (conquista do espaço público/direito a infância)
. Ocupação da Prefeitura da BH – MLB (Movimento de Moradia)

CAIXA PRETA FILMES


OPALA

. "VERMELHO" - Oficina de Roteiro - SEDA 2013
. "Pica Fumo" - OPALA/Pardinho
. "Palindromo" - OPALA/Piraju
. "Assembleia do Macarrão" - OPALA/São Simão

CANAL PEDAL
Chamadas para Virada Educação - 2014